segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Concentração de renda extrema


Mesmo nas sociedades mais antigas já existia uma desigualdade social bem acentuada. Poucos possuíam grandes extensões de terras, gado, propriedades, exércitos e muitos somente a força de trabalho. Ricos e pobres existem desde quando as pessoas começaram a se agrupas em grandes núcleos sociais, com exceção de algumas sociedades tradicionais (os indígenas no Brasil, por exemplo). A concentração de recursos e capital nas mãos de poucos vem se acentuando nos últimos anos. Talvez, já em 2016, o topo da pirâmide (1% dos mais ricos) detenham um pouco mais de 50% das riquezas. A desigualdade só cresce em momentos de crise. Esse não é um fenômeno que ocorre somente no Brasil, mas aqui isso é muito visível, basta olhar em volta.

Notícia (fonte aqui):

A partir do ano que vem, os recursos acumulados pelo 1% mais rico do planeta ultrapassarão a riqueza do resto da população, segundo um estudo da organização não-governamental britânica Oxfam.

 A riqueza desse 1% da população subiu de 44% do total de recursos mundiais em 2009 para 48% no ano passado, segundo o grupo. Em 2016, esse patamar pode superar 50% se o ritmo atual de crescimento for mantido.

O relatório, divulgado às vésperas da edição de 2015 do Forum Econômico Mundial de Davos, sustenta que a "explosão da desigualdade" está dificultando a luta contra a pobreza global.

"A escala da desigualdade global é chocante", disse a diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima.

"Apesar de o assunto ser tratado de forma cada vez mais frequente na agenda mundial, a lacuna entre os mais ricos e o resto da população continua crescendo a ritmo acelerado."
Desigualdade

A concentração de riqueza também se observa entre os 99% restantes da população mundial, disse a Oxfam. Essa parcela detém hoje 52% dos recursos mundiais.

Porém, destes, 46% estão nas mãos de cerca de um quinto da população.

Isso significa que a maior parte da população é dona de apenas 5,5% das riquezas mundiais. Em média, os membros desse segmento tiveram uma renda anual individual de US$ 3.851 (cerca de (R$ 10.000) em 2014.

Já entre aqueles que integram o segmento 1% mais rico, a renda média anual é de US$ 2,7 milhões (R$ 7 milhões).

A Oxfam afirmou que é necessário tomar medidas urgentes para frear o "crescimento da desigualdade". A primeira delas deve ter como alvo a evasão fiscal praticada por grandes companhias.

O estudo foi divulgado um dia antes do aguardado discurso sobre o estado da União a ser proferido pelo presidente americano Barack Obama.

Espera-se que o mandatário da nação mais rica - e uma das mais desiguais - do planeta defenda aumento de impostos para os ricos com o objetivo de ajudar a classe média.

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