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quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Como as Democracias Morrem - uma resenha

 

O livro "Como as Democracias Morrem", lançado em 2018 pelos cientistas políticos Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, analisa o risco real e atual de colapso das democracias modernas. Ao contrário de golpes militares abruptos do passado, os autores mostram que as democracias tendem a morrer de forma gradual, através da eleição de líderes que minam as normas democráticas, corroem os freios e contrapesos e enfraquecem o respeito às instituições e à alternância no poder. Usando o governo de Donald Trump como estudo de caso (que está muito atual), eles exemplificam a ascensão de políticos autoritários que, embora eleitos democraticamente, ameaçam a própria democracia. O livro destaca normas políticas não escritas essenciais, como a tolerância mútua e a contenção, que têm protegido democracias como a dos Estados Unidos, mas que vêm sendo abandonadas. A obra permanece extremamente atual, pois muitos países enfrentam desafios similares de polarização, populismo e enfraquecimento institucional, ressaltando a importância de proteger a cultura democrática e estar atento às ameaças internas para evitar a erosão do regime democrático.

Em síntese, "Como as Democracias Morrem" continua relevante em 2025 para entender os perigos que ameaçam sistemas democráticos ao redor do mundo e alerta para a necessidade de defesa ativa das normas e instituições que sustentam a democracia.

Uma biografia de Steven Levitsky  

Steven Robert Levitsky (nascido em 1968) é cientista político americano e professor de governo na Universidade de Harvard, onde se especializa em democratização, autoritarismo e instituições políticas, com foco na América Latina. Ele é reconhecido por seus estudos sobre regimes autoritários competitivos e quebras democráticas graduais. Levitsky tem outras obras relevantes além de "Como as Democracias Morrem" e tem atuado em centros de pesquisa importantes como o Conselho de Relações Exteriores. Formou-se em Ciências Políticas pela Universidade de Stanford e obteve seu Ph.D. na Universidade da Califórnia, Berkeley.

Uma biografia de Daniel Ziblatt 

Daniel Ziblatt (nascido em 1972) é também cientista político e professor na Universidade de Harvard, onde é Eaton Professor de Ciência Governamental e diretor do Centro para Estudos Europeus Minda de Gunzburg. Seus estudos focam na democracia, história política da Europa e estado de direito. É autor de vários livros, incluindo "Como as Democracias Morrem", que recebeu ampla aclamação internacional. Ziblatt é conhecido por examinar a erosão democrática e por sua análise histórica dos partidos conservadores e do desenvolvimento da democracia. Ele possui doutorado em Ciência Política pela Universidade da Califórnia, Berkeley.

Algumas referências

  • https://relacoesexteriores.com.br/como-as-democracias-morrem-resenha/
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Steven_Levitsky
  • https://ffms.pt/pt-pt/autores/daniel-ziblatt
  • https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/download/740/431/1373
  • https://levitsky.scholars.harvard.edu
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Daniel_Ziblatt
  • https://teoriaerevolucao.pstu.org.br/como-as-democracias-morrem-levitsky/
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Steven_Levitsky
  • https://www.danielziblatt.com
  • https://periodicos.uff.br/culturasjuridicas/article/download/45190/25956/152291
  • https://www.companhiadasletras.com.br/colaborador/10272/steven-levitsky
  • https://penguinlivros.pt/autores/daniel-ziblatt-2/
  • https://www.scielo.br/j/rbcpol/a/SXhFQ4nwXKrLsnmGg7YYPyx/

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Soberania Nacional: O Que É e Por Que Importa

 

O Que Significa Soberania Nacional?

Soberania nacional é, basicamente, o direito que cada país tem de se governar sozinho, sem depender ou sofrer interferência de outros países. Isso envolve decidir suas próprias leis, cuidar do seu território, proteger sua população e tomar decisões políticas de forma independente. Esse conceito ganhou força a partir do Tratado de Westfália, em 1648 (ver aqui e aqui), e até hoje é a base das relações entre os países no mundo todo.

O Que Fortalece a Soberania de um País?

Vários fatores ajudam um país a manter sua soberania firme:

  • Autonomia política: poder criar suas leis e políticas públicas sem depender de outros governos.
  • Controle do território: proteger suas fronteiras e recursos naturais contra ameaças externas.
  • Independência econômica: não depender demais de outras potências, especialmente em setores como energia e comércio.
  • Força militar: ter capacidade de defesa suficiente para proteger seus interesses.
  • Identidade cultural: valorizar e preservar a cultura própria, mesmo diante de tantas influências de fora.

Os Desafios de Hoje

Atualmente, manter a soberania não é tão simples. A globalização trouxe uma conexão enorme entre os países, especialmente na economia. Isso faz com que decisões internas muitas vezes dependam de acordos ou regras internacionais. Organizações como a ONU ou o FMI também influenciam bastante. Além disso, disputas por recursos naturais — como no Atlântico Sul — e pressões de grandes potências, como China e Estados Unidos, colocam países como o Brasil em situações delicadas.

Um exemplo atual é o debate sobre a Amazônia. Esse tema está em alta, com muitos países e organizações pressionando o Brasil em nome da conservação ambiental. O desafio é encontrar um meio-termo entre proteger o meio ambiente e exercer plenamente a nossa soberania. 

Além disso, alguns políticos parecem lutar contra a soberania nacional ao se curvarem aos interesses de outros países. Ainda não nos livramos da 'síndrome do vira-lata' (ver aqui) e alguns parecem felizes em servirem de capacho para potências estrangeiras. Entretanto, o nosso país pode e deve ser uma potência regional, não para oprimir nossos vizinhos, mas para ajudar no desenvolvimento do América do Sul.  

Por Que Isso é Importante para o Brasil?

No caso do Brasil, manter a soberania é essencial para garantir o controle sobre riquezas como a Amazônia, o pré-sal, terras raras, minérios e a nossa imensa diversidade natural e cultural. Neste momento, o país enfrenta decisões difíceis sobre como explorar com sabedoria seus recursos naturais sem abrir mão da sua autonomia. Fortalecer a economia interna, a educação, investir nas Forças Armadas e valorizar a cultura brasileira são caminhos importantes para manter essa soberania viva.

Conclusão

A soberania é um dos pilares que sustentam qualquer nação. No entanto, num mundo cada vez mais interligado, ela precisa ser constantemente negociada e defendida. Para o Brasil, isso significa encontrar equilíbrio entre crescer economicamente, cuidar do meio ambiente e manter sua independência frente às pressões externas.

sábado, 19 de julho de 2025

Relação entre Personalidade e Orientação Política


Existem estudos científicos que exploram a relação entre traços de personalidade e orientações políticas, como as divisões entre "esquerda" e "direita". Pesquisas indicam que certos aspectos da personalidade, especialmente dentro do modelo dos Cinco Grandes Traços (Big Five), podem influenciar preferências políticas, embora a conexão não seja simples ou determinística.

