sábado, 27 de junho de 2020

Dica de Leitura: Vidas Secas


Uma minibiografia:

Graciliano Ramos de Oliveira (Quebrangulo, 27 de outubro de 1892 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1953) foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político, militante comunista e memorialista brasileiro do século XX, mais conhecido por sua obra Vidas Secas (1938). É autor também Infância (1945), Histórias Incompletas (coletânea de contos, 1946), Insônia (1947) e de Memórias do Cárcere (1953, obra póstuma), entre outras obras. Faleceu em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão. Graciliano Ramos não foi membro da Academia Brasileira de Letras. Fonte aqui.

Um trecho do livro (Capítulo I - Mudança):



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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Mestrado concluído: mais depoimentos (IFCE/PROFEPT)

Alcemir Horácio Rosa com o diploma de mestrado.
Meu ex-orientando Alcemir Horácio Rosa (Lattes aqui) gentilmente me encaminhou o seguinte relato sobre o seu período de mestrado.

Gosto de contar minha história sobre o mestrado e sempre deixar claro sobre as abdicações que a gente precisa fazer. É difícil, mas não é impossível; com esforço e dedicação, o mestrado se torna um sonho realizável. Os frutos são gratificantes.

Eu tinha muita vontade de fazer o mestrado e aprofundar meus conhecimentos, e em 2016 ouvi falar sobre o mestrado PROFEPT que seria lançado sua primeira turma em 2017. De imediato fiquei fascinado com a ideia e pela quantidade de vagas e principalmente por ser em rede nacional. Logo baixei todos os materiais da bibliografia e comecei a estudar. O medo de não passar era tão grande e a insegurança que estudei uma, duas, três, quatro vezes o material. A gente duvida tanto de nossas próprias capacidades, e esquece que o esforço traz bons frutos... Consegui fazer e fechar todas as questões da prova de marcar. Mas fiquei ainda mais tenso porque faltava o resultado da bendita redação. Enfim, deu tudo certo, a redação foi um sucesso e consegui entrar.

Foram muitos desafios; na época, era servidor de nível fundamental e tinha acabado de financiar minha casa e meu veículo, e o fato das aulas serem semanais (toda sexta feira) ficava com orçamento bem apertado porque acabava tendo que viajar toda semana de Parnaíba a fortaleza. Era uma viagem de 10 horas de ônibus e as passagens eram bem caras; as vezes numa semana gastava em torno de 250 reais. No início a gente vai passando em cartão, vai dividindo, mas teve tempo que tive que tirar de coisas básicas da minha vida pra manter minhas idas. Lembro que uma vez, cheguei ao ponto de me inscrever para um evento em São Luís, fiz o artigo, foi aprovado, e ao chegar o dia, não tive condições de ir. Tive ainda outros desafios, eu era servidor em estágio probatório, não tinha liberação, ou seja, me ausentava na sexta feira e pagava horas durante a semana. Não tinha direito ao afastamento. De segunda a quinta trabalhava e pagava as horas. O primeiro ano foi muito puxado porque trabalhava a semana toda, pagava horas e as horas foram acumulando chegando ao ponto que tive que trabalhar até dia de sábado. O reflexo dessa falta de tempo foi bem clara, passei o primeiro ano com muitas dificuldades; cheguei a ser reprovado 4 vezes no comitê de ética. E eu garanto... uma das maiores tristezas para um aluno de mestrado é ver seus colegas progredindo, fazendo o projeto, desenvolvendo a pesquisa e olhar para si mesmo e ver que você não está produzindo quase nada.

Lembro bem que uma das vezes que voltava dentro do ônibus cansado, desiludido... Vinha me perguntando se realmente valia a pena e se de verdade eu conseguiria finalizar.

Mas tudo coopera para o bem daqueles que creem no Senhor. Pois com a ajuda de Deus (em primeiro lugar), da instituição em que eu trabalhava, dos amigos, da família e do meu orientador Dr. Francisco José; após um ano de mestrado consegui um afastamento no serviço de três dias por semana (quarta, quinta e sexta); foi algo maravilhoso para mim, pois consegui me organizar nos estudos e nas pesquisas. Consegui inclusive avançar no comitê de ética e aprovar minha pesquisa e assim comecei finalmente a estruturar meu trabalho.

Depois de um ano, com afastamento concedido, foi que comecei a viver o sonho do meu mestrado. Só então foi que eu pude correr atrás de fazer pesquisa, entrevistas e questionários e ter um melhor contato com meu orientador, e, realmente produzir.

