segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Ferramentas de inteligência artificial para pensar o ensino

 

Autora Principal desta postagem: Yris Araújo Bandeira (Lattes aqui).

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Vivemos um momento em que muito se fala sobre inteligência artificial (IA). A inteligência artificial é um vasto campo do saber conforme delineado por Russel e Norvig (2013), um dos mais recentes em ciências e engenharias, repleto de subcampos e verdadeiramente universal. Este ecossistema de conhecimento, segundo a definição de McCarthy et al. (1955), corresponde à capacidade das máquinas de emular comportamentos humanos, lançando fascinantes reflexões sobre a fronteira entre o artificial e o orgânico. A saga da inteligência artificial iniciou-se em 1956, durante a icônica Conferência de Dartmouth, organizada por nomes como John McCarthy, Marvin Minsky, Nathaniel Rochester e Claude Shannon. Contudo, um ponto de inflexão contemporâneo se deu em novembro de 2022, com o lançamento ao grande público de uma ferramenta de IA generativa, o famoso ChatGPT, em sua versão 3.5.

Entre aceitação, controvérsias e riscos, o fato é que a inteligência artificial pode ter implicações proeminentes em diversas áreas, como a tecnologia, cibersegurança, saúde, mercados financeiros, direito e educação. Sobre esta última, vamos nos debruçar sobre ferramentas e/ou plataformas que utilizam a IA com potencial de repercutir na educação. Segue uma brevíssima relação de IAs bem conhecidas.

  • ChatGPT. Ele é um modelo de linguagem generativo pré-treinado. Pode compreender e criar textos em linguagem natural baseado em comandos, os prompts. Oferece respostas instantâneas, por vezes coerentes e pertinentes, como se o usuário estivesse falando com uma pessoa real. Tem o potencial de impactar a educação na medida em que pode ser empregado na automatização de tarefas, funcionar como assistente virtual e como tutor personalizado nos processos de ensino e aprendizagem. 
  • Khan Academy: é uma plataforma que oferece a proposta de aprendizagem por domínio. Ela incorporou a inteligência artificial para personalizar o aprendizado dos alunos de acordo com suas preferências. Fornece aos professores ferramentas para monitorar o progresso dos estudantes, bem como feedback e instruções personalizadas. 
  • Praktica.ai: trata-se de um aplicativo imersivo de aprendizagem de idiomas que utiliza avatares de inteligência artificial generativos. Para estudantes, ele é capaz de fornecer aprendizagem personalizada, conversas interativas com avatares de IA, feedback instantâneo conforme as lições e exercícios propostos vão sendo realizados, flexibilidade de uso e conveniência, uma vez que as aulas podem ser acessadas a qualquer tempo e em qualquer lugar. Para professores, pode ser combinado com a experiência de cada docente de modo a favorecer a criação de aulas personalizáveis, adaptadas pelos professores às realidades de cada aluno, insights baseados em dados de desempenho dos alunos, além de ser um recurso de economia de tempo, permitindo maior foco no acompanhamento proximal do professor com relação ao aluno. 
  • Leonardo.AI: é uma ferramenta geradora de imagens que fornece recursos para criar ativos personalizados em questão de segundos. Ela funciona a partir de prompts que entregam saídas visuais. A depender da criatividade e qualidade do comando ofertado pelo usuário, as saídas podem ser conceituais e interessantes. Pode ser usado por professores para ilustrar, complementar e tornar lúdicos os conteúdos das aulas, bem como para estimular a capacidade de criação dos estudantes. 
  • Tome App: plataforma que cria apresentações em formato de narrativa. É integrado ao ChatGPT e ao DALL-E possibilitando que a criação de apresentações não parta do zero, mas já disponham de uma grande base de dados de textos e imagens disponíveis na web. Ele funciona com base em comandos geradores que oferecem várias possibilidades de temas, além de layouts e estilos variados de personalização. Permite a economia de tempo e as formas de aprendizagem baseadas no protagonismo juvenil estão em evidência, e ferramentas de criação de apresentações podem contribuir com metodologias ativas.

Referências: 

  • MCCARTHY, J.; MINSKY, M. L.; ROCHESTER, N.; & SHANNON, C. E. (1955). A proposal for the Dartmouth summer research project on artificial intelligence. Dartmouth College. 
  • RUSSELL, S.; NORVIG, P. Inteligência artificial. Tradução Regina Célia Simille. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Comunicação, oratória e destravamento da mente usando técnicas de PNL - inscrições iniciadas (Link)

 

De 04 a 08 de dezembro de 2023 teremos um minicurso sobre comunicação, oratória e destravamento da mente usando técnicas de PNL. Eu estarei coordenando o evento que contará com a participação de Joelma Aquino, Alexandre Santiago, Antônio Santana e Wesllen Teles, um time de peso quando o assunto é comunicação, oratória e técnicas de PNL. 

