sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Dica de leitura: Um conto de Natal (A Christmas Carol) - Charles Dickens


Essa é uma das mais famosas histórias de Natal da literatura mundial. Foi escrita em 1843 em menos de um mês por Charles Dickens (ver aqui). Essa história conta como três espíritos ensinam o verdadeiro significado do Natal para um velho rico e avarento, o Sr. Scrooge. O Sr. Scrooge não nutria nenhuma simpatia pelo Natal. Entretanto, tudo muda depois da visita do fantasma de seu antigo sócio, o sr. Marley, e dos três espíritos de Natal que aparecem em sequência. Foi, sem dúvida, uma noite perturbadora e reveladora para o velho Sr. Scrooge.

Um trecho inicial do livro (original e tradução):

Stave 1: Marley’s Ghost 

Marley was dead: to begin with. There is no doubt whatever about that. The register of his burial was signed by the clergyman, the clerk, the undertaker, and the chief mourner. Scrooge signed it. And Scrooge’s name was good upon ‘Change, for anything he chose to put his hand to.

Old Marley was as dead as a door-nail.

Mind! I don’t mean to say that I know, of my own knowledge, what there is particularly dead about a doornail. I might have been inclined, myself, to regard a coffinnail as the deadest piece of ironmongery in the trade. But the wisdom of our ancestors is in the simile; and my unhallowed hands shall not disturb it, or the Country’s done for. You will therefore permit me to repeat, emphatically, that Marley was as dead as a door-nail. 

O fantasma de Marley 

Para começar a história, Marley estava morto. Não havia a menor dúvida quanto a isso. O atestado foi assinado pelo escrivão, pelo sacerdote, pelo agente funerário e pelo encarregado do enterro. Scrooge também assinou, e sua assinatura era sempre bem-vinda, tanto na Bolsa quanto em qualquer outro lugar.

Sim, o velho Marley estava tão morto quanto uma pedra. 

Veja bem: não quero dizer com isso que eu saiba, por experiência própria, como é estar morto como uma pedra. Na verdade, se tivesse de fazer uma comparação, acho que não há nada mais morto do que a lápide de um túmulo. Quem inventou esta antiga expressão foram os nossos sábios antepassados, e não serei eu quem vai querer mudá-la, senão, daqui a pouco, tudo estará de pernas para o ar. Deixe-me, portanto, repetir com toda ênfase: Marley estava tão morto quanto uma pedra.

Ilustração da primeira edição de "A Christmas Carol".

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