terça-feira, 30 de setembro de 2025

Autoplágio: Definição, Problemas e Consequências

O autoplágio é uma prática que tem ganhado crescente atenção no meio acadêmico e editorial, apesar de ser um tema ainda pouco compreendido por muitos autores. Diferentemente do plágio tradicional, que envolve o uso não autorizado de ideias ou textos de terceiros, o autoplágio ocorre quando um autor reutiliza partes substanciais de seus próprios trabalhos anteriores, apresentando-os como conteúdos novos e originais, sem referência adequada às obras anteriores.

O que é Autoplágio?

De forma simples, autoplágio consiste na reutilização total ou parcial de textos já publicados pelo mesmo autor, sem a devida indicação ou citação que informe ao leitor sobre a origem do material. Essa prática pode se manifestar tanto na republicação de artigos inteiros quanto na reciclagem de trechos significativos em novos trabalhos.

Embora o termo soe contraditório – afinal, como alguém pode plagiar a si próprio? – o conceito é amplamente reconhecido como uma questão ética, especialmente na comunidade científica e acadêmica, pois compromete a originalidade e transparência das pesquisas.

Problemas associados ao Autoplágio

Esse comportamento pode gerar diversos problemas para o meio científico e acadêmico, entre os quais se destacam:

  • Perda de credibilidade do autor: A prática pode ser vista como tentativa de enganar leitores, editores e avaliadores, comprometendo a confiança na integridade do pesquisador.
  • Dobradinha indevida de publicações: O autoplágio pode inflar artificialmente o número de publicações de um autor, distorcendo indicadores de produtividade acadêmica.
  • Impacto sobre a qualidade da literatura: Reutilizar conteúdo anterior sem bastante novidade dificulta o avanço científico, pois não contribui com novos conhecimentos.
  • Aspectos legais e de direitos autorais: Em algumas situações, a reutilização pode infringir normas editoriais e direitos autorais, especialmente quando o direito do trabalho anterior foi cedido a terceiros.

Consequências do Autoplágio

As consequências para autores que praticam autoplágio variam de acordo com o contexto e a gravidade do caso. Em ambientes acadêmicos e científicos, elas podem incluir:

  • Rejeição e retratação de artigos publicados;
  • Sanções disciplinares por parte de instituições de pesquisa;
  • Revogação de títulos acadêmicos em casos graves;
  • Prejuízo à reputação profissional, dificuldade para obtenção de financiamentos e colaborações.

Portanto, tratar de forma transparente e ética seus trabalhos anteriores é fundamental para manter a integridade acadêmica e contribuir para o avanço do conhecimento.

Como evitar o Autoplágio?

Para evitar o autoplágio, recomenda-se que autores:

  • Citem sempre seus trabalhos anteriores quando for necessário reutilizar partes deles;
  • Procurem apresentar análises, resultados ou discussões verdadeiramente novas nos trabalhos subsequentes;
  • Verifiquem as políticas editoriais das revistas e instituições quanto à reutilização de conteúdo;
  • Utilizem softwares e ferramentas que detectem trechos duplicados, garantindo originalidade.

Em suma, o autoplágio é uma prática antiética que pode comprometer a carreira acadêmica e científica. O combate a essa prática é essencial para a manutenção da confiança e do rigor que caracterizam a produção científica de qualidade.

Esta postagem foi elaborada com o auxílio da inteligência artificial Perplexity e inspirada em uma conversa com o estudante Yago.

Algumas referências.
  • [1](https://pt.wikipedia.org/wiki/Autopl%C3%A1gio) 
  • [2](https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/741098/2/PL%C3%81GIO%20E%20AUTOPL%C3%81GIO_E-BOOK.pdf) 
  • [3](https://www.scielo.br/j/ld/a/B4bbw7ZyVjh8XnGHQJrKgzG/) 
  • [4](https://blog.scielo.org/blog/2013/11/11/etica-editorial-e-o-problema-do-autoplagio/) 
  • [5](https://translate.google.com/translate?u=https%3A%2F%2Fwww.scribbr.com%2Fplagiarism%2Fself-plagiarism%2F&hl=pt&sl=en&tl=pt&client=srp) 
  • [6](https://www2.ufjf.br/ppgedumat/discentes/plagio-e-autoplagio/) 
  • [7](https://translate.google.com/translate?u=https%3A%2F%2Fwww.compilatio.net%2Fen%2Fblog%2Fbeware-of-self-plagiarism&hl=pt&sl=en&tl=pt&client=srp) 
  • [8](https://revistahcsm.coc.fiocruz.br/etica-editorial-e-o-problema-do-autoplagio/) 
  • [9](https://jornal.ufg.br/n/104517-autoplagio-e-plagio) 
  • [10](https://publi.ludomedia.org/index.php/ntqr/article/download/1139/1114/3943)

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Aquecimento Global: estamos passando dos limites planetários


Terra já rompeu 7 de seus 9 limites planetários, mostra novo relatório

Data de Publicação: 24 de setembro de 2025
Fonte: G1 Globo (Meio Ambiente)

Principais Destaques

Um relatório atualizado do Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK), divulgado nesta quarta-feira, alerta que a humanidade já ultrapassou sete dos nove limites planetários – indicadores científicos que definem as fronteiras seguras para a estabilidade do planeta. Esses limites, propostos em 2009 pelo diretor do PIK, Johan Rockström, monitoram processos essenciais para a vida na Terra. A grande novidade é a inclusão da acidificação dos oceanos na zona de risco, que em 2024 ainda estava no limite, mas agora foi oficialmente cruzada. Isso eleva o número de processos críticos de seis para sete, sinalizando uma aceleração alarmante da degradação ambiental.

O relatório enfatiza que, sem ações urgentes para conter o aquecimento global, colapsos de ecossistemas, desastres climáticos extremos (como inundações, secas e ondas de calor) e perda irreversível de biodiversidade se tornarão inevitáveis. O oceano, que absorve cerca de 25% do CO₂ emitido e regula o clima global, está sob pressão extrema, atuando como um "amortecedor" que está chegando ao fim de sua capacidade.

Os Limites Planetários: Status Atual

Os limites são avaliados com base em dados globais de 2024. Aqui vai uma tabela resumindo os nove processos, com seus status (🟢 seguro; 🟠 zona de perigo; 🔴 alto risco):

Limite Planetário Status Detalhes Principais
Mudanças climáticas 🔴 CO₂ atmosférico em 422 ppm (limite: 350 ppm); força de aquecimento em 2,79 W/m² (limite: +1,0 W/m²). Aumento de eventos extremos.
Biodiversidade 🔴 Extinção acelerada de espécies e degradação de habitats.
Ciclo do nitrogênio/fósforo 🔴 Excesso de fertilizantes polui solos e águas.
Acidificação dos oceanos 🟠 Nível de saturação em aragonita: 2,80 (limite: 2,75). Prejudica corais e moluscos; queda de oxigênio e ondas de calor marinhas.
Mudanças no uso da terra 🟠 Desmatamento e urbanização reduzem áreas naturais.
Uso de água doce 🟠 Demanda crescente excede disponibilidade sustentável.
Poluição química 🟠 Microplásticos e tóxicos acumulam-se em ecossistemas.
Aerossóis na atmosfera 🟢 Partículas como fuligem ainda controláveis.
Camada de ozônio 🟢 Protegida por tratados internacionais (ex.: Protocolo de Montreal).

