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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Efeitos do aquecimento global no Brasil em imagens

O aquecimento global, causado principalmente pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa (como dióxido de carbono, metano e óxidos de nitrogênio) devido à atividade humana, tem várias consequências que estão sendo amplamente estudadas pelos cientistas. Algumas das principais consequências previstas incluem:

  • Aumento do Nível do Mar: O derretimento das geleiras e das camadas de gelo na Groenlândia e na Antártica, combinado com a expansão térmica dos oceanos (a água se expande quando aquece), está levando a um aumento global do nível do mar. Isso pode resultar na inundação de áreas costeiras, afetando milhões de pessoas que vivem nessas regiões. 
  • Eventos Climáticos Extremos Mais Frequentes e Intensos: O aquecimento global está associado a um aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, inundações, furacões, ciclones e incêndios florestais. Estes eventos podem causar grandes danos a comunidades, infraestruturas e ecossistemas. 
  •  Derretimento de Gelo e Degelo de Permafrost: O gelo do Ártico está derretendo rapidamente, afetando ecossistemas e modos de vida locais, especialmente para espécies como ursos polares e comunidades indígenas. O degelo do permafrost (solo permanentemente congelado) também pode liberar grandes quantidades de metano, um potente gás de efeito estufa, exacerbando o aquecimento global. 
  • Impactos na Biodiversidade e Ecossistemas: O aquecimento global está forçando muitas espécies de animais e plantas a se adaptarem, migrarem ou enfrentarem o risco de extinção. Mudanças nos padrões climáticos podem afetar os habitats naturais, a disponibilidade de alimento e os ciclos de reprodução, colocando muitas espécies em risco. 
  • Impactos na Agricultura e Segurança Alimentar: A mudança nos padrões de temperatura e precipitação pode afetar a produtividade agrícola. Secas prolongadas, inundações, mudanças nos padrões de chuva e outros eventos extremos podem diminuir a produção de alimentos, afetando a segurança alimentar global. 
  • Impactos na Saúde Humana: O aquecimento global pode aumentar a incidência de doenças relacionadas ao calor, como exaustão e insolação, além de agravar problemas respiratórios devido ao aumento da poluição do ar. Além disso, a mudança no clima pode facilitar a propagação de doenças transmitidas por vetores, como malária e dengue, para novas regiões. 
  • Acidificação dos Oceanos: A absorção de dióxido de carbono pelos oceanos está levando à acidificação da água do mar, o que afeta organismos marinhos, como corais, moluscos e algumas espécies de plâncton. Isso pode ter consequências profundas para as cadeias alimentares oceânicas e para a biodiversidade marinha. 
  • Deslocamento de Populações e Conflitos: O aumento do nível do mar, a escassez de água, a diminuição da produtividade agrícola e os desastres naturais podem levar ao deslocamento de populações, criando refugiados climáticos e potencialmente exacerbando tensões e conflitos em várias regiões do mundo.

Essas consequências ilustram a complexidade e a interconexão dos sistemas naturais e humanos e ressaltam a importância de tomar medidas para mitigar o aquecimento global e adaptar-se às suas inevitáveis ​​consequências. Notícias recentes do Brasil:







terça-feira, 23 de julho de 2024

Neste mês de junho: dia mais quente já registrado.

 


Sem nenhum exagero, podemos dizer que o aquecimento global está a todo vapor. Foi noticiado* hoje, dia 23 de julho de 2024, que no domingo passado (21/junho) foi o dia mais quente já registrado, pois a temperatura média global do ar na superfície atingiu 17,09°C, calor nunca antes atingido. 

Os cientistas já estão alertando sobre os problemas que o aquecimento global podem trazer há décadas. Um mundo mais quente, só um pouco mais quente, pode trazer inúmeros desafios para toda a humanidade. E a extinção em massa de muitas espécies animais e vegetais por todo o mundo. 