Traços de Personalidade e Ideologias

Estudos sugerem que pessoas com maior abertura a experiências (openness to experience) tendem a se alinhar mais com ideologias de esquerda, valorizando mudanças, criatividade e novas ideias. Por outro lado, aqueles com alto nível de conscienciosidade (conscientiousness) frequentemente se inclinam para a direita, mostrando preferência por ordem, tradição e estrutura. Além disso, traços como agreeableness (amabilidade) podem estar associados à esquerda, enquanto neuroticismo e introversão aparecem em contextos variados, dependendo de fatores como classe social.

Comprovação Científica

Pesquisas realizadas em amostras de diferentes países, como Reino Unido, EUA e Canadá, mostram que esses traços explicam entre 3% e 9% da variância nas orientações políticas, dobrando a influência quando comparados a fatores demográficos sozinhos. No entanto, a relação não é causal de forma direta. Alguns estudos indicam que fatores genéticos e ambientais compartilhados podem influenciar tanto a personalidade quanto as atitudes políticas, sugerindo que a conexão pode ser mais complexa do que uma simples causa e efeito. Além disso, análises recentes questionam se as preferências políticas podem, em parte, moldar os traços de personalidade relatados, em vez de apenas o contrário.

Críticas e Limitações

Apesar dos achados, a ciência não apresenta um consenso definitivo. A correlação entre personalidade e política varia conforme o contexto cultural, o método de medição e a definição de "esquerda" ou "direita". Estudos também destacam que essas associações são fracas em magnitude e que fatores como educação, religião e classe social desempenham papéis significativos. Assim, embora existam evidências, a ideia de que a personalidade determina a ideologia política deve ser tratada com cautela.

Em resumo, há uma base científica que sugere uma ligação entre traços de personalidade e orientações políticas, mas ela é influenciada por múltiplos fatores e não deve ser vista como uma regra absoluta. A discussão continua aberta, incentivando uma análise crítica sobre como formamos nossas crenças políticas.

Artigos sobre Orientação Política e Personalidade

  • VERHULST, B.; EAVES, L. J.; HATEMI, P. K. Correlation not Causation: The Relationship between Personality Traits and Political Ideologies. *American Journal of Political Science*, v. 56, n. 1, p. 34-51, 2012. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22400142/. Acesso em: 19 jul. 2025.
  • SIBLEY, C. G.; OSBORNE, D.; DUCKITT, J. Personality and Political Orientation: Meta-Analysis and Test of a Threat-Constraint Model. *Journal of Research in Personality*, v. 46, n. 6, p. 664-677, 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/256933817_Personality_and_political_orientation_Meta-analysis_and_test_of_a_Threat-Constraint_Model. Acesso em: 19 jul. 2025.
  • GERBER, A. S. et al. Personality and Political Attitudes: Relationships across Issue Domains and Political Contexts. *American Political Science Review*, v. 104, n. 1, 2010. Disponível em: https://www.cambridge.org. Acesso em: 19 jul. 2025.
  • JOST, J. T. et al. Political Conservatism as Motivated Social Cognition. *Psychological Bulletin*, v. 129, n. 3, p. 339-375, 2003. Disponível em: https://www.frontiersin.org. Acesso em: 19 jul. 2025.
  • CARNEY, D. R. et al. The Secret Lives of Liberals and Conservatives: Personality Profiles, Interaction Styles, and the Things They Leave Behind. *Political Psychology*, v. 29, n. 6, p. 807-840, 2008. Disponível em: https://www.frontiersin.org. Acesso em: 19 jul. 2025.
  • VAN HIEL, A.; KOSSOWSKA, M.; MERVIELDE, I. The Relationship between Openness to Experience and Political Ideology. *Personality and Individual Differences*, v. 28, n. 4, p. 741-751, 2000. Disponível em: https://www.frontiersin.org. Acesso em: 19 jul. 2025.
  • BAKKER, B. N. et al. Personality Traits and Party Identification over Time. *Electoral Studies*, v. 54, p. 1-21, 2018. Disponível em: https://www.sciencedirect.com. Acesso em: 19 jul. 2025.
  • FATKE, M. Personality Traits and Political Ideology: A First Global Assessment. *Political Psychology*, v. 38, n. 5, p. 881-899, 2017. Disponível em: https://www.frontiersin.org. Acesso em: 19 jul. 2025.
  • FURNHAM, A.; FENTON-O'CREEVY, M. Personality and Political Orientation. *Personality and Individual Differences*, v. 149, p. 128-134, 2019. Disponível em: https://www.sciencedirect.com. Acesso em: 19 jul. 2025.
  • DE NEVE, J.-E. Personality, Childhood Experience, and Political Ideology. *Political Psychology*, v. 36, n. 1, p. 55-73, 2015. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31749510/. Acesso em: 19 jul. 2025. 

sexta-feira, 11 de julho de 2025

O que é ser patriota?

Algumas vezes, falar o óbvio é necessário.  

Recentemente, um político brasileiro ajudou articular sanções econômicas contra o Brasil. Esse político se considera 'patriota'. Ele é patriota mesmo?! Resposta curta: não. Segue uma resposta um pouco mais longa e elaborada.

Vamos começar definindo o que é ser patriota: 

Um indivíduo patriota é aquele que demonstra lealdade, amor e dedicação ao seu próprio país. Esse indivíduo busca o bem-estar do seu país e defende os interesses nacionais frente aos demais países.

As instituições brasileiras estão funcionando normalmente e sem violações de direitos políticos ou liberdade de expressão, logo a ação de um político brasileiro que articula e celebra sanções econômicas contra o Brasil, com potencial para prejudicar a economia e gerar desemprego, dificilmente pode ser vista como patriótica. Patriotismo implica defender os interesses e o bem-estar da nação, e tais sanções, sem justificativa de crise grave ou opressão, são contrárias a esses princípios. Esse político poderia alegar intenções como pressão por mudanças, contudo, tais mudanças parecem atender a interesse apenas particulares e  o impacto negativo esperado sugere uma postura mais alinhada a interesses externos do que ao povo brasileiro.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

O papel da educação no desenvolvimento de uma nação: uma reflexão.

 

Introdução.

A educação é a espinha dorsal do desenvolvimento sustentável de qualquer nação. Sem um povo instruído, capaz de pensar criticamente, inovar e contribuir de forma relevante para a sociedade, o crescimento econômico, social e político de um país é seriamente comprometido. A educação não apenas capacita indivíduos com habilidades técnicas, mas também promove valores éticos, cidadania e igualdade, elementos essenciais para a construção de sociedades prósperas e resilientes. A história de diversos países demonstra que investimentos consistentes em educação são fundamentais para transformar realidades sociais e impulsionar o progresso dessas nações. 

A educação como um motor de transformação.

A educação é um motor de transformação porque capacita indivíduos a romperem ciclos de pobreza, ampliarem suas oportunidades e participarem ativamente do mercado de trabalho e da vida cívica. Além disso, ela fomenta a inovação tecnológica e científica, que são pilares do crescimento econômico moderno. Países que negligenciam a educação enfrentam desafios como desigualdade social, estagnação econômica e instabilidade política. Por outro lado, nações que investem em sistemas educacionais inclusivos e de qualidade tendem a alcançar maior equidade, produtividade e coesão social. 

