segunda-feira, 17 de julho de 2017

Uma ideia ou duas sobre tolerância religiosa



Vivemos em um mundo que apresenta uma diversidade cultural imensa. Essa diversidade inclui todos os aspectos da vida cotidiana, incluindo hábitos alimentares, tendências políticas, gosto musical (ou mal gosto em alguns casos), visão de mundo e, naturalmente, os aspectos religiosos e de fé. Nem todos conseguem conviver bem com tamanha diversidade de pensamentos, opiniões e estilos de vida.

Em relação à religião, as coisas podem ser ainda mais complicadas, pois inúmeros aspectos da vida são "regulados" por ela. Alguns acham que o único jeito certo de exercitar a fé é do jeito que ele mesmo (e, às vezes, um pequeno grupo) adota. Isso pode ser uma potencial fonte de sérios problemas. Mas não é isso que que pregam os líderes religiosos mais importantes.

No Brasil, existe até uma data para o combate à intolerância religiosa: 21 de janeiro. Essa data foi instituída com a Lei 11.635, de 27 de dezembro de 2007, para combater atitudes descriminatórias no que diz respeito à religião.
"Para a Igreja católica, tolerância é muito mais que “suportar” o outro. “É ser capaz de acolher o diferente, conviver, respeitar e naquilo que temos em comum, caminhar juntos! A intolerância e violência religiosa está em absoluta contradição com qualquer religião, digna desse nome!”, declara o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB, padre Marcus Barbosa Guimarães " (fonte aqui).
Gordon Bitner Hinckley (Salt Lake City, 23 de junho de 1910 - Salt Lake City, 27 de janeiro de 2008), décimo quinto presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, afirmou sobre esse tema (fonte aqui):
"Cremos em doutrinas diferentes. Apesar de reconhecermos nossas diferenças teológicas, creio concordarmos e estarmos cientes dos males e problemas do mundo e da sociedade em que vivemos, e em nossa grande responsabilidade e oportunidade de nos mantermos unidos com essas qualidades na vida pública e privada, que fala de virtude e moralidade, de respeito por todos os homens e mulheres como filhos de Deus, da necessidade de civilidade e cortesia em nossos relacionamentos, e da preservação da família como uma unidade básica, divinamente ordenada, da sociedade. 
(…) Todos temos em nosso coração o desejo de dar assistência aos pobres, de dar ânimo aos aflitos, dar consolo, esperança e ajuda a todos os que têm problemas e sofrem por qualquer causa. 
Reconhecemos a necessidade de curar as feridas da sociedade e de substituir o pessimismo de nossa época pelo otimismo e pela fé. Devemos reconhecer que não há necessidade de recriminações ou críticas de um para com o outro. Precisamos usar nossa influência para silenciar as vozes da ira e das discussões amargas. 
(…) Nossa força está na nossa liberdade de escolha. Há força mesmo em nossa própria diversidade. Porém, há força maior no mandamento dado por Deus para nos ensinar a trabalhar pelo engrandecimento e bênção de todos os Seus filhos e Suas filhas a despeito de sua etnia, nacionalidade e outras diferenças. (…) 
Que o Senhor nos abençoe para que trabalhemos unidos em coração e eliminemos de nossa sociedade todos os elementos de ódio, fanatismo, racismo e outras palavras e ações que causem divisões. Os comentários falsos, as calúnias raciais, os apelidos odiosos, os mexericos maliciosos, os rumores malvados e perversos não devem ter lugar entre nós."

Um comentário:

  1. Não sabia que o Sr. era religioso ^^ Que Deus (seja qual for) nos abençoe :)

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