domingo, 20 de novembro de 2011

Reescrevendo "Gleiser: ´ciência nunca vai terminar´ ".

Marcelo Gleiser, fonte: Diário do Nordeste.
É notório que quase todos os jornalista são profundos desconhecedores da ciência, o oficio deles é outro. Por isso, se você ler alguma nota em um jornal diário (eles não têm mesmo tempo de revisar o que escrevem) use o senso crítico no nível mais alto e confira as informações depois.

Um exemplo recente: a nota de jornal com título "Gleiser: ´ciência nunca vai terminar´" está cheia de erros. Basicamente, o que não está entre aspas e não é informação factual, está com algum erro.  A seguir, vamos ler a reportagem, acompanhar e corrigir os erros.


Trecho 1:
De acordo com Gleiser, existem centenas de bilhões de galáxias no Universo, cada qual com histórias e formas diferentes. As estrelas que vemos no céu, por exemplo, são apenas uma pequena parcela das que existem. As primeiras estrelas, conforme o físico, surgiram há 200 milhões de anos.


Correções:
- Existem, comprovadamente, muito mais  que "centenas de bilhões" de galáxias.
- As primeiras estrelas começaram a brilhar uns 200 milhões de anos depois do Big-Bang, a mais de 13 bilhões de anos.


Trecho 2:
De maneira divertida, ele garantiu ao público que o mundo não vai acabar em 2012, como muitos acreditam, mas somente daqui a 5 bilhões de anos, caso o sol entre em colapso. Se isso ocorrer, explica o físico, a intensidade do sol poderá aumentar 10% em 1 bilhão de anos, o que seria suficiente para comprometer a Terra.


Correções:
- Quando o hidrogênio começar a ficar escasso no núcleo do Sol, ele começará a "queimar" hélio. Isso vai fazer com que seu volume e brilho aumentem. Daqui uns 5 bilhões de anos esse processo vai estar no seu auge e o Sol terá se tornado uma gigante vermelha, engolindo e dissolvendo os planetas Mercúrio e Vênus. A Terra a muito tempo já será uma rocha calcinada e sem vida. Somente depois dessa fase é que o Sol perderá massa e colapsará em uma anã branca.  
- Tudo indica que a intensidade luminosa (faltou essa palavra para frase ficar clara) do Sol irá aumentar gradativamente e dentro de 1 bilhão de anos a sua luminosidade será cerca de 10% maior. Isso já será suficiente (derretimento do gelo dos pólos, aumento do efeito estufa, maior evaporação dos oceanos, mudança radical no clima, etc.) para tornar a vida na Terra, da forma como a conhecemos, inviável.

Bom, talvez o jornalista que escreveu a matéria não tivesse tanto espaço disponível para tornar o seu texto mais correto. A entrevista em vídeo que está na versão on-line da reportagem é bem interessante e pode ser conferida no youtube.

Um comentário:

  1. Olá aquino, sera que vc poderia anunciar minha simultanea no juazeiro do norte ?
    segue folder:

    http://www.xadrezon.org/2011/11/simultanea-de-dawton-lemos-em-juazeiro.html

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