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Julius Robert Oppenheimer (Nova Iorque, 22 de abril de 1904 – Princeton, 18 de fevereiro de 1967) foi um físico teórico norte-americano que desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. Ele nasceu em 22 de abril de 1904, em Nova York, e faleceu em 18 de fevereiro de 1967.
Oppenheimer nasceu no seio de uma família judia. Estudou na Ethical Culture Society, onde chegou a realizar uma completa formação tanto em matemática e ciências como em literatura grega e francesa. Oppenheimer estudou física e química na Universidade de Harvard e concluiu seu doutorado em física teórica na Universidade de Göttingen, na Alemanha, em 1927. Ele voltou aos Estados Unidos e lecionou em várias instituições acadêmicas antes de se tornar professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde se destacou como um dos principais teóricos no campo da física das partículas e da astrofísica.
Durante a década de 1930, Oppenheimer fez importantes contribuições para a compreensão das estrelas de nêutrons, buracos negros, teoria quântica de campos e outros tópicos relevantes em física teórica. Ele também desempenhou um papel importante na fundação do Instituto de Estudos Avançados de Princeton em 1933, tornando-se diretor do instituto em 1947.
Com o início da Segunda Guerra Mundial e a preocupação de que a Alemanha Nazista pudesse desenvolver armas nucleares, Oppenheimer foi recrutado para liderar o Projeto Manhattan, um programa ultrassecreto dos Estados Unidos que visava desenvolver uma bomba atômica. Ele assumiu a liderança do Laboratório de Los Alamos, onde trabalhou com uma equipe de cientistas notáveis.
A equipe de Oppenheimer obteve sucesso em construir a primeira bomba atômica funcional, e os dispositivos resultantes foram usados em duas explosões durante a Segunda Guerra Mundial: uma em 6 de agosto de 1945, sobre a cidade japonesa de Hiroshima, e outra em 9 de agosto de 1945, sobre a cidade de Nagasaki. Essas bombas tiveram um impacto decisivo na guerra e levaram à rendição do Japão.
Apesar de suas contribuições significativas para o esforço de guerra, Oppenheimer tornou-se uma figura controversa no período pós-guerra. Durante a era McCarthy, ele foi investigado por suas ligações com o Partido Comunista dos EUA no passado. Em 1954, Oppenheimer foi acusado de ser simpatizante comunista e teve sua autorização de segurança revogada pelo governo dos EUA, o que efetivamente encerrou sua carreira no governo e o afastou do trabalho com armas nucleares.
Após o episódio com o governo, Oppenheimer retornou ao Instituto de Estudos Avançados em Princeton, onde continuou suas pesquisas em física teórica. Ele também se envolveu ativamente nas discussões sobre a política nuclear e o controle de armas. Apesar das controvérsias e do declínio de sua saúde, Oppenheimer manteve seu legado como um dos cientistas mais influentes do século XX, cujas contribuições à física e ao desenvolvimento da bomba atômica tiveram um impacto significativo na história mundial.
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