Local: IFCE, Campus Fortaleza, Av. Treze de Maio, 2081, Sala 205, 2o. andar, Bloco Didático (Bloco onde fica o estacionamento de carros - térreo e 1o. andar). O evento começará sempre às 19h e vai até as 21h.

Dúvidas e maiores esclarecimentos com:
Francisco Aquino - (85) 99645-1072 (Whatsapp).
Alexandre Santiago - (85) 98715-8626 (Whatsapp).

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===>| Link para inscrição aqui! |<===

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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Sobre o Qualis Periódico - Área de Ensino: Critérios para definição do Qualis de periódicos especializados em Ensino

Fonte aqui.

O Qualis periódicos tem por objetivo contribuir para o processo de avaliação dos programas de pós-graduação. A elaboração do Qualis 2019 encontra-se sob a égide de novas influências. Houve mudanças nos estratos de classificação dos periódicos, passando a ser A1 a A4, B1 a B4 e C, conforme proposta apresentada pelo Grupo de Trabalho (GT) do Qualis Periódico. Essas mudanças originam-se de análise da Comissão de Avaliação e Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação, na forma da Proposta de Aprimoramento do Modelo de Avaliação da Pós-Graduação, aprovada pelo Conselho Superior da CAPES, bem como pela influência do Manifesto de Leiden.

O Qualis Ensino é proposto para harmonizar-se com essas perspectivas ao valorizar critérios que privilegiam elementos de avaliação quantitativa e qualitativa, por meio da consideração de indexadores vinculados a índices bibliométricos quantitativos e critérios de qualidade acadêmica. De acordo com esses documentos, a presença nas bases de dados indexadoras como, por exemplo, Web of Science e Scopus sintetiza tais elementos. O modelo proposto pelo GT CAPES também considera, para as revistas não indexadas nessas duas bases, o índice h5 da base Google Scholar no cálculo do fator de impacto.

Qualis Critérios para definição do Qualis de periódicos especializados em Ensino:

  • A1 - O periódico deve estar vinculado a, pelo menos, uma das seguintes bases de dados: Web of Sience (JCR) ou Scopus (SJR). É necessário um mínimo de cinco anos de publicação. 
  • A2 - O periódico deve estar vinculado a, pelo menos, duas das seguintes bases de dados/indexadores: Scielo, Educ@, DOAJ, Redalyc, Clase e Iresie. É necessário um mínimo de cinco anos de publicação. 
  • A3 - O periódico deve estar vinculado a, pelo menos, três bases de dados/ indexadores, sendo uma delas o Google Acadêmico e duas das seguintes bases: DOAJ, Latindex, Dialnet, ERIH Plus, REDIB. Alternativamente, o periódico pode estar vinculado ao Google Acadêmico e a uma das bases de dados/indexadores, referidos neste estrato, desde que tenha “acesso público e gratuito”. É necessário um mínimo de cinco anos de publicação. 
  • A4 - O periódico deve estar vinculado a, pelo menos, duas bases de dados indexadoras, sendo uma delas o Google Acadêmico e outra dentre as seguintes bases: REDIB, BBe, Index Copernicus, Sumarios.org. Alternativamente, o periódico pode estar em duas bases de dados/indexadores, referidos neste estrato, desde que tenha “acesso público e gratuito”. É necessário um mínimo de cinco anos de publicação. 
  • B1 - O periódico deve estar vinculado a três indexadores, sendo um deles o Google Acadêmico. Alternativamente, o periódico pode estar em dois indexadores, referidos nos estratos anteriores, desde que tenha “acesso público e gratuito”. É necessário um mínimo de cinco anos de publicação. Também, terá esse estrato o periódico publicado por Sociedades Científicas, que não atenderem às exigências dos estratos superiores, independentemente do tempo de publicação. 
  • B2 - O periódico deve estar vinculado, pelo menos, a dois indexadores. Alternativamente, o periódico pode estar vinculado a uma base de dados/ indexador, referidos nos estratos anteriores, desde que tenha “acesso público e gratuito”. É necessário um mínimo de três anos de publicação. 
  • B3 - O periódico deve estar vinculado, pelo menos, a um indexador, e ter no mínimo dois anos de existência e publicação. 
  • B4 - O periódico deve estar vinculado, pelo menos, a um buscador ou diretório/repositório de periódicos, e ter no mínimo dois anos de existência e publicação. 
  • C - Periódicos que não atendem às boas práticas editoriais, tendo como referencial os critérios disponíveis na COPE (publicationethics.org), e/ou não sejam indexados, e/ou não atendam aos critérios da Área de Ensino para os estratos de A1 a B4.