Exemplos: casos inspiradores.

Um exemplo emblemático é a Coreia do Sul. Na década de 1950, após a Guerra da Coreia, o país era um dos mais pobres do mundo, com uma economia devastada e altos índices de analfabetismo. No entanto, o governo sul-coreano reconheceu a educação como uma prioridade estratégica. A partir dos anos 1960, foram implementadas políticas de universalização do ensino básico, ampliação do acesso ao ensino médio e superior, e forte investimento em professores e infraestrutura escolar. O sistema educacional foi orientado para atender às demandas de uma economia em industrialização, com foco em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Como resultado, a Coreia do Sul transformou-se em uma potência econômica em poucas décadas, com empresas globais como Samsung e Hyundai emergindo de uma força de trabalho altamente qualificada. Hoje, o país tem uma das taxas de alfabetização mais altas do mundo (quase 100%) e lidera rankings internacionais de desempenho educacional, como o PISA.

Outro caso inspirador é a Finlândia, que reformulou seu sistema educacional nas últimas décadas do século XX para priorizar a equidade e a qualidade. Após enfrentar desafios econômicos nos anos 1970, a Finlândia investiu em um modelo educacional que valoriza professores bem formados, currículos flexíveis e inclusivos, e igualdade de acesso à educação. Diferentemente de sistemas competitivos, o modelo finlandês enfatiza a aprendizagem colaborativa e o bem-estar dos alunos, reduzindo desigualdades socioeconômicas. Como resultado, a Finlândia consistentemente alcança altos índices de desempenho educacional e tem uma economia inovadora, com empresas como a Nokia e um setor de tecnologia robusto. A educação de qualidade também contribuiu para a coesão social e para a confiança nas instituições, fatores cruciais para a sustentabilidade do desenvolvimento.

Um terceiro exemplo é Cingapura, que, após sua independência em 1965, enfrentava limitações de recursos naturais e uma população diversa com desafios de integração. O governo de Cingapura apostou na educação como a principal ferramenta para construir uma nação competitiva. O sistema educacional foi projetado para ser rigoroso, com ênfase em mérito, disciplinas técnicas e formação de uma força de trabalho globalmente competitiva. Além disso, Cingapura investiu em educação bilíngue (inglês e línguas locais), o que facilitou sua integração ao mercado global. Hoje, o país é um centro financeiro e tecnológico, com uma das maiores rendas per capita do mundo, demonstrando como a educação pode transformar uma nação pequena em uma potência global. 

O risco de não valorizar a educação.

Por outro lado, países que não priorizam a educação enfrentam dificuldades para alcançar o desenvolvimento sustentável. Nações com altas taxas de analfabetismo ou sistemas educacionais excludentes frequentemente lidam com desigualdades persistentes e crescimento econômico limitado. Por exemplo, muitos países da África Subsaariana, embora ricos em recursos naturais, ainda enfrentam desafios devido a investimentos insuficientes em educação, o que perpetua ciclos de pobreza e instabilidade. Contudo, há exemplos positivos na região, como Ruanda, que, após o genocídio de 1994, investiu na reconstrução de seu sistema educacional para promover unidade nacional e desenvolvimento. Iniciativas como a universalização do ensino básico e programas de formação profissional têm contribuído para o crescimento econômico e a redução da pobreza no país.

No contexto brasileiro, a educação enfrenta desafios históricos, como desigualdades regionais, baixa qualidade do ensino público e altas taxas de evasão escolar. Apesar de avanços, como a expansão do acesso ao ensino fundamental e superior nas últimas décadas, o Brasil ainda precisa investir em formação de professores, infraestrutura escolar e políticas que promovam a permanência dos jovens na escola. Países como Coreia do Sul, Finlândia e Cingapura mostram que o caminho para o desenvolvimento sustentável exige compromisso de longo prazo com a educação, além de políticas públicas que priorizem a inclusão e a qualidade. Vale lembrar que 'gastar' em educação não é 'gasto', mas um investimento estratégico e necessário. 

Conclusão.

A educação é a base para o desenvolvimento sustentável de toda e qualquer nação. Exemplos como Coreia do Sul, Finlândia e Cingapura ilustram como investimentos estratégicos em sistemas educacionais podem transformar realidades, promovendo crescimento econômico, igualdade social e inovação. Para que um país prospere de forma sustentável, é imprescindível que a educação seja tratada como prioridade, que os professores sejam valorizados e incentivados a continuar estudando e se aperfeiçoando, com políticas contínuas que garantam acesso universal, qualidade e relevância para as demandas do presente e do futuro. Somente com um povo instruído e educado é possível construir uma nação resiliente, justa e preparada para os desafios do mundo contemporâneo. Infelizmente, essa é uma lição que ainda não foi compreendida ou colocada em prática pelas elites política e econômica do Brasil. 

#reflexão #educação #política #brasil #pensamento 

sábado, 31 de maio de 2025

Contra o PL da Devastação - Projeto de Lei nº 2.159/2021


Em poucos dias o Brasil pode perder a ferramenta que garante que qualquer empreendimento ou projeto seja realizado considerando a proteção de ecossistemas, biomas e vidas humanas. O PL da Devastação (Projeto de Lei nº 2.159/2021) está pronto pra ser pautado e, se for aprovado, acaba com o licenciamento ambiental. Cenários como Mariana e Brumadinho podem se tornar recorrentes. E pior: em plena crise climática. Temos pouco tempo pra convencer o presidente da Câmara, Hugo Motta, que a votação só pode acontecer depois que um debate mais amplo for realizado, ouvindo especialistas e não apenas a bancada ruralista. Eu já pressionei! 

Envie agora o seu recado: https://pldadevastacao.org

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Projeto de Lei n° 2159 de 2021

Autoria: Deputado Federal Luciano Zica (PT/SP)

Autoria: Câmara dos Deputados

Nº na Câmara dos Deputados: PL 3729/2004

Assunto: Meio Ambiente

Ementa: Dispõe sobre o licenciamento ambiental; regulamenta o inciso IV do § 1º do art. 225 da Constituição Federal; altera as Leis nºs 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e 9.985, de 18 de julho de 2000; revoga dispositivo da Lei nº 7.661, de 16 de maio de 1988; e dá outras providências.

Explicação da Ementa: Estabelece normas gerais para o licenciamento de atividade ou de empreendimento utilizador de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidor ou capaz de causar degradação do meio ambiente.

Decisão: Aprovada pelo Plenário
Destino: À Câmara dos Deputados
Último local: 26/05/2025 - Secretaria de Expediente
Último estado: 26/05/2025 - REMETIDA À CÂMARA DOS DEPUTADOS

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Nossa pegada ecológica e o fim do mundo: quando será?! Opinião do DeepSeek.

