segunda-feira, 22 de junho de 2009

Blogs fazem pessoas escreverem mais e pior, diz Saramago


Como vocês sabem, Saramago é prêmio Nobel de Literatura. O primeiro prêmio Nobel para a língua portuguesa.

Buenos Aires, 21 jun (EFE).- O escritor português José Saramago, que está prestes a publicar um livro com os artigos que escreveu em seu blog, diz acreditar que com o crescimento desse tipo de espaço na internet "está se escrevendo mais, embora pior".

"A prática do blog levou muitas pessoas que antes pouco ou nada escreviam a escrever. Pena que muitas delas pensem que não vale a pena se preocupar com a qualidade do que se escreve", disse Saramago em entrevista publicada hoje pelo jornal argentino "Clarín".

O escritor português reuniu os artigos publicados durante os seis primeiros meses de sua atividade como blogueiro em "Caderno de Saramago", um livro vetado na Itália por Silvio Berlusconi e que reflete o espírito crítico de seu autor.

"Pessoalmente cuido tanto do texto de um blog como de uma página de romance", completou o Nobel português, de 86 anos e que apresentará o livro em um encontro com blogueiros aberto a internautas de todo o mundo no próximo dia 25 em Lisboa.

Quanto a seu blog (http://caderno.josesaramago.org/), o escritor disse que não destina ao espaço "nenhuma ideia em particular", para depois expressar que "os sismógrafos não escolhem os terremotos, reagem aos que vão ocorrendo, e o blog é isso, um sismógrafo".

"Aqueles que me leem sabem que podem encontrar-se a cada dia diante de algo totalmente inesperado", reforçou Saramago, que respondeu às perguntas do diário argentino por e-mail da Espanha, onde mora.

O autor de "O Evangelho segundo Jesus Cristo" também sustentou que não teve de lidar com a situação de criar textos que tivesse medo de publicar, e avaliou que "se o blog é um espaço para a reflexão, não deve surpreender que ilumine aquele que o escreve".

fonte:
http://br.noticias.yahoo.com/s/21062009/40/saude-blogs-pessoas-escreverem-pior-diz.html

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Isso é que literatura descartável!

Empresa japonesa lança conto de terror em papel higiênico

Conto impresso nos rolos traz história de espírito maligno que vive nos vasos sanitários.

O escritor japonês Koji Suzuki, autor da trilogia Ring, que deu origem ao filme O Chamado, vai lançar no próximo dia 6 um conto de terror em formato nada convencional. Drop fala de um espírito maligno que habita uma privada e será impresso em rolos de papel higiênico.

"É como um produto normal. A diferença é que a pessoa pode ler uma história antes de usar o papel", disse à BBC Brasil Hiroshi Nakajima, chefe de vendas da fabricante de papéis Hayashi Paper Corp, empresa que vai lançar o produto.

Cada rolo terá o mesmo conto impresso várias vezes e ele pode ser lido em apenas 90 cm do papel.

Suzuki ficou famoso no Japão com obras de terror. Entre as publicações de sucesso estão Spiral, Ring e o conto Floating Water, que ganharam versões cinematográficas.

Floating Water inspirou o filme Água Negra, a estreia do diretor Walter Salles em Hollywood.

O mais recente trabalho, Drop, se passa num banheiro público e trata de uma superstição japonesa que fala de espíritos e fantasmas que habitam os banheiros.

No país, é comum pais contarem histórias de terror aos filhos, como a da mão peluda que sai da privada quando os pequenos estão com as calças arriadas, sugando-os para o fundo das águas escuras.

Rolos de papel higiênico com estampas e inscrições também não são novidade para a Hayashi Paper. "Já publicamos versões com desenhos e também com informações importantes sobre como se prevenir em caso de terremoto ou outros desastres naturais", contou Nakajima.

"Mas uma história é a primeira vez", ressaltou.

O rolo de papel higiênico com o conto de Suzuki tem 30 metros de comprimento e custa cerca de US$ 2 cada.

A empresa preparou 20 mil "exemplares", que serão vendidos em livrarias, supermercados, lojas de suvenir e pela internet.

O produto japonês não é novidade no mercado editorial. No ano passado, uma empresa da Espanha, a Empreendedores, lançou rolos de papel especial com clássicos da literatura mundial.

Na versão espanhola havia trechos de literatura clássica, teatro, poesia e até textos sagrados da Bíblia e do budismo.

fonte: http://noticias.br.msn.com/bem-bizarro.aspx?cp-documentid=20001757


Um pouco de ciência - conhecendo um "Blazar".

Você sabe o que é um "Blazar" ?




Talvez você já tenha ouvido falar sobre buraco negro, mas você sabe o que é um "blazar"?

Veja a definição do Wikipédia:

O blazar é um corpo celeste que apresenta uma fonte de energia muito compacta e altamente variável associada a um buraco negro supermassivo do centro de uma galáxia ativa. O blazar sofre um dos fenômenos mais violentos do universo e é um dos tópicos mais importantes em astronomia extragaláctica.

