Mostrando postagens com marcador Nobel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nobel. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Mulheres e o prêmio Nobel de Física

 

Ganhar um prêmio Nobel não é fácil. Em geral, para ser laureado com um Nobel você precisaria conseguir uma realização muito relevante em física, química, medicina, literatura, economia ou paz. Esse prêmio, por outro lado, revela o quanto a ciência é "machista" e "sexista", especialmente nas áreas de "exatas". Você sabe quantas mulheres já ganharam o prêmio Nobel em Física? Foram apenas quatro, entre 222 ganhadores! São elas:

  • Marie Curie (1903)
  • Maria Goeppert-Mayer (1963)
  • Donna Strickland (2018)
  • Andrea Ghez (2020)

Marie Curie foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel, e também a única mulher a ganhar dois Prêmios Nobel em duas categorias diferentes. Ela ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1903 por suas descobertas sobre a radioatividade, e o Prêmio Nobel de Química em 1911 por suas pesquisas sobre o elemento polônio.

Maria Goeppert-Mayer foi uma física alemã-americana que ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1963 por seu trabalho sobre a estrutura do núcleo atômico. Ela foi a segunda mulher a ganhar um Prêmio Nobel de Física.

Donna Strickland é uma física canadense que ganhou o Prêmio Nobel de Física em 2018 por seu trabalho no desenvolvimento da técnica de pulsos de laser chirped-pulse amplification (CPA). Ela é a terceira mulher a ganhar um Prêmio Nobel de Física.

Andrea Ghez é uma astrofísica americana que ganhou o Prêmio Nobel de Física em 2020 por seu trabalho no estudo do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. Ela é a quarta mulher a ganhar um Prêmio Nobel de Física.

 Mulheres que ganharam algum Prêmio Nobel - relação aqui.

------------------------------

Sobre o Prêmio Nobel: Quick facts

  • Physics prizes: 116
  • Physics laureates: 222
  • Awarded women: 4
  • Youngest laureate: 25
  • Oldest laureate: 96

 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Registrando: 11 de Fevereiro é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Algumas das primeiras vencedoras do Prêmio Nobel nas áreas de ciências:

Marie Skłodowska Curie

Irène Joliot-Curie

Gerty Cori

Maria Goeppert-Mayer


Hoje, 11 de fevereiro, é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi aprovada em 22 de dezembro de 2015 pela Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), para promover o acesso integral e igualitário da participação de mulheres e meninas na ciência.

O lugar da mulher é onde ela quiser, entretanto, a realidade mostra que poucas mulheres conseguem pertencer ao mundo da ciência e tecnologia. 

terça-feira, 6 de março de 2018

Gabriel García Márquez: dica de leitura


Gabriel José García Márquez (Aracataca, 6 de março de 1927 - Cidade do México, 17 de abril de 2014) foi um escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano. Considerado um dos autores mais importantes do século XX, foi um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.
Foi laureado com o Prêmio Internacional Neustadt de Literatura em 1972, e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra que, entre outros livros, inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi o maior representante do que ficou conhecido como realismo mágico na literatura latino-americana. Viajou muito pela Europa e viveu até à morte no México. Era pai do cineasta Rodrigo García.
Márquez sempre foi apaixonado pela literatura. A leitura de "A Metamorfose" de Kafka marcou a sua juventude. Não chegou a concluir a faculdade de direito e ciências políticas na universidade nacional da Colômbia, preferiu seguir carreira como jornalista e escritor.
Fonte: Wikipedia.

Do site no Nobel (fonte aqui):

Gabriel García Márquez was born in 1927 in the small town of Aracataca, situated in a tropical region of northern Colombia, between the mountains and the Caribbean Sea. He grew up with his maternal grandparent - his grandfather was a pensioned colonel from the civil war at the beginning of the century. He went to a Jesuit college and began to read law, but his studies were soon broken off for his work as a journalist. In 1954 he was sent to Rome on an assignment for his newspaper, and since then he has mostly lived abroad - in Paris, New York, Barcelona and Mexico - in a more or less compulsory exile. Besides his large output of fiction he has written screenplays and has continued to work as a journalist.

Deste grande escritor li poucos livros: o mítico Cem anos de solidão (1967), Relato de um náufrago (1955), Crônica de uma morte anunciada (1981) e Ninguém escreve ao coronel (1961), não necessariamente nessa ordem. Ficam aí como dica de leitura.

********************

Gabriel García Márquez - Banquet Speech

Gabriel García Márquez' speech at the Nobel Banquet, December 10, 1982 (in Spanish)

Sus Majestades, Sus Altezas Reales, Amigos:

Agradezco a la Academia de Letras de Suecia el que me haya distinguido con un premio que me coloca junto a muchos de quienes orientaron y enriquecieron mis años de lector y de cotidiano celebrante de ese delirio sin apelación que es el oficio de escribir. Sus nombres y sus obras se me presentan hoy como sombras tutelares, pero también como la evidencia, a menudo agobiante, del compromiso que se adquire con este honor. Un duro honor que en ellos me pareció de simple justicia, pero que en mí entiendo como una más de esas lecciones con las que suele sorprendernos el destino, y que hacen más evidente nuestra condición de juguetes de un azar indescifrable, cuya única y desoladora recompensa suelen ser, la mayoría de las veces, la incomprensión y el olvido.

Es por ello apenas natural que me interrogara, allá en ese transfondo secreto en donde solemos trasegar con las verdades más esenciales que conforman nuestra identidad, cuál ha sido el sustento constante de mi obra, que pudo haber llamado la atención de una manera tan comprometedora a este tribunal de árbitros tan severos. Confieso sin falsas modestias que no me ha sido facil encontrar la razón, pero quiero creer que ha sido la misma que yo hubiera deseado. Quiero creer, amigos, que este es, una vez más, un homenaje que se rinde a la poesía. A la poesía por cuya virtud el agobiante inventario de las naves que enumeró en su Iliada el viejo Homero está visitado por un viento que la empuja a navegar con su presteza intemporal y alucinada. La poesía que sostiene, en el delgado andamiaje de los tercetos del Dante, toda la fábrica densa y colosal de la Edad Media. La poesía que con tan evidente como milagrosa totalidad rescata a nuestra América en Las Alturas de Machu Pichu de Pablo Neruda el grande, el más grande, y donde destilan su tristeza milenaria nuestros mejores sueños sin salida. La poesía, en fin, esa energía secreta de la vida cotidiana, que cuece los garbanzos en la cocina, y contagia el amor y repite las imágenes en los espejos.

En cada línea que escribo trato siempre, con mayor o menor fortuna, de invocar los espíritus esquivos de la poesía, y trato de dejar en cada palabra el testimonio de mi devoción por sus virtudes de adivinación, y por su permanente victoria contra los sordos poderes de la muerte. El premio que acabo de recibir lo entiendo, con toda humildad, como la consoladora evidencia de que mi intento no ha sido en vano. Es por eso que invito a todos ustedes a brindar por lo que un gran poeta de nuestras Américas, Luis Cardoza y Aragón, ha definido como la única prueba concreta de la existencia del hombre: la poesía.

Muchas gracias.