 

A 'pegada ecológica' da humanidade está muito acima de '1', isto é, estamos consumindo mais do que a natureza consegue repor ou recuperar. Estamos poluindo nossos mares com muito muito plástico. Temos a destruição direta de muitas florestas e dos recursos hídricos. Estamos também gerando um efeito estufa acelerado com as emissões de CO2 e outros gases. Em fim, estamos destruindo as nossas próprias condições de sobrevivência. Nessa perspectiva, quanto tempo resta para a humanidade antes que venha o caos social e climático?!

 Resposta do DeepSeek:

A pergunta sobre quanto tempo resta para a humanidade antes que o caos social e climático se instale é complexa e não tem uma resposta simples. Vários fatores estão em jogo, incluindo as ações que a humanidade tomará (ou não) nos próximos anos, a velocidade das mudanças climáticas, a capacidade de adaptação das sociedades e a resiliência dos ecossistemas. Vou abordar alguns pontos importantes para contextualizar essa questão:

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### 1. **A Pegada Ecológica e os Limites do Planeta**
   - A **pegada ecológica** da humanidade já ultrapassou a capacidade de regeneração da Terra. Atualmente, estima-se que consumimos recursos equivalentes a **1,7 planetas Terra** por ano. Isso significa que estamos esgotando recursos naturais mais rápido do que eles podem se regenerar.
   - Se continuarmos nesse ritmo, os impactos serão cada vez mais severos: escassez de água, perda de biodiversidade, colapso de ecossistemas e crises alimentares.

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### 2. **Mudanças Climáticas**
   - O **aquecimento global** causado pelas emissões de CO₂ e outros gases do efeito estufa já está causando impactos visíveis, como eventos climáticos extremos (furacões, secas, inundações), derretimento das calotas polares e aumento do nível do mar.
   - De acordo com o **Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)**, se o aquecimento global ultrapassar **1,5°C** acima dos níveis pré-industriais, os riscos de impactos catastróficos e irreversíveis aumentarão significativamente. Atualmente, estamos caminhando para um aumento de **2,5°C a 3°C** até o final do século, caso não haja reduções drásticas nas emissões.
   - O **ponto de não retorno** (tipping points) pode ser alcançado se certos limites forem ultrapassados, como o colapso da Floresta Amazônica ou o derretimento irreversível das geleiras da Groenlândia.

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### 3. **Poluição e Degradação Ambiental**
   - A **poluição por plásticos** nos oceanos já atingiu níveis alarmantes. Estima-se que, até 2050, possa haver mais plástico do que peixes nos oceanos (em peso).
   - A **destruição de florestas**, como a Amazônia, não só reduz a biodiversidade, mas também diminui a capacidade do planeta de absorver CO₂, agravando o efeito estufa.
   - A **escassez de água potável** já afeta bilhões de pessoas, e a tendência é que isso piore com o aumento da população e das mudanças climáticas.

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### 4. **Tempo Restante?**
   - **Não há um prazo exato** para o "fim" ou o "caos total", mas os cientistas alertam que a janela de oportunidade para evitar os piores cenários está se fechando rapidamente. O IPCC sugere que temos até **2030** para reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento global a 1,5°C.
   - Se nada for feito, os impactos podem se tornar **catastróficos** nas próximas décadas (2040-2100), com colapsos sociais, migrações em massa, conflitos por recursos naturais e crises econômicas.

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### 5. **Cenários Possíveis**
   - **Cenário Otimista**: Se houver uma mudança global rápida e significativa em direção à sustentabilidade (transição para energias renováveis, reflorestamento, redução do consumo, etc.), é possível evitar os piores impactos e estabilizar o clima.
   - **Cenário Pessimista**: Se as emissões continuarem no ritmo atual, o aquecimento global pode levar a um colapso ambiental e social ainda neste século, com consequências imprevisíveis para a civilização humana.

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### 6. **O Que Pode Ser Feito?**
   - **Redução de Emissões**: Transição para energias renováveis, eficiência energética e transporte sustentável.
   - **Conservação Ambiental**: Proteção de florestas, oceanos e recursos hídricos.
   - **Mudanças no Consumo**: Redução do desperdício, economia circular e consumo consciente.
   - **Inovações Tecnológicas**: Desenvolvimento de tecnologias para captura de carbono, reciclagem avançada e agricultura sustentável.
   - **Ação Coletiva**: Pressão por políticas públicas eficazes e cooperação internacional.

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### Conclusão
O tempo está se esgotando, mas ainda há esperança. A humanidade tem a capacidade de mudar seu curso, mas isso exigirá ações urgentes e coordenadas em escala global. O futuro depende das escolhas que fizermos hoje. A questão não é apenas "quanto tempo resta", mas também "o que estamos dispostos a fazer para garantir um futuro sustentável?". 

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E você? Acha que vamos conseguir mudar os rumos e deixar o planeta nos eixos novamente?

sábado, 12 de outubro de 2024

Quais razões levam candidatos de extrema direita a receberem apoio nas eleições?

 

Sempre me deixou intrigado como Hitler, Benito Mussolini, Josef Stalin, Bolsonaro no Brasil ou Donald Tramp nos EUA chegaram ao poder. Claro que existe toda uma contextualização histórica e social que explicam os motivos desses processos de ascensão ao poder. Acredito que algumas das características comuns a essas criaturas são a fome de poder, egoísmo e narcisismo. Ingenuamente eu imaginava que o progresso material poderia nos manter livres de tais líderes, mas é claro que a realidade está aí para me mostrar o contrário.

Mesmo os regimes democráticos não estão livres de elegerem candidatos extremistas. O apoio massivo a candidatos de extrema direita em eleições gerais pode ser atribuído a uma combinação de fatores sociais, econômicos, culturais e políticos. Nos últimos anos, várias regiões do mundo testemunharam o crescimento de movimentos de extrema direita, e embora as razões possam variar de país para país, alguns motivos comuns podem explicar o sucesso desses candidatos.

1. Insegurança Econômica e Desigualdade

A instabilidade econômica, como crises financeiras, aumento da desigualdade de renda, desemprego e precarização do trabalho, muitas vezes leva a uma sensação de insatisfação com o status quo. Candidatos de extrema direita frequentemente exploram esse descontentamento ao prometer soluções rápidas e radicais, muitas vezes defendendo políticas protecionistas, anti-globalização e anti-imigração, como forma de proteger empregos nacionais.

  • Exemplo: Promessas de "reindustrializar" a economia e proteger empregos locais podem atrair eleitores que se sentem economicamente ameaçados pela concorrência global e pelo livre mercado.

2. Rejeição do Estabelecimento Político

Muitos eleitores que apoiam candidatos de extrema direita são movidos por uma frustração com o sistema político tradicional. Eles veem a elite política como corrupta, distante das necessidades do povo e incapaz de resolver problemas crônicos, como corrupção, burocracia e falta de governança. Candidatos de extrema direita frequentemente se apresentam como "anti-establishment", prometendo "limpar" a política e dar poder ao "povo comum".

  • Exemplo: O uso da retórica de "outsider" ou "antissistema" muitas vezes ressoa com aqueles que perderam a fé nas instituições políticas convencionais.