O principal motivo deste aquecimento global: as atividades humanas nos países industrializados, a destruição das florestas e a circulação de carros movidos a gasolina e outros combustíveis derivados do petróleo. Estamos queimando muito combustível fóssil, jogando na atmosfera toneladas de $CO_2$ todos os dias. O efeito estufa acentuado que estamos vivenciando é uma consequência direta dessas atividades humanas, especialmente nos países mais ricos. 

Se não mudarmos urgentemente nosso estilo de vida, enfrentaremos consequências severas muito em breve. Na verdade, já estamos sentido os primeiros efeitos do aquecimento global, mas tudo indica que será muito pior no futuro próximo.

* Notícia completa aqui

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Explicando o que é pegada ecológica.

Estamos consumindo mais do que o planeta pode suportar.

A pegada ecológica é um conceito que quantifica o impacto humano sobre os recursos naturais da Terra e a capacidade do planeta de regenerar esses recursos. Ela mede a área de terra e água necessária para fornecer os recursos naturais consumidos por uma determinada população e para absorver os resíduos produzidos por essa população. Em essência, a pegada ecológica compara o uso humano de recursos naturais com a capacidade de regeneração desses recursos pela Terra.

A pegada ecológica é medida em hectares globais (gha), que é uma unidade padronizada para representar a produtividade biológica média de uma área de terra ou água em todo o mundo. Existem várias categorias de pegada ecológica que contribuem para o cálculo geral:

  • Pegada de Carbono: Mede a quantidade de terra necessária para absorver as emissões de dióxido de carbono (CO2) resultantes da queima de combustíveis fósseis.    
  • Pegada de Alimentos: Refere-se à área necessária para produzir os alimentos consumidos, levando em consideração as terras agrícolas e a área de pastagem necessárias.    
  • Pegada de Habitação: Mede a área de terra utilizada para construir infraestruturas, como edifícios e estradas.    
  • Pegada de Bens e Serviços: Inclui a área necessária para produzir bens de consumo, como roupas e eletrônicos, bem como a área usada para fornecer serviços, como transporte e lazer.    
  • Pegada de Água: Avalia a quantidade de água doce consumida por uma população e a área necessária para filtrar e assimilar poluentes da água utilizada.

O cálculo da pegada ecológica envolve uma análise complexa dos padrões de consumo da população em questão, levando em consideração os tipos de alimentos consumidos, a energia usada, o transporte, o uso de recursos naturais e a geração de resíduos. Os dados são então comparados com a capacidade de regeneração dos ecossistemas naturais.

É importante observar que a pegada ecológica pode variar consideravelmente entre países e indivíduos, dependendo dos estilos de vida, padrões de consumo e níveis de desenvolvimento. Quando a pegada ecológica de uma população excede a capacidade de regeneração dos recursos, ocorre uma sobrecarga ecológica, contribuindo para problemas como a perda de biodiversidade, degradação ambiental e mudanças climáticas.

A pegada ecológica é um instrumento útil para conscientizar as pessoas sobre o impacto ambiental de suas escolhas e incentivar a adoção de estilos de vida mais sustentáveis. Ela também ajuda os formuladores de políticas a entender os desafios e oportunidades para alcançar um equilíbrio entre as necessidades humanas e a capacidade do planeta de sustentá-las.

Uma postagem mais antiga sobre esse tema aqui. Para saber mais ler aqui.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Aquecimento global e o aumento de CO2 na atmosfera.

 

O aquecimento global é um fenômeno climático que se refere ao aumento da temperatura média da Terra ao longo do tempo. É amplamente atribuído às atividades humanas, principalmente à queima de combustíveis fósseis (como carvão, petróleo e gás natural) e ao desmatamento, que liberam grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa na atmosfera.

O efeito estufa é um processo natural e benéfico que ocorre na atmosfera, no qual certos gases, como o CO2, o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o hexafluoreto de enxofre (SF6) e o vapor d'água, atuam como uma espécie de "cobertor" que retém parte do calor do Sol na Terra, permitindo a vida como a conhecemos. No entanto, as atividades humanas estão intensificando esse efeito estufa, aumentando a concentração desses gases na atmosfera e levando a um aquecimento adicional do planeta.

