quinta-feira, 31 de maio de 2018

Notícias do Portal da Academia Brasileira de Ciências (ABC)



A Academia Brasileira de Ciências (ABC), fundada em 1916, é uma entidade independente, não governamental e sem fins lucrativos, que atua como sociedade científica honorífica e contribui para o estudo de temas de primeira importância para a sociedade, visando dar subsídios científicos para a formulação de políticas públicas. Seu foco é o desenvolvimento científico do país, a interação entre os cientistas brasileiros e destes com pesquisadores de outras nações.

A ABC recebe contribuições de seus membros individuais e corporativos e apoio financeiro de agências governamentais. Com um quadro atual de pouco mais de 700 membros no total, a Academia Brasileira de Ciências é uma das mais antigas associações de cientistas no país e reconhecidamente a mais prestigiosa dessas entidades.

Notícias/postagens recentes da ABC:

Gugu ganha Prêmio Erdös por contribuição à Matemática

Carlos Gustavo Tamm de Araújo Moreira, o Gugu, pesquisador do IMPA e coordenador-geral da OBM (Olimpíada Brasileira de Matemática), ganhou o Prêmio Paul Erdös da Federação Mundial de Competições Nacionais de Matemática (WFNMC, sigla em inglês), pela contribuição à Matemática Olímpica.

Entregue desde 1992, o Paul Erdös premia pesquisadores que atuam no desenvolvimento de desafios matemáticos, de forma a estimular a aprendizagem da disciplina.

“Premiação mais do que merecida para um matemático fora de série que representa, mais do que ninguém, o espírito das olimpíadas de Matemática no nosso país”, disse o diretor-geral do IMPA, [o Acadêmico] Marcelo Viana.

* Para saber mais aqui.

Qual é o propósito da Ciência?

Uma teoria com beleza matemática é mais provável de ser correta do que uma teoria feia que concorde com alguns dados experimentais. (Paul Dirac, 1902-1984)

No início do século 20, um grupo de jovens provoca uma revolução na ciência, ao formular uma teoria que se afasta radicalmente dos conceitos clássicos: a física quântica. Surge então uma nova visão da natureza: a luz comporta-se ora como ondas, ora como se fosse constituída de corpúsculos; átomos e elétrons poderiam também ter comportamento típico de ondas. O primeiro vislumbre aparece com os trabalhos de Max Planck, em 1900 e de Albert Einstein , em 1905. Os jovens responsáveis por essa reviravolta conceitual não tinham nenhuma ideia sobre possíveis aplicações dessa nova física: movia-os a curiosidade e a paixão pelo conhecimento.

Cem anos depois dos trabalhos de Planck, um artigo publicado na revista "Scientific American" pelos físicos norte-americanos Max Tegmark e John Archibald Wheeler mostrava que, no ano 2000, cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano eram baseados em invenções tornadas possíveis pela física quântica, de semicondutores em chips de computadores a lasers em reprodutores de CDs e DVDs, aparelhos de ressonância magnética em hospitais, e muito mais.

A história é rica em exemplos de descobertas em ciência básica, movidas pela curiosidade, que acabaram provocando grandes transformações no quotidiano da humanidade. Assim foi com a eletricidade, explorada em experimentos pelo grande físico britânico Michael Faraday. Foi ele quem descobriu, em 1831, que uma corrente elétrica era produzida em um fio de cobre, ao movê-lo em um campo magnético — descoberta que deu origem aos geradores de energia elétrica. Questionado pelo então Ministro das Finanças britânico, Sir William Gladstone, sobre a utilidade do efeito que acabara de descobrir, Faraday responde: "Há uma alta probabilidade, Sir, que em breve o senhor poderá taxá-la”.

* Para saber mais aqui.

Precisamos incentivar meninas para carreiras de exatas desde a base, diz diretora do CNPq

No Brasil, as mulheres publicam praticamente a mesma quantidade de pesquisas científicas do que os homens. Elas são responsáveis por 49% da produção. Olhando assim, o ambiente acadêmico parece bem igualitário por aqui. Mas, quando se fala em publicações em áreas como computação e matemática, a participação das pesquisadoras mulheres cai para menos de 25%, segundo dados do relatório da Elsevier, apresentados por Adriana Maria Tonini, diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas do CNPq.

Para Adriana, o problema não é a falta de investimento no nível universitário. “Precisamos de mais investimento na base. O problema não é na universidade, vem de antes. Temos de incentivar as meninas de 6 e 7 anos a estudar matemática e exatas, mostrar a elas que há espaço para mulheres nessa área, sim”, afirmou ela durante o Congresso Nacional de Liderança Feminina (Conalife), realizado pela ABRH-SP, em 24 de maio, em parceria com a ONU Mulheres.

Miriam Harumi Koga foi um exemplo disso na prática. Com apenas 18 anos, ela foi a primeira a ser aplaudida de pé pela plateia durante o Conalife 2018. A medalhista de ouro na IX Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica — e em várias outras olimpíadas de exatas — contou um pouco de sua história nos estudos. Falou sobre a importância de ter tido o incentivo da família e da escola para se encaminhar para a área de exatas. Miriam participa de olimpíadas acadêmicas desde o ensino fundamental, e diz que é claro o quanto a participação de garotas nas competições de exatas cai com o passar dos anos. “O que falta é incentivo, e incentivo desde os primeiros anos”, disse ela a uma plateia emocionada.

* Para saber mais aqui.

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