quarta-feira, 18 de julho de 2018

Mantendo o equilíbrio emocional.


Todos nós já tivemos que "engolir sapos", especialmente quando estamos diante de alguém "superior" no trabalho, por exemplo. Engolir sapo e não revidar pode ser um sinal de maturidade emocional. Nem sempre podemos reagir com pura emoção. Manter o emprego pode ser mais importante que entrar em uma discussão fadada a trazer muito estresse e pouco esclarecimento. É importante manter o autocontrole e o equilíbrio emocional se queremos progredir na vida e nos negócios.

Contudo, nós não temos o controle completo e total sobre nossas emoções o tempo todo. Algumas situações são muito desafiadoras e podem fazer com que percamos a calma. Especialmente para nós brasileiros, manter o equilíbrio é um grande desafio, pois temos a tendência de sermos muito emotivos e pouco racionais quando estamos, por exemplo, discutindo sobre política ou sobre algum problema de família com aquele parente irritante.

Como resultado, quase sempre, nos arrependemos depois de termos perdido o controle. Mais tarde, com a cabeça fria, vemos que poderíamos ter agido de forma diferente, que as palavras poderiam ter sido outras, que o motivo que nos levou a perdemos a calma não era tão importante assim. Claro, o "outro lado" que estava envolvido também tem a sua parcela de culpa e, quase sempre, pelos mesmo motivos.

De fato, se mantivermos o equilíbrio emocional em meio aos problemas e injustiças que sofremos, podemos obter resultados muito melhores que agindo com emoção pura e, muitas vezes, perdendo o controle da situação. Um atleta que consegue manter o equilíbrio emocional tem maiores chances de vencer um que seja emoção pura.

Um líder de nossa Igreja (Élder David A. Bednar - Do Quórum dos Doze Apóstolos) afirmou em um discurso recente (ver aqui):

Ao nos aproximarmos do Salvador e segui-Lo, somos capazes de, gradual e progressivamente, nos tornarmos como Ele é. Somos fortalecidos pelo Espírito com um autodomínio adequado e com uma conduta sólida e tranquila. Assim, mansidão é algo que incorporamos como discípulos do Mestre e não somente algo que fazemos. 

Claro que ter mansidão, autodomínio ou uma conduta sólida não é fácil, nem vem rapidamente. Com o tempo e perseverança podemos nos tornar melhores e mais maduros e assim saberemos lidar melhor com nossas próprias emoções e com as emoções dos outros. Engolir sapos, quando necessário, pode se tornar menos desagradável.

Francisco Aquino e Joelma Aquino.

2 comentários:

  1. Concordo em parte. Pois, quando se passa a certeza de que sempre irá "engolir os sapos", num lugar onde a arrogância e o autoritarismo reinam, se assina um "atestado de aguentador". E isso é horrível tanto para a pessoa em si quanto para a sociedade. Como por exemplo, digo por experiência própria:
    - Se, no trabalho, um "superior" sempre tende a culpar um subordinado por problemas cujas soluções não lhe competem e o subordinado sempre "engolir esse sapo", ele está "assinando um atestado" de que ele é o culpado. Enquanto essa situação ficar só entre o subordinado e seu chefe: "foda-se", cada um acredita naquilo que lhe convém. Porém, quando a situação se alastra departamentos à fora, isso pode acabar por destruir a reputação de quem é subordinado. Esse tipo de situação é uma premonição à uma demissão, o que pode ser terrível para ambas, mutua ou exclusivamente, as partes.
    - Num relacionamento amoroso, isso é uma homologação para confusões e/ou um rompimento. O que, ao meu ver é equivalente ao exemplo anterior.

    Acho que as pessoas precisam se resolver, ao invés de alguém ter de ficar engolindo sapos. Sou a favor do bom e velho "ame-o ou deixe-o", seja lá para o que for...

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