Impactos Específicos nos Oceanos e Clima

  • Oceanos em Alerta: A absorção excessiva de CO₂ torna a água mais ácida, corroendo conchas de organismos como pterópodes (caracóis marinhos) e destruindo recifes de coral – que já perderam 14% desde 2009, segundo a Rede Global de Monitoramento de Recifes de Coral (GCRMN, estudo de 2020). Isso afeta cadeias alimentares, pesca e a produção de oxigênio (oceanos geram ~50% do O₂ global).
  • Clima Instável: Agosto de 2024 foi o mês mais quente registrado, parte de um período 125 mil anos mais quente devido ao aquecimento antropogênico. Consequências incluem padrões climáticos alterados, com mais chuvas torrenciais e secas prolongadas.

Vozes de Especialistas

  • Levke Caesar (co-líder do laboratório de limites planetários do PIK): “O oceano está se tornando mais ácido, os níveis de oxigênio estão caindo e as ondas de calor marinhas estão aumentando. Isso pressiona um sistema vital para estabilizar o planeta.”
  • Renata Piazzon (diretora-geral do Instituto Arapyaú): “Os dados mostram que o planeta está sob enorme pressão. Se não tomarmos medidas imediatas, estaremos acelerando ainda mais a crise climática e a perda de biodiversidade.”
  • Karina Lima (climatologista): “Tivemos o mês de agosto mais quente do registro instrumental, mas sabemos também que estamos vivendo o período mais quente em cerca de 125 mil anos por causa do aquecimento global antropogênico. Com isso, estamos alterando os padrões do sistema climático e entre as consequências temos aumento de frequência e intensidade de eventos extremos.”

Contexto Histórico e Implicações

Desde a proposta inicial em 2009, os relatórios anuais do PIK rastreiam esses limites. Em 2024, seis já estavam cruzados; agora, com os oceanos, o risco é ainda maior. O documento chama por políticas globais urgentes, como redução drástica de emissões de CO₂ (alinhada ao Acordo de Paris), proteção de áreas marinhas e transição para economias sustentáveis. Sem ação, o "espaço seguro" para a humanidade encolhe rapidamente, ameaçando bilhões de pessoas.

Essa notícia reforça a urgência da COP30 (prevista para 2025 no Brasil) para negociações climáticas. Para mais detalhes, acesse o relatório completo do PIK. O que você acha? Precisamos de mudanças sistêmicas agora! 🌍🔥

sábado, 20 de setembro de 2025

Dica de leitura: Como enfrentar um ditador: A luta pelo nosso futuro

Como enfrentar um ditador: A luta pelo nosso futuro

 Autora: Maria A. Ressa, Prêmio Nobel da Paz (2021).

 

Sobre a autora

Nascida: 2 de outubro de 1963, Manila, Filipinas
Residência no momento do prêmio: Filipinas

Maria Ressa nasceu em Manila, nas Filipinas. Aos nove anos, ela e sua família mudaram-se para os Estados Unidos. Após estudar na Universidade de Princeton, ela retornou ao seu país natal e obteve um mestrado na Universidade das Filipinas Diliman. A partir de 1995, a Sra. Ressa trabalhou como correspondente local para a CNN, cobrindo, em particular, o crescimento do terrorismo no Sudeste Asiático.

Em 2012, ela foi uma das co-fundadoras do site de notícias online Rappler. Como jornalista investigativa, ela se destacou como uma defensora destemida da liberdade de expressão e expôs abusos de poder, uso de violência e o crescente autoritarismo do regime do presidente Rodrigo Duterte. Em particular, a Sra. Ressa direcionou atenção crítica à controversa e mortal campanha antidrogas do presidente Duterte. Ela e a Rappler também documentaram como as redes sociais estão sendo usadas para espalhar notícias falsas, assediar opositores e manipular o discurso público. 

Prêmio Nobel da Paz (2021)

Motivação do prêmio: “por seus esforços em salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e a paz duradoura” 

O Comitê Norueguês do Nobel decidiu conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2021 a Maria Ressa e Dmitry Muratov por seus esforços em salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e a paz duradoura. A Sra. Ressa e o Sr. Muratov estão recebendo o Prêmio da Paz por sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia. Ao mesmo tempo, eles são representantes de todos os jornalistas que defendem esse ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas. Maria Ressa utiliza a liberdade de expressão para expor abusos de poder, uso de violência e o crescente autoritarismo em seu país natal, as Filipinas. Em 2012, ela co-fundou a Rappler, uma empresa de mídia digital para jornalismo investigativo, que ainda dirige. Como jornalista e CEO da Rappler, Ressa demonstrou ser uma defensora destemida da liberdade de expressão. A Rappler direcionou atenção crítica à controversa e mortal campanha antidrogas do regime Duterte. O número de mortes é tão alto que a campanha se assemelha a uma guerra travada contra a própria população do país. A Sra. Ressa e a Rappler também documentaram como as redes sociais estão sendo usadas para espalhar notícias falsas, assediar opositores e manipular o discurso público.

Uma resenha do livro

Maria Ressa recebeu o Nobel da paz em 2021 por sua luta pelo direito à liberdade de expressão. Uma das mais renomadas jornalistas do século XXI, ela fundou um portal de notícias independente em 2012, o Rappler, que rapidamente virou alvo do Estado filipino e fez de Ressa inimiga do homem mais poderoso de seu país: o presidente Duterte. Mas ele não é seu único adversário.

Nestas memórias, Maria Ressa compartilha sua trajetória contra a opressão e censura, e tenta mapear o fenômeno da desinformação que assola o mundo todo. Da invasão ao Capitólio nos EUA ao Brexit da Grã-Bretanha, passando pela influência do Facebook nas eleições, Ressa revela como grandes empresas de comunicação incentivaram mentiras e disseminaram um vírus de ódio que infecta toda a população, em uma pandemia de raiva e medo.

Contado da linha de frente da guerra digital, Como enfrentar um ditador é o grito urgente para que lutemos por nossa liberdade, antes que seja tarde demais. O que você está disposto a sacrificar pela verdade?

Com prefácio exclusivo de Patrícia Campos Mello, autora de A máquina do ódio.
 Fontes: aqui e aqui

Início do primeiro capítulo do livro

Desde que se iniciou o lockdown da pandemia de covid-19, em março de 2020, ando muito mais emotiva do que jamais me permiti ser. Sinto a raiva acumulada contra a injustiça que só me resta aceitar. Foi esse o resultado de seis anos de ataques ao governo.

Posso ser presa. Pelo resto da vida — ou, como diz meu advogado, por mais de cem anos. Por acusações que nem deveriam ser levadas a tribunal. A derrocada do estado de direito é um fato global, mas, no meu caso, se tornou pessoal. Em menos de dois anos, o governo filipino emitiu dez ordens de prisão contra mim.

----------------------------------------------- #literatura #dicadeleitura #nobeldapaz #democracia #reflexão #política

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Plágio Acadêmico na Pós-Graduação

Exemplo de plágio com sequências graves. Fonte aqui.

O plágio acadêmico é o ato de apresentar como próprio o trabalho, ideias, conceitos ou palavras de outro autor, sem dar o devido crédito. Segundo o Dicionário Houaiss, plágio consiste em copiar integral ou parcialmente um conteúdo de outro autor, seja textual ou conceitual, e apropriá-lo indevidamente. Essa prática é considerada antiética e pode configurar crime de violação de direito autoral.

