quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Defesa de mestrado do ProfEPT: Anaxágoras Maia Girão.

 








Hoje foi um dia especial para mim: finalmente aconteceu a defesa de mestrado do nosso colega  (e orientando) Anaxágoras Maia Girão, aluno do ProfEPT - IFCE e professor do IFCE - Departamento de Telemática. O título do seu trabalho é: 

USABILIDADE DA REGLETE DIGITAL COMO FERRAMENTA DE ESCRITA
BRAILLE:
Avaliação de professoras e alunos do Instituto Hélio Góes. 

Participaram da banca os professores Elias Teodoro da Silva Júnior e Kléber Zuza Nóbrega. Também esteve presente o professor Solonildo Almeida. A defesa ocorreu na sala 204, Bloco Didático, Campus Fortaleza - IFCE, 9h da manhã.

Resumo da dissertação (sujeito a ajustes e correções):

Quase 200 anos depois da criação do código Braille, o sistema de leitura e escrita para cegos criado por Louis Braille, está em cheque e enfrenta um grande dilema: de um lado, o processo acelerado de desbrailização, em decorrência das facilidades oferecidas pelas novas tecnologias digitais como áudio, tela de toque e leitores de tela, fazendo com que a comunidade cega "esqueça" o braille, num processo perigoso de analfabetismo; e de outro a importância e necessidade do uso do braille como forma de ler e escrever corretamente, afinal, o braille continua e continuará sendo a escrita oficial regulamentada para cegos. O Laboratório de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento em Automação (LAPADA) em parceira com o Instituto Iracema de Pesquisa e Inovação acham que o caminho para uma rebrailização é atualizar as ferramentas tradicionais do braille, que permaneceram praticamente inalteradas ao longo do tempo, trazendo-as para o mundo digital ou ciberespaço. Podemos considerar que é natural a preferência da comunidade cega pelas tecnologias digitais em substituição ao braille, já que estas oferecem uma possibilidade de inclusão total em contraponto ao braille que é excludente e acaba isolando os cegos em "guetos", pela dificuldade de comunicação escrita com videntes (pessoas que enxergam). Neste contexto, o Instituto Iracema criou um ecossistema braille, chamado de Sala Braille ou Espaço Braille, onde todas as ferramentas desenvolvidas, trabalham o braille na sua forma tradicional, mas fazem a transcrição direta para o mundo digital. A Sala Braille é composta dos seguintes dispositivos: impressora braille, reglete digital de linha e de página, cela braille aumentada para alfabetização e flanelógrafo braille inclusivo. Este projeto de pesquisa visa validar a Reglete Digital, que consiste num teclado braille para computador (desktop, smartphones e tablets), avaliando formalmente a usabilidade do dispositivo junto a professoras e alunos cegos do Instituto Hélio Góes e disponibilizando-a no NAPNE do IFCE campus Fortaleza, como ferramenta de inclusão digital para alunos cegos que ingressem no ensino profissionalizante.

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