segunda-feira, 14 de junho de 2021

Falta de recursos e "fuga de cérebros": anunciando uma anemia profunda na ciência brasileira.


Não é uma realidade exclusiva do Brasil, vários outros países enfrentam um grave problema nesses tempos de poucos recursos: a falta de investimento em ciência, pesquisa, laboratórios, bolsas e  o consequente desinteresse dos jovens (ou experientes) pesquisadores em permanecer por aqui. Isso causa uma verdadeira fuga de cérebros. É uma fuga de investimento, é um ganho de capital humano dos países que recebem esses pesquisadores. 

"O êxodo na minha área, a física, está sendo muito maior agora do que anos atrás. Conheço ao menos cinco pesquisadores muito bons que saíram do país nos últimos dois ou três anos", relata Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), à BBC News Brasil.

"Isso mata o futuro sustentável do país. São jovens pesquisadores, pessoas que trazem novas ideias. Esse pessoal vai realizar fora do país o investimento que o Brasil fez, em bolsas de pesquisa, mestrado ou doutorado, para educá-los. O Brasil está dando esses jovens de presente para outros países. E é um grande presente receber um pesquisador formado", diz Davidovich.

Como resultado, estamos em pleno retrocesso na ciência no Brasil. Isso causa um impacto negativo profundo no desenvolvimento nacional e uma maior dependência tecnológica dos países mais desenvolvidos. Um governo verdadeiramente nacionalista faria tudo para evitar esse caos.

Mais informações e fonte aqui. Sobre Davidovich (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A):

Possui graduação em Fisica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1968) e doutorado em Física pela University of Rochester (1976). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realiza pesquisas na área de Física, com ênfase em ÓPTICA QUÂNTICA e INFORMAÇÃO QUÂNTICA, atuando principalmente nos seguintes temas: emaranhamento quântico, descoerência, dispositivos para computação quântica, reconstrução de estados quânticos, teoria do laser, metrologia quântica. É membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Mundial de Ciências (TWAS) e da National Academy of Sciences (USA). Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico em 2000, com o Prêmio TWAS de Física em 2001, com o Prêmio Álvaro Alberto (CNpq) e a Medalha Tamandaré (Marinha do Brasil) em 2010 e com a Comenda da Ordem do Mérito Naval em 2017. É Fellow da Optical Society of America e da American Physical Society. Foi eleito Presidente da Academia Brasileira de Ciências para os períodos 2016-2019 e 2019-2022 e Secretário Geral da TWAS para o período 2019-2023.

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