Mestrado é algo difícil de se entrar; por isso é preciso valorizar quando você consegue ingressar em um. E foi isso que eu fiz. mesmo com dificuldade financeira e de tempo, busquei estar participando dos eventos científicos, publicar artigos e fazer uma pesquisa que respeitasse as pessoas e aos temas vinculados. Passei o curso inteiro imaginando que não iria conseguir concluir dentro do prazo. Mas... Claro... não consegui fazer como alguns amigos que finalizaram antecipadamente, antes do prazo de 24 meses; contudo também não deixei passar desse prazo e no dia 30 de Agosto de 2019 consegui defender a minha dissertação - dentro do prazo. Uau! Eu consegui!

Em 13 de dezembro de 2019, recebi meu diploma e senti o gosto mais doce da recompensa de ter encarado e seguido até o final deste desafio. Vale a pena! Sim!

O próximo depoimento é da minha ex-orientanda Ivia Dias.

A experiência do mestrado foi um misto de surpresa, medo e superação. Como eu sabia que havia inúmeros candidatos que estavam se preparando pesadamente há vários meses, o meu realismo fazia-me pensar que as minhas cinquenta horas de trabalho semanal dividido em dois empregos diferentes, além dos cuidados com dois filhos pequenos não me permitiriam alcançar a aprovação.

Mas ledo, engano: fui aprovada para a primeira turma do PROFEPT/IFCE, ao passo que descobria a gravidez da minha terceira filha. De repente, estava vivenciando um dos momentos mais desafiadores da minha existência, que foi o de conciliar trabalho, casamento, filhos pequenos, gestação, amamentação, cuidados com um bebê, e a realização de uma meta acadêmica e profissional: o mestrado.

Os dias passaram muito rapidamente, durante as aulas presenciais, conheci professores e professoras competentes, além de colegas e amigos de mestrado, que, como eu, também partilhavam de diversos desafios na jornada acadêmica, o que proporcionou conhecimento e amadurecimento nos diversos âmbitos da vida.

Posso afirmar que o maior desafio enfrentado no período foi a gestão do tempo, pois tinha que fazer meu tempo render para o aprofundamento nos estudos da temática escolhida, para a formatação/ aplicação do produto educacional e, finalmente, para a escrita da dissertação; isso foi conseguido, graças à uma rede de apoio familiar, ao esforço do estudos durante as madrugadas, além de um orientador atento. Por diversas vezes, em meio a problemas e exaustão, pensei em desistir da empreitada, porém, o apoio familiar e as palavras incentivadoras do meu professor orientador, não me permitiram fazê-lo.

O tempo voou e, quando me dei conta, já estávamos além dos vinte e quatro meses do início, a dissertação já era um misto de amor e ódio, pois, ao passo em que era apaixonada pela temática, também queria me aprofundar cada vez mais no assunto, até que o grande dia chegou, quando me tornaria mestra em educação profissional e tecnológica.

Enfim, após tudo o que passei, enquanto estudante oriunda da escola e da universidade pública, negra, mãe, mulher, trabalhadora e temente a Deus, sinto-me uma campeã do sistema educacional, da sociedade e da vida. Que a minha história real sirva de inspiração para todos que enfrentam dificuldades para a conclusão do mestrado. Vá em frente!

Carlos Alberto Decotelli da Silva: novo ministro ou novo "sinistro" da Educação?



O novo ministro da Educação é o senhor Carlos Alberto Decotelli da Silva, a nomeação dele foi anunciada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele sucederá ao desastroso senhor Abraham Weintraub. Espero que o novo ministro seja uma pessoa mais racional e que trabalhe naquilo que se espera de um Ministro da Educação. Como disse a deputada federal Tabata Amaral em sua conta no Twitter:

"Decotelli chega com o desafio de reestruturar um MEC paralisado por dois ministros que nunca tiveram a educação como prioridade. Desejo que ele reconheça que o MEC precisa mudar de rota e esteja disposto ao diálogo p/ superarmos a crise. O futuro da nossa juventude depende disso."

