Alguns estudos sugerem que o uso constante de IA pode levar à atrofia da cognição humana, principalmente por causa da dependência excessiva em ferramentas que automatizam tarefas mentais Uma pergunta: quantos número de telefone (ou celular) você consegue lembrar? Ou está tudo na memória do seu aparelho celular? Você consegue se locomover de carro sem usar o GPS?
Então, podemos pensar que o uso excessivo das IAs pode reduzir o nosso poder mental. Pontos que podemos destacar:
- Redução do esforço cognitivo: Quando usamos IA para resolver problemas, tomar decisões ou lembrar informações (como GPS para navegação ou assistentes para lembretes), áreas do cérebro relacionadas à memória, raciocínio e resolução de problemas podem ser menos estimuladas. Um estudo de 2016 da University College London mostrou que motoristas que dependiam de GPS tinham menor atividade no hipocampo, região associada à memória espacial, em comparação com aqueles que usavam mapas mentais.
- Impacto na memória e aprendizado: A facilidade de acessar informações via IA pode diminuir a retenção de conhecimento. Um estudo de 2011, publicado no Journal of Experimental Psychology, indicou que pessoas que sabiam que poderiam buscar informações online tinham menor probabilidade de memorizá-las, fenômeno chamado de "efeito Google". Isso pode levar a uma memória de trabalho menos robusta ao longo do tempo.
- Habilidades sociais e empatia: A interação constante com IA, em vez de humanos, pode afetar habilidades sociais. Um artigo de 2023 da MIT Technology Review destacou que crianças expostas a assistentes de voz como Alexa mostravam menos paciência em interações humanas, já que a IA responde instantaneamente, enquanto humanos demandam mais tempo e nuances emocionais.
- Contraponto: Nem todos os efeitos são negativos. A IA pode potencializar a cognição ao permitir que humanos foquem em tarefas mais criativas e complexas, delegando atividades repetitivas. Um estudo de 2024 da Stanford University sugeriu que o uso de IA em ambientes educacionais, quando bem equilibrado, pode melhorar o pensamento crítico, desde que os usuários sejam incentivados a questionar e analisar as respostas da IA.
- Riscos a longo prazo: A atrofia cognitiva pode ser mais pronunciada em gerações futuras, que crescem com IA desde cedo. Pesquisas preliminares, como um relatório de 2025 da Nature Human Behaviour, alertam que a falta de prática em habilidades como resolução de problemas sem auxílio tecnológico pode reduzir a plasticidade cerebral, especialmente em jovens.
Conclusão: O uso constante de IA pode, sim, levar à atrofia de certas funções cognitivas, especialmente se substituir o esforço mental humano de forma indiscriminada. No entanto, o impacto depende de como a IA é usada. Um equilíbrio entre automação e prática ativa de habilidades cognitivas, como aprendizado manual, interação social e pensamento crítico, é essencial para mitigar esses riscos.
Para saber mais:
- Estudo alerta para atrofia da cognição humana com uso constante de IA (fonte aqui).
- Tecnologias imersivas na educação, como a IA, podem prejudicar o neurodesenvolvimento infantil (fonte aqui).
- IA degenerativa: o que não te contaram sobre inteligência artificial (fonte aqui).
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