quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Uma breve reflexão sobre 2020 e um feliz 2021!


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
- Carlos Drummond de Andrade

De modo um tanto arbitrário, comemoramos hoje mais uma volta que a Terra está completando em torno do Sol, são aproximadamente $9,43 \times 10^8$ km percorridos em espiral pelo espaço cósmico. Na verdade, é muito mais que isso, pois também estamos girando em torno do centro da Via Láctea juntamente com todo o Sistema Solar.

De toda forma, é um ciclo que se encerra. Temos diante de nós mais um ano. A esperança se renova, ganhamos mais uma chance de fazer melhor que no passado, de aplicarmos tudo o que aprendemos para obtermos resultados melhores e mais significativos. Hora de deixar relacionamentos tóxicos de lado, fortalecer os que nos tornam pessoas melhores, e não permitir que os ódios políticos nos envenenem a alma. É hora de agradecer pelos amigos que temos, sem os quais nada teria muito sentido. Sem eles seria mais difícil manter a sanidade e a vontade de viver.   

Que 2021 venha com menos restrições e limitações. Entretanto, devemos ser gratos por essas restrições e limitações: fomos forçados a aprender coisas novas e resolver problemas de outras formas. As adversidades são professoras duras, mas necessárias. Sem elas nosso progresso seria lento, ou talvez nem ocorresse. 

Devemos fazer uma pausa e refletir sobre as lições que tivemos da vida neste ano de 2020. O que aprendemos? O que a vida nos ensinou? O que vou fazer com esse aprendizado? Como posso ser uma pessoa melhor para mim mesmo, para minha família e para sociedade em 2021? Como posso ter uma atitude mais ecológica e uma vida mais sustentável? Estou olhando para Terra como a nossa casa comum?

Em fim, que este ano de 2021 seja um ano de maior união, menos racismo e mais igualdade, de melhores e mais sábias escolhas. Que o trabalho seja feito com mais alegria e leveza, que projetos adormecidos sejam colocados em prática. 

Paz, amor e prosperidade a todos!

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Momento celebridade: dando uma entrevista sobre fraudes com QR CODE

 







Hoje eu dei uma entrevista para o Grupo de jornalismo da TV Cidade de Fortaleza, deve ir ao ar na manhã do dia 31 de dezembro. O tema da entrevista foi sobre os perigos do uso do QR CODE. Alguns criminosos cibernéticos estão se aproveitando para aplicar golpes por meio da substituição de QR Codes verdadeiros dos estabelecimentos comerciais por QR Codes falsos. Assim, ao apontar a câmera do dispositivo para a leitura, o usuário é redirecionado para um endereço eletrônico com pragas virtuais que podem infectar o celular ou tablet. Na entrevista eu falo de algumas formas de você tentar se proteger.

Para saber mais sobre esse assunto: ver aqui.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Dica de leitura: Um conto de Natal (A Christmas Carol) - Charles Dickens


Essa é uma das mais famosas histórias de Natal da literatura mundial. Foi escrita em 1843 em menos de um mês por Charles Dickens (ver aqui). Essa história conta como três espíritos ensinam o verdadeiro significado do Natal para um velho rico e avarento, o Sr. Scrooge. O Sr. Scrooge não nutria nenhuma simpatia pelo Natal. Entretanto, tudo muda depois da visita do fantasma de seu antigo sócio, o sr. Marley, e dos três espíritos de Natal que aparecem em sequência. Foi, sem dúvida, uma noite perturbadora e reveladora para o velho Sr. Scrooge.

Um trecho inicial do livro (original e tradução):

Stave 1: Marley’s Ghost 

Marley was dead: to begin with. There is no doubt whatever about that. The register of his burial was signed by the clergyman, the clerk, the undertaker, and the chief mourner. Scrooge signed it. And Scrooge’s name was good upon ‘Change, for anything he chose to put his hand to.

Old Marley was as dead as a door-nail.

Mind! I don’t mean to say that I know, of my own knowledge, what there is particularly dead about a doornail. I might have been inclined, myself, to regard a coffinnail as the deadest piece of ironmongery in the trade. But the wisdom of our ancestors is in the simile; and my unhallowed hands shall not disturb it, or the Country’s done for. You will therefore permit me to repeat, emphatically, that Marley was as dead as a door-nail. 

O fantasma de Marley 

Para começar a história, Marley estava morto. Não havia a menor dúvida quanto a isso. O atestado foi assinado pelo escrivão, pelo sacerdote, pelo agente funerário e pelo encarregado do enterro. Scrooge também assinou, e sua assinatura era sempre bem-vinda, tanto na Bolsa quanto em qualquer outro lugar.

Sim, o velho Marley estava tão morto quanto uma pedra. 

Veja bem: não quero dizer com isso que eu saiba, por experiência própria, como é estar morto como uma pedra. Na verdade, se tivesse de fazer uma comparação, acho que não há nada mais morto do que a lápide de um túmulo. Quem inventou esta antiga expressão foram os nossos sábios antepassados, e não serei eu quem vai querer mudá-la, senão, daqui a pouco, tudo estará de pernas para o ar. Deixe-me, portanto, repetir com toda ênfase: Marley estava tão morto quanto uma pedra.

Ilustração da primeira edição de "A Christmas Carol".

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Vivendo em uma bolha epistemológica

Hoje temos acesso a uma quantidade quase infinita de informação, muito mais que em um passado não muito distante (não existia internet nos anos 1980). Entretanto, temos a tendência de ler e ouvir uma maior quantidade de informações que apenas reforçam nosso ponto de vista. Isso é ainda mais intenso por causa de algoritmos que nos direcionam mídias nas redes sociais. O efeito final é que ficamos mais ou menos presos, na maior parte do tempo, em uma bolha que funciona como uma câmera de eco que amplificam nossos preconceitos e visão do mundo. 

Temos que tentar manter a mente mais aberta a críticas e procurar ativamente entender os que as outras pessoas que não pertencem a nosso círculo de crenças particulares pensam sobre os mais variados assuntos. Podemos enriquecer nosso ponto vista depois de confrontá-lo com os das outras pessoas. Ou você está confortável em sua bolha e não quer explorar um pouco mais as diferentes crenças e opiniões que existem por aí? Em uma era de fake news e deep fake news, manter o senso crítico e os olhos bem abertos é fundamental.

Para sabe mais sobre esse assunto: ver aqui.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Meu livro já está disponível - Tópicos de Métodos Numéricos com Scilab: Computação científica para engenheiros

Link do livro aqui.


Já está disponível o meu livro sobre Métodos Numéricos no site da Editora PoD (PoD Editora - Livros por demanda e livros eletrônicos - ePub). Foram dois anos escrevendo ou revisando, mais um ano de molho, antes de ter o livro publicado. A previsão é ter alguns exemplares impressos em janeiro/2021.

Este é o meu primeiro livro como único autor. O conteúdo deste livro aborda todos os assuntos de métodos numéricos usados nas graduações dos cursos de engenharia e ciências exatas. Do site da Editora PoD:

Este livro é resultado do meu interesse por métodos numéricos em geral e do uso de software livre como ferramenta para resolução de problemas dessa área. Resolvi escolher um software e uma linguagem específica – o Scilab – que atendesse de forma mais completa possível as exigências dessa disciplina. Além disso, o Scilab ainda não é tão amplamente difundido entre os estudantes brasileiros. 