Aparentemente, teremos mais um militar no ministério, já que o senhor Carlos Decotelli é intendente honorário da Marinha do Brasil. O novo ministro tem Graduação em Ciências Econômicas pela UERJ, especialização em Administração Financeira e Mestrado profissional em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Doutorado em Administração pela Universidade Nacional de Rosário, UNROS, Argentina*. Pela sua formação, é muito mais um homem da área de negócios que um educador. Lemos no seu Currículo Lattes (link aqui):

Ex-Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, autarquia federal responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação - MEC. Realizou seu Pós-Doutorado na Bergische Universität Wuppertal, na Alemanha, Doutorado em Administração pela Universidade Nacional de Rosário (Argentina), Mestre em Administração pela FGV EBAPE, MBA em Administração pela FGV/EBAPE/EPGE. Graduado em Ciências Econômicas pela UERJ. Intendente honorário da Marinha do Brasil. É um dos autores dos livros publicados pela editora FGV: Matemática Financeira Aplicada; Gestão de Riscos no Agronegócio; Administração Bancária - Uma Visão Aplicada; Gestão de Finanças Internacionais. Coordenador do MBA Finanças na Fundação Getulio Vargas. Coordenador Acadêmico do Curso "Gestão Financeira Corporativa, FGV e Fordham University e no NYIF em New York - USA. Atuou como executivo em Bancos e Corretoras do Mercado Financeiro e também como professor no Centro de Jogos de Guerra na Escola de Guerra Naval - EGN. Disciplinas Lecionadas e Respectivas Apostilas: Análise de Viabilidade econômico-financeira de projetos - Gestão de OMPS para organizações Militares da Marinha Gestão de Finanças para oficiais Intendentes da Marinha - Mercado de Títulos de Renda Variável - Gestão de Projetos Internacionais e Trade Finance - Gestão de Finanças Internacionais - Finanças Bancárias e Acordos da Basiléia - Finanças Corporativas - Gestão Financeira de Cooperativas de Produção - Gestão de Riscos e Proteções Financeiras - Gestão de Carteiras de Títulos de Renda Fixa.

* Hoje ficamos sabendo que o senhor Decotelli não concluiu o doutorado (ver aqui).

terça-feira, 23 de junho de 2020

Conjunto de Mandelbrot com Scilab


O conjunto de Mandelbrot é um fractal definido como o conjunto de pontos $c$ no plano complexo para o qual a sequência definida recursivamente por
$z_{0}=0$
$z_{n+1}={z_{n}}^{2}+c$
não tende ao infinito. Essa definição ao mesmo tempo simples e pouco intuitiva é bem fácil de ser implementada em qualquer software matemático, como o Scilab. Se depois de 20 ou 30 iterações $z_n$ se mantiver finito, então o ponto (complexo) $c$ pertence ao conjunto de Mandelbrot. Se adicionarmos cores aos restantes dos pontos do plano complexo, pode obter uma figura semelhante à que abre nossa postagem. Mais informações sobre fractais e conjunto de Mandelbrot aqui.

Código Scilab para gerar a figura acima:


clc; xdel(winsid());
function fz=fmand(r, im)
    c = r + %i*im;
    z = 0;
    sair = 0;
    while abs(sair) < 25
        z = z*z + c;
        sair = sair + 1;
        if abs(z)>10 then sair = 100; end;
    end    
    fz = round(abs(z));
endfunction

px=0.001;
xx = -2:px:2;
tam = max(size(xx));
xx = 1; yy=1;
M = zeros(tam,tam);
for cr = -2:px:2
    disp(cr);
    xx = 1;
    for ci = -2:px:2
        xx = xx + 1;
        M(xx,yy) = fmand(cr,ci);
    end
    yy = yy + 1;
end
Matplot(M);

----------------------------------------------
Nos gráficos abaixo vemos a evolução de $z_n$ para diferentes valores de $c$.


sexta-feira, 19 de junho de 2020

Mestrado concluído! Como conseguir?

Foto da Brodie Vissers do Burst
Concluir um mestrado não é a coisa mais fácil do mundo. Também não é um bicho de sete cabeças (talvez tenha só umas três ou quatro). O fato é que nem todos que começam um mestrado conseguem concluí-lo. Em algumas áreas a taxa de sucesso talvez seja de uns 50% outras podem chegar perto de 90% (não tenho esses dados exatos). Para alguns poucos, o mestrado é relativamente tranquilo, os resultados aparecem logo e a defesa acontece até mesmo antes do prazo de 24 meses. Para outros o mestrado é um tormento que se prolonga por mais 30 meses com iminência de um desligamento e da sua não conclusão. Conseguir manter o foco, superar as muitas dificuldades que surgem (acadêmicas ou pessoais), problemas de saúde, etc, fazem do mestrado uma verdadeira corrida com obstáculos.