Consequências do Plágio na Pós-Graduação

No âmbito da pós-graduação (na graduação também), o plágio é um problema grave que pode acarretar a perda do diploma obtido, reprovação em disciplinas, suspensão ou até expulsão da instituição. Além disso, gera prejuízos à reputação acadêmica do pesquisador, comprometendo sua carreira futura e podendo levar a implicações legais. As instituições de ensino utilizam ferramentas e comitês específicos para detectar e prevenir o plágio, reforçando a importância da integridade acadêmica.

Tipos de Plágio Acadêmico

  • Plágio integral: cópia total do trabalho de outro autor sem qualquer menção à fonte.
  • Plágio parcial: utilização de trechos ou partes do trabalho de outros autores sem citação.
  • Plágio conceitual (ou indireto): parafrasear ideias ou conceitos sem indicar a fonte original.
  • Auto-plágio: reapresentação de trabalhos anteriormente publicados pelo próprio autor, sem mencionar que são reproduções.
  • Plágio de fontes: citar referências sem ter consultado as fontes originais, usando apenas citações de segunda mão sem indicação adequada.
  • Plágio consentido: quando o autor permite que terceiros usem suas criações indevidamente, muitas vezes com fins comerciais.

Conclusão

Combater o plágio acadêmico é fundamental para garantir a qualidade e credibilidade da produção científica. É imprescindível que estudantes e pesquisadores saibam reconhecer o que é plágio e como evitá-lo, dando sempre os créditos adequados a autores originais e cultivando a ética e honestidade na pesquisa.

Esta postagem foi elaborada com o auxílio da inteligência artificial Perplexity, que utiliza buscas em tempo real e modelos avançados de linguagem para fornecer informações precisas e referências confiáveis.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Revistando a Mona Lisa com IAs

Mona Lisa do Gemini

Mona Lisa do Grok

Mona Lisa do Copilot

Mona Lisa do ChatGPT

Usei o seguinte prompt a quatro das mais usadas IAs generativas (Gemini, Grok, Copilot e ChatGPT): 

Gere uma nova versão da famosa Mona Lisa de Leonardo com estilo mais modernoso (ela pode usar um celular e óculos escuros) e no estilo surrealista. Imagem no formato 1x1.

Os resultados foram 'divertidos' e bem distintos. O Gemini deu bastante ênfase ao 'surrealismo' de Salvador Dalí, mas exagerou nas mãos (você notou?). Foi o mesmo erro cometido pelo Copilot. O Grok acabou exagerando nos óculos escuros (para que dois?) e gerou uma Mona Lisa mais sorridente. Na minha opinião, o ChatGPT tentou ser mais fiel ao quadro original de Leonardo da Vinci e conseguiu um resultado final melhor. 

Para uma outra postagem com a Mona Lisa e IA - ver aqui

Srinivasa Ramanujan: O Gênio da Matemática Indiana

 

Srinivasa Ramanujan foi um dos maiores matemáticos da história.

Uma Breve Biografia

Srinivasa Ramanujan (1887-1920) foi um matemático indiano que, apesar da falta de formação acadêmica formal em matemática avançada, fez contribuições extraordinárias para a análise matemática, teoria dos números, séries infinitas e frações contínuas. Nascido em Erode, no estado de Tamil Nadu, Índia, sua genialidade foi descoberta por acaso.

Vivendo na pobreza e sem acesso a livros de matemática modernos, Ramanujan desenvolveu suas próprias teorias e fórmulas de forma isolada. Suas descobertas eram tão profundas e originais que, em 1913, ele decidiu enviar algumas de suas equações a matemáticos proeminentes na Inglaterra. O renomado matemático de Cambridge, G.H. Hardy, ficou perplexo com as fórmulas de Ramanujan. Ele notou que, embora muitas delas fossem incorretas ou incompletas, as que eram verdadeiras eram de uma profundidade e originalidade impressionantes, algo que Hardy nunca tinha visto antes.

Hardy o convidou para Cambridge, onde Ramanujan viveu por cinco anos, de 1914 a 1919. Durante esse período, eles colaboraram intensamente, e Ramanujan publicou vários artigos de grande importância. Seu trabalho explorou áreas como as propriedades de frações contínuas, séries hipergeométricas, funções elípticas e, mais notavelmente, a teoria das partições de números.

Sua saúde frágil, agravada pela dieta e pelo clima na Inglaterra, o forçou a retornar à Índia em 1919, onde morreu um ano depois, aos 32 anos. A genialidade de Ramanujan não reside apenas em suas descobertas, mas na maneira intuitiva com que ele as alcançava, muitas vezes sem as provas formais que a matemática ocidental exigia. Ele frequentemente atribuía suas ideias a inspirações divinas, afirmando que elas lhe eram reveladas em sonhos.

Fórmulas Intrincadas e Fascinantes

As fórmulas de Ramanujan são famosas por sua beleza e elegância. Muitas delas, à primeira vista, parecem quase impossíveis, mas se revelam corretas e úteis em diversas áreas da matemática e da física. Aqui estão algumas das mais interessantes:

Fórmula para o número $\pi$ (Pi)

Ramanujan criou várias fórmulas para calcular $\pi$ que convergiam muito mais rapidamente do que as fórmulas conhecidas na época. Sua série infinita para $\pi$ é uma das mais belas:

$$ \frac{1}{\pi} = \frac{2\sqrt{2}}{9801} \sum_{k=0}^{\infty} \frac{(4k)!(1103 + 26390k)}{(k!)^4 396^{4k}} $$

Essa fórmula é tão poderosa que foi usada nos anos 1980 para calcular os primeiros milhões de dígitos de $\pi$.

Série para a raiz quadrada de 3

Uma de suas fórmulas mais impressionantes e visualmente intrigantes é esta série aninhada para a raiz quadrada de 3:

$$ \sqrt{1+2\sqrt{1+3\sqrt{1+4\sqrt{1+...}}}} = 3 $$

Esta é uma generalização de uma fórmula mais simples, e é um excelente exemplo da intuição de Ramanujan para padrões matemáticos.

Fórmula para Partições de Números

A teoria das partições de números era uma das paixões de Ramanujan. Uma partição de um número inteiro positivo é uma maneira de escrevê-lo como uma soma de inteiros positivos. Por exemplo, o número 4 tem 5 partições: 4, 3+1, 2+2, 2+1+1, 1+1+1+1. Ramanujan descobriu congruências notáveis para a função de partição $p(n)$, incluindo a seguinte:

$$ p(5k+4) \equiv 0 \pmod{5} $$

Isso significa que o número de partições de qualquer inteiro na forma $5k+4$ é sempre um múltiplo de 5. Ele também descobriu resultados semelhantes para múltiplos de 7 e 11.

Série hipergeométrica

Uma das séries encontradas pelo gênio indiano foi:

$$ \sum_{n=1}^{\infty} \frac{1}{n^2} \binom{2n}{n}^{-1} = \frac{\pi^2}{18} $$

Constante de Ramanujan

A constante de Ramanujan é dada pela expressão

$$ e^{\pi \sqrt{163}} \approx 262537412640768743.99999999999925\ldots $$ que é surpreendentemente próxima de um número inteiro.