Esta obra é voltada para engenheiros e cientistas que usam os métodos numéricos como uma ferramenta para resolução de problemas. Por outro lado, esperamos que o leitor que use esse livro para estudar já tenha concluído pelo menos o primeiro ano da faculdade e tenha conhecimento de Cálculo I e II, noções de programação e algoritmo e algum conhecimento de estatística.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Criando um vídeo (AVI) com o Scilab

 

Código exemplo:

im = imread(fullpath(getIPCVpath() + "/images/baboon.png"));
n = avifile('baboon.avi', [300;300], 30,'xvid');
for ii=1:200
  ims = im(ii:512-ii, ii:512-ii, :);
  aviaddframe(n, ims);
end
aviclose(n);


É bem simples gerar um vídeo com o Scilab e o uso da biblioteca IPCV (ver postagem anterior). Os comandos básicos são:
  • imread: ler uma imagem;
  • avifile: cria uma variável para controle do vídeo;
  • aviaddframe: adiciona um frame no final do vídeo;
  • aviclose: conclui, fecha e salva o vídeo.
Um vídeo gerado assim é, no final das contas, apenas uma sequência de imagens sem som. As imagens que são adicionadas pelo comando aviaddframe não são necessariamente do mesmo tamanho ou mesmo do mesmo formato (jpg, bmp, ...). 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Trabalhando com imagens no Scilab - exemplo simples.

Baboon na imagem original, com apenas uma das cores e em tom de cinza. 

Histograma de Baboon na imagem em tom de cinza.

Baboon como gráfico 3D (comando mesh).

Para a leitura de imagens no Scilab é necessário instalar a biblioteca de manipulação de gráficos IPVC (IPCV – Scilab Image Processing & Computer Vision, a module of Image Processing and Computer Vision Toolbox for Scilab 6.0.), usando o gerenciador de módulos ATOMS:


Depois de instalada a biblioteca, é necessário reiniciar o Scilab. Em seguida, é só usar os recursos disponíveis. Um código exemplo simples:
xdel(winsid());
clc;

im = imread(fullpath(getIPCVpath() + "/images/" + 'baboon.png'));
im1 = im;
im2 = im;
im3 = im; 
im1(:,:,1)=0;
im2(:,:,2)=0;
im3(:,:,3)=0;
subplot(2,2,1); imshow(im);
subplot(2,2,2); imshow(im1);
subplot(2,2,3); imshow(im2);
subplot(2,2,4); imshow(im3);

img = rgb2gray(im);
figure; imshow(img);
[count, cells]=imhist(img);
figure; bar(cells, count);
Zm = im2double(img);
figure; mesh(Zm);

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Divulgando: Seminário Internacional de Pesquisas Transdisciplinares Reunirá Pesquisadores de Cinco Países


Para celebrar os 72 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e os 10 anos de fundação do Grupo Transdisciplinar de Estudos e Pesquisas Transdisciplinares (GTeia), será realizado, nos dias 10 a 12 de dezembro de 2020, o Seminário Internacional de Pesquisas Transdisciplinares. Ver aqui.

Recebi do professor Igor Paim:

Olá amigos, convidou a quem tiver interesse em participar de Seminário Internacional de Pesquisas Transdisciplinares de um grupo de pesquisa que eu coordeno junto com o Prof. Dr. Flávio Gonçalves (UFC). Ocorrerá de 10 a 12 de Dezembro de 2020. Teremos conferencias , painéis temáticos e comunicações de pesquisas, além de algumas apresentações artísticas. Tudo on-line.

Nesse evento serão tratados diversos temas transdiciplinares muito interessantes e atuais, envolvendo filosofia, educação, direito, transumanismo, decolonialismo, dentre outros assuntos.

Teremos pesquisadores do Brasil, Colômbia, Coreia do Sul, Itália e Espanha. 

Vale a pena conferir. 

É uma realização do Grupo  Transdisciplinar em Estudos e Pesquisas Interinstitucionais (GTeia) e recebe o apoio de diversas instituições, dentre elas, a UFC e o IFCE - campus Maranguape

Aguardo vocês.

Ass.: Igor Paim (IFCE - Campus Maranguape)

Obs: o evento é GRATUITO, naturalmente, mas as vagas são limitadas a 220 participantes. 

Obs.: Faça logo a sua inscrição !

https://forms.gle/WqwEbUdyBTg5TjQN6

sábado, 5 de dezembro de 2020

Divulgando: Feira do Conhecimento - FdC Digital

 

Na verdade, você terá bem mais que 10 motivos para não querer ficar de fora. Acesse www.feiradoconhecimento.com.br, inscreva-se e saiba mais!

1. O evento é online, você terá acesso a toda programação sem sair de casa;

2. 100% gratuito! Você não paga nada para acessar todo o conteúdo da FdC Digital;

3. São mais de 40 webinares e 8 atrações como museus, mostras de cinema e tecnologias sociais, experimentos científicos, além de um planetário virtual;

4. Conteúdos produzidos por mais de 100 empresas, universidades e instituições da área da ciência, da tecnologia e da inovação;

5. Webinares conduzidos por profissionais e pesquisadores que são referências dentro e fora do país;

6. Representantes de empresas como Microsoft, IBM, Amazon, Google, OSF Digital, entre outras, compõem a nossa programação;

7. São mais de 70 expositores para você visitar durante os 3 dias do evento;

8. Você pode logar de qualquer dispositivo, fixo ou móvel, e até mais de um ao mesmo tempo;

9. Acesso a conteúdo de ponta, que prepara para o mercado de trabalho e para o futuro;

10. Você receberá certificado de participação, emitido pela Secitece.

Vem pra FdC Digital! 

Algumas das palestras:


sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Você será vacinado contra a COVID nos primeiros meses de 2021? Resposta curta: não.



Encontrei esse texto hoje e republico aqui no blogue. Vale a pena conferir.

CHEGOU A VACINA. MAS NÃO SERÁ PARA O POVO BRASILEIRO - Então, temos a primeira vacina. Tudo indica que dia 7 de dezembro o Reino Unido começará a vacinar sua população com a primeira vacina aprovada, da Pfizer-BioNTech. E agora eu vou explicar pra vocês porque o que muitos de nós, cientistas, estamos falando há meses, sobre o fato de que não podemos balizar nossas ações no Brasil na chegada de uma vacina, se torna mais real. Porque para nós, brasileiros, isso não será uma realidade próxima. E é agora que grande parte da população vai pagar por suas escolhas políticas, inclusive os que não escolheram o cenário atual. 

Pra vacinar 200 milhões de pessoas, ou o equivalente, são necessários, no mínimo, 200 milhões de agulhas e 200 milhões de seringas. Já pensaram sobre isso? Não temos essa quantidade, não temos nem metade disso. O que significa que o Ministério da Saúde e o Governo Federal deveriam estar, há meses, negociando a compra do estoque destes suprimentos. Mas não estão. A única coisa que foi feita nesse sentido foi em agosto, quando o Governo Federal manifestou interesse em comprar 80 milhões desses suprimentos, sem efetivar o negócio. Agora é a hora que precisaríamos ter inteligência sanitária, epidemiológica e científica estruturada dentro do Governo Federal, para tomar essas decisões estratégicas. E não temos, sequer temos um Ministro da Saúde.

