sábado, 14 de julho de 2012

Bóson de Higgs foi descoberto, e agora?

Figura original: jornaldaciencia.org.br/popCharge.html.
Com alta probabilidade, algo como uma chance em 3 milhões de se estar errado, foi anunciada a descoberta  do Bóson de Higgs. Essa partícula vem sendo procurada a mais de quarenta anos em meio de bilhões de outras, no meio de choques de alta energia entre prótons. É necessário um verdadeiro arsenal de computadores para analisar os eventos captados por toneladas de material detector e que ocorrem em uma fração de segundo. Durante essa fração de segundo, as condições devem se assemelhar às reinantes ao nascimento do Universo.

 Colisão de prótons que permitiu aos cientistas descobrir uma nova partícula com características condizentes com o "bóson de Higgs" - fonte: revistaepoca.globo.com/Ciencia/boson-de-higgs.
A teoria do Bóson de Higgs foi proposta na década de 1960 pelo físico britânico Peter Higgs. Segundo ele, um campo de energia seria responsável por dar massa às partículas. Quanto mais as partículas interagissem com esse campo, mais massa elas ganhariam. Se elas não interagissem, não teriam massa nenhuma. Isso explicaria porque algumas partículas têm massa (ex: quark) e outras não (ex: fóton). Esse campo de energia se manifestaria nos bóson de Higgs.

E agora? Novos estudos precisam ser feitos para confirmar com "100%" de certeza que esse é mesmo o bóson de Higgs. Além disso, as suas propriedades ainda precisam ser confirmadas. Com isso, outras teorias podem ser rejeitadas ou aceitas. Sem dados experimentais a ciência seria apenas especulação. Talvez, no final das contas, o maior problemas seja econômico: vale a pena gastar bilhões de euros para fazer esse tipo de pesquisa básica? Os cientistas também precisam explicar isso. Caso contrário, os fundos podem mingar e os projetos podem ser interrompidos.

Para saber mais: revistaepoca.globo.com/Ciencia/higgswww.algemeiner.com/2012/higgs.

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