Fonte da imagem: raiosinfravermelhos.blogspot |
Alguns argumentam que as pesquisas que apontam para o não risco são patrocinadas justamente por empresas com grande interesse comercial no uso de telefones celulares, logo os resultados (ou a falta deles) poderiam ser tendenciosos. De qualquer forma, o tema ainda é controverso.
Eu mesmo já dediquei algum tempo a esse estudo e orientei alguns trabalhos nesse tema, mas também sem chegar a um resultado conclusivo.
Veja abaixo (link: g1.globo.com/ciencia-e-saude) mais um resultado que diz que o uso de celulares não aumenta o risco de câncer.
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Uso de celular não aumenta risco de câncer,
diz estudo feito por 18 anos
Pesquisa acompanhou mais de 350 mil pessoas na Dinamarca.
Casos de câncer entre eles ficaram na média geral.
O uso a longo prazo de telefones celulares não aumenta o risco de câncer no cérebro, afirma um vasto estudo realizado durante 18 anos na Dinamarca, cujos resultados saem nesta sexta-feira (21) no site do British Medical Journal (link: bmj - content/343/bmj.d6387).
No final de maio passado, o Centro Internacional de Investigação do Câncer (CIRC), uma agência da Organização Mundial de Saúde, afirmou que o uso de celulares "talvez fosse cancerígeno para o homem", após analisar todos os estudos sobre o tema, incluindo alguns que apontavam maior risco de câncer cerebral.
Mas o estudo dinamarquês, realizado com 358.403 clientes de uma operadora de telefonia móvel, descarta qualquer relação entre câncer e o uso de celular.
A equipe dirigida por Patrizia Frei, da Sociedade Dinamarquesa do Câncer, prorrogou até 2007 uma investigação que seria concluída em 2002 e que não apontava qualquer aumento no risco de câncer para usuários de celular.
Entre as 358.403 pessoas analisadas, ocorreram 10.729 casos de tumores no sistema nervoso central (5.111 homens e 5.618 mulheres), o que equivale à média geral. O estudo não incluiu os usuários que utilizam o celular de forma profissional, e também não estabeleceu média de tempo de uso do celular.
Assim, os cientistas não descartam um aumento do risco entre os usuários mais assíduos em um período superior a 15 anos, algo que poderá ser objeto de estudos posteriores.
Em 2010, havia mais de 5 bilhões de usuários de celulares no mundo e as autoridades de saúde já recomendam o uso de fones de ouvido para reduzir a exposição.
Resumo do artigo original (em inglês - link: /bmj.d6387):
Use of mobile phones and risk of brain tumours: update of Danish cohort study
OPEN ACCESS.
Patrizia Frei, postdoctoral research fellow 1, Aslak H Poulsen, doctoral student1, Christoffer Johansen, professor 1, Jørgen H Olsen, director 1, Marianne Steding-Jessen, statistician1, Joachim Schüz, head of section 2
Author Affiliations.
1 Institute of Cancer Epidemiology, Danish Cancer Society, Strandboulevarden 49, 2100 Copenhagen, Denmark.
2 International Agency for Research on Cancer (IARC), Section of Environment and Radiation, 150 Cours Albert Thomas, 69372 Lyon CEDEX 08, France.
Correspondence to: P Frei, Department of Epidemiology and Public Health, Swiss Tropical and Public Health Institute, Socinstrasse 57, PO Box, 4002 Basel, Switzerland. frei@cancer.dk
Accepted: 12 September 2011
Abstract
Objective. To investigate the risk of tumours in the central nervous system among Danish mobile phone subscribers.Design. Nationwide cohort study.
Setting. Denmark.
Participants. All Danes aged ≥30 and born in Denmark after 1925, subdivided into subscribers and non-subscribers of mobile phones before 1995.
Main outcome measures. Risk of tumours of the central nervous system, identified from the complete Danish Cancer Register. Sex specific incidence rate ratios estimated with log linear Poisson regression models adjusted for age, calendar period, education, and disposable income.
Results. 358.403 subscription holders accrued 3.8 million person years. In the follow-up period 1990-2007, there were 10 729 cases of tumours of the central nervous system. The risk of such tumours was close to unity for both men and women. When restricted to individuals with the longest mobile phone use—that is, ≥13 years of subscription—the incidence rate ratio was 1.03 (95% confidence interval 0.83 to 1.27) in men and 0.91 (0.41 to 2.04) in women. Among those with subscriptions of ≥10 years, ratios were 1.04 (0.85 to 1.26) in men and 1.04 (0.56 to 1.95) in women for glioma and 0.90 (0.57 to 1.42) in men and 0.93 (0.46 to 1.87) in women for meningioma. There was no indication of dose-response relation either by years since first subscription for a mobile phone or by anatomical location of the tumour—that is, in regions of the brain closest to where the handset is usually held to the head.
Conclusions. In this update of a large nationwide cohort study of mobile phone use, there were no increased risks of tumours of the central nervous system, providing little evidence for a causal association.
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