Isso por si só já é bastante sério, mas infelizmente não é o único entrave. A vacina da Pfizer-BioNTech precisa ficar armazenada a -70 graus ou perde eficácia e estabilidade. O Brasil não tem como estocar essa quantidade de vacina nesta temperatura. Os equipamentos de armazenamento vacinal brasileiros chegam a, apenas, -20 graus Celsius. Não temos equipamento. E, sinto muito te dizer, mas o freezer que refrigera a sua mamadeira de piroca não atinge essa temperatura, não vai dar pra ser utilizado.

E como se tudo isso já não fosse grave o suficiente, tem a principal questão: a negociação política e financeira da compra de milhões de doses. Essa compra seria indiscutível para governos que se orientam por princípios científicos, epidemiológicos e sanitários coerentes. Não é o caso do governo atual. Ou vocês acham que um governo que considera uma pandemia que matou mais de 170 mil do seu próprio povo uma "gripinha" estará empenhado nesta negociação?

E como se tudo isso já não constituísse um cenário preocupante, ainda tem a questão delicada, fundamental e altamente estratégica da prioridade vacinal. Qual será a prioridade, quem será vacinado primeiro, qual será o plano de prioridade? Ou você acha que vai poder chegar no postinho a qualquer hora e fazer a sua vacinação e do seu filho? Nada está sendo feito no sentido de traçar as prioridades vacinais no Brasil. O que significa: povo sem vacina.

A conta tá chegando.
E será exorbitante.

Para termos vacina para o povo brasileiro até o fim do primeiro semestre de 2021, todas as negociações deveriam estar sendo realizadas agora. Não é só compra de vacina, como eu acabei de explicar. É muito mais. Mas o Governo Federal brasileiro tá mais preocupado em extinguir as bolsas PIBIC da área de humanas... Vejam o que fizeram com o Brasil.

Ligia Moreiras Sena. Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista. Mestre em Psicobiologia pela Universidade de São Paulo. Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Santa Catarina. Doutora em Ciências (Área: Farmacologia) pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisadora das áreas de: saúde coletiva, violência e saúde, medicalização, violência obstétrica no Brasil e pesquisa qualitativa em saúde com foco nos impactos da violência sobre a saúde da mulher e da criança.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Falando sobre racismo - racismo sutil


Repensar o vocabulário e uso de expressões. 

Estudos dizem que chegamos a pronunciar 20 mil palavras por dia. Você já parou para pensar no significado das palavras do nosso vocabulário? E em quantas vezes reproduzimos, mesmo sem querer, expressões e termos racistas ou que reforçam estereótipos?

Alguns exemplos:

A COISA TÁ PRETA - O termo associa a palavra “preto” com uma situação desconfortável, desagradável, difícil ou perigosa.  DIGA: A COISA TÁ DIFÍCIL.

A DAR COM PAU - Tem origem nos navios que traziam os povos escravizados, quando algumas pessoas preferiam morrer de fome a serem escravizadas. Assim elas eram alimentadas à força com um tipo de colher de pau grande, daí vem a expressão “a dar com pau”. DIGA: BASTANTE, MUITO. 

CABELO RUIM, CABELO DE BOMBRIL, CABELO DURO - Termos racistas usadas como bullying que depreciam a imagem e o cabelo de pessoas negras. Falar mal das características dos cabelos Afro também é racismo. VOCÊ DEVE FALAR: CABELO CRESPO, CACHEADO, AFRO.

COR DO PECADO - Utilizada erroneamente como elogio, se associa ao imaginário da mulher negra sensualizada. Em uma sociedade pautada na religião, pecar não é positivo, ser pecador é errado, e ter a pele associada ao pecado significa que ela é ruim. Outra expressão que faz a mesma associação de que negro = negativo. Sugestão: não use esta expressão!

Fonte:


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Prêmio Jabuti 2020: alguns dos premiados.


O Prêmio Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Criado em 1959, foi idealizado por Edgard Cavalheiro quando presidia a CBL, com o interesse de premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano. Fonte: Wikipédia.

Por que “jabuti” para nomear um prêmio do livro? A resposta tem explicação no ambiente cultural e político da época, influenciado, sobretudo, pelo modernismo e nacionalismo, pela valorização da cultura popular brasileira, nas raízes indígenas e africanas, nas suas figuras míticas, símbolos seculares carregados de sabedoria e experiência de vida e legados de uma geração à outra. Sílvio Romero, Mário de Andrade, Monteiro Lobato e Luís da Câmara Cascudo, entre o final do século XIX e o início do século XX, foram pioneiros na pesquisa, no estudo e na divulgação dessa rica cultura popular.

E foi Monteiro Lobato, provavelmente, o mais prolífico na recriação literária das histórias desses personagens meio enigmáticos, meio reveladores e sempre sedutores do folclore nacional. Um desses personagens da literatura infantil de Lobato é, como se sabe, o jabuti. O pequeno quelônio, já familiar no imaginário das culturas indígenas tupi, ganhou vida e personalidade nas fabulações do autor das “Reinações de Narizinho”, como uma tartaruga vagarosa, mas obstinada e esperta, cheia de tenacidade para vencer obstáculos, para enganar concorrentes mais bem-dotados e chegar à frente ao fim da jornada. Com essas credenciais, ganhou também a simpatia e a preferência dos dirigentes da CBL. Eles o elegeram para inspirar e patrocinar um prêmio para homenagear e promover o livro.

Fonte aqui.

Alguns dos premiados deste ano:

Djamila Ribeiro - com o seu Pequeno Manual Antirracista. Categoria Ciências Humanas.

Categoria Ciências: Futuro presente: o mundo movido à tecnologia, autor: Guy Perelmuter.

Biografia, Documentário e Reportagem: Escravidão, Vol. I – do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares. Autor: Laurentino Gomes. Laurentino já um veterano, vencedor desta mesma premiação em 2008.

*** Lista completa aqui
*** Notícia aqui.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Registrando: resultado final do "VI TORNEIO ESTUDOS XADREZ DF"

 
Foi concluído hoje o VI Torneio Estudos de Xadrez do DF. Esse torneio (on-line, site lichess - https://lichess.org/) tem um formato bem interessante: sistema suíço em 7 rodadas duplas - cada jogador joga contra o seu oponente duas vezes na mesma rodada (uma de brancas, outra de negras). Então, se você perde uma partida contra um oponente do mesmo nível seu, você tem chance de dar o troco na partida seguinte. Claro, se você for emparceirado com um jogador bem mais forte que você, a sua chance de perder duas seguidas e ficar meio triste é muito grande! A rodada dupla ocorre dupla ocorre durante a semana, o dia e horário é acertado entre os dois jogadores (uma rodada dupla por semana). A cadência das partidas foi de 15min + 15segundos de acréscimo - xadrez "pensando" para os padrões do xadrez na internet.

O grande vencedor desta edição foi o Carlos Alessandro. Ele fez um torneio a parte, vencendo todos os adversários com certa "facilidade" e ficando à frente do segundo colocado por 3,5 pontos! A verdadeira disputa ficou mesmo foi pelo segundo lugar que, no final das contas, ficou com o Doroteu. 