3. Medo da Imigração e da Mudança Demográfica

O crescimento da imigração e as mudanças demográficas em vários países levaram ao aumento de tensões culturais. Candidatos de extrema direita frequentemente capitalizam o medo de que a imigração esteja mudando a identidade nacional, pressionando os serviços públicos e tirando oportunidades dos cidadãos nativos. Isso é acompanhado por um discurso sobre a proteção da cultura e dos valores tradicionais.

  • Exemplo: Políticas de imigração mais rígidas e a defesa da soberania nacional são comumente propostas para atrair eleitores preocupados com a influência de culturas estrangeiras e a segurança das fronteiras.

4. Nacionalismo e Identidade Cultural

O nacionalismo é outro fator que explica o apelo da extrema direita. Esses candidatos frequentemente enfatizam a ideia de "recuperar" a nação e restaurar seu "orgulho" ou "grandeza". Eles apelam para sentimentos de nostalgia, muitas vezes propondo uma volta a tempos percebidos como melhores, onde a identidade nacional e os valores eram mais homogêneos.

  • Exemplo: Slogans como "fazer o país grande novamente" ou "reconquistar o que é nosso" apelam ao desejo de proteger a identidade cultural nacional de influências externas.

5. Polarização Social e Cultural

Em muitos países, a sociedade está profundamente polarizada em questões culturais, como direitos LGBTQIA+, aborto, igualdade de gênero, e secularismo versus religiosidade. Candidatos de extrema direita geralmente adotam posições conservadoras ou ultraconservadoras sobre esses temas, atraindo eleitores que se opõem às mudanças sociais e culturais promovidas por movimentos progressistas.

  • Exemplo: A defesa de valores "tradicionais" de família e religião é um pilar de plataformas políticas da extrema direita, que contrastam com a agenda progressista em questões de direitos civis e igualdade.

6. Uso Eficaz das Redes Sociais e Comunicação

Candidatos de extrema direita têm sido particularmente eficazes no uso das redes sociais para se conectar diretamente com os eleitores. Ao ignorar a mídia tradicional, que muitas vezes é vista como hostil ou tendenciosa, eles conseguem espalhar sua mensagem de maneira mais simples, emocional e direta. Esse tipo de comunicação é muitas vezes adaptado para gerar reações rápidas e criar uma narrativa de nós contra eles.

  • Exemplo: O uso de plataformas como Facebook, Twitter e YouTube para disseminar mensagens populistas e nacionalistas, além de fake news e teorias da conspiração, é uma estratégia frequente.

7. Medo da Globalização

A globalização trouxe muitos benefícios, mas também gerou desafios e desigualdades. Muitas pessoas sentem que foram deixadas para trás, seja pela perda de empregos para mercados estrangeiros ou pela percepção de que as instituições internacionais (como a ONU ou a União Europeia) estão interferindo em questões nacionais. A extrema direita geralmente adota um tom anti-globalização, defendendo o protecionismo econômico e a soberania nacional.

  • Exemplo: Discursos contrários a acordos de livre comércio ou à participação em blocos econômicos internacionais são comuns, com a promessa de priorizar a economia doméstica.

8. Crises Migratórias e Percepção de Ameaça

Quando há crises migratórias (como a chegada em massa de refugiados), as ansiedades sobre segurança, terrorismo e perda de controle sobre as fronteiras aumentam. A extrema direita explora esses medos, associando imigração a problemas de segurança e criminalidade, mesmo quando os dados nem sempre sustentam essas alegações.

  • Exemplo: Políticos de extrema direita podem defender a construção de muros, maior vigilância nas fronteiras e deportações em massa para evitar o "desequilíbrio" causado pela imigração.

9. Reação Contra o Politicamente Correto

O conceito de "politicamente correto" é frequentemente criticado por políticos de extrema direita, que alegam que a liberdade de expressão está sendo suprimida e que as pessoas estão sendo forçadas a aceitar ideias com as quais não concordam. Esse discurso atrai eleitores que se sentem alienados pelas normas sociais progressistas e querem um retorno ao discurso mais "autêntico" e menos regulado.

  • Exemplo: Discurso franco e "sem filtros" é uma marca de muitos líderes de extrema direita, que utilizam uma retórica mais agressiva contra grupos que defendem causas progressistas.

10. Insegurança em Relação à Globalização Cultural

A globalização não impacta apenas a economia, mas também a cultura. O medo de perda de identidade nacional e valores culturais leva muitos a apoiarem movimentos de extrema direita que defendem um fechamento às influências culturais externas.

  • Exemplo: Movimentos contra a "globalização cultural" e a "erosão dos valores tradicionais" frequentemente são articulados por esses candidatos.

Em suma, o apoio massivo a candidatos de extrema direita reflete uma combinação de fatores econômicos, culturais e políticos, incluindo a insatisfação com o status quo, o medo da mudança e a busca por soluções rápidas e assertivas em tempos de crise.

sábado, 24 de agosto de 2024

Eleições no IFCE - Comissões eleitorais.


Este ano teremos eleições para os diretores gerias de cada Campus e eleição para o Reitor do IFCE.

Divulgadas normas para escolha das Comissões Eleitorais — Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE

O Instituto Federal do Ceará publicou o edital do processo para formação das comissões eleitorais que conduzirão a consulta à comunidade para escolha dos novos dirigentes da instituição. As normas foram elaboradas pela Comissão Gestora designada pelo Conselho Superior do IFCE.

As inscrições para compor as referidas comissões devem ser feitas de 7h do dia 26/08/24 às 17h do dia 28/08/24, por meio de formulário, a ser disponibilizado no portal do IFCE. Podem se candidatar professores e técnicos administrativos pertencentes ao quadro de pessoal do IFCE, além de estudantes regularmente matriculados nos cursos da educação profissional técnica de nível médio, superior e pós-graduação.

A votação será realizada no dia 04 de setembro de 2024, das 8h às 20h,  e ocorrerá, de forma remota, por meio do sistema Helios Voting. Para acessar o terminal de votação será necessário a autenticação com as credenciais institucionais: login e senha do SUAP (para servidores) ou login e senha do Q-Acadêmico (para estudantes).

Serão formadas Comissões Eleitorais nos Campi e na Reitoria, que após eleitas, irão definir uma Comissão Eleitoral Central. As comissões eleitorais serão compostas por 6 representantes do corpo docente; 6 representantes do corpo técnico-administrativo; e 6 representantes dos estudantes – maior de 16 (dezesseis) anos, sendo 3 titulares e 3 suplentes de cada segmento.

 

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Nota oficial da Reitoria sobre a greve no IFCE

 


O Instituto Federal do Ceará (IFCE) recebeu, nesta segunda-feira (08/04), comunicado do Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (SINDSIFCE) - Seção Sindical Sinasefe, da deliberação, em assembleia realizada na sexta-feira (05/04), de deflagração de greve por tempo indeterminado, com início no dia 11 de abril de 2024. Também comunicaram adesão ao movimento grevista as seções sindicais Sinasefe Juazeiro do Norte e Sinasefe Crato. 