Os blazares são membros de um grupo maior de galáxias ativas conhecidas como galáxias de núcleo activo (AGN em inglês). Entretanto, os blazares não são um grupo homogêneo e portanto estão divididos em grupos menores dos quais destacam-se os OVVs e os objetos BL Lacertae.

São exemplos de blazar os seguintes objetos: PKS 2155-304, Markarian 421 e Markarian 501.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Meus próprios comentários ao "Quanto custa ..."

Inicialmente, vamos analisar a parte "fácil" do problema: quanto (poderia) custar para acabar com a fome no mundo? Alguns fatos:

"O número de pessoas com fome no mundo subiu de 850 milhões para 925 milhões em 2007, por causa da disparada dos preços dos alimentos, anunciou nesta quarta-feira em Roma o diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Jacques Diouf. "
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u445854.shtml

Os gastos militares dos norte-americanos é de mais que US$ 500 bilhões de dólares ao ano!
Fonte: Revista Veja, edição 2115, ano 42, no. 22, 3 de junho de 2009, pg. 82.

Façamos alguns cálculos e considerações. Em geral, essas pessoas que passam fome vivem em regiões pobres, onde um prato de comida custa em torno de US$ 1,00 (um dolar), logo, para que todos tivessem uma refeição decente seriam necessários algo em torno de 1,0 bilhão de dólares.

Se, além dessa refeição básica, elas recebessem o suficiente para montar um pequeno negócio (uma crianção de galinhas ou ovelhas, sementes para a agricultura), pagar dívidas, ter alguma instrução básica (aprender a ler e escrever, fazer operações matemáticas elementares), o custo deveria subir para algo em torno de 100,0 bilhoes de dólares. É muito dinheiro? Não! E por um motivo puramente econômico: essas pessoas passariam a ser consumidoras e produtoras. Esse "investimento" inicial teriam um retorno certo em um ou dois anos. Os "investidores" teriam o seu dinheiro de volta, com juros, em pouco tempo. E ainda haveria o "lucro" social.

E o que está faltando para resolvermos esse problema?

Na verdade, o problema da fome no mundo é muito mais complexo do que o texto "Quanto custa ..." sugere. Não é apenas uma questão financeira, numérica, contábil. Se assim fosse, seria uma problema fácil de resolver e estaríamos caminhando para um solução em um prazo curto, aliás, esse problema já teria sido resolvido no século passado! Ou antes!

O que está por trás das pessoas que passam fome? Uma sociedade injusta? Uma sociedade que aceita (grandes) diferenças sociais como uma coisa natural? Governos corruptos? Guerras? Um clima cada vez mais instável e imprevisível?

O ponto chave é outro: é o próprio ser humano! Quem cria uma sociedade injusta, insensível, mesquinha, hipócrita e corrupta?

Se as pessoas não mudarem, não houver uma mudança de dentro para fora das próprias pessoas, o mundo continuará sendo o que é: desequilibrado, injusto, com milhões passando fome e muitos outros sem saber como gastar tanto dinheiro acumulado.

Infelizmente, conhecemos um pouco da história humana na face da Terra, e podemos dizer que nada (ou muito pouco) mudou no homem nos últimos 10.000 anos. Externamente, podemos perceber muitas mudanças. Mas a essência humana continua a mesma. Se é verdade que ele nasce bom e a sociedade o corrompe, então é porque ele não tem forças para vencer o mal externo e prefere se acomodar na indiferença.

A fome vai continuar. E os outros três cavaleiros do Apocalipse não deixarão de fazer a sua parte nesse espetáculo.

(Espero estar equivocado).

Sobre esse assunto, um ponto de vista bem diferente e interessante:
http://pedrodoria.com.br/2008/04/17/por-que-o-mundo-passa-fome/

Quanto custa acabar com a fome no planeta?

Texto editado a partir de

fonte: http://desempregozero.org/2008/11/13/quanto-custa-acabar-com/

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Parece que a fome não é um problema de dinheiro, como pode se ver.

Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial.

"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes. Quem sabe até já se acostumou com elas. Começa com aquelas crianças famintas da África. Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. Aquelas com moscas nos olhos. Os slides se sucedem. Êxodos de populações inteiras. Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro. Durante décadas, vimos essas imagens. No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. Algumas viraram até objetos e arte, em livros de fotógrafos renomados.

São imagens de miséria que comovem. São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais. A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza. Ano após ano, discutiu-se o que fazer. Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta. Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.

Resolver, capicce? Extinguir. Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. Não sei como calcularam este número. Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. Ou o triplo. Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo. Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.

Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse. Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia."

Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar. Se quiser, repasse, se não, o que importa, o nosso almoço tá garantido mesmo...

Quanto custa acabar com... a fome no planeta?