O CO2 é o principal gás de efeito estufa produzido pelas atividades humanas e o mais significativo em termos de volume. Ele é liberado principalmente pela queima de combustíveis fósseis para energia e transporte, além de mudanças no uso da terra, como desmatamento e agricultura intensiva.

A medição dos níveis de CO2 na atmosfera é realizada em estações de monitoramento ao redor do mundo. A unidade de medida mais comum é partes por milhão (ppm). Antes da Revolução Industrial (cerca de 1750), os níveis de CO2 eram em torno de 280 ppm. No entanto, devido à atividade humana, especialmente desde meados do século XIX, os níveis de CO2 têm aumentado continuamente. Em 2021, os níveis de CO2 ultrapassaram 415 ppm, um aumento substancial em comparação aos níveis pré-industriais.

Esse aumento nos níveis de CO2 e outros gases de efeito estufa está levando a uma retenção maior de calor na atmosfera, causando um aquecimento global significativo. Como resultado, observamos mudanças climáticas drásticas em todo o mundo, incluindo o derretimento das calotas polares, o aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos (como ondas de calor, furacões, secas e inundações) e alterações nos padrões de precipitação.
 
Outra consequência do aumentos dos níveis de CO2 é a acidificação dos oceanos. Nos mais de 200 anos desde o início da revolução industrial o pH das águas oceânicas superficiais caiu 0,1 unidade de pH. Isso pode não parecer muito, mas a escala de pH é logarítmica, então essa mudança representa aproximadamente um aumento de 30% na acidez. O oceano absorve cerca de 30% do dióxido de carbono (CO2) que é lançado na atmosfera. À medida que os níveis de CO2 atmosférico aumentam, a quantidade de dióxido de carbono absorvido pelo oceano também aumenta. Quando o CO2 é absorvido pela água do mar, ocorre uma série de reações químicas resultando no aumento da concentração de íons de hidrogênio. Este processo tem implicações de longo alcance para o oceano e as criaturas que vivem lá.

O aquecimento global e suas consequências têm implicações sérias para o meio ambiente, a economia e a saúde humana. Por isso, é essencial que esforços globais sejam feitos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e transitar para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Essa é uma das maiores questões enfrentadas pela humanidade atualmente e requer ação coletiva e coordenada para mitigar os impactos do aquecimento global e garantir um futuro mais sustentável para as gerações futuras. 
 
Gráficos com os níveis de CO2 na atmosfera:
 
 

Os gráficos acima mostram a média mensal de dióxido de carbono medido no Observatório Mauna Loa, no Havaí. Os dados de dióxido de carbono em Mauna Loa constituem o registro mais longo de medições diretas de CO 2 na atmosfera. Eles foram iniciados por C. David Keeling da Scripps Institution of Oceanography em março de 1958 em uma instalação da National Oceanic and Atmospheric Administration [Keeling, 1976] . A NOAA iniciou suas próprias medições de CO2 em maio de 1974, e elas foram executadas em paralelo com as feitas pela Scripps desde então [Thoning, 1989] .

Os últimos cinco anos completos do registro de Mauna Loa CO2 mais o ano atual são mostrados no primeiro gráfico. O registro completo de dados Scripps combinados e dados NOAA é mostrado no segundo gráfico. Cada média mensal é a média das médias diárias, que por sua vez são baseadas em médias horárias, mas apenas para as horas durante as quais prevalecem as condições de “background” (consulte gml.noaa.gov/ccgg/about/co2_measurements.html para obter mais informações).

