quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Educação: Brasil descumpre metas para ensino fundamental e médio, mostra IBGE

Cid Gomes e Aldo Rabelo: novos ministros da Educação e Ciência Tecnologia e Inovação. Incertezas para 2015 ?
Alguns pontos são positivos: a escolaridade média aumentou, o acesso aos cursos superiores também, mas nossos índices ainda estão bem abaixo do que seria esperado para um país com o poder econômico que o Brasil tem.

Além disso, eu desconfio seriamente que esse maior acesso ao ensino superior não foi acompanhado de uma maior qualidade do nosso ensino médio. Pelo contrário, o que observamos é que nível dos nossos estudantes que ingressam nas universidades vem caindo ano a ano.

Um resumo do SIS (Síntese de Indicadores Sociais) 2014:

Em nove anos, aumenta a escolaridade e o acesso ao ensino superior A escolaridade média da população de 25 anos ou mais aumentou entre 2004 e 2013, passando de 6,4 para 7,7 anos de estudo. Esse incremento foi mais intenso entre os 20% com os menores rendimentos, que elevaram de 3,7 para 5,4 os seus anos de estudo. Entre 2004 e 2013, a proporção de pessoas da faixa etária 25 a 34 anos com ensino superior praticamente dobrou, passando de 8,1% para 15,2%. Porém, o percentual é o menor, se comparado aos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).No mesmo período, os estudantes que fazem parte dos 20% com os maiores rendimentos (5°quinto) deixaram de ser maioria tanto nas universidades públicas (38,8%) quanto nas particulares (43,0%), aumentando o acesso a esse nível de ensino dos demais estratos de renda, inclusive dos mais pobres. Em 2004, apenas 1,7% dos estudantes do ensino superior pertencentes aos 20% com os menores rendimentos (1° quinto) frequentavam universidades públicas. Em 2013, essa proporção chegou a 7,2%. Por outro lado, os estudantes do ensino fundamental regular de 13 a 16 anos de idade que faziam parte do quinto mais pobre possuíam taxa de distorção idade-série 3,3 vezes maior do que a taxa dos 20% mais ricos (5°quinto), fazendo com que o atraso escolar afetasse mais da metade desses estudantes (54,0%) em 2013. Em 2004, a distância entre essas taxas para o 1° quinto e o 5° quinto era ainda maior (4,3 vezes).

Enquanto 84,3% dos jovens de 15 a 17 anos frequentavam escola, pouco mais da metade estava no ensino médio A elevada frequência escolar bruta dos jovens de 15 a 17 anos (84,3%) não significa que eles estavam no nível adequado à faixa etária. As proporções dos que frequentavam o ensino médio subiu de 44,2% em 2004 para 55,2% em 2013, elevando a taxa de frequência escolar líquida. Com isso, caiu a proporção desses jovens no ensino fundamental, reduzindo de 34,7% em 2004 para 26,7% em 2013. Nessa faixa etária, os brancos possuíam uma taxa de frequência escolar líquida 14,4 pontos percentuais acima dos jovens pretos ou pardos (49,3%). As mulheres tinham frequência escolar líquida 9,9 pontos percentuais maior do que a dos homens (50,3%).

Fonte aqui. Sobre as metas não cumpridas, ver aqui.

E, enquanto isso, na Ilha da Fantasia ... ops ... em Brasília, novos ministros são anunciados: Cid Gomes para o ministério de Educação e Aldo Rebelo para o ministério de Ciência Tecnologia e Inovação. Espero que eu esteja muito equivocado e que eles cumpram bem seus novos deveres. Ver notícia aqui.

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