Qual o "teto" para os nossos melhores jogadores de xadrez?

Levanto uma questão: nossos melhores atletas do tabuleiro de xadrez já atingiram o máximo de suas forças? Eles ainda têm espaço para crescer no cenário internacional? Seus ratings irão evoluir positivamente nos próximos anos? Nosso jogadores voltarão a fazer parte do "top 100"? Os gráficos abaixo podem nos dar alguma informação.

Os melhores e mais experientes jogadores do Brasil.

Os melhores e mais jovens jogadores do Brasil.

No primeiro gráfico temos os GMs mais experientes, todos com 32 anos ou mais, e que já apresentam o rating mais ou menos estabilizado, com pouca oscilação. Nesse gráfico podemos observar claramente três comportamentos: estabilidade "oscilante", queda suave e subida suave. Na estabilidade oscilante temos o veterano Mecking em torno de 2570 pontos no ELO, Vescovi, Rafael Leitão e Gilberto Milos ficam mais ou menos empatados em torno dos 2600 pontos, Darcy Lima e Matsuura ficam bem próximos a 2500 pontos. O MI Martinez está em ascensão e deve ultrapassar os 2500 pontos, talvez conseguindo a norma de GM nos próximos anos (ou meses). Em queda suave se encontra o muito conhecido e veterano GM Ivan Sokolov.

No segundo gráfico vemos os jogadores mais jovens e com melhor rating do Brasil, todos com no máximo 25 anos. Nesse grupo vemos que todos estão ainda progredindo, com oscilações as vezes mais ou menos abruptas, mas já apresentando os primeiros sinais de estabilização. O teto para eles parece ser um pouco mais que os 2500 pontos, com exceção de Fier que já atingiu 2653 pontos de pico e deve voltar a crescer.

Nos dois gráficos temos a curva do rating de Iung Pinheiro, atualmente o melhor jogador atuando no Ceará, e de Ivan Sokolv para servirem de referência.

Conclusão de toda essa análise: aparentemente, nossos melhores jogadores já estão próximos (ou já chegaram) em seus tetos máximos. Isso não significa estagnação do xadrez nacional, mas que eles precisam de mais estimulos e incentivos para desenvolverem todo o potencial.