sábado, 20 de agosto de 2016

Dica de leitura: "Ensaios Céticos"


Conclui esses dias a leitura de "Ensaios Céticos" escrito por Bertrand Russell no início do século XX. Bertrand Arthur William Russell (1872 - 1970) foi um dos mais importantes filósofos britânicos do século XX, era também matemático e lógico. Ganhou o prêmio Nobel de literatura em 1950 (The Nobel Prize in Literature 1950 was awarded to Bertrand Russell "in recognition of his varied and significant writings in which he champions humanitarian ideals and freedom of thought") e se destacou também como pacifista (ver aqui). Um vídeo aqui com uma entrevista com Russell.

Dos Ensaios Céticos tiro esse pequeno trecho:
A época na qual era possível ter uma cultura universal já passou. Um homem diligente pode conhecer alguma coisa de história e literatura que requerem um conhecimento das línguas clássicas e modernas. Ou ele pode saber algo de matemática, ou uma ou duas matérias científicas. Mas o ideal de uma educação "global" está ultrapassado; foi destruído pelo progresso do conhecimento.
Ele escreveu isso nos anos 20 do século XX, Muitas das proposições de Russell ainda soam modernas, os velhos vícios políticos não mudaram muito da época dele aos nossos dias. Algumas de suas frases (fonte aqui):

  • Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade. 
  • O tempo que você gosta de perder não é tempo perdido. 
  • Temer o amor é temer a vida, e os que temem a vida já estão meio mortos. 
  • Uma vida feliz deve ser em grande parte uma vida tranquila, pois só numa atmosfera calma pode existir o verdadeiro prazer.
  • Aquilo que os homens de fato querem não é o conhecimento, mas a certeza. 
  • O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda.
  • Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no fato de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões.

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