sábado, 20 de setembro de 2025

Dica de leitura: Como enfrentar um ditador: A luta pelo nosso futuro

Como enfrentar um ditador: A luta pelo nosso futuro

 Autora: Maria A. Ressa, Prêmio Nobel da Paz (2021).

 

Sobre a autora

Nascida: 2 de outubro de 1963, Manila, Filipinas
Residência no momento do prêmio: Filipinas

Maria Ressa nasceu em Manila, nas Filipinas. Aos nove anos, ela e sua família mudaram-se para os Estados Unidos. Após estudar na Universidade de Princeton, ela retornou ao seu país natal e obteve um mestrado na Universidade das Filipinas Diliman. A partir de 1995, a Sra. Ressa trabalhou como correspondente local para a CNN, cobrindo, em particular, o crescimento do terrorismo no Sudeste Asiático.

Em 2012, ela foi uma das co-fundadoras do site de notícias online Rappler. Como jornalista investigativa, ela se destacou como uma defensora destemida da liberdade de expressão e expôs abusos de poder, uso de violência e o crescente autoritarismo do regime do presidente Rodrigo Duterte. Em particular, a Sra. Ressa direcionou atenção crítica à controversa e mortal campanha antidrogas do presidente Duterte. Ela e a Rappler também documentaram como as redes sociais estão sendo usadas para espalhar notícias falsas, assediar opositores e manipular o discurso público. 

Prêmio Nobel da Paz (2021)

Motivação do prêmio: “por seus esforços em salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e a paz duradoura” 

O Comitê Norueguês do Nobel decidiu conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2021 a Maria Ressa e Dmitry Muratov por seus esforços em salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e a paz duradoura. A Sra. Ressa e o Sr. Muratov estão recebendo o Prêmio da Paz por sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia. Ao mesmo tempo, eles são representantes de todos os jornalistas que defendem esse ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas. Maria Ressa utiliza a liberdade de expressão para expor abusos de poder, uso de violência e o crescente autoritarismo em seu país natal, as Filipinas. Em 2012, ela co-fundou a Rappler, uma empresa de mídia digital para jornalismo investigativo, que ainda dirige. Como jornalista e CEO da Rappler, Ressa demonstrou ser uma defensora destemida da liberdade de expressão. A Rappler direcionou atenção crítica à controversa e mortal campanha antidrogas do regime Duterte. O número de mortes é tão alto que a campanha se assemelha a uma guerra travada contra a própria população do país. A Sra. Ressa e a Rappler também documentaram como as redes sociais estão sendo usadas para espalhar notícias falsas, assediar opositores e manipular o discurso público.

Uma resenha do livro

Maria Ressa recebeu o Nobel da paz em 2021 por sua luta pelo direito à liberdade de expressão. Uma das mais renomadas jornalistas do século XXI, ela fundou um portal de notícias independente em 2012, o Rappler, que rapidamente virou alvo do Estado filipino e fez de Ressa inimiga do homem mais poderoso de seu país: o presidente Duterte. Mas ele não é seu único adversário.

Nestas memórias, Maria Ressa compartilha sua trajetória contra a opressão e censura, e tenta mapear o fenômeno da desinformação que assola o mundo todo. Da invasão ao Capitólio nos EUA ao Brexit da Grã-Bretanha, passando pela influência do Facebook nas eleições, Ressa revela como grandes empresas de comunicação incentivaram mentiras e disseminaram um vírus de ódio que infecta toda a população, em uma pandemia de raiva e medo.

Contado da linha de frente da guerra digital, Como enfrentar um ditador é o grito urgente para que lutemos por nossa liberdade, antes que seja tarde demais. O que você está disposto a sacrificar pela verdade?

Com prefácio exclusivo de Patrícia Campos Mello, autora de A máquina do ódio.
 Fontes: aqui e aqui

Início do primeiro capítulo do livro

Desde que se iniciou o lockdown da pandemia de covid-19, em março de 2020, ando muito mais emotiva do que jamais me permiti ser. Sinto a raiva acumulada contra a injustiça que só me resta aceitar. Foi esse o resultado de seis anos de ataques ao governo.

Posso ser presa. Pelo resto da vida — ou, como diz meu advogado, por mais de cem anos. Por acusações que nem deveriam ser levadas a tribunal. A derrocada do estado de direito é um fato global, mas, no meu caso, se tornou pessoal. Em menos de dois anos, o governo filipino emitiu dez ordens de prisão contra mim.

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