A partir daí, a equipe gestora acompanhará todo o movimento paredista, sua evolução e impactos, para garantir o direito do servidor e a continuidade da prestação de serviços essenciais à comunidade. Em reunião já realizada entre gestão e representantes sindicais, foi reafirmada a legitimidade do movimento grevista e também a necessidade de manutenção dos serviços essenciais da instituição no decorrer do processo. A indicação desses serviços, entre os quais a gestão defende a manutenção do pagamento de bolsas e auxílios aos estudantes, deve ser realizada de forma consensual entre a equipe gestora e o comando de greve. 

A gestão do IFCE está empenhada em manter o diálogo com os representantes das entidades sindicais e com toda a comunidade do IFCE, para que esse processo ocorra de maneira transparente e democrática. Uma reunião entre a equipe gestora e os representantes do sindicato está agendada para o próximo dia 12/04.

sábado, 6 de abril de 2024

Greve no IFCE - Primeira greve desde 2019.



Já fazia um bom tempo que não tínhamos uma greve geral no IFCE, a última tinha sido em 2019. Então, a maior parte da atual geração de estudantes nunca sentiu os efeitos de greve geral. As atividades devem ser efetivamente paralisadas dia 11/abril, 72h depois da reitoria ser notificada oficialmente. Então, continuaremos com as aulas na segunda, terça e quarta-feira.

Nota do sindicato (fonte aqui):

Em um ginásio lotado, servidores, docentes e TAEs do IFCE, deliberaram pela adesão à greve nacional do Sinasefe. A greve é por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada em Assembleia Geral, realizada hoje, 05/04, de forma presencial, no ginásio de esporte do campus Fortaleza.

Os 33 campi do IFCE entram em greve a partir do dia 11/04, próxima quinta-feira. Votaram filiados e não filiados ao SINDSIFCE, ativos e aposentados.

A Reitoria será informada da decisão.

A greve do Sinasefe envolve docentes e TAEs dos Institutos Federais, Cefets e do Colégio Pedro II, dentre outras instituições, e tem como pauta a reposição salarial, a reestruturação das carreiras, a recomposição orçamentária das IFEs, a revogação do Novo Ensino Médio e de outras medidas contrárias ao serviço público.

“Essa decisão reafirma a luta dos servidores. Estamos em greve buscando reajuste salarial e reestruturação das carreiras”, afirmou Valmir Arruda, Coordenador Geral do SINDSIFCE.

Os estudantes também compareceram à Assembleia e defenderam a importância da greve pautar a luta em defesa da educação e, em específico, da assistência estudantil.

A Assembleia Geral aprovou, ainda, a construção do comando de greve, que já inicia suas atividades.

Fez toda diferença 

Em decorrência das Assembleias Locais, realizadas em todos os campi do IFCE, a grande maioria dos servidores já estavam a par do debate sobre a conjuntura e as razões e argumentos para embasar seus votos. Por meio desta atuação, todos puderam debater a “oferta” de 0% de reajuste para 2024 por parte do governo, mesmo diante das perdas salariais dos TAEs e dos docentes EBTT, assim como repudiaram as constantes enrolações do governo durante as mesas de negociação e a falta de resposta e compromisso.

EM TEMPO – O SINDSIFCE já tem marcada uma reunião com o Reitor, no próximo dia 12/04, em que o comando de greve deve encaminhar as tratativas sobre a pauta de reivindicações locais e sobre a construção do acordo de reposição, evitando a implementação de restrições ou retaliação de qualquer natureza aos servidores que aderirem ao movimento paredista.

PERSPECTIVA – A perspectiva é que governo do presidente Lula deve deparar-se, a partir de 15 de abril, com uma greve geral de professores e técnicos que tende a paralisar todo o sistema federal de ensino. Trabalhadores de diferentes categorias que atuam nessas instituições têm aliado suas mobilizações e devem paralisar o funcionamento de todas simultaneamente. A negociação entre o governo e os servidores da Educação Federal se arrasta desde julho do ano passado e segue sem avanços.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Como o mundo funciona: "todos têm o seu preço".

Só leia o texto abaixo se você tiver estômago forte.

Executivo de banco conta como se compram políticos, juízes e jornalistas em entrevista a Jessé Souza (fonte aqui).

 

Publicado por 

Diario do Centro do Mundo   

O sociólogo Jessé Souza entrevistou representantes da alta classe média e da massa da classe média para escrever seu mais recente livro, “A Classe Média no Espelho”, em que traça um perfil do segmento da sociedade que, em grande parte, foi para as ruas protestar durante o governo Dilma Rousseff.

O pretexto era o combate à corrupção, mas se sabe hoje que era uma falácia. A classe média nunca esteve preocupada com a corrupção — se estivesse, estaria protestando pela punição a Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro, flagrados em movimentação milionária atípica. 

Um dos entrevistados por Jessé foi o CEO de um banco, cujo nome é preservado. O executivo conta como o banco compra políticos, juízes e até jornalistas, para manter um sistema corrupto de privilégios. 

A entrevista está sendo publicada com autorização de Jessé Souza e de seu agente editorial:

Sérgio: o CEO de um banco explica como se compra o mundo

Sérgio não é um CEO qualquer. Muito inteligente, culto, leitor de psicanálise nas horas vagas – a mulher é psicóloga -, ele é dessas pessoas que têm prazer numa sinceridade desconcertante. Sérgio tinha plena consciência de quem era e do que fazia. Se no passado teve algum problema com isso, agora não deixava transparecer nenhum incômodo.

Desde a adolescência, ele era grande amigo de João Carlos. Filho de banqueiros, havia acumulado fortuna própria na década de 1990, durante o governo de FHC, administrando fundos de investimento estrangeiros que ganharam uma grana preta com as privatizações levadas a cabo no período.

Segundo Sérgio, João Carlos começou como um hábil representante de bancos estrangeiros e abriu inúmeras portas de investimento para os parceiros por meio de suas relações nos meios financeiros paulistanos, bem como no poder político e no Poder Judiciário, tanto em Brasília como em São Paulo. Lucrou tanto se utilizando do dinheiro alheio que fundou o próprio banco.

Nessa época, Sérgio frequentava uma faculdade de Direito nos Estados Unidos. Depois passou um ano em Londres, estudando finanças e ciência política e, por indicação de amigos do pai, estagiando num escritório que lidava com o mercado financeiro. Morou também em Sevilha, na Espanha, onde descobriu sua área jurídica de predileção: o direito administrativo.

No início dos anos 2000, quando voltou ao Brasil depois de quatro anos de pós-graduação no exterior, com pouco mais de 30 anos, o amigo João Carlos já era um multimilionário por “esforço próprio” e apenas naquele ano tinha ganhado mais dinheiro do que o pai durante toda a vida.

Como o negócio do banco – aliás, o de todos os bancos hoje em dia – dependia da intersecção entre Estado, João precisava de alguém de confiança para cuidar da parte jurídica, antes terceirizada em diversos escritórios. Sérgio recebeu então carta branca para montar sua equipe de trabalho. Hoje o departamento jurídico é o centro nervoso do banco, com tudo passando pelas mãos de Sérgio, e ocupa um andar inteiro de um prédio moderno, decorado com luxo e bom gosto.

