quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Sobre a sequência de escrita de um artigo científico


A escrita de um artigo científico deve ser a etapa final do processo de pesquisa. Para esse artigo ser aceito pela comunidade acadêmica ele precisa estar razoavelmente bem escrito e seguir o modelo adotado pelo periódico ou pelo evento em que será publicado. A redação desse artigo científico pode ser um grande desafio para um estudantes de graduação. Nesta postagem daremos algumas dicas práticas sobre a sequência em que um artigo pode ser escrito. Com poucos ajustes, essas dicas também valem para uma monografia.

Antes, porém, devemos alertar que o estudante deve estar bem familiarizado com o tema da sua pesquisa e deve ter todas as informações necessárias à mão. Também é altamente recomendado que o estudante tenha lido vários outros trabalhos (artigos, dissertações, teses) sobre a mesma temática da sua pesquisa e tenha observado não só as informações, mas também a forma como elas estão organizadas nesses outros trabalhos.

Sequência de escrita de um artigo científico.

Na prática, a escrita de um artigo científico geralmente segue uma sequência não linear, que prioriza as seções mais fáceis de serem elaboradas ou aquelas que ajudam a desenvolver o conteúdo restante. A sequência comum de escrita pode ser algo assim:

1. Metodologia

  • A maioria dos autores começa descrevendo a metodologia. Essa seção é relativamente objetiva e detalha os procedimentos, instrumentos, amostragem e métodos usados na pesquisa. Como esses elementos geralmente já estão definidos antes de começar a escrita, é uma seção direta e fornece uma base sólida para o artigo.

2. Resultados

  • Em seguida, os pesquisadores geralmente documentam os resultados. Eles já sabem quais dados obtiveram e o que observaram, então essa parte é focada em apresentar os achados sem interpretação ou análise aprofundada. Esse passo inclui gráficos, tabelas e descrições objetivas.

3. Análise dos Resultados/Discussão

  • Com a metodologia e os resultados em mãos, é natural prosseguir para a análise dos resultados (ou discussão), onde o autor interpreta os achados e os compara com estudos prévios, relevando o significado dos dados. Esta seção permite que o autor estruture o argumento central do artigo e explore a relação dos resultados com o conhecimento existente.

4. Fundamentação Teórica

  • A fundamentação teórica ou revisão da literatura é construída com base na análise dos resultados. Aqui, o autor estabelece o contexto e explica a relevância dos achados, citando estudos anteriores. Essa seção costuma ser revisada e expandida conforme o artigo vai sendo escrito.

5. Introdução

  • A introdução é escrita depois que os elementos centrais do artigo já estão claros. Ela é a seção onde o autor contextualiza o tema, apresenta o problema de pesquisa e seus objetivos. Tendo a fundamentação teórica e a análise dos resultados em mãos, o autor consegue escrever uma introdução que leva o leitor diretamente ao foco da pesquisa.

6. Conclusão

  • Com todas as partes anteriores já estruturadas, a conclusão é elaborada para resumir as descobertas principais, as limitações do estudo e sugestões para pesquisas futuras. Aqui, o autor também aponta o impacto dos achados e a relevância para o campo.

7. Resumo e Título

  • Por fim, o resumo e o título são redigidos. O resumo sintetiza todo o artigo e, por isso, é mais eficaz quando escrito ao final, para garantir que nenhum ponto importante seja omitido. O título é ajustado para refletir fielmente o conteúdo e despertar o interesse do leitor.

Exemplo de Sequência Prática de Escrita

  • Primeiro: Metodologia, Resultados
  • Em seguida: Análise dos Resultados/Discussão, Fundamentação Teórica
  • Depois: Introdução, Conclusão
  • Por último: Resumo e Título

Essa sequência facilita a organização e ajuda a garantir que o artigo seja coeso, claro e que cada seção fortaleça a narrativa científica construída.

Obs: as referências bibliográficas devem  incluídas a medida que são usadas/citadas ao longo do trabalho.

Sobre as fases de uma partida de xadrez.

Mikhail Botvinnik (1911-1995), um dos melhores jogadores de xadrez do século XX.

“Jogue a abertura como um livro, o meio-jogo como um mágico e o final como uma máquina.”
- Rudolf Spielmann

Uma partida completa de xadrez costuma ser dividida em três fases principais: abertura, meio-jogo e final, cada uma com características e objetivos específicos. Vamos ver o que distingue cada fase:

1. Abertura

A abertura envolve os primeiros movimentos da partida e busca estabelecer controle do tabuleiro. Os principais objetivos nessa fase são:

  • Controle do centro: Movimentos como e4, d4, e5, e d5 buscam dominar o centro do tabuleiro (casas e4, d4, e5 e d5), oferecendo mobilidade e espaço para as peças.
  • Desenvolvimento de peças: Mover os cavalos e bispos para posições ativas (geralmente C3, F3, C6 e F6) é fundamental. Desenvolver as peças menores permite colocar as peças mais fortes, como a dama e as torres, em posições vantajosas posteriormente.
  • Segurança do rei: O roque (pequeno ou grande) geralmente é feito para proteger o rei e conectar as torres, permitindo a defesa e preparando uma possível ação no meio-jogo.

A abertura é uma fase estratégica e requer familiaridade com sequências de movimentos conhecidas como aberturas e defesas (ex: Abertura Ruy López, Defesa Siciliana, Defesa Francesa).

2. Meio-Jogo

O meio-jogo começa após o desenvolvimento das peças e o estabelecimento da estrutura de peões. É uma fase mais tática e agressiva, onde os jogadores tentam ganhar vantagem ou preparar um ataque. Os objetivos incluem:

  • Controle do espaço: O controle do centro é mantido enquanto se busca invadir o território do oponente ou restringir suas peças.
  • Coordenação das peças: As peças precisam estar bem posicionadas e coordenadas, prontos para ataques ou defesas.
  • Táticas e combinações: No meio-jogo, táticas como garfos, cravadas e ataques duplos são comuns e podem desequilibrar a posição a favor de um dos jogadores.
  • Criar fraquezas: Proteger bem as próprias peças enquanto tenta criar fraquezas no campo do adversário é essencial. Isso pode incluir atacar peões isolados ou tentar dobrar peças inimigas.

O meio-jogo é, em geral, mais complexo, pois requer maior análise e previsão de jogadas, sendo crucial para estabelecer vantagens para a fase final.

3. Final

O final ocorre quando muitas peças (especialmente as de alta mobilidade) foram trocadas, e restam no tabuleiro, principalmente, reis, alguns peões e talvez uma ou duas peças maiores. No final, os objetivos principais são:

  • Promoção de peões: A promoção de um peão é geralmente uma prioridade, pois a nova peça pode ser decisiva.
  • Atividade do rei: No final, o rei deixa de ser apenas uma peça para defender e assume uma função ativa no ataque e defesa. A posição do rei é crucial para apoiar peões e bloquear peões adversários.
  • Simplificação: Se um jogador estiver em vantagem, ele pode buscar trocas de peças para simplificar o tabuleiro e facilitar o processo de vitória.
  • Finalizações de xeque-mate: O jogador com vantagem geralmente precisa concluir a partida com uma estratégia de xeque-mate ou uma promoção de peão.

Existem muitos tipos de finais, como finais de torre ou finais de peão, cada um com técnicas específicas para alcançar a vitória ou lutar pelo empate. Entretanto, um peão a menos não significa uma derrota certa, da mesma forma que uma peça a mais não garante uma vitória. 

Uma Partida Completa

Em uma partida completa, o jogador bem-sucedido geralmente:

  1. Conquista uma posição vantajosa na abertura.
  2. Converte essa vantagem no meio-jogo através de ataques e combinações táticas.
  3. Finaliza com técnicas de final de jogo para garantir o xeque-mate ou a promoção de peão, consolidando a vitória.

Cada fase do xadrez exige um conjunto de habilidades e conhecimentos específicos, tornando o jogo uma fascinante combinação de estratégia, tática e técnica.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Escrevendo um TCC em menos de 4 meses


Eu sei que para muitos estudantes escrever um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) pode ser desafiador, mas com um planejamento eficaz e uma abordagem organizada, é possível concluí-lo com sucesso em menos de 4 meses. Segue algumas dicas práticas para ajudar no processo.

1. Planejamento estratégico

Antes de iniciar, é crucial organizar o tempo de forma eficiente. Divida os 4 meses em fases:

  • 1º mês: Pesquisa e estruturação.
  • 2º mês: Redação inicial (primeiros capítulos).
  • 3º mês: Redação final e ajustes.
  • 4º mês: Revisão, formatação e finalização.

Quebrar o trabalho em pequenas tarefas diárias ou semanais torna o processo mais gerenciável e menos estressante.

2. Escolha de um tema viável

Selecione um tema que você já tenha familiaridade ou interesse. Isso economiza tempo na fase de pesquisa, já que você não precisará começar do zero. Além disso, verifique se o tema tem fontes acessíveis (livros, artigos, e estudos disponíveis na internet) e se é possível delimitá-lo de forma clara, evitando temas amplos demais. Escreva sobre alguma coisa que você gosta.

3. Pesquise de forma eficiente

  • Use bases de dados acadêmicas confiáveis, como Google Scholar, SciELO, e periódicos específicos da sua área. Priorize livros e artigos científicos mais recentes para fundamentar suas ideias.
  • Baixe e organize todas as fontes de forma sistemática (crie pastas por assunto) e utilize ferramentas como Mendeley ou Zotero para organizar as referências e facilitar a formatação do trabalho.
  • Faça anotações enquanto pesquisa, destacando ideias-chave, citações importantes e possíveis lacunas que podem ser abordadas no seu trabalho.

4. Escreva todos os dias

Mesmo que seja apenas um parágrafo ou uma seção curta, escreva todos os dias. Isso ajuda a manter a consistência e evita o bloqueio de escrita. Defina metas diárias ou semanais de palavras, com flexibilidade, e ajuste conforme necessário. Se a escrita do texto se mostrar 'impossível', não avançar de jeito nenhum, então dê uma pausa e leia assuntos relacionados ao seu tema.

5. Siga uma estrutura clara

Seja o formato de monografia ou artigo, é importante ter uma estrutura bem definida. Analise trabalhos semelhantes ao que você pretende fazer. Veja a estrutura de outros TCCs ou dissertações de mestrado foram escritos. Para facilitar o progresso:

  • Introdução: Explique o tema, sua importância, os objetivos e a metodologia.
  • Revisão da literatura: Apresente as principais pesquisas sobre o tema e como seu trabalho se insere nesse contexto.
  • Metodologia: Descreva como você conduziu a pesquisa (para trabalhos teóricos ou práticos).
  • Análise e Discussão: Traga seus argumentos principais e relacione-os com a revisão da literatura.
  • Conclusão: Resuma os resultados e sugestões para pesquisas futuras.

6. Use tecnologia a seu favor

Aproveite ferramentas que aceleram a produção acadêmica:

  • Grammarly e DeepL Write para melhorar a clareza e correção gramatical do texto.
  • Scrivener ou até o Google Docs para organizar capítulos e manter tudo salvo automaticamente.
  • Para gerenciar o tempo, use a técnica Pomodoro (25 minutos de foco, 5 de descanso).

7. Converse com seu orientador regularmente

Manter o orientador informado sobre o progresso é essencial. Marque reuniões periódicas para discutir os avanços e receber feedback. Isso evita surpresas no final e permite ajustes ao longo do caminho.

8. Faça uma revisão contínua

Não deixe para revisar o trabalho inteiro no final. Revise cada seção logo após escrevê-la, corrigindo possíveis erros e melhorando a coesão. Ao final do processo, você já terá um esqueleto consistente e revisado. Mantenha contato com o seu orientador e passe o seu material já escrito para ele opinar.

9. Participe de grupos de estudo ou comunidades online

Compartilhar dificuldades e avanços com outros estudantes que também estão escrevendo o TCC pode ajudar a manter a motivação e trocar dicas úteis. Participar de fóruns ou grupos online dedicados a escrita acadêmica é uma boa estratégia.

10. Mantenha-se motivado e cuide da sua saúde mental

A escrita do TCC pode ser exaustiva, então é importante encontrar maneiras de se manter motivado. Recompense-se a cada meta atingida e cuide da sua saúde mental. Faça pausas, alimente-se bem e pratique exercícios físicos para manter o corpo e a mente ativos.

Resumo do cronograma sugerido:

  • Mês 1: Definição de tema, pesquisa bibliográfica e estruturação.
  • Mês 2: Redação dos primeiros capítulos (introdução, revisão de literatura).
  • Mês 3: Conclusão da redação e início da revisão.
  • Mês 4: Revisão geral, escrita do resumo, formatação, ajustes finais e entrega.

Com disciplina, organização e uso eficiente dos recursos disponíveis, é totalmente possível concluir um TCC de qualidade em menos de 4 meses! Lembre-se: a banca deve ser preocupação do seu orientador, mas você pode sugerir algum professor para compor a banca de avaliação.

Sobre o uso de 'IA' na escrita de artigos científicos: algumas considerações éticas.


Como ter certeza que um texto acadêmico não foi gerado na sua totalidade ou parcialmente por uma ferramenta de escrita como o GPT (Generative Pre-trained Transformer)? O uso de inteligência artificial (IA) na escrita de artigos científicos está cada vez mais comum e levanta uma série de questões éticas que devem ser cuidadosamente analisadas, pois envolve tanto a integridade da pesquisa quanto as responsabilidades dos autores. As principais preocupações éticas relacionadas ao uso de IA nesse contexto são apontadas abaixo.

1. Autoria e responsabilidade

Uma das questões mais fundamentais diz respeito à autoria. A escrita de artigos científicos envolve a atribuição de crédito e responsabilidade pelas ideias e resultados apresentados. Se uma IA é usada para redigir partes ou a totalidade de um artigo, surge a questão de quem é o autor legítimo. A IA não possui consciência nem responsabilidade moral ou intelectual; portanto, se a IA comete erros, quem é responsável por esses erros? A integridade científica requer que os autores assumam total responsabilidade pelos conteúdos de suas publicações.

  • Desafios: Autores que utilizam IA precisam deixar claro o nível de contribuição humana versus automatizada no texto. Omissões a respeito do uso de IA podem levar a equívocos sobre a originalidade ou autoria do artigo.

2. Originalidade e plágio

Muitas ferramentas de IA que auxiliam na escrita são treinadas em grandes volumes de textos existentes, levantando preocupações sobre plágio. A IA pode gerar trechos de texto que se assemelham a outros trabalhos sem atribuição apropriada. Isso pode comprometer a originalidade da pesquisa e violar padrões éticos da publicação acadêmica.

  • Desafios: verificar se o texto produzido por IA não se trata de um plágio indireto pode ser difícil, especialmente se as fontes das quais a IA aprendeu não forem transparentes. Autores precisam garantir que os padrões de originalidade sejam mantidos, o que pode exigir revisões manuais rigorosas do que a IA gera.

3. Transparência

Outro ponto crucial é a transparência no uso de IA. É ético que os autores revelem se utilizaram IA na redação ou na estruturação de seu artigo? Muitos argumentam que sim, pois a colaboração humana e a máquina podem influenciar o conteúdo e a clareza da pesquisa. Esconder o uso de IA pode ser visto como uma violação da confiança no processo de revisão por pares.

  • Desafios: decidir até que ponto e de que forma informar o uso de IA é complexo. Pode ser necessário criar diretrizes específicas que exijam a explicitação de onde a IA foi usada, por exemplo, na geração de rascunhos, na revisão de texto ou na análise de dados.

4. Qualidade e precisão científica

Embora as IAs avançadas sejam capazes de gerar texto coerente e estruturado, elas não garantem a precisão científica. O uso de IA para redigir artigos pode resultar em erros factuais ou interpretações imprecisas de dados científicos, especialmente se a IA não estiver adaptada para entender nuances técnicas. Isso pode prejudicar a qualidade da pesquisa e desinformar a comunidade científica.

  • Desafios: garantir que os artigos escritos com a ajuda de IA mantenham o rigor científico exige revisão humana constante. A IA pode fornecer resultados coerentes na linguagem, mas isso não assegura a exatidão do conteúdo.

5. Viés e discriminação

Os sistemas de IA são treinados em grandes volumes de dados, que podem refletir vieses presentes nesses conjuntos de dados. Se uma IA é usada para gerar texto acadêmico, existe o risco de que esses vieses sejam incorporados nos artigos, o que pode comprometer a imparcialidade da pesquisa e reproduzir preconceitos de gênero, raça, ou outras formas de discriminação.

  • Desafios: autores e pesquisadores precisam estar cientes dos potenciais vieses nas ferramentas de IA que utilizam e tomar medidas para mitigar esses problemas. Isso inclui a seleção cuidadosa de dados para treinamento e a revisão crítica dos textos gerados pela IA.

6. Impacto na educação e no treinamento de pesquisadores

Outro aspecto ético importante é o impacto que o uso de IA na escrita pode ter na formação de novos pesquisadores. Se estudantes e jovens cientistas dependem excessivamente de IA para redigir seus artigos, eles podem não desenvolver habilidades críticas de escrita científica e pensamento analítico, que são fundamentais para a carreira acadêmica.

  • Desafios: é importante equilibrar o uso de ferramentas de IA com o desenvolvimento das competências tradicionais de redação científica, para que os pesquisadores não se tornem excessivamente dependentes dessas tecnologias e percam habilidades essenciais.

7. Manipulação de dados e fraude científica

Há também o risco de que ferramentas de IA sejam usadas para manipular dados ou criar narrativas convincentes, mas cientificamente infundadas. Isso pode resultar em fraudes científicas mais sofisticadas, difíceis de detectar pelos revisores. A geração automática de textos pode ser usada para mascarar ou distorcer informações.

  • Desafios: é crucial que os revisores e editores de periódicos desenvolvam estratégias para identificar fraudes potenciais relacionadas ao uso de IA e garantam que os dados subjacentes a uma pesquisa sejam devidamente analisados e interpretados.

Considerações finais

O uso de IA na escrita de artigos científicos oferece benefícios, como a automação de tarefas repetitivas e a aceleração do processo de redação. No entanto, as questões éticas que acompanham seu uso são profundas e complexas, exigindo que autores, instituições e editores estabeleçam diretrizes claras. Transparência, responsabilidade, originalidade e a manutenção da integridade científica devem ser princípios orientadores em qualquer uso de IA no contexto acadêmico.

Algumas referências

ADAMS, C. et al. Ethical principles for artificial intelligence in K-12 education. Computers and Education: Artificial Intelligence, Amsterdã, v. 4, 2023. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.caeai.2023.100131>. Acesso em: 21 de out. de 2024.

CAROBENE, Anna et al. Rising adoption of artificial intelligence in scientific publishing: evaluating the role, risks, and ethical implications in paper drafting and review process. Clinical Chemistry and Laboratory Medicine (CCLM), v. 62, n. 5, p. 835-843, 2024.

GULERIA, Ankita et al. ChatGPT: ethical concerns and challenges in academics and research. The Journal of Infection in Developing Countries, v. 17, n. 09, p. 1292-1299, 2023.

JEYARAMAN, Madhan et al. ChatGPT in action: Harnessing artificial intelligence potential and addressing ethical challenges in medicine, education, and scientific research. World Journal of Methodology, v. 13, n. 4, p. 170, 2023.

LIN, Zhicheng. Why and how to embrace AI such as ChatGPT in your academic life. Royal Society open science, v. 10, n. 8, p. 230658, 2023.

NAM, Benjamin H.; BAI, Qiong. ChatGPT and its ethical implications for STEM research and higher education: a media discourse analysis. International Journal of STEM Education, v. 10, n. 1, p. 66, 2023.

Obs: esse texto foi gerado quase que integralmente com o uso do chatgpt.com.

sábado, 19 de outubro de 2024

Xadrez no xadrez: xadrez como ferramenta social para pessoas privadas de liberdade

 

Xadrez online une prisioneiros em todo o mundo

A Comissão Social da FIDE (dedicada ao uso do xadrez como uma ferramenta para o desenvolvimento social) organizou, em cooperação com o Gabinete do Xerife do