O depoimento de um dos meus ex-orientandos (Saulo Freitas, concluiu recentemente o ProfEPT):

Esses quase 2 anos de pós-graduação stricto sensu, foram bastante desafiadores para mim. Primeiramente tinha acabado de sair da graduação, nunca tinha passado por uma orientação de trabalho acadêmico e de repente tendo que encarar a escrita de uma dissertação de mestrado. Além desse grande desafio existiu também a questão da distância, pois resido a mais de 340 km do IFCE campus Fortaleza, viajava as quintas-feiras à noite para amanhecer na capital e posteriormente assistir as aulas permanecendo o dia inteiro nas atividades acadêmicas. Retornava para a minha residência no último ônibus, o das 22h. 

Outro grande desafio foi conseguir o meu afastamento parcial de 12 horas semanais para poder me dedicar aos estudos já que tinha que trabalhar 40 horas semanais, consegui o afastamento depois de mais de 7 meses de aula. Prosseguindo nas batalhas teve a submissão do meu projeto de pesquisa ao Comité de Ética do IFCE que somente na 3 submissão obtive o parecer. A pesquisa, a escrita, a defesa da dissertação, foram grandes desafios enfrentados. Tive a sorte de ter um bom orientador e construir amizades sólidas no percurso da pós-graduação. E por final, se em algum momento pensei em desistir: sim algumas vezes, mas o peso da responsabilidade falou mais alto. Inúmeros desafios eu passei, mas no final o meu DEUS me fortaleceu! 

“Até aqui nos ajudou o Senhor” I Samuel 7:12 

Um segundo depoimento (Pedro Bruno, com a defesa quase concluída):

Talvez seja um pouco clichê, porém sinto a necessidade de salientar que os vinte e dois meses no mestrado foram de muito aprendizado e de evolução tanto acadêmica como pessoal. É impossível não mencionar as angústias que permearam essa difícil e enriquecedora jornada acadêmica. Em primeiro lugar, destaco a dificuldade em conciliar uma jornada de trabalho de quarenta horas semanais e as atividades acadêmicas da pós-graduação stricto sensu. Também é imprescindível frisar que a pressão em realizar uma pesquisa que apresentasse resultados relevantes foi um fantasma que assombrou diariamente a minha vida de mestrando.

Contudo, todas essas angustias foram suavizadas pelo apoio irrestrito e incondicional da minha esposa e pelo companheirismo dos meus colegas e das minhas colegas de turma. Também tive um orientador que sempre esteve presente para me aconselhar e tranquilizar. Além disso, nos momentos mais sombrios de incerteza e aflição, o meu Deus sempre me consolou e nunca meu deixou esmorecer.

Para os futuros(as) mestrandos(as) sugiro: sempre cumprir todos os prazos estabelecidos, cultivar um bom relacionamento com os colegas de turma e com o corpo docente, assim como seguir todos os conselhos e dicas do seu orientador.

Por fim, se você me perguntar: tudo isso valeu mesmo a pena? Só posso responder com os versos imortalizados pelo grande poeta português Fernando Pessoa: Tudo vale a pena/ Se a alma não é pequena.

Um depoimento bem especial da Lia Leite Santos (concluiu o mestrado na UFC, literatura):

A experiência do mestrado foi duplamente desafiadora por transcorrer entre a gravidez e o primeiro ano de vida de minha filha, Aurora. Muitas mulheres passam pela mesma situação e se perguntam como conseguir concluir uma pesquisa de pós-graduação em um momento tão delicado. A minha dica é: calma, confiança e planejamento. Criar metas e objetivos de pesquisa divididos em semestre, meses, semanas e dias. Manter uma rotina constante de estudos, pois a disciplina contribui para uma ação com menos esforço. Se você lê e escreve todos os dias, mesmo que boa parte dos rascunhos parem na lata do lixo, ou melhor, sejam “deletados”, será bem mais fácil do que se forçar a escrever uma dissertação, de uma hora para outra, se você não se habituou a isso.

A organização cotidiana também é imprescindível. Mães têm cada minuto do dia solicitado pelo bebê então, caso você tenha uma rede de apoio, será de enorme valor dividir os cuidados com outras pessoas para poder realizar a sua pesquisa. Do contrário, a regra que segundo os pediatras é “bebê dorme, você dorme” será substituída por “bebê dorme, você estuda” – que foi o meu caso. É muito difícil, mas não é impossível. Será cansativo, mas valerá a pena! Quando concluir saberá que há muito mais força em seu interior do que imaginava.