As linhas e símbolos vermelhos representam os valores médios mensais, centralizados no meio de cada mês. As linhas pretas e símbolos representam o mesmo, após correção para o ciclo sazonal médio. Este último é determinado como uma média móvel de SETE ciclos sazonais adjacentes centrados no mês a ser corrigido, exceto para o primeiro e o último TRÊS anos e meio do registro, onde o ciclo sazonal foi calculado ao longo do primeiro e dos últimos SETE anos, respectivamente.

As barras verticais nas linhas pretas do primeiro gráfico mostram a incerteza de cada média mensal com base na variabilidade observada de CO 2 em diferentes sistemas climáticos à medida que passam pelo topo do Mauna Loa. Isso se manifesta nos desvios das médias diárias de uma curva suave que segue o ciclo sazonal [Thoning, 1989] . Levamos em consideração que as médias diárias sucessivas não são totalmente independentes, o desvio de CO 2 na maioria dos dias tem alguma semelhança com o do dia anterior. Se faltar um mês, seu valor interpolado é mostrado em azul.

Os dados do último ano ainda são preliminares , aguardando recalibrações dos gases de referência e outras verificações de controle de qualidade. Os dados são relatados como uma fração molar de ar seco definida como o número de moléculas de dióxido de carbono dividido pelo número de todas as moléculas no ar, incluindo o próprio CO 2 , após a remoção do vapor de água. A fração molar é expressa em partes por milhão (ppm). Exemplo: 0,000400 é expresso como 400 ppm.

Os dados de Mauna Loa estão sendo obtidos a uma altitude de 3.400 m nos subtrópicos do norte e podem não ser os mesmos que a média global da concentração de CO2 na superfície.
 
*** Fonte aqui.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Que pokemon é esse?!

Tardigrada (do latim: tardus, lento + gradus, passo) é um filo de animais microscópicos segmentados, relacionados com os artrópodes. Popularmente são conhecidos como ursos-d'água ou como tardígrados, aportuguesamento derivado do nome do filo. Foram descritos pela primeira vez por J. A. E. Goeze em 1773. O nome Tardigrada foi dado por Spallanzani em 1776. São em maioria fitófagos, mas alguns são predadores, como o Milnesium tardigradum (fonte aqui).  Este é um dos maiores ursos-d'água, eles são ENORMES e possuem garras longas e um  focinho decorado! Eles quase parecem crocodilos. Chamam-se Milnésio.

Milnésio são cosmopolitas e onívoros: adoram alimentar-se de nemátodos, rotíferos, outros tardígrados, ciliados, algas e até de amebas! Existem 40 espécies de Milnésio que foram relatadas a partir de musgos e líquenes em todo o mundo; da Antártida aos trópicos e do Ártico às regiões temperadas.

Estes ursos-d'água são caracterizados pela presença de seis papilas peribucais que fazem as suas bocas parecerem pequenas coroas e duas papilas laterais. Suas garras são enormes e separadas em ramos primário e secundário independentes.

Os tardígrados de milnésio podem viver até 2 meses e colocar cerca de 40 ovos em 5 garras separadas durante esse período. Os ovos levarão cerca de 5 a 16 dias antes de eclodir. Como os Artrópodes, um importante grupo de animais invertebrados que inclui insetos e crustáceos, os tardígrados possuem uma cutícula protetora, ou exosqueleto, que muda quando os indivíduos ficam maiores. Essa cutícula será renovada a cada 6 a 10 dias para que as células se tornem maiores e maiores e, assim, para que o tardígrado se desenvolva e se torne maduro. Um tardígrado maduro é feito de cerca de 1000 células.

Cientistas têm relatado a presença de tardígrados em fontes termais, no topo do Himalaia, sob camadas de gelo sólido e no leito dos oceanos. Algumas espécies podem ser encontradas em ambientes mais amenos, como lagos e campos, enquanto outras podem ser encontradas em paredões rochosos e até mesmo em telhados. Tardígrados são mais comuns em ambientes úmidos, mas podem permanecer ativos onde quer que consigam reter alguma umidade.

Você já sabia alguma coisa sobre esses animais?