Tive um desempenho "satisfatório". Meu ranking inicial foi 7o. e terminei em 7o. lugar. A minha melhor rodada, acredito que tenha sida a última. Joguei contra o Caio Albuquerque e consegui duas vitórias suadas sem cometer grandes erros, isso quase o oposto do que aconteceu comigo quando joguei contra meu compadre e amigo Francisco Edmundo na terceira rodada. No final, foi um excelente torneio on-line, meus parabéns à organização deste evento.

Onde estão nossos gênios?!


Onde estão os nossos gênios? Por que temos a sensação de que nos falta reconhecimento mundial no campo acadêmico e científico? Por que, sendo o Brasil um país tão grande com tantos recursos, nossa economia é menor que a da Índia, da França e da Alemanha? Onde estão nossos talentos? Perdemos esses talentos para o crime organizado? O texto, que segue abaixo de certa forma responde em parte a esses questionamentos, é do meu colega de trabalho Davis Macedo. Fiz pequenos ajustes de formatação, mas o texto é do Davis.

Conheci verdadeiros gênios vindos do Ensino Público.

Um deles, de alcunha  Luís Cambão, ao fim do 1o Científico, havia resolvido todos os problemas de Física (de todo Ensino Médio) das três melhores coleções q eram adotadas nas Escolas.  No 2o científico teve q abandonar os estudos para ajudar a família.

Um dia perguntei-lhe em que horário estudava, já q trabalhava 8h/dia e estudava à noite,  e ele me respondeu:

"No intervalo do almoço, das 23h à 1h da manhã (quando chegava em casa) e nos finais  de semana". ( Nos fds, após 17h do sábado pois trabalhava até esse horário na feira).

Acrescente -se Naldo Gazo,  Maria Inês Galinha Choca e muitos outros.

Naldo, albino, trabalhava o dia inteiro na roça, todo envolto em lençóis brancos e enorme chapéu de palha.... Pelas 17h descia a Serra em sua bicicleta para estudar na cidade... Não era incomum chegar todo arrebenta do, pois, às vezes, caia no caminho. Voltava pra casa umas 22h e estudava até a madrugada à luz de lamparina.

Naldo me perguntava como era uma Escola grande no Crato/Fortaleza e, enquanto eu lhe descrevia, ele ficava sonhando...

Gente boa demais!

Maria Inês era quem mais dominava o Português. Responsável por 6 irmãos, abandou os estudos pela 6a série. Morava à uma légua (6 km) da cidade... Pelas 7h trazia   3 irmãos à Escola e voltava para a roça, cuidar de casa, fazer almoço para o pai etc. Às 11h, voltava para pegar esses 3 e retornava à casa. À tarde, vinha estudar e trazia os outros 3 irmãos q haviam ficado em casa. Às 17h, voltava pra casa com esses outros 3 para preparar o jantar da Família.

Certo dia, pediu licença à professora e comunicou-nos q abandonaria os estudos, contando-nos sua rotina... e q acabara de perder a mãe q já era doente. Lágrimas não faltaram pelos 4 cantos da sala.

Encontramos, pelo interior, gênios Luizes, Naldos e Marias Inês em cada cidadela.

Que jovens como esses tenham condições para dar continuidade aos seus estudos.

Amém. 🙏🏼

P.S. Aos 12/13 anos, quase fui ser entregador de remédios da Farmácia de Seu Ivan, em minha Caloi vermelha. Ainda fui para o primeiro dia de trabalho...  Não lembro quem, passando por lá, me levou de volta pra casa.... 😉

Davis Macedo.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Dica de vídeo: "A economia deve ser mais HUMANA" com EDUARDO MOREIRA e Marcelo Gleiser (Papo Astral)


Uma conversa/entrevista entre Marcelo Gleiser e Eduardo Moreira. Vale muito a pena ver toda a conversa entre eles dois. Eles acabam falando de diversos assuntos, incluindo economia e educação. 

Eduardo Moreira (Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 1976) é um empresário, engenheiro, palestrante, escritor, dramaturgo, apresentador e ex-banqueiro de investimentos. Formou-se em Engenharia de Produção pela PUC do Rio de Janeiro e foi aluno de intercâmbio na Universidade da Califórnia em San Diego, onde estudou economia. Trabalhou no Banco Pactual até 2009, onde foi sócio responsável pela área de Tesouraria para América Latina (Fonte: Wikipédia).

Marcelo Gleiser (Rio de Janeiro, 19 de março de 1959) é um físico, astrônomo, professor, escritor e roteirista brasileiro, atualmente pesquisador e professor da Faculdade de Dartmouth, nos Estados Unidos. É membro e ex-conselheiro geral da American Physical Society.

Conhecido nos Estados Unidos por suas aulas e pesquisas científicas, no Brasil é mais popular por suas colunas de divulgação científica no jornal Folha de S. Paulo. Escreveu oito livros e publicou três coletâneas de artigos. Participou de programas de televisão dos Estados Unidos, da Inglaterra e do Brasil, entre eles, Fantástico.

Marcelo recebeu o Prêmio Jabuti em 1998, pelo livro A Dança do Universo, e em 2002 por O Fim da Terra e do Céu. Em 2007, foi eleito membro da Academia Brasileira de Filosofia. Em março de 2019, tornou-se o primeiro latino-americano a ser contemplado com o Prêmio Templeton, tido informalmente como o "Nobel da espiritualidade" (Fonte: Wikipédia).

**** Link do vídeo aqui!

sábado, 31 de outubro de 2020

Porque eu voto no professor José Wally para o cargo de Reitor do IFCE

Prof. José Wally M. Menezes.

Sobre o professor Jose Wally Mendonça Menezes: 

Bolsista de Produtividade Desen. Tec. e Extensão Inovadora do CNPq - Nível 2. Licenciatura, Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É professor do Departamento de Telemática e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Telecomunicações (PPGET) ambos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). É pesquisador do laboratório de Fotônica e Eletromagnetismo aplicado/IFCE e colaborador do Laboratório de Telecomunicações e Ciência e Engenharia de Materiais - LOCEM/UFC. Tem experiência na área de Física aplicada a Telecomunicações, Eletromagnetismo, Áreas Clássicas da Fenomenologia e suas Aplicações, atuando principalmente nos seguintes temas: Sistemas de Telecomunicações, Grafeno, Internet das Coisas (IoT), Big Data, Fotônica, Redes sensores, Comunicação óptica, Telesaúde e Smart City.  [Informado no Lattes]

Depoimento do prof. Jorge Fredericson sobre o prof. Dr. Wally - candidato a reitor pelo IFCE:

Há 10 anos conheci um baixim invocado (@wallymenezes ) que estava assumindo a coordenação do curso de Engenharia de Telecomunicações, eu estava no 4 semestre à época.

A missão era a avaliação do curso junto ao MEC. Ali ficou claro que o trabalho era grande e que poucos teriam a coragem (ou loucura) de realizar. Assim, começou o esforço, uma construção coletiva que culminou com a nota 5, NOTA MÁXIMA, dada pelo MEC.