Cumpri a licença maternidade, mas não pedi prorrogação do prazo. Tudo correu melhor do que esperava, e por fim dedico essa vitória a minha filha, a grande motivadora, e meu marido, o maior incentivador.

sábado, 13 de junho de 2020

Dica de leitura: Sem treino não se ganha jogo


Mais uma dica de leitura mais ou menos na linha "autoajuda": Sem Treino Não Se Ganha Jogo - O Poder da Prática e As Regras Para Desenvolver Talento e Progredir na Arte do Aperfeiçoamento dos autores Doug Lemov, Erica Woolway e Katie Yezzi.

Quem já estudou a equação de segundo grau ($ax^2 + bx + c = 0$) deve se lembrar do algoritmo para sua resolução, da famosa fórmula de Bhaskara e talvez até se lembre de fato como resolver essa bendita equação. Isso se deve a um fato: você deve ter resolvido dezenas, talvez centenas de problemas de matemática envolvendo a equação de segundo grau. Esse treinamento exaustivo, especialmente para quem seguiu carreiras acadêmicas da área de exatas, foi essencial. Para qualquer físico ou engenheiro, resolver uma equação do segundo grau é uma tarefa trivial.

Sem um treinamento exaustivo, nenhum grande atleta teria chegado a se destacar em sua carreira. Jogadores de xadrez talentosos demoram anos aprimorando suas técnicas antes de chegarem à elite do esporte. Médicos precisam praticar (treinar) como estudantes muito antes de se tornarem cirurgiões respeitados. Entretanto, até mesmo para esses treinamentos devem ser seguidas algumas regras para serem mais efetivos. Por exemplo, jogar muito xadrez, as vezes dezenas de partidas por dia, mas sem um estudo mais aprofundado das regras, posições, estrutura de peões e finais clássicos, não se consegue evoluir.

O livro Sem Treino Não Se Ganha Jogo pode lhe ajudar a conseguir seus objetivos de forma mais consistente e rápida. Boa leitura!

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Fonte com proteção simples contra curto-circuito.

Fonte CC com proteção contra curto-circuito.
Em geral, uma fonte de alimentação precisa ter algum tipo de proteção contra um curto-circuito. Sem essa proteção, um acidente simples pode queimar um circuito caro. Um exemplo de proteção contra curtos é o uso de fusíveis, mas, em geral, o fusível protege mais a rede elétrica do que o próprio equipamento. Além disso, o fusível precisa ser trocado a cada vez que atua como proteção.

Uma proteção mais prática para uma fonte CC pode ser conseguida por um circuito formado simplesmente por um transistor e um resistor. Quando a corrente que passa pelo resistor R3 aumenta muito e passa de 700 mA, o transistor Q2 começa a conduzir e força uma diminuição da tensão de saída (sobre o resistor R2). Se houver um curto, a corrente ficará limitada e, o melhor, sem queimar nenhum componente (se os componentes tiverem sido devidamente calculados).

Qual o valor mínimo da carga (ou corrente máxima de saída) antes do transistor Q2 começar a conduzir para R3 = $1\Omega$? Se ocorrer um curto, qual a corrente desse curto?

Pode ser útil (para simulador LTspice XVII):

Schematic Editor - Action Hot Keys (control key)  
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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Dica de leitura: Tio Petros e a Conjectura de Goldbach


A história contata em "Tio Petros e a Conjectura de Goldbach" é, pelo menos para mim, fascinante. O tio Petros é um matemático genial que luta arduamente para decifrar um enigma matemático fácil de entender, mas tremendamente difícil de resolver.

Na wikipedia lemos o seguinte sobre a Conjectura de Goldbach:

A conjetura de Goldbach, proposta pelo matemático prussiano Christian Goldbach, é um dos problemas mais antigos não resolvidos da matemática, mais precisamente da teoria dos números. Ela diz que todo número par maior que 2 pode ser representado pela soma de dois números primos.
Por exemplo: 4 = 2 + 2; 6 = 3 + 3; 8 = 5 + 3; 10 = 3 + 7 = 5 + 5; 12 = 5 + 7; etc.
Verificações por computador já confirmaram a conjetura de Goldbach para muitos números. No entanto, a efetiva demonstração matemática ainda não ocorreu. O melhor resultado até agora foi dado por Olivier Ramaré em 1995: todo número par é a soma de no máximo 6 números primos.

O livro conta também um pouco da história da matemática e de como devemos ter cuidado na escolha de nossos desafios.

Um breve resumo:

Um jovem descobre que seu tio, um tipo estranho e visto pela família como um perdedor, fora no passado um brilhante matemático, que dedicara sua vida ao estudo de um problema insolúvel: a Conjectura de Goldbach. A curiosidade o leva a questionar o tio sobre a verdadeira história de sua vida, de cuja narrativa se tece este belo e apaixonado romance.