sábado, 23 de novembro de 2024

Telescópio Espacial James Webb observa o 'Zigue-zague de Einstein'

Imagem composta HST/WFC31 de J1721+8842. As seis imagens de ponto de lente do quasar de fundo são rotuladas com letras. O arco de lente vermelha, que antes se acreditava ser a galáxia hospedeira de um segundo quasar fonte, é destacado em branco. Este arco é na verdade um defletor adicional em um desvio para o vermelho intermediário, que é ele próprio lenteado pela galáxia central em primeiro plano na imagem. O quadrado vermelho pontilhado indica a pegada da observação JWST/NIRSpec que permitiu a medição do desvio para o vermelho do arco.

Pela primeira vez, a ciência conseguiu observar o fenômeno conhecido como ‘zigue-zague de Einstein’, possível graças aos efeitos das lentes gravitacionais na região. De acordo com um novo estudo publicado na revista de pré-impressão arXiv, um grupo de astrônomos utilizou o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para analisar um sistema com duas galáxias separadas e perfeitamente alinhadas.

Apesar de o efeito ter sido confirmado apenas agora, Einstein já havia sugerido essa possibilidade em 1915 com o efeito de lente gravitacional. O fenômeno é chamado de zigue-zague porque a luz de um objeto é distorcida no espaço-tempo ao atravessar as duas regiões distintas.

Nomeado J1721+8842, o sistema é composto por um quasar e duas galáxias que geram o efeito de ampliação, devido às lentes gravitacionais. Vale destacar que o sistema foi descoberto recentemente, em 2018.

A região já havia sido estudada anteriormente, com pesquisadores tentando entender seis pontos brilhantes que apareciam nas imagens. Após a nova análise dos dados no estudo mais recente, foi sugerido que todas as seis luzes estão relacionadas ao quasar.

"Estou emocionado, não apenas porque este é um fenômeno natural fascinante, mas também porque este sistema é incrivelmente promissor para medir parâmetros cosmológicos. Este sistema de lentes oferece o potencial de colocar restrições rigorosas tanto na constante de Hubble quanto na equação de estado da energia escura, algo que geralmente não é possível", disse um dos autores e cosmólogo da Universidade de Stanford, Martin Millon, em mensagem ao site Space.

Fonte aqui. Artigo no https://arxiv.org/abs/2411.04177:

J1721+8842: The first Einstein zig-zag lens

We report the discovery of the first example of an Einstein zig-zag lens, an extremely rare lensing configuration. In this system, J1721+8842, six images of the same background quasar are formed by two intervening galaxies, one at redshift z1=0.184 and a second one at z2=1.885. Two out of the six multiple images are deflected in opposite directions as they pass the first lens galaxy on one side, and the second on the other side -- the optical paths forming zig-zags between the two deflectors. In this letter, we demonstrate that J1721+8842, previously thought to be a lensed dual quasar, is in fact a compound lens with the more distant lens galaxy also being distorted as an arc by the foreground galaxy. Evidence supporting this unusual lensing scenario includes: 1- identical light curves in all six lensed quasar images obtained from two years of monitoring at the Nordic Optical Telescope; 2- detection of the additional deflector at redshift z2=1.885 in JWST/NIRSpec IFU data; and 3- a multiple-plane lens model reproducing the observed image positions. This unique configuration offers the opportunity to combine two major lensing cosmological probes: time-delay cosmography and dual source-plane lensing since J1721+8842 features multiple lensed sources forming two distinct Einstein radii of different sizes, one of which being a variable quasar. We expect tight constraints on the Hubble constant and the equation of state of dark energy by combining these two probes on the same system. The z2=1.885 deflector, a quiescent galaxy, is also the highest-redshift strong galaxy-scale lens with a spectroscopic redshift measurement.

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