Em seguida, veio outro desafio, o mestrado para esse curso. Novamente, uma construção coletiva que culminou com nascimento do PPGET, onde viraria aluno após finalizar o curso. Tudo isso entre 2010 e 2012.

A escalada continuou, agora na Pro-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFCE na gestão do Prof @auzuirripardodealexandria . Não participei diretamente deste momento, mas os resultados são claros, como o Polo de Inovação, Plataforma NL, crescimento de Pedidos de Propriedade Intelectual, Projetos de P\&D\&I, Crescimento dos cursos de Mestrado e Especializações, Sistema de Ressarcimento, dentre outros.

Em 2017, voltei a trabalhar diretamente com @wallymenezes na PRPI. Lembro do convite feito com o seguinte mote: “Precisamos de alguém que vive a pesquisa no interior para melhor atender as pessoas, você pode ajudar a gente nesse trabalho?”. E cá estou 3 anos e meio depois vendo o resultado deste trabalho junto aos colegas da PRPI. Alegria do nosso ambiente, mesmo em tempos de pandemia, transcende a localidade de nossas estações físicas de trabalho.

Desses 10 anos que trabalho com @wallymenezes ajudar as pessoas sempre esteve em seu dia a dia. Agora, temos a possibilidade e a oportunidade de dar mais um salto nessa caminhada com sua candidatura a Reitor do IFCE.

Gosto muito de um banner que tem no campus que sedia o laboratório no qual faço parte que diz: “Uma casa que evolui e transforma vidas”.

É por acreditar nisso, que deposito minha confiança e meu voto na sua figura como Reitor dessa instituição. Como o sr sempre diz: “nosso foco é ajudar as pessoas”.

Declaração de voto para reitor do IFCE: prof. José Wally

Imagens da página oficial: http://www.voucomwally.com.br/


Recebi do nosso colega prof. Sandro Jucá:

As qualidades presentes no nosso amigo Wally e que motivam o nosso apoio:

  • Integridade é uma característica que qualifica as pessoas que seguem os princípios morais com retidão. 
  • Altruísmo é o comportamento instintivo que nos incentiva a nos preocuparmos com as pessoas ao nosso redor. 
  • Empatia é a habilidade de se colocar no lugar da outra pessoa e compreender seu contexto. 
  • Respeito, ou seja, saber lidar com as diferenças e agir com maturidade nas relações interpessoais, colocando a boa convivência em primeiro lugar. 
  • Engajamento é a qualidade de buscar sempre estar envolvido de forma harmoniosa com opiniões diferentes.
Eu acrescento: inteligência lógica e interpessoal. Conheço o prof. José Wally de perto e já faz um bom tempo. Já fui "chefe" dele em três oportunidade. Conheci o Wally quando eu era coordenador do curso de Eng. de Computação (IFCE/Campus Fortaleza) e ele chegou já resolvendo um problema. Quando eu era Chefe de Departamento, Wally trabalhou comigo como coordenador do curso de Eng. de Telecomunicações. Sob a gestão do Wally o curso obteve nota máxima no MEC (conceito 5). Wally sempre se mostrou compromissado com o trabalho e na solução de problemas. E sempre foi muito bem avaliado pelos alunos. Wally tem o meu apoio e o meu voto para reitor do IFCE. 

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Mestrado: seleção de novos alunos para o PPGET (Eng. Telecomunicações) - IFCE



Acaba de ser divulgado o novo Edital de Seleção para novos alunos do Mestrado Acadêmico em Engenharia de Telecomunicações (Engenharias IV pela classificação da CAPES). Podem se inscrever profissionais formados em engenharia elétrica, eletrônica, telecomunicações, mecatrônica, computação, licenciatura ou bacharelado em física ou matemática, tecnólogo em telemática, mecatrônica e áreas afins. Não existe taxa de inscrição e o curso é diurno. Esse mestrado já formou mais de 60 novos mestres desde maio de 2015. Ao todo são 24 novas vagas distribuídas da seguinte forma: 
  • Micro-ondas e Óptica Integrada (10 vagas);
  • Informação Quântica (2 vagas); 
  • Processamento de Sinais (12 vagas).
Muito importante: as inscrições e entrega de documentação começam dia 04 de novembro e vão até o dia 11 de dezembro. Mais informações e link para o edital aqui.

sábado, 24 de outubro de 2020

A psicologia cognitiva do xadrez (tradução)


Tradução do artigo "The Cognitive Psychology of Chess" de "billwall" e disponível no link https://www.chess.com/article/view/the-cognitive-psychology-of-chess.

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O Dr. Fernand Gobet (ver aqui) é professor de Psicologia Cognitiva e Mestre Internacional de xadrez. Ele é um ex-campeão suíço júnior e campeão suíço, e foi co-editor da Swiss Chess Review de 1981 a 1989. Ele escreveu sua tese de doutorado sobre as memórias de um jogador de xadrez. Ele escreveu muitos livros e artigos sobre xadrez e psicologia. Ele tem estudado muitos aspectos da psicologia do xadrez, como imagens mentais, reconhecimento de padrões e estudos e padrões de jogo de jogadores de xadrez.

Depois de estudar centenas de jogadores de xadrez, Gobet encontrou uma forte correlação entre o número de horas que os jogadores de xadrez dedicaram ao xadrez (prática deliberada) e sua classificação atual. Em um estudo com 104 jogadores (101 homens e 3 mulheres), incluindo 39 jogadores sem título sem qualquer classificação, 39 jogadores sem título com classificações, 13 masters FIDE (FM), 10 Masters Internacionais (IM) e 3 GMs, ele descobriu que o relatados jogadores não avaliados e média de 8.303 horas de dedicação ao xadrez; os jogadores classificados mas sem título relataram 11.715 horas; os FMs relataram 19.618 horas e os MIs relataram 27.929 horas (nenhuma informação sobre os GMs). Demorou uma média de 11.000 horas para chegar a 2.200. Um jogador precisou de cerca de 3.000 horas para chegar a 2.200, enquanto outro jogador gastou mais de 23.000 horas para atingir o mesmo nível.

O mestre médio (avaliado em 2.257) tinha 7,0 anos de prática séria. O especialista médio (2174) tinha 1,03 anos de prática séria. Os mestres aumentaram sua classificação em uma média de 7 pontos Elo por ano de prática séria, enquanto os especialistas aumentaram sua classificação apenas em uma média de 1 ponto Elo por ano de prática séria. Os especialistas aumentaram muito pouco seu nível de habilidade no xadrez com o tempo, enquanto os mestres continuaram aumentando o deles.

Na pesquisa de Gobet, 83% dos jogadores relataram jogar blitz, 80% tiveram um treinador em algum momento, 67% usaram bancos de dados (bancos de dados de jogos, mas não programas de jogo), 66% jogaram contra programas de xadrez; 56% acompanhavam jogos de xadrez sem usar tabuleiro, 23% jogavam jogos com os olhos vendados. Jogadores mais fortes eram mais propensos a ter um treinador, usar bancos de dados e jogar blitz.

Jogadores mais fortes também tendem a possuir mais livros de xadrez (e lê-los) do que jogadores mais fracos. Como atividade individual, a leitura de livros de xadrez foi o indicador mais importante da habilidade no xadrez. Para a atividade em grupo, o treinamento e os jogos de velocidade foram os preditores mais significativos da habilidade no xadrez, mas menos com a idade.