O legado de Ramanujan continua a inspirar matemáticos em todo o mundo. Suas anotações, reunidas nos "Cadernos Perdidos", ainda são uma fonte de pesquisa e descobertas, revelando a mente de um dos intelectos mais singulares que já existiu. 

Obs: esta postagem foi inspirada em um desafio que o prof. Solonildo Almeida me passou. Sou grato a ele por me mostrar o desafio. Esta postagem contou com o auxílio das IAs Gemini e ChatGPT. 

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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Ferramentas de IA para buscar artigos científicos


O uso de ferramentas de Inteligência Artificial para encontrar e analisar artigos científicos é uma das aplicações da IA na pesquisa. Elas vão muito além de um motor de busca tradicional como o Google Acadêmico, pois usam IA para entender o contexto da sua pergunta e a relação entre diferentes trabalhos. Essas ferramentas, se bem usadas, podem proporcionar um grande ganho de produtividade.

O Papel da IA na Pesquisa Bibliográfica

As ferramentas tradicionais de busca, como o Google Acadêmico e o PubMed, funcionam principalmente com base em palavras-chave. Você precisa saber exatamente o que procurar. Já as ferramentas de IA, que usam o que chamamos de busca semântica, entendem o significado e o contexto da sua pesquisa. Elas conseguem:

  • Encontrar artigos relacionados: Mesmo que o artigo não use exatamente a palavra-chave que você digitou.
  • Sintetizar o conhecimento: Elas podem ler e resumir vários artigos, destacando os pontos principais e as conclusões.
  • Mapear conexões: Mostram como diferentes autores e artigos se conectam, identificando os trabalhos mais influentes e as lacunas na literatura.

Ferramentas de IA para Encontrar Artigos Científicos

Aqui estão algumas das melhores e mais populares ferramentas de IA para pesquisa acadêmica:

  1. Elicit: Considerada por muitos uma das melhores ferramentas para o início da pesquisa. Você faz uma pergunta de pesquisa (por exemplo, "Quais são os efeitos do sono na memória?"), e o Elicit encontra os artigos mais relevantes, gera resumos dos pontos-chave, e até mesmo extrai tabelas de dados de cada estudo, poupando muito tempo.
  2. Scite.ai: O Scite é um motor de busca e uma plataforma de descoberta que se destaca por mostrar como os artigos se citam. Ele não só encontra artigos, mas também indica se um trabalho está apoiando uma afirmação, contrastando com ela ou apenas mencionando-a. Isso é extremamente útil para entender o consenso ou a controvérsia em um campo de pesquisa.
  3. Consensus: O Consensus é uma ferramenta de busca semântica que encontra evidências diretamente de artigos de pesquisa. Você faz uma pergunta de sim ou não ("A meditação reduz a ansiedade?"), e a ferramenta busca artigos para dar uma resposta baseada em consenso científico, citando as evidências de cada trabalho.
  4. Semantic Scholar: Desenvolvido pelo Allen Institute for AI, o Semantic Scholar é um buscador de literatura científica gratuito que usa IA para destacar as partes mais importantes de um artigo. Ele também cria um "mapa" de artigos relacionados, mostrando os trabalhos mais citados e os artigos subsequentes que citaram o original.
  5. Perplexity AI: O Perplexity AI se diferencia por ser um "mecanismo de resposta" que oferece respostas concisas e bem referenciadas para suas perguntas. Ele cita as fontes usadas para gerar a resposta, incluindo artigos científicos, o que facilita a verificação e o aprofundamento na literatura original.

Ao usar essas ferramentas, a sua pesquisa bibliográfica se torna mais estratégica, eficiente e aprofundada.


Este artigo foi cuidadosamente elaborado com o auxílio do Google Gemini, um avançado modelo de linguagem de IA. A colaboração com a inteligência artificial teve como objetivo otimizar a estrutura do texto, garantir a clareza das informações e aprofundar a discussão sobre o tema, oferecendo um conteúdo relevante e bem organizado para a sua leitura.

#InteligenciaArtificial #IA #GoogleGemini #ProducaoDeConteudo #Tecnologia #Blogs #EscritaComIA #Pesquisa #Mestrado 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Como a IA Pode Ajudar na Pesquisa Acadêmica

 

A inteligência artificial (IA) pode ser uma ferramenta poderosa para estudantes de mestrado, doutorado e até pesquisadores experientes, ajudando a otimizar e aprimorar várias etapas da pesquisa acadêmica. Potencialmente, o tempo também pode ser otimizado com o uso da IA. Entretanto, é sempre bom conferir as regras e normas adotadas pela sua instituição em relação ao uso da IA. 


1. Pesquisa e Revisão de Literatura

A pesquisa bibliográfica para uma tese ou dissertação é um dos processos mais demorados. A IA pode acelerar isso de maneira significativa.

  • Busca Semântica: Em vez de usar palavras-chave exatas, ferramentas de IA como o Elicit ou o Scite podem entender o significado da sua pergunta de pesquisa e encontrar artigos, teses e patentes relevantes.
  • Resumo e Síntese: A IA pode gerar resumos de artigos longos, poupando tempo de leitura. Além disso, pode identificar os principais argumentos e descobertas em múltiplos textos, ajudando a sintetizar a revisão de literatura.
  • Identificação de Lacunas: A IA pode analisar um grande volume de artigos e identificar tópicos pouco explorados ou lacunas na pesquisa, sugerindo caminhos para sua própria investigação.

2. Organização e Gerenciamento de Dados

A fase de coleta e organização de dados pode ser complexa. A IA pode ajudar a dar sentido a grandes conjuntos de informações.

  • Transcrição Automática: Softwares de IA podem transcrever áudios de entrevistas ou reuniões, transformando horas de gravação em texto editável em minutos.
  • Análise de Dados Qualitativos: Ferramentas de IA podem ajudar a identificar padrões e temas em grandes volumes de dados qualitativos (como respostas de entrevistas abertas ou documentos), facilitando a codificação e a análise.
  • Visualização de Dados: A IA pode criar visualizações (gráficos, mapas, diagramas) a partir de seus dados brutos, ajudando a identificar tendências e a apresentar os resultados de forma clara.

3. Redação e Edição

A escrita acadêmica exige precisão. A IA pode funcionar como um assistente de escrita, ajudando a melhorar a qualidade do texto.

  • Assistência na Escrita: Ferramentas como o ChatGPT podem sugerir maneiras de reformular frases, encontrar sinônimos mais adequados ou estruturar parágrafos. A IA pode ajudar a escrever partes introdutórias ou conclusivas, mas a autoria do conteúdo principal deve ser sua.
  • Verificação Gramatical e de Estilo: A IA é excelente para identificar erros de gramática, ortografia e pontuação, além de sugerir melhorias de estilo, clareza e concisão, garantindo que o texto atenda aos padrões acadêmicos.
  • Checagem de Plágio: Ferramentas de IA podem ser usadas para verificar se o seu texto se assemelha a fontes existentes, ajudando a evitar o plágio não intencional e garantindo a originalidade do trabalho.

4. Geração de Ideias e Estruturação

Em momentos de bloqueio criativo, a IA pode ser um bom ponto de partida.