A título de informação aos editores de periódicos acadêmicos, uma vez que é importante conhecer os conceitos e as diferenças entre os indexadores e buscadores: 

  • Bases de dados indexadas: nestas encontramos os textos completos das revistas e as mesmas apresentam métricas diversas em relação ao impacto dos artigos dessas revistas. Podem ser gratuitas ou por assinatura. De modo geral, são os endereços que apresentam mais dados, formatos, métricas etc. 
  • Indexadores de métricas: são sites que fornecem métricas variadas (como fator h) de impacto das revistas. Apresentam informações básicas das mesmas e as métricas por eles disponibilizadas. Indicam a importância das revistas dentro do ecossistema. 
  • Indexadores com metadados: nesses sites, encontramos as informações básicas sobre as revistas além da indexação básica de metadados, como resumo e palavras-chave. Os tipos de metadados variam de indexador para indexador. Embora não apresentem textos completos ou métricas, têm o mérito de mostrar os resumos ou outros metadados das revistas, o que faz com que tenham maior alcance.

Importante - Periódicos predatórios: a Área de Ensino estará atenta aos periódicos predatórios, isto é, aqueles que podem ser potencialmente fraudulentos, com custo para a publicação e que carecem de avaliação adequada da qualidade dos textos científicos ou realizada em pouco tempo e com critérios suspeitos. Ao serem identificados como tais, serão considerados no estrato C. Isso se justifica por não terem boas práticas de publicação, burlando os princípios fundamentais da ciência, de modo a zelar pela qualidade da produção do conhecimento e da sua divulgação.

sábado, 18 de novembro de 2023

Divulgando: Comunicação, oratória e destravamento da mente usando técnicas de PNL - Evento gratuito.

 

De 04 a 08 de dezembro de 2023 teremos um minicurso sobre comunicação, oratória e destravamento da mente usando técnicas de PNL. Eu estarei coordenando o evento que contará com a participação de Joelma Aquino, Alexandre Santiago,Antônio Santana e Wesllen Teles, um time de peso quando o assunto é comunicação, oratória e técnicas de PNL. 

O evento consistirá em palestras presenciais com 10h de duração ao todo. O objetivo principal é melhorar a capacidade de comunicação e oratória dos participantes usando técnicas de PNL (Programação Neurolinguística). A Programação Neurolinguística é uma abordagem de comunicação, psicoterapia e autodesenvolvimento que afirma que existe uma conexão entre a parte neurológica e todos os tipos de linguagem com os padrões comportamentais. 

O evento é gratuito e destinado aos alunos, professores e técnicos administrativos do próprio IFCE, bem como ao público externo em geral. Serão 40 vagas ao todo, sendo 20 vagas destinadas ao público externo. O curso será desenvolvido das 18h30 as 20h30 no IFCE - Campus Fortaleza. Em breve serão abertas as inscrições e dados mais detalhes.

sábado, 11 de novembro de 2023

Três problemas de xadrez

Problemas de xadrez. Nos três diagramas as brancas jogam e vencem! Você consegue encontra as soluções para estes problemas? Resposta nos comentários.

Um pouco sobre o xadrez:

O xadrez ("tradicional") é um jogo de tabuleiro estratégico que envolve dois jogadores. Esse jogo é jogado em um tabuleiro quadriculado de 64 casas. Cada jogador começa com 16 peças: um rei, uma rainha, duas torres, dois bispos, dois cavalos e oito peões. O objetivo do jogo é dar um xeque-mate no rei adversário, o que significa que o rei está sob ameaça de captura e não há maneira de escapar. O jogador de brancas sempre começa o jogo. Em geral, é feito um sorteio para definir qual dos jogadores começa com as peças brancas.

A história do xadrez remonta a séculos e sua origem exata é difícil de determinar. Acredita-se que o jogo tenha se originado na Índia por volta do século VI, evoluindo a partir de jogos anteriores que eram jogados na região. O xadrez foi então levado para o mundo islâmico, onde foi modificado e aprimorado, antes de se espalhar pela Europa durante a Idade Média.