O Dr. Gobet também descobriu que a prática em grupo (incluindo jogos de torneio) era um melhor indicador de desempenho de alto nível do que a prática individual.

Foi demonstrado que jogadores não profissionais que começaram a jogar xadrez ainda jovens demonstram interesse e compromisso com o xadrez até o final da adolescência. É quando o tempo dedicado ao xadrez atinge o pico (cerca de 18 anos). Depois disso, os jogadores começam a trabalhar ou cursam a universidade e / ou se casam, o que reduz o tempo de jogo de xadrez. Em meados dos anos 30, quando as questões familiares e profissionais estão mais estáveis, os jogadores de xadrez não profissionais voltam ao jogo e jogam com mais frequência.

Gobet mostrou que havia uma indicação clara de que os primeiros três anos de prática séria de xadrez na infância são muito mais vantajosos do que os primeiros três anos de prática séria em idades posteriores. A maioria dos mestres levava o xadrez a sério entre os 10 e os 12 anos. A maioria dos especialistas começava a pensar no xadrez por volta dos 14 anos.

Um papel importante na habilidade de xadrez é o reconhecimento de padrões (vs. a habilidade de pesquisar no espaço do problema). Através de anos de prática e estudo, os mestres aprenderam várias centenas de milhares de padrões perceptuais de xadrez (chamados de chunking). Quando um desses padrões é reconhecido em uma posição específica, o mestre tem acesso rápido a informações como movimentos potenciais ou sequências de movimentos, táticas e estratégias. Isso explica a descoberta automática e intuitiva de bons movimentos por um mestre, bem como a memória extraordinária para posições de xadrez semelhantes a jogos.

As funções de pesquisa em um tabuleiro de xadrez, incluindo o número de lances candidatos visitados e a profundidade da pesquisa, podem não diferir entre mestres e amadores, de acordo com De Groot (1946, 1978). Suas descobertas foram que os grandes mestres não buscam mais de forma confiável do que os amadores. No entanto, outros estudos (Holding 1989) mostram que jogadores fortes realmente procuram mais profundamente do que jogadores mais fracos. Holding argumentou que o experimento de De Groot não era bom o suficiente para detectar diferenças existentes entre grandes mestres e amadores.

Em 1990, Saariluoma estudou a função de pesquisa dos melhores jogadores e sugeriu que os Mestres e Grandes Mestres Internacionais às vezes pesquisam menos do que os jogadores de xadrez mestres. Em posições táticas, ele descobriu que mestres com uma classificação de 2200 Elo olhavam para 52 nós e na maior profundidade de 5,1 movimentos. Em comparação, o IM e o GM pesquisaram, em média, 23 nós com uma profundidade média de 3,6 movimentos.

Dados do xadrez de velocidade e xadrez simultâneo mostram que as limitações no tempo de pensamento não prejudicam o desempenho do mestre de xadrez. Os mestres do xadrez parecem ser mais seletivos em seus movimentos e direcionam sua atenção rapidamente para bons movimentos. Os grandes mestres não olham para muitas continuações do jogo antes de escolher um movimento. Parece que o chunking, o reconhecimento de padrões de xadrez conhecidos, desempenha um papel fundamental na habilidade de um mestre de jogar com rapidez e precisão.

Então, jogadores fortes confiam mais na análise de várias alternativas ou no reconhecimento de padrões familiares de xadrez na situação? Os jogadores de xadrez colocam mais ênfase em suas habilidades analíticas ou na construção de uma grande base de conhecimento em suas cabeças? Talvez seja uma combinação de habilidades de pesquisa e reconhecimento de padrões.

Em 1986, Gobet tentou replicar a experiência de De Groot de 1946 do Grande Mestre contra o exame amador das posições no xadrez. Gobet foi capaz de testar quatro MIs, oito mestres e um total de 48 enxadristas suíços em uma série de questionários de xadrez em que o objetivo era encontrar a melhor jogada para as brancas, sem mover as peças, com tempo de raciocínio limitado a 30 minutos

Tanto o reconhecimento de padrões quanto os modelos de busca preveem que jogadores fortes escolhem movimentos melhores, que selecionam movimentos mais rápido e que geram mais nós em um minuto. Gobet mostrou que a primeira previsão foi cumprida, mas a segunda e a terceira foram suportadas apenas de forma fraca. Os modelos de pesquisa preveem que jogadores fortes pesquisam mais nós e pesquisam mais profundamente. A primeira previsão não foi cumprida, mas a segunda foi em que a diferença está na profundidade média de pesquisa, não na profundidade máxima de pesquisa. Finalmente, os modelos de reconhecimento de padrões prevêem que jogadores fortes mencionam menos movimentos básicos, reinvestigam com mais frequência o mesmo movimento e saltam com menos frequência entre movimentos diferentes. Todas essas previsões foram atendidas.

Gobet mostrou que outro possível preditor da habilidade no xadrez pode ser a idade inicial. A idade média em que os jogadores de cada grupo começaram a jogar seriamente foi a seguinte: jogadores não avaliados - 18,6 anos; jogadores avaliados - 14,2 anos; FMs - 11,6 anos; MIs - 10,3 anos; GMs (pequena amostra) - 11,3 anos. Quase todos os jogadores com títulos começaram a jogar seriamente antes dos 12 anos.

Tornar-se um mestre requer atividades de treinamento que vão além do tipo de atividades repetitivas e informadas por feedback, tipicamente enfatizadas nos dias anteriores. A teoria do xadrez e a tecnologia dos computadores mudaram a maneira como os jogadores de xadrez se preparam para seus jogos. Os mestres tentam memorizar variações de abertura com o auxílio de bancos de dados de xadrez, investigam posições de abertura para encontrar novidades para surpreender seus oponentes e jogam torneios ou jogos de treinamento contra outros jogadores, ou na Internet, ou contra programas de computador de xadrez fortes.

O Dr. Gobet também investigou as personalidades dos jogadores de xadrez. Estudos descobriram que jogadores de xadrez adultos são mais introvertidos e intuitivos do que a população em geral. No entanto, são as crianças mais enérgicas e extrovertidas que têm maior probabilidade de jogar xadrez. Essas crianças são, em geral, mais propensas a experimentar atividades como xadrez do que seus colegas menos extrovertidos. Os jogadores infantis que eram mais fortes no xadrez do que seus colegas eram mais curiosos, tinham interesses intelectuais e culturais mais amplos e eram mais realizados na escola do que os jogadores mais fracos.

Além disso, os jogadores mais fortes também tendem a ser mais intuitivos do que os mais fracos. Os jogadores de xadrez também pontuaram mais alto do que os não jogadores nas medidas de ordem e pensamento não convencional.

Outra consideração no pensamento do xadrez é o efeito do envelhecimento entre os jogadores de xadrez. Estudos mostraram que em tarefas de memória em que as posições são apresentadas brevemente, para o mesmo nível de habilidade, jogadores mais jovens se lembram das posições de xadrez melhor do que jogadores mais velhos. Apesar de produzirem um desempenho pior do que os jogadores mais jovens do mesmo nível de habilidade em tarefas de memória, os jogadores mais velhos tiveram um desempenho igualmente bom em tarefas de resolução de problemas em que tiveram que escolher o melhor movimento e também foram mais rápidos na escolha de seu movimento.