Quando lhe perguntei qual era seu trabalho, Sérgio não titubeou.

O João é o gênio, sabe onde estão o dinheiro e as oportunidades, pensa nisso o tempo todo. Eu só faço comprar as pessoas necessárias para que as coisas aconteçam como ele quer. Não fui eu que inventei o mundo como ele é, só procuro sobreviver da melhor maneira possível. O mais importante no Direito é conhecer os meandros da linha cinzenta entre o legal e o ilegal. Meu trabalho é expandir ao máximo a margem da legalidade a serviço dos interesses do banco.

Como já existe toda uma legalidade paralela que cuida dos interesses do setor financeiro, meu trabalho é fazer com que o nosso banco fique com o melhor pedaço da torta. Nossa equipe tem mais de vinte advogados escolhidos a dedo e bem pagos. Mas eles fazem o ramerrão do trabalho jurídico. O dia a dia. Eu faço os contatos com juízes, políticos e jornalistas e cuido dos clientes estrangeiros. Com o serviço jurídico, no sentido tradicional, meu trabalho não tem nada a ver. É mais gestão de clientes, dar a eles o que querem, dizer o que querem ouvir, beber o que eles querem beber e ser discreto e sóbrio em tudo.

E o que eles querem?

Aqui em São Paulo o que move tudo é o dinheiro e todo mundo quer viver bem. As pessoas são compradas com dinheiro vivo e com depósitos em paraísos fiscais criados para isso. A gente sabe fazer bem feito. Sem deixar rastro. A cidade é toda comprada, não se iluda, toda licitação pública e todo negócio lucrativo, sem exceção, é repartido e negociado.

Todo mundo tem um preço. Até hoje não conheci quem não tivesse. E para todo negócio é necessário uma informação privilegiada aqui, um amigo no Banco Central ali, uma sentença comprada ali ou a influência de um ministro em Brasília acolá.

Além da compra direta, em dinheiro vivo ou depósito no exterior, a gente tem que paparicar constantemente os caras. Uma forma eficaz são os presentes constantes, sem a expectativa imediata de contrafavores. Isso gera simpatia. Às vezes você ganha até um “amigo”.

odo mundo adora vinhos caros, e as mulheres desses caras adoram essas bolsas que custam 50, 60 mil reais. Se é alguém com conhecimentos técnicos, você pode promover seminários e palestras, e pagar muito além do que se paga nesse tipo de mercado. Para cada tipo de cliente e de gente existe um jeito mais conveniente de comprar sem parecer que está comprando.

Não fazemos isso em troca de um serviço concreto. Isso é muito importante. O que construímos é um círculo de amigos. Temos uma lista grande de pessoas que simplesmente presenteamos no aniversário e em diversas outras ocasiões, ano após ano. Presentes bons e caros. Não economizamos nisso. Aí, quando você precisa, pode contar com a boa vontade do cara. Isso é o que chamo de criar relações de confiança.

E o pagamento direto por serviços específicos?

Obviamente isso também existe. Aí pagamos em paraísos fiscais por meio de transferências sucessivas entre dezenas de empresas de fachada, de tal modo que nem Sherlock Holmes consegue refazer o caminho original.

Hoje em dia existem meios ainda mais eficazes de eliminar riscos, mas este é nosso pulo do gato, e não posso lhe contar. Mas não fica rastro, posso assegurar. Esta, afinal, é a nossa mercadoria: a segurança no investimento. E, sendo um banco, tudo fica mais fácil. Não é só no caso do nosso banco: todos os bancos, inclusive os maiores, fazem a mesma coisa.

A mina de ouro de qualquer banco comercial ou de investimento é o Banco Central. Ali só entra gente nossa. E o país é gerido a partir do Banco Central, que decide tudo de importante na economia. É lá que a zona cinzenta entre legalidade e ilegalidade define a vida de todos. Isso não aparece em nenhum jornal.

Podemos fazer qualquer tipo de especulação com o câmbio, como nos swaps cambiais, por exemplo. Se der errado, o Banco Central cobre o prejuízo. Não existe negócio melhor. Se der errado, o famoso Erário paga a conta. Quem controla toda a economia somos nós e a nosso favor, o Congresso nem apita sobre isso. Quando, muito eventualmente, decide sobre algo, apenas assina o que nós mandamos, essa é verdade que ninguém conhece porque não sai em nenhuma TV.

Claro que tudo é justificado como mecanismo de combate à inflação, e não para enriquecer os ricos. Para quem vê isso tudo funcionar a partir de dentro, como no meu caso, é até engraçado.

Essa é a estrutura legalizada pela opacidade do Banco Central e da dívida pública. Mas e os negócios ilegais mesmo?

Não existe negócio que não seja intermediado por um banco, seja legal ou ilegal. Essa história de operador e doleiro é coisa da Lava Jato e da imprensa para desviar a atenção da participação dos agentes financeiros. Os bancos são completamente blindados porque inventaram um meio infalível de distribuir dinheiro para quem já tem muito poder e dinheiro. Falam de todo mundo menos de nós, que comandamos tudo.

Para mim, aí é que está o poder real, o poder do dinheiro. Na verdade, são os bancos os operadores e os doleiros, e todo o dinheiro sai de bancos, seja dinheiro limpo – na realidade, sempre dinheiro que foi tornado limpo -, seja dinheiro sujo. A não ser que você fabrique dinheiro em casa.

Aliás, parte do lucro dos bancos vem de lavar dinheiro e intermediar transações. Mas o grosso da grana vem do Banco Central, das remunerações de sobras de caixa – que são ilegais, mas sobre as quais ninguém diz nada – das operações de swap cambial, dos títulos da dívida – enfim, o Banco Central é nossa mãe. É tudo escancarado, mesmo com inflação zero e o país na ruína.

Nosso lucro é legal, ou seja, legalizado, já que somos intocáveis e ninguém se mete conosco. Boa parte dos juízes e ministros de tribunais superiores, como todo mundo no meio sabe, advogam por interposta pessoa, e nós somos os principais clientes de alguns e de quem paga melhor. São os bancos que pagam as eleições do Congresso quase inteiro. Aí você pode legalizar qualquer coisa, qualquer papel sujo que a gente mande ao Congresso os caras assinam. Nesse contexto, onde se pode tudo, as operações abertamente ilegais são uma parte menor dos lucros, mas obviamente existem.

Se ninguém imprime notas de dinheiro no quintal, é óbvio que todo o dinheiro, inclusive todo dinheiro sujo, vem dos bancos, que retiram parte do seu lucro real intermediando essas relações e lavando esse dinheiro. Os bancos controlam o que você vai fazer com o dinheiro e todo dinheiro pode ser rastreado.

Toda transferência bancária tem um chip e, se você quiser saber de onde o dinheiro vem, dá para saber. Inclusive nas transações internacionais. Se a transferência é em dólar, tudo passa por Nova York e recebe um número. Mas ninguém quer saber, essa é a verdade. Como os bancos mandam na imprensa, nos juízes e nos políticos, a intermediação de todo dinheiro ilegal jamais é denunciada, E se for denunciar, você é que acaba preso. Isso eu garanto.