O jogo de xadrez moderno assumiu sua forma atual na Europa entre os séculos XV e XVI, com regras padronizadas que permitiam movimentos mais rápidos e dinâmicos. A rainha, originalmente uma peça fraca, ganhou mais mobilidade, tornando-se uma peça poderosa, e os peões ganharam a capacidade de avançar duas casas em seu primeiro movimento.

O xadrez não é apenas um jogo de estratégia e habilidade, mas também tem profundas conexões culturais e simbólicas. Cada peça tem seu próprio valor e movimentos específicos, e o jogo muitas vezes é associado a metáforas para a guerra, com os jogadores planejando e executando estratégias para superar seus oponentes. Pode ser usado para ensinar as crianças noções de planejamento e estratégia.

O xadrez é amplamente reconhecido como um esporte intelectual, com campeonatos mundiais, torneios internacionais e uma base de jogadores dedicados em todo o mundo. Além de suas raízes históricas, o xadrez continua a ser um jogo desafiador e apreciado, envolvendo tanto a mente quanto a criatividade.

domingo, 5 de novembro de 2023

Paz para o mundo!





O mundo precisa de paz. Digamos não às guerras e ao ódio.
  • The world needs peace! We want peace for the world. 
  • El mundo necesita paz. ¡Queremos paz para el mundo! 
  • Le monde a besoin de paix ! Nous voulons la paix pour le monde. 
  • Die Welt braucht Frieden! Wir wollen Frieden für die Welt. 
  • Il mondo ha bisogno di pace! Vogliamo la pace per il mondo. 
  • O mundo precisa de paz! Nós queremos paz para o mundo. 
  • De wereld heeft vrede nodig! Wij willen vrede voor de wereld.
  • العالم بحاجة إلى السلام! نحن نريد السلام للعالم. 
  • 世界需要和平!我们希望世界和平。 (Shìjiè xūyào hépíng! Wǒmen xīwàng shìjiè hépíng.) 
  • 世界は平和が必要です!私たちは世界の平和を望んでいます。 (Sekai wa heiwa ga hitsuyōdesu! Watashitachi wa sekai no heiwa o nozondeimasu.)

A paz é um desejo universal.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Dica de leitura: A fábrica de cretinos digitais - Os perigos das telas para nossas crianças

  

“O livro do neurocientista Michel Desmurget apresenta, com dados concretos e de forma conclusiva, como os dispositivos digitais estão afetando seriamente – e para o mal – o desenvolvimento neural de crianças e jovens.” - BBC News Brasil
Sobre o autor: 

Michel Desmurget (1965 - ) é um pesquisador e escritor francês especializado em neurociência cognitiva. Filho de pai francês e mãe alemã, Michel Desmurget é doutor em neurociências. Ele trabalha no CNRS e na Universidade de Lyon no Instituto de Ciências Cognitivas Marc Jeannerod.

A intenção do autor:

"Ao escrever este livro, minha intenção era, sobretudo, não produzir uma dissertação maçante, impessoal, afetada. Além dos dados que constituem o centro incontestável deste documento, eu gostaria de compartilhar com o leitor tanto minhas inquietações quanto minha indignação."

Resenho/resumo do livro na Amazon:

Por que os grandes gurus do Vale do Silício proíbem seus filhos de usar telas? Você sabia que nunca na história da humanidade houve um declínio tão acentuado nas habilidades cognitivas? Você sabia que apenas trinta minutos por dia na frente de uma tela são suficientes para que o desenvolvimento intelectual da criança comece a ser afetado?

O uso da tecnologia digital - smartphones, computadores, tablets, etc. - pelas novas gerações tem sido absolutamente astronômico. Para crianças de 2 a 8 anos de idade, o consumo médio é de cerca de três horas por dia. Entre 8 e 12 anos, a média diária gira em torno de cinco horas. Na adolescência, esse número sobe para quase sete horas, o que significa mais de 2.400 horas por ano, em plena fase de desenvolvimento intelectual.

Ao contrário do que a imprensa e a indústria da tecnologia costumam difundir, o uso das telas, longe de ajudar no desenvolvimento de crianças e estudantes, acarreta sérios malefícios à saúde do corpo (obesidade, problemas cardiovasculares, expectativa de vida reduzida), ao estado emocional (agressividade, depressão, comportamentos de risco) e ao desenvolvimento intelectual (empobrecimento da linguagem, dificuldade de concentração e memória).

O neurocientista Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, propõe a primeira síntese de vários estudos que confirmaram os perigos reais das telas e nos alerta para as graves consequências de continuarmos a promover sem senso crítico o uso dessas tecnologias.