Em 1894, Alfred Binet realizou o primeiro estudo sobre as habilidades mentais dos mestres do xadrez. Em 1903, ele foi o primeiro psicólogo a desenvolver um teste de inteligência. Ele criou os testes de Quotente de Inteligência (QI), em que o escore de inteligência era o quociente da idade mental para a idade física.

Em 1927, três psicólogos russos (Djakow, Petrowski e Rudik) estudaram oito dos melhores grandes mestres da época. Os jogadores incluíram Emanuel Lasker, Richard Reti, Savielly Tartakower, Carlos Torre, Peter Romanovsky, Ernst Gurenfeld e Rudolf Spielmann. Eles não encontraram nenhuma diferença com uma amostra de controle sobre inteligência geral ou memória visuoespacial, com exceção de tarefas de memória em que o material a ser lembrado estava intimamente relacionado ao xadrez.

Após um século de investigação, nenhum estudo com jogadores de xadrez adultos conseguiu estabelecer uma ligação entre habilidade e inteligência no xadrez. O intelecto tinha pouco poder de previsão entre os jogadores de xadrez fortes.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Antes de votar: um breve 'checklist'.

Figura/arte: adaptado daqui.

Nas eleições municipais temos a oportunidade de tentar mudar o que está aí ou, se estiver bom e funcionando, tentar manter as coisas mais ou menos como estão. De qualquer forma, antes de votar é bom ver se o candidato em quem você está pensando em votar realmente merece o seu voto. Para isso, adaptamos um pequeno 'checklist' do professor Leandro Karnal. Confira:

  1. Seu/sua candidato/a tem um projeto de vida autônomo? Pode ser um grande empresário ou um organizador de grupos de catadores de papel; pode ser cortadora de cana ou professora: ele ou ela existem antes da disputa?
  2. Sendo de esquerda, direita ou de centro: tem solidariedade com as pessoas? Seu/sua candidato/a tem empatia com o povo? Pensa nos problemas das pessoas, quer ser parte da solução?
  3. Em itens fundamentais (como a luta contra o racismo ou o combate à violência sobre as mulheres) já se manifestou claramente, sem enrolação? Muito antes das eleições, ele ou ela já diziam que estas coisas são inaceitáveis?
  4. A pessoa pode ser culta ou pouco estudada, mas deve ter a educação dos jovens como prioridade. Educação vai do incentivo à leitura, melhores salários para os professores, a evitar que se roube merenda escolar.
  5. Um item a ponderar: existem processos julgados de corrupção contra ela ou ele? Não vote em um candidato 'ficha-suja', ainda existem muitos candidatos honestos por aí. 
  6. Não acredite em propostas 'mirabolantes', poucas propostas, mas sólidas e pautadas na realidade da sua cidade, são bem melhores.
  7. E, claro, as coisas que não podemos esquecer no dia da votação: levar um caneta, máscara (uso obrigatório), documento de identidade com foto e o título de eleitor.
Lembre-se: na prática não existe diferença entre voto branco e voto nulo. Com esses votos são descartados na apuração, eles não têm o poder de anular uma eleição. Isso porque o resultado só leva em conta os votos válidos (aqueles depositados em um candidato ou partido político).

É bom saber: quais as funções de um vereador? O vereador produz leis de abrangência municipal e fiscaliza as ações do Executivo, ou seja, do prefeito. Um vereador atua como representante do cidadão. Ele é o intermediário entre a população da cidade e o Executivo.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Revise antes de publicar - você corre o risco se tornar um humorista involuntário.

 


Recebi de um amigo (não posso garantir a veracidade, fiz alguns pequenos "ajustes"):

  1. Para todos os que têm filhos e não sabem, temos na empresa uma área especial para crianças. 
  2. O torneio de basquete das paróquias vai continuar com o jogo da próxima quarta-feira. Venham nos aplaudir, vamos tentar derrotar o Cristo Rei! 
  3. Na sexta-feira às sete, os meninos do Oratório farão uma representação da obra Hamlet, de Shakespeare, no salão principal. Toda a comunidade está convidada para tomar parte nesta tragédia.
  4.  Prezadas senhoras, não esqueçam a próxima venda para beneficência. É uma boa ocasião para se livrar das coisas inúteis que há na sua casa. Tragam seus maridos. 
  5. O coro dos maiores de sessenta anos vai ser suspenso durante o verão, com o agradecimento de toda a comunidade.
  6. O mês de novembro finalizará com uma celebração cantada por todos os defuntos da região.

Você percebeu? É sempre importante revisar o seu texto. Mesmo textos curtos podem ser involuntariamente humorísticos. Isso vale até para textos acadêmicos. 

domingo, 11 de outubro de 2020

Política: participação política, votação e neutralidade política da Igreja

Os cidadãos dos Estados Unidos [aqui no Brasil teremos as eleições municipais] têm o privilégio e o dever de eleger funcionários públicos e influenciar as políticas públicas. A participação no processo político tem efeito em suas comunidades e país, tanto agora como no futuro. Encorajamos os Santos dos últimos dias a serem cidadãos ativos ao se registrarem, exercerem o direito de voto e participarem de assuntos cívicos.

Também os encorajamos a tomar o tempo necessário para se informar sobre as questões e os candidatos considerados. Além das opções disponíveis na internet, debates e outras fontes, a Igreja publica informações ocasionais em www.Newsroom.ChurchofJesusChrist.org sobre certos assuntos morais sobre os quais uma posição foi tomada.

Princípios compatíveis com o evangelho podem ser encontrados em vários partidos políticos e os membros devem procurar candidatos que melhor representem esses princípios.

Enquanto a Igreja afirma sua neutralidade institucional em relação aos partidos políticos e aos candidatos, os membros devem participar do processo político. Por favor, se esforcem por viver o evangelho em sua própria vida ao  demonstrar o amor de Cristo e ao agir com gentileza no âmbito político.

Atenciosamente,

Russell M. Nelson,
Dallin H. Oaks,
Henry B. Eyring

Fonte: newsroom.churchofjesuschrist.org


quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Política: em quem votar?



Já que estamos em ano eleitoral, seguem alguma palavras sobre política e como votar.

Um bom governo e um bom governante.

Nenhum ser está preparado para reinar, governar e dirigir até que (...) tenha prestado obediência à lei e provado ser digno, por ter honrado a lei a que estava sujeito, de ser senhor daquela lei. (DBY, p. 357)

[Um bom governo requer um líder que seja] capaz de comunicar, para que o povo entenda de acordo com sua capacidade, as informações acerca de todos os aspectos da justa administração do governo. Ele deve compreender qual política administrativa seria mais benéfica à nação. Deve também ter o conhecimento e a disposição para exercer sabiamente todo o poder de nomeação, desde que esteja constitucionalmente sob seu controle, e escolher somente homens bons e capazes para os cargos públicos. Ele não deve apenas pôr em execução as aspirações legais e justas de seus eleitores, mas ser capaz de iluminar-lhes o entendimento e corrigir-lhes as opiniões. Todos os bons dirigentes numa administração verdadeiramente republicana devem trabalhar constantemente para assegurar os direitos de todos, sem distinção de seita ou partido. (DBY, p. 363)

Queremos homens para governantes desta nação que se preocupem mais com o bem-estar do país e o amem mais do que o ouro, a prata, a fama e a popularidade. (DBY, p. 364) 

Um povo político e participativo.

