segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Você já ouviu falar de José Mujica?

José Mujica, acredite: ele é o presidente do Uruguai.

No Brasil, ser político é quase sinônimo de status, poder e dinheiro. Às vezes, isso pode incluir "dinheiro sujo". Especialmente se o cargo for alto e o sujeito for morar em Brasília, aquela ilha da fantasia plantada no meio do sertão goiano, o político se sente no "topo do mundo", com todas as regalias a que tem direito e também às que não tem direito, afinal sempre existe margem para a interpretação da lei. Mas não precisa ser necessariamente assim. Temos um exemplo "extraordinário" aqui perto no nosso vizinho Uruguai. E que exemplo é esse? Vem do presidente de lá: José Mujica.

Vida simples.

"Mujica vive de forma espantosamente simples, apesar de presidir um dos países mais importantes da América do Sul, nunca usa gravata (é quase sempre uma camisa branca com casaco) e convive com os mesmos amigos de antes da eleição que o conduziu ao poder.
É capaz de pegar o Fusca, ir até uma loja de ferragem comprar um acessório de banheiro e, no caminho, parar em um pequeno estádio para animar os jogadores do Huracán, time da segunda divisão, e prometer um churrasco caso subam para a Série A.

Sem contas bancárias ou dívidas, de acordo com El Mundo, ele apenas repete que espera concluir seu mandato para um descanso sossegado no Rincón del Cerro.
A vida simples não é mera figuração ou tentativa de construir uma imagem, seguindo orientações de um marqueteiro. Não, ela faz parte da própria formação de Mujica, um homem que lutou contra a ditadura, foi preso e, ao lado de dezenas de [guerrilheiros e terroristas] Tupamaros, participou de uma fuga cinematográfica da antiga prisão onde hoje está o Centro Comercial Punta Carretas, em Pocitos, lutou pela volta da democracia e hoje é presidente eleito do país."

Fonte: Ricardo Setti e blog de Mário Marcos.

Sem chegar ao "exagero" de Mujica, os políticos brasileiros poderiam ser mais modestos em seus hábitos e nós, os pagadores de impostos e seus sustentadores, poderíamos cobrar melhor cada centavo que eles gastam com essas mordomias, mas acho isso não faz parte de nossa cultura.

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