  • Brainstorming de Tópicos: A IA pode gerar ideias para títulos, tópicos de pesquisa e até mesmo perguntas de pesquisa, ajudando a refinar seu foco.
  • Criação de Estrutura: Ao fornecer o seu tema, a IA pode sugerir um esboço detalhado para a tese, dividindo-a em capítulos e seções lógicas. Claro, as regras específicas de seu programa de pós-graduação devem ser respeitadas. 

O uso ético e responsável da IA é fundamental. Lembre-se que a IA é uma ferramenta para complementar, e não para substituir, seu próprio trabalho intelectual, pensamento crítico e a sua criatividade.


**Nota sobre a criação deste conteúdo:**
Este texto foi elaborado com o auxílio do Google Gemini, um modelo de linguagem de IA. O objetivo foi otimizar o processo de escrita e garantir que as informações estivessem claras e bem organizadas para a sua leitura.

sábado, 6 de setembro de 2025

Evitando o Plágio Acadêmico Não Intencional na Era da IA

 

O uso de ferramentas de Inteligência Artificial para auxiliar em trabalhos acadêmicos, como a pesquisa de informações ou a organização de ideias, trouxe novos desafios para a integridade acadêmica. A linha entre a inspiração e o plágio, especialmente o plágio não intencional, pode se tornar mais tênue. Para evitar esse tipo de situação, é crucial adotar práticas conscientes e responsáveis.


Entendendo o Problema

O plágio não intencional ocorre quando você utiliza material de outra pessoa sem dar o devido crédito, seja por falta de conhecimento das normas de citação, por esquecimento, ou até mesmo por uma paráfrase inadequada. O uso de IA pode exacerbar esse risco de diversas formas:

  • Paráfrase insuficiente: Ferramentas de IA podem gerar textos que são muito parecidos com a fonte original, alterando apenas algumas palavras. Se você copiar esse texto sem citar a fonte, isso configura plágio.
  • Incorporação de ideias sem crédito: A IA pode sintetizar informações de múltiplas fontes, tornando difícil identificar a origem de cada ideia. Se você usar essas ideias sem rastrear e citar a fonte original, estará cometendo plágio.
  • Falta de autoria: A principal regra para evitar o plágio é que o texto deve ser seu. A IA é uma ferramenta, não uma substituta para o seu pensamento crítico e originalidade.

Estratégias Práticas para Evitar o Plágio

Para manter a integridade do seu trabalho e garantir a originalidade, siga estas dicas:

  1. Compreenda as Normas de Citação: Familiarize-se com o estilo de citação exigido pela sua instituição (por exemplo, ABNT, APA, Vancouver, MLA). Aprender a citar corretamente é a sua principal defesa contra o plágio. Entenda a diferença entre citação direta (quando você usa as palavras exatas do autor, entre aspas) e paráfrase (quando você reescreve a ideia com suas próprias palavras).
  2. Use a IA como Ferramenta, Não como Gerador de Texto: Pense na IA como um assistente de pesquisa. Use-a para:
    • Brainstorming de ideias: Peça para a IA sugerir diferentes ângulos para o seu tema.
    • Organização da estrutura: Use-a para criar um esboço do seu trabalho.
    • Sugestão de fontes: Peça para a IA indicar artigos e livros relevantes para a sua pesquisa.
  3. Sempre Verifique as Fontes: Quando a IA fornecer informações, procure as fontes originais e leia-as. Não use o conteúdo gerado pela IA cegamente. Apenas o texto que você leu e compreendeu em sua fonte original deve ser usado.
  4. Paráfrase Efetiva e Citação: Ao reescrever uma ideia, certifique-se de que a paráfrase seja realmente sua. Mantenha as palavras da IA de lado e escreva a ideia em sua própria voz, com seu estilo. Depois, lembre-se de citar a fonte da qual a ideia original foi extraída.
  5. Mantenha um Diário de Pesquisa: Crie um documento (um "diário de pesquisa") onde você anote todas as fontes que consultar, sejam elas de artigos, livros ou sites. Para cada anotação, registre a referência completa (autor, ano, título, etc.) e o trecho que você achou relevante. Isso te ajudará a rastrear de onde veio cada ideia.
  6. Use Ferramentas de Verificação de Plágio: Muitas universidades oferecem acesso a softwares de verificação de plágio, como Turnitin ou Copyleaks. Use-os para analisar seu texto antes de submetê-lo. Eles podem ajudar a identificar trechos que se assemelham a fontes existentes, permitindo que você corrija e adicione as citações necessárias.

Ao integrar essas práticas em seu processo de escrita, você não apenas evita o plágio, mas também fortalece sua capacidade de pensar criticamente e produzir um trabalho acadêmico de alta qualidade e originalidade.


=> Este artigo foi elaborado com o auxílio da Inteligência Artificial Gemini. A IA foi utilizada para estruturar o conteúdo e para aprimorar a clareza e a coesão do texto. O conteúdo final foi revisado e editado por [Seu Nome], garantindo a precisão e a adequação das informações.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Vagas para doutorado - RENOEN - Polo IFCE (2026.1)

Saiu o edital (normas complementares) para nova turma do RENOEN - Polo IFCE. 

Informações básicas: 

O processo seletivo referente ao Polo IFCE seguirá as normas gerais do Edital Geral RENOEN Nº 002/2025 (Turma 2026.1), que dispõe sobre o processo de Seleção ao Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em ENSINO da Rede Nordeste de Ensino (RENOEN) - Turma 2026.1, e destas Normas Complementares, as quais são estruturadas com base nas políticas e resoluções internas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, considerando a PORTARIA Nº 4030/GAB-FOR/DG- FOR/FORTALEZA, DE 09 DE JULHO DE 2024 que designa a comissão responsável pela organização do certame.

O processo seletivo para o Polo RENOEN/IFCE busca selecionar candidatos egressos de programas de pós-graduação na área de ENSINO (46) e quaisquer outras áreas que coaduem com o Ensino.

Conforme especificado no Edital Geral RENOEN 002/2025, no Quadro 1. (Número de vagas por Polo (Instituição Associada) – Entrada 2026.1 do item 1 deste Edital, o Polo IFCE irá disponibilizar um total de 26 vagas para ingresso em 2026.1, a serem distribuídas conforme o Quadro I a seguir: 

Cronograma parcial:


 >>>>>>>> Informações completas aqui.

Fé, Ética e Dignidade Humana na Era da Inteligência Artificial: Um Chamado à Ação - Élder W. Gong.

Elder Gerrit W. Gong of the Quorum of the Twelve Apostles speaks about artificial intelligence during a session of the World Council of Religions for Peace in Istanbul, Republic of Türkiye, Tuesday, July 29, 2025. The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints

Fé, Ética e Dignidade Humana na Era da Inteligência Artificial: Um Chamado à Ação

Por Elder Gerrit W. Gong, do Quórum dos Doze Apóstolos
Fonte e arquivo original aqui. Data: 29/julho/2025 - 
Religions for Peace World Council in Istanbul, Republic of Türkiye. Ver também aqui.

Sua Eminência Metropolitana Emmanuel, Elder Metropolitano de Calcedônia, Secretário-Geral Dr. Francis Kuria, estimados líderes religiosos, senhoras e senhores, expressamos nossa gratidão à Religiões pela Paz Mundial por reunir nossas diversas e vibrantes tradições de fé na histórica Istambul. É uma honra representar A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias nesta conferência oportuna e abordar o tema “Fé, Ética e Dignidade Humana na Era da Inteligência Artificial”.