O povo deve concentrar seus sentimentos, sua influência e sua fé para escolher o melhor homem que puder encontrar para ser o presidente, mesmo que ele não tenha mais do que batatas com sal para comer. Que seja um homem que não aspire tornar-se maior do que o povo que o elegeu, mas que se contente em viver como o povo e vestir-se como o povo e, em todas as coisas louváveis, ser um com o povo. (DBY, p. 363)

Somos um povo político? Sim, muito político. Mas a que partido vocês pertencem ou em quem votariam? Eu lhes direi em quem votaremos: votaremos no homem que apoie os princípios de liberdade civil e religiosa, no que tiver maior conhecimento e que tiver o melhor coração e cérebro para ser um estadista. Pouco nos importa se ele é um liberal-conservador, um democrata, (...) um republicano, (...) ou qualquer outra coisa. Essa é nossa política. (DBY, p. 358) 

Fonte: ENSINAMENTOS DOS PRESIDENTES DA IGREJA: BRIGHAM YOUNG

terça-feira, 29 de setembro de 2020

A política de destruição ambiental de Ricardo Salles e do atual "governo"

 

O senhor Ricardo Salles (atual "ministro" do meio ambiente) já mostrou claramente que o objetivo dele não é proteger o meio ambiente, mas atender a interesses econômicos gananciosos e de visão extremamente limita. O pior é que ele não está sozinho nisso, tem todo o apoio do presidente e de alguns setores míopes da economia. 

Destruindo o meio ambiente não perdemos só a natureza, os animais ou a beleza natural: perdemos o ciclo da vida, as fontes de água, a própria fonte de alimento de homens e animais e a proteção contra esse clima cada vez mais louco. Até quando teremos esse indivíduo nesse ministério?! Até quando teremos que suportar esse "governo"?! 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

IFCE: eleições 2020


O IFCE deu início ao processo no qual a comunidade acadêmica vai escolher os novos gestores para Reitoria e campi da instituição. O processo é deflagrado em reunião do Conselho Superior, que ocorreu hoje, com a definição do Grupo de Trabalho que vai organizar a eleição das Comissões Eleitorais de Campus e da Comissão Eleitoral Central, responsáveis por definir as normas e conduzir todo o pleito de escolhas dos novos dirigentes, sendo esta a primeira fase do processo. Essas comissões são formadas por professores, técnicos administrativos e estudantes. Só após esta etapa é que começamos o processo de inscrição de candidatos a reitor(a) e diretor(a)-geral de campus, campanha e votação. Uma página especial será criada, no portal do IFCE, para que a comunidade acompanhe todo o processo. Todas as informações serão divulgadas nos canais oficias do IFCE. Acompanhe.

Dicas de sobrevivência em um semestre letivo virtual


No IFCE (Instituto Federal do Ceará) começará um novo semestre letivo agora em outubro (houve um atraso por conta da pandemia do covid-19). As aulas de 2020.2 serão a distância, usando tecnologia e salas de vídeo conferência. Isso requer tanto dos professores quanto dos alunos um comportamento e um compromisso um tanto diferente das aulas presenciais normais.

Por parte dos professores, as aulas devem ser melhor preparadas, organizadas e tempo on-line deve ser ocupado com um conteúdo claro e com poucas redundâncias. A lógica da aula deve ser a mais linear possível para que os alunos consigam acompanhar com tranquilidade. Nas aulas presenciais tudo isso é importante, mas a presença física e as maiores possibilidades de expressão podem ajudar a tornar a aula mais clara e atrativa, mesmo quando a ordem dos assuntos apresentados não é tão linear. 

Algumas dicas para os estudantes:

  • só faça matrícula nas disciplinas que você irá realmente ter tempo para estudar;
  • organize seus horários de tal forma que possa acompanhar com tranquilidade as aulas remotas síncronas;
  • "negocie" com a sua família momentos de "silêncio" durante as suas aulas virtuais;
  • crie um ambiente de estudo tranquilo em algum lugar da sua casa;
  • durante a aula virtual tente tirar dúvidas, ligue o seu microfone e faça a sua pergunta na hora, o professor não deve ficar chateado por causa dessa interrupção;
  • da mesma forma que acontece nas aulas presenciais, não deixe os trabalhos para entregar no último momento e nem deixe as tarefas se acumularem, você terá que até mais organizado do que era em um semestre letivo "normal";
  • lembre-se: para cada hora de aula virtual você precisa de pelo menos mais uma hora de estudo individual; 
  • fuja das distrações: no horário de estudo se desconecte de tudo o que não for absolutamente essencial (Facebook, Twitter, Tiktok, ...).
Espero que essas dicas possam lhe ajudar!

sábado, 19 de setembro de 2020

Divulgando: Retomando a Economia - O Ceará é mais forte

 


Não perca dia 22 de setembro o evento, Retomando a Economia - O Ceará é mais forte, será uma grande oportunidade de acompanhar grandes personalidades do mercado que se reunirão para falar sobre as tendências de consumo pós-pandemia e ajudar você a se manter atualizado na volta ao mercado.

O Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFCE, Wally Menezes é um dos painelistas confirmados no painel Digitalização dos Negócios. Wally Menezes, tem Licenciatura, Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É Pró-Reitor, professor e pesquisador. Tem experiência na área de Física aplicada, atuando principalmente em temas como Big Data, Internet das Coisas (IoT) e Smart City, entre outros.

Não perca tempo e se inscreva logo e gratuitamente pelo site https://bit.ly/33V2p6j 
Evento 100% online e com certificação.

Eletrônica: oscilador de Wien com amp. op.

O oscilador de ponte de Wien* é capaz de gerar um sinal senoidal com baixa distorção. A estrutura básica é indicada na figura acima. O amplificador (indicado em azul: amp. op + resistores R3 e R4) precisa ter um ganho suficiente para manter a oscilação, mas se o ganho for muito grande ocorre uma distorção grande no sinal senoidal de saída (saturação). A análise matemática do circuito acima pode ser vista aqui

Uma forma de evitar essa distorção por saturação do sinal senoidal é incluir alguma forma de controle de ganho do amplificador: para uma oscilação de baixa amplitude (logo que liga o circuito) o ganho deve ser "grande" de tal forma que a oscilação cresça (exponencialmente), quando a amplitude atinge o valor desejado, o ganho deve diminuir para manter a amplitude da senoide constante. O circuito abaixo faz isso com o auxílio de dois diodos do tipo Zener (D2 e D3):


A saída (OUT e Sf) é:

* A ponte de Wien foi desenvolvida originalmente por Max Wien em 1891. Max Karl Werner Wien (Königsberg, 25 de dezembro de 1866 - Jena, 24 de fevereiro de 1938) foi um físico alemão e diretor do Instituto de Física da Universidade de Jena. Max Wien era primo de Wilhelm Wien, prêmio Nobel de Física de 1911. O circuito moderno é derivado da dissertação de mestrado de William Hewlett de 1939, co-fundador da Hewlett-Packard (HP).