Como funciona mandar dinheiro para propinas no exterior, por exemplo, para comprar gente em Angola, na companhia de petróleo?

Você liga para o presidente de um banco [e cita, testando minha reação, o nome do presidente de um grande banco) e pergunta qual a comissão dele para fazer remessa.

Assim, na cara de pau?”, pergunto. “E como você acha que funciona?”, indaga Sérgio, rindo e se divertindo com minha surpresa.

Lembra daquelas malas do Geddel? Como você acha que aquele dinheiro chegou naquele apartamento? Dinheiro não dá em árvore. Quem tem a possibilidade de fazer o dinheiro circular de um lugar para outro são os bancos, mais ninguém.

Não há nenhum caso de corrupção em que o dinheiro não venha de um banco. Ou seja, os bancos são os intermediários, sempre. A imprensa nunca toca nisso porque é tabu. Afinal, a imprensa é nossa.

[Texto completo aqui]

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Aquecimento global e o aumento de CO2 na atmosfera.

 

O aquecimento global é um fenômeno climático que se refere ao aumento da temperatura média da Terra ao longo do tempo. É amplamente atribuído às atividades humanas, principalmente à queima de combustíveis fósseis (como carvão, petróleo e gás natural) e ao desmatamento, que liberam grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa na atmosfera.

O efeito estufa é um processo natural e benéfico que ocorre na atmosfera, no qual certos gases, como o CO2, o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o hexafluoreto de enxofre (SF6) e o vapor d'água, atuam como uma espécie de "cobertor" que retém parte do calor do Sol na Terra, permitindo a vida como a conhecemos. No entanto, as atividades humanas estão intensificando esse efeito estufa, aumentando a concentração desses gases na atmosfera e levando a um aquecimento adicional do planeta.

O CO2 é o principal gás de efeito estufa produzido pelas atividades humanas e o mais significativo em termos de volume. Ele é liberado principalmente pela queima de combustíveis fósseis para energia e transporte, além de mudanças no uso da terra, como desmatamento e agricultura intensiva.

A medição dos níveis de CO2 na atmosfera é realizada em estações de monitoramento ao redor do mundo. A unidade de medida mais comum é partes por milhão (ppm). Antes da Revolução Industrial (cerca de 1750), os níveis de CO2 eram em torno de 280 ppm. No entanto, devido à atividade humana, especialmente desde meados do século XIX, os níveis de CO2 têm aumentado continuamente. Em 2021, os níveis de CO2 ultrapassaram 415 ppm, um aumento substancial em comparação aos níveis pré-industriais.

Esse aumento nos níveis de CO2 e outros gases de efeito estufa está levando a uma retenção maior de calor na atmosfera, causando um aquecimento global significativo. Como resultado, observamos mudanças climáticas drásticas em todo o mundo, incluindo o derretimento das calotas polares, o aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos (como ondas de calor, furacões, secas e inundações) e alterações nos padrões de precipitação.
 
Outra consequência do aumentos dos níveis de CO2 é a acidificação dos oceanos. Nos mais de 200 anos desde o início da revolução industrial o pH das águas oceânicas superficiais caiu 0,1 unidade de pH. Isso pode não parecer muito, mas a escala de pH é logarítmica, então essa mudança representa aproximadamente um aumento de 30% na acidez. O oceano absorve cerca de 30% do dióxido de carbono (CO2) que é lançado na atmosfera. À medida que os níveis de CO2 atmosférico aumentam, a quantidade de dióxido de carbono absorvido pelo oceano também aumenta. Quando o CO2 é absorvido pela água do mar, ocorre uma série de reações químicas resultando no aumento da concentração de íons de hidrogênio. Este processo tem implicações de longo alcance para o oceano e as criaturas que vivem lá.

O aquecimento global e suas consequências têm implicações sérias para o meio ambiente, a economia e a saúde humana. Por isso, é essencial que esforços globais sejam feitos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e transitar para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Essa é uma das maiores questões enfrentadas pela humanidade atualmente e requer ação coletiva e coordenada para mitigar os impactos do aquecimento global e garantir um futuro mais sustentável para as gerações futuras. 
 
Gráficos com os níveis de CO2 na atmosfera:
 
 

Os gráficos acima mostram a média mensal de dióxido de carbono medido no Observatório Mauna Loa, no Havaí. Os dados de dióxido de carbono em Mauna Loa constituem o registro mais longo de medições diretas de CO 2 na atmosfera. Eles foram iniciados por C. David Keeling da Scripps Institution of Oceanography em março de 1958 em uma instalação da National Oceanic and Atmospheric Administration [Keeling, 1976] . A NOAA iniciou suas próprias medições de CO2 em maio de 1974, e elas foram executadas em paralelo com as feitas pela Scripps desde então [Thoning, 1989] .

Os últimos cinco anos completos do registro de Mauna Loa CO2 mais o ano atual são mostrados no primeiro gráfico. O registro completo de dados Scripps combinados e dados NOAA é mostrado no segundo gráfico. Cada média mensal é a média das médias diárias, que por sua vez são baseadas em médias horárias, mas apenas para as horas durante as quais prevalecem as condições de “background” (consulte gml.noaa.gov/ccgg/about/co2_measurements.html para obter mais informações).

As linhas e símbolos vermelhos representam os valores médios mensais, centralizados no meio de cada mês. As linhas pretas e símbolos representam o mesmo, após correção para o ciclo sazonal médio. Este último é determinado como uma média móvel de SETE ciclos sazonais adjacentes centrados no mês a ser corrigido, exceto para o primeiro e o último TRÊS anos e meio do registro, onde o ciclo sazonal foi calculado ao longo do primeiro e dos últimos SETE anos, respectivamente.

As barras verticais nas linhas pretas do primeiro gráfico mostram a incerteza de cada média mensal com base na variabilidade observada de CO 2 em diferentes sistemas climáticos à medida que passam pelo topo do Mauna Loa. Isso se manifesta nos desvios das médias diárias de uma curva suave que segue o ciclo sazonal [Thoning, 1989] . Levamos em consideração que as médias diárias sucessivas não são totalmente independentes, o desvio de CO 2 na maioria dos dias tem alguma semelhança com o do dia anterior. Se faltar um mês, seu valor interpolado é mostrado em azul.

Os dados do último ano ainda são preliminares , aguardando recalibrações dos gases de referência e outras verificações de controle de qualidade. Os dados são relatados como uma fração molar de ar seco definida como o número de moléculas de dióxido de carbono dividido pelo número de todas as moléculas no ar, incluindo o próprio CO 2 , após a remoção do vapor de água. A fração molar é expressa em partes por milhão (ppm). Exemplo: 0,000400 é expresso como 400 ppm.

Os dados de Mauna Loa estão sendo obtidos a uma altitude de 3.400 m nos subtrópicos do norte e podem não ser os mesmos que a média global da concentração de CO2 na superfície.
 
*** Fonte aqui.