quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Groenlândia: derretimento de gelo atingiu ponto irreversível.

Degelo na baía de Disko, na Groenlândia — Foto: Ian Joughin/Universidade de Washington

O aquecimento global é um fato e a ação humana tem sua parcela (muito significativa) de culpa nisso. Alguns dos locais mais sensíveis a esse aumento da temperatura são as regiões polares. Com temperaturas mais altas ocorre um degelo mais acentuado. O inverno não está sendo suficiente para repor esse gelo. E não são apenas os ursos polares que estão sofrendo com isso, pois eles estão perdendo o seu ambiente de caça o que pode levar a extinção desses animais em poucas décadas. 

Do mesmo modo que para os aviões que estão decolando existe um ponto de "não retorno", o degelo na Groelândia parece que atingiu um ponto irreversível: a região terá cada vez menos gelo. Com uma maior região de terra exposta esse efeito de derretimento se acentua ainda mais, pois a terra absorve muito mais calor que o gelo. Como consequência direta, o nível do mar irá subir e salinidade também será alterada, afetando a vida de muitos ecossistemas. Um maior nível do mar afeta diretamente todas as pessoas que vivem em regiões de praia. 

Precisamos urgentemente de mais consciência ambiental para todos, especialmente para as grandes corporações e para os governantes. Não temos outro planeta. Não existe outra Terra. Nossa geração está sendo diretamente responsável por destruir o delicado equilíbrio ecológico que (ainda) existe na Natureza. Espécies de animais e plantas estão sendo extintos antes de mesmo de serem descobertos. O mundo deixará de ser um lugar agradável de se viver se nada for feito urgentemente. O tempo para frear esses prognósticos sombrios está cada vez mais curto. 

Para ler mais sobre o derretimento de gelo da Groelândia ler também aqui e aqui. Para saber mais:

King, M.D., Howat, I.M., Candela, S.G. et al. Dynamic ice loss from the Greenland Ice Sheet driven by sustained glacier retreat. Commun Earth Environ 1, 1 (2020). https://doi.org/10.1038/s43247-020-0001-2

Abstract

The Greenland Ice Sheet is losing mass at accelerated rates in the 21st century, making it the largest single contributor to rising sea levels. Faster flow of outlet glaciers has substantially contributed to this loss, with the cause of speedup, and potential for future change, uncertain. Here we combine more than three decades of remotely sensed observational products of outlet glacier velocity, elevation, and front position changes over the full ice sheet. We compare decadal variability in discharge and calving front position and find that increased glacier discharge was due almost entirely to the retreat of glacier fronts, rather than inland ice sheet processes, with a remarkably consistent speedup of 4–5% per km of retreat across the ice sheet. We show that widespread retreat between 2000 and 2005 resulted in a step-increase in discharge and a switch to a new dynamic state of sustained mass loss that would persist even under a decline in surface melt.

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