De certa forma, a inteligência artificial (IA) conecta as três sessões de nossa conferência, pois a IA pode desempenhar um papel no florescimento humano (nossa primeira sessão) e na prosperidade comum (nossa terceira sessão).

Meu nome é Gerrit Walter Gong. Gerrit é um nome holandês; Walter (o nome do meu pai) é um nome americano; e Gong, claro, é um sobrenome chinês. Sempre gostei do meu nome internacional. Ele me convida a ser um cidadão global na casa da fé.

Por contexto, meus pais se conheceram na Universidade de Stanford; cresci no Vale do Silício. Meu pai, o Professor Walter A. Gong, foi coautor de *Mechanics*, um livro de física, com William Shockley, que ganhou o Prêmio Nobel por coinventar o transistor. Durante meus anos no Departamento de Estado dos EUA, o Secretário de Estado George Shultz me designou para ajudá-lo a discernir a forma, o alcance e as consequências da era da informação para a diplomacia. Agora, como líder de uma fé cristã mundial, ajudei a introduzir nossos Princípios Orientadores para o Uso da Inteligência Artificial pela Igreja as nossas Autoridades Gerais, Oficiais Gerais e força de trabalho da Igreja.

No século XIX, o principal meio de produção era a agricultura; no século XX, a indústria; e agora, no século XXI, são a informação, a inovação e a propriedade intelectual escalável. Enquanto o DeepBlue em 1997, o Watson em 2011 e o AlphaGo em 2017 derrotaram, respectivamente, os campeões mundiais humanos em xadrez, *Jeopardy* e Go, a era da inteligência artificial nasceu na mente do público com a aclamada estreia do ChatGPT em novembro de 2022. Estima-se que o ChatGPT tenha agora cerca de 800 milhões de usuários ativos semanais – uma das adoções tecnológicas mais rápidas da história.

Como sabemos, GPT significa *Generative Pre-trained Transformer* (Transformador Pré-treinado Generativo). Essa forma particular de inteligência artificial combina poderosamente consultas e respostas sofisticadas, raciocínio avançado e padrões inventivos de algoritmos que analisam dados complexos e massivos. Tecnologias de IA que se desenvolvem exponencialmente prometem novas ideias e possibilidades nos próximos anos. Insights surpreendentes em novos domínios criarão, por sua vez, ainda mais domínios e insights.

Modelos fundamentais em constante mudança, algoritmos de treinamento, funções objetivo e avaliações, orquestração de agentes e inúmeras aplicações de domínio remodelam constantemente a era da inteligência artificial. A “internet das coisas” se tornará a “inteligência artificial das coisas”. Enfrentamos questões profundas: o que significa ser humano; quem e o que definirá a “verdade” perceptual; relações emocionais entre humanos e IA (incluindo companheiros de IA); modelos de negócios; como entendemos os princípios divinos de trabalho, fé e raciocínio, até mesmo a relação com o Divino.

Não surpreendentemente, ainda não sabemos como medir completamente o que está acontecendo. Padrões de referência padronizados ainda não foram totalmente estabelecidos para muitas áreas de desempenho e impacto da IA. Isso inclui aspectos de retorno sobre investimento (ROI), qualidade, quantidade, integridade e ganhos de eficiência da IA ao longo do tempo, à medida que a IA melhora algumas economias e indústrias, enquanto perturba negativamente outras.

Entre os efeitos mais importantes da IA – e os mais difíceis de medir de forma significativa – estão aqueles que impactam a relação com o Divino, outros relacionamentos centrais e o florescimento humano e a prosperidade comum. É nessas dimensões espirituais da influência da IA que desejo focar hoje.

Nossas melhores taxonomias para definir uma IA ética e responsável incluem categorias como confiança, alinhamento, responsabilidade, privacidade, governança de dados, justiça e viés, transparência, explicabilidade, segurança e equidade sociocultural. De particular importância para nós, como líderes religiosos, são as implicações da IA nos domínios da fé, ética e dignidade humana. Ao entrarmos em território tecnológico e ético inexplorado, precisamos, especialmente agora, alinhar o alcance exponencial e pervasivo da IA com princípios éticos e valores morais baseados na fé.

Acredito que nós, como líderes religiosos, podemos agir agora em três questões fundamentais centradas na IA.

Primeiro, devemos ser claros, e ajudar a sociedade a entender, que a IA não é e não pode ser Deus. Muitos falam com demasiada leviandade sobre “IA se tornando Deus” ou “IA semelhante a Deus”. Os dados de treinamento da IA são fornecidos por humanos; os princípios morais e éticos da IA são apenas aqueles que seus criadores conscientemente injetam e alinham. Mesmo que o treinamento da IA mude ou se alcançarmos a AGI (inteligência geral artificial) ou a ASI (inteligência superartificial), sabemos que o raciocínio – mesmo o super-humano – tem limitações. O homem não é, e certamente a Divindade não é, definido apenas pelo raciocínio.

Nenhum conjunto de algoritmos utilitários de IA deve determinar ou falar por nossos valores humanos mais preciosos e experiências espirituais. A IA não pode fornecer verdade divina inspirada ou orientação moral independente. Benevolência humana, compaixão, julgamento, otimismo, fé – aquilo que fala às nossas almas e por elas – requerem experiência vivida e relacionamentos autênticos.

Aqueles que buscam deificar a IA podem, inadvertidamente, descobrir uma moderna Torre de Babel. Esforços humanos para criar utopias ou alcançar o céu sempre ficam aquém. Em última análise, somos limitados pelas restrições humanas de entendimento moral e capacidade de conhecer e fazer o bem. Como criação de Deus, o homem pode criar IA, mas a IA não pode criar Deus.

Nossas verdades mais preciosas, conforto, revelação e orientação vêm quando comungamos pessoalmente com o Divino. A verdade e a luz espiritual vêm do entendimento de quem é Deus na criação e no universo. Para os filhos de Deus, plataformas e tecnologias não podem substituir a conexão e o relacionamento divinos autênticos. Como Russell M. Nelson, Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, diz: “O privilégio de receber revelação é um dos maiores dons de Deus para Seus filhos.”

Como líderes religiosos, podemos ajudar nosso povo a antecipar, adaptar-se e usar beneficamente as mudanças contínuas da IA. Não temos medo da IA, nem pensamos que a IA será a solução para tudo. Podemos ajudar nossos seguidores e congregantes a ver a IA como uma ferramenta útil que, usada correta e apropriadamente, pode abençoar muitos aspectos da vida diária.

Nossa segunda questão centrada na IA: podemos escolher conscientemente e usar intencionalmente a IA como uma ferramenta para o bem.

Nossos propósitos e valores mais humanos e humanitários precisarão do que o poeta chama de “o núcleo profundo do coração”. Precisaremos do melhor que nossas heranças religiosas e morais podem oferecer para fomentar nossos relacionamentos centrais com o eu, a natureza, uns com os outros na sociedade e com o Divino.

Chamo esses quatro relacionamentos centrais de relações Eu-Isso-Eles-Tu. Essas relações existenciais abrangem o vertical (Tu) e o horizontal (Eles) – a tradição cristã dos dois grandes mandamentos de amar a Deus e ao próximo. Esses relacionamentos centrais também incluem uma relação interna com o eu (Eu) e uma relação externa com o meio ambiente e o mundo natural (Isso).

Como líderes religiosos, podemos articular e fomentar intencionalmente uma visão para o mundo que contrabalance a IA que promove eficiência algorítmica com a IA que protege e promove o florescimento humano e a prosperidade comum.

Isso levanta nossa terceira questão centrada na IA: podemos nos comprometer juntos a garantir que a bússola moral da IA não seja ditada apenas pela tecnologia ou pelo pequeno grupo que a desenvolve. Um esforço unido, envolvendo líderes religiosos, cívicos e tecnológicos, é necessário para defender uma IA segura, responsável e centrada no humano.

Aqueles comprometidos com morais, ética e valores baseados na fé são necessários nessa conversa por pelo menos três razões. Primeiro, os crentes religiosos contribuem significativamente para o florescimento humano e a prosperidade comum. Segundo, 76% da população mundial se identifica com uma religião. E, terceiro, muitos públicos estão profundamente preocupados com o futuro da IA e céticos em relação a corporações, países e governos. Mesmo em um mundo influenciado pelo pensamento secular, não apenas os crentes religiosos, mas cidadãos em todos os lugares, desejam que líderes religiosos e morais ajudem a garantir que a IA seja segura e confiável.

Juntas, essas três questões (não substituir Deus por IA, usar intencionalmente a IA para o bem e defender juntos uma IA segura e confiável) exigem um diálogo prático e mutuamente respeitoso.

Esse diálogo deve incluir aqueles impactados pelas interseções diárias, filosóficas e teológicas da IA e os dons divinos que definem quem realmente somos. Esses dons divinos incluem agência moral e escolha; capacidade de nutrir caráter, julgamento e sabedoria por meio de experiências vividas; e esforço pessoal e crescimento criativo além do simples entendimento cognitivo.

Ao tornar as ferramentas de IA edificantes em texto, voz, música, imagens e vídeo, estabeleçamos também processos que identifiquem, monitorem, gerem e garantam os melhores resultados humanos nos sistemas de IA que construímos.

O potencial ainda em evolução da inteligência artificial borra as fronteiras e os limites de seu alcance e impacto. A concentração de informação, capital e tecnologia concentra poder. O poder concentrado nas mãos de relativamente poucos desafia o bem comum, especialmente quando alguns desses poucos pensam que sabem o que é melhor para toda a sociedade. Em meio à competição de IA entre empresas, países e governos em todos os níveis, todas as sociedades e todos os povos compartilham um interesse vital em encorajar, apoiar e incentivar uma IA segura e responsável.

O que chamarei de “Avaliação de IA da Comunidade de Fé” pode ajudar.

Uma Avaliação de IA da Comunidade de Fé pode representar de forma justa e precisa nossas fés pluralistas, com dois propósitos focados. Primeiro, como a maioria da sociedade deseja, pode ajudar a garantir que os sistemas de IA retratem pessoas de fé e crenças religiosas de maneira respeitosa e precisa. Segundo, pode oferecer conjuntos de treinamento e casos de uso para que os modelos de IA incluam propósitos, princípios e treinamentos morais e éticos baseados na fé, refletindo nossos melhores valores sociais pluralistas. Uma Avaliação de IA da Comunidade de Fé também pode fornecer um controle e equilíbrio adicional valioso para a IA.

Uma Avaliação de IA da Comunidade de Fé convidaria cada uma de nossas comunidades de fé a desenvolver conjuntos de treinamento que acreditamos retratar com precisão nossa história, doutrinas, crenças e princípios morais. Trabalhando com as partes relevantes, podemos estabelecer protocolos, realizar testes, publicar referências e definir e melhorar iterativamente o desempenho da IA nessa área importante. Essa dimensão adicional de avaliação da IA pode aumentar a confiança pública na IA e contribuir de maneira prática para o uso ético e responsável da IA.

Em conclusão, para nós, como líderes religiosos, um chamado à ação em três partes:

Primeiro, identifiquemos em nossas diversas tradições de fé os princípios e valores que deem uma voz persuasiva à fé, ética e dignidade humana que precisamos na era da inteligência artificial.

Segundo, ajudemos a traçar um futuro onde a IA contribua genuinamente para o bem comum, incluindo o florescimento humano e a prosperidade comum, para pessoas em todos os lugares.

Terceiro, reunamos em diálogo oportuno líderes e cidadãos de indústrias, pesquisa, corpos cívicos e governamentais, e grupos religiosos pluralistas para alinhar os desenvolvimentos da IA com princípios e valores morais duradouros. Podemos ajudar a promover uma IA segura e confiável, inclusive por meio de uma reconhecida “Avaliação de IA da Comunidade de Fé”.

Esses imperativos precisam das contribuições catalisadoras de nossas diversas tradições de fé. Na tradição cristã, Jesus Cristo declara: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Nos dias que virão, unamos nossos melhores esforços para identificar caminhos e verdades que nos ajudem a viver nossas melhores vidas com fé, ética e dignidade humana na era da inteligência artificial.

Muito obrigado.

Com gratidão, reconheço as valiosas contribuições de muitos amigos e colegas especialistas em IA em negócios, academia e pesquisa, e de colegas e nosso Grupo de Trabalho em IA de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Em uma recente reunião em Pristina com S.E. o Primeiro-Ministro do Kosovo (referenciado aqui com permissão), discutimos oportunidades e preocupações com a IA para seu país.

É claro que permaneço pessoalmente responsável por estas observações.


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**Notas de Rodapé**: 

  • i. O florescimento humano é um termo agora usado para descrever o crescente corpo de evidências de que praticantes religiosos relatam ser mais felizes e saudáveis em diversos fatores em muitos países, idades e coortes demográficas. Por exemplo, o *Gallup Global Flourishing Study*, de 28 de março de 2024, mediu seis domínios em uma construção multidimensional, incluindo felicidade e satisfação com a vida, saúde física e mental, significado e propósito, caráter e virtude, relacionamentos sociais próximos, estabilidade financeira e material. Isso incluiu 207.000 pessoas em 22 países e Hong Kong (R.A.E. da China). Em cada país ou território, idade e coorte demográfica, os praticantes religiosos responderam mais positivamente do que aqueles sem crenças religiosas. Padrões em Idade e Bem-Estar foram destacados no estudo de acompanhamento da Gallup de 7 de maio de 2025. 
  • ii. Gerrit W. Gong serve como membro do Quórum dos Doze Apóstolos, um corpo de liderança sênior de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma fé cristã mundial. O Dr. Gong possui doutorado e mestrado em relações internacionais pela Universidade de Oxford, onde foi bolsista Rhodes. Seu diploma de bacharel é pela Universidade Brigham Young em estudos asiáticos e universitários, com *summa cum laude*. Durante 20 anos em Washington, D.C., o Dr. Gong serviu no Departamento de Estado dos EUA como Assistente Especial do Subsecretário de Estado, Assistente Especial de dois Embaixadores dos EUA em Pequim, RPC, e consultor do *Policy Planning Staff*; e, no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), como Diretor da Ásia e Presidente da Cátedra da China. Por 10 anos, até seu chamado para o serviço eclesiástico em tempo integral, o Professor Gong foi Assistente do Presidente para Planejamento e Avaliação na Universidade Brigham Young, em Provo, Utah. Durante esse período, o Professor Gong serviu no Comitê Consultivo Nacional para Qualidade e Integridade Institucional (NACIQI) do Secretário de Educação dos EUA, que ajuda a certificar a acreditação do ensino superior. 
  • iii. Veja George P. Shultz, *The Shape, Scope, and Consequences of the Age of Information* (1986). 
  • iv. Veja Martine Paris, “ChatGPT atinge 1 bilhão de usuários? ‘Dobrou em apenas semanas’, diz CEO da OpenAI,” *Forbes*, 12 de abril de 2025, forbes.com. 
  • v. Como Jared Spataro, Vice-Presidente Corporativo da Microsoft, aponta, nos últimos três anos, três invenções e inovações em IA se destacam: “uma máquina que pode receber perguntas ou solicitações de um usuário e produzir respostas úteis e razoáveis – passando no teste de Turing pela primeira vez”; uma “máquina que pode raciocinar tão bem quanto – ou cada vez melhor – que humanos”; e “um algoritmo que pode identificar padrões incrivelmente complexos em enormes bancos de dados e, em seguida, aplicar esses padrões a novos domínios para criar invenções novas.” No horizonte estão descobertas em ciência, medicina e artes. Essas novas tecnologias ajudarão a identificar novos padrões em “matéria, compostos químicos, leis físicas”. 
  • vi. Esforços significativos continuam para definir estruturas e princípios governantes para a inteligência artificial. Exemplos recentes incluem o Dicastério do Vaticano para a Doutrina da Fé, Dicastério para Cultura e Educação, “Antiqua Et Nova, Notas sobre a Relação entre Inteligência Artificial e Inteligência Humana,” revisado em 28 de janeiro de 2025; OECD Legal Instruments, “Recomendação do Conselho sobre Inteligência Artificial,” 3 de maio de 2024; “Convenção-Quadro do Conselho da Europa sobre Inteligência Artificial e Direitos Humanos, Democracia e Estado de Direito,” Vilnius, Lituânia, 5 de setembro de 2024, descrita por seus convocadores como “o primeiro tratado internacional juridicamente vinculativo neste campo”; União Africana, “Estratégia Continental de Inteligência Artificial,” julho de 2024; Conselho Consultivo de IA das Nações Unidas, “Governando a IA para a Humanidade,” setembro de 2024; Cúpula de Autoridades e Formuladores de Políticas do G-7 sobre Concorrência, “Comunicado sobre Concorrência Digital,” Roma, Itália, 4 de outubro de 2024; “Declaração dos Líderes ASEAN-EUA sobre Promoção de Inteligência Artificial Segura, Protegida e Confiável,” 11 de outubro de 2024; Mesa Redonda da Organização Árabe de Tecnologias da Informação e Comunicação, “Inteligência Artificial no Mundo Árabe: Aplicações Inovadoras e Desafios Éticos,” 3 de fevereiro de 2025. 
  • vii. Usos da IA para conversa, aconselhamento e companhia geral continuam a surgir. O recente lançamento de chamados companheiros de IA para adultos destaca como a IA pode ser manipulada e viciante ao falsificar a intimidade humana. 
  • viii. Por exemplo, veja METR, “Medindo a Capacidade da IA de Completar Tarefas Longas,” 19 de março de 2025, que descreve (talvez semelhante a uma espécie de lei de Moore) que “o comprimento das tarefas que a IA pode realizar dobra a cada sete meses”. 
  • ix. Por exemplo, muitos acreditam que os indivíduos têm um direito explícito de saber e consentir por meio de uma declaração de adesão antes que os sistemas de IA possam usar informações pessoais no treinamento; que o consentimento pessoal deriva da escolha individual, incluindo com relação à qualidade e quantidade de suas informações pessoais usadas em modelos de treinamento; e que terceiros devem ser especificamente impedidos de monetizar informações pessoais não autorizadas ou usá-las para ganho privado. 
  • x. Por exemplo, o “Relatório do Índice de Inteligência Artificial 2025” da Universidade de Stanford oferece uma avaliação abrangente “em um momento importante, à medida que a influência da IA na sociedade, economia e governança global continua a se intensificar” (hai.stanford.edu). 
  • xi. Meu grupo de fé adotou sete “Princípios para o Uso da Inteligência Artificial pela Igreja” nas áreas de Conexão Espiritual, Transparência, Privacidade e Segurança, e Responsabilidade (veja AI.ChurchofJesusChrist.org). 
  • xii. Por exemplo, a AI and Faith em aiandfaith.org busca iniciar esse processo. 
  • xiii. Sarah Wynn-Williams, *Careless People: A Cautionary Tales of Power, Greed, and Lost Idealism* (2025) e Karen Hao, *Empire of AI* (2025) destacam desafios sistêmicos nos esforços humanos para entender e buscar o bem comum em IA e tecnologias relacionadas. 
  • xiv. Russell M. Nelson, “Revelação para a Igreja, Revelação para Nossas Vidas,” *Liahona*, maio de 2018, 94. 
  •  xv. “E lá terei alguma paz, pois a paz vem caindo lentamente… Eu a ouço no núcleo profundo do coração” (William Butler Yeats, “The Lake Isle of Innisfree”). 
  • xvi. “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? [...] Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Bíblia King James, Mateus 22:36-40). 
  • xvii. Veja Pew Research Center, “Como a Paisagem Religiosa Global Mudou de 2010 a 2020,” 9 de junho de 2025. Outros relatórios indicam que a afiliação religiosa pode estar aumentando entre a geração jovem (incluindo homens jovens) em alguns países. Veja, por exemplo, *New York Times*, “Pela Primeira Vez Entre Cristãos, Homens Jovens São Mais Religiosos que Mulheres Jovens” (23 de setembro de 2024); *Vanity Fair*, “O Cristianismo Era ‘Quase Ilegal’ no Vale do Silício. Agora É a Nova Religião” (20 de março de 2025); *Reuters*, “The Economist: Catolicismo se Espalha Entre Jovens Britânicos em Busca de ‘Algo Mais Profundo’” (7-8 de maio de 2025). 
  • xviii. Outras qualidades divinas incluem nossa capacidade criativa e compassiva de servir e nutrir uns aos outros; e o reconhecimento inato de nossas necessidades e das dos outros por segurança pessoal e societal e prosperidade. Em uma narrativa, quando falamos de nossos relacionamentos e identidades centrais, estamos falando de coisas como elas são, como foram e como serão. Estamos compartilhando nossas percepções e realidades; o que escolhemos lembrar e o que escolhemos esquecer; o que manteremos e o que deixaremos ir; e o que consideramos verdadeiro, autêntico, valorizado e valioso. 
  • xix. As sociedades devem resistir a argumentos por criatividade irrestrita ou pela busca ilimitada de domínio da IA quando tais atitudes comprometem salvaguardas ou apenas prestam serviço superficial à IA ética e responsável. xx. O foco continua em eliminar declarações antissemitas e outras declarações de IA (diretas e indiretas) que menosprezem crentes religiosos ou discriminem contra a fé religiosa. Incluir casos de uso moral e ético baseados em fé pluralista para o contexto de treinamento de IA parece oportuno. 
  • xxi. Bíblia King James, João 14:6.

Tradução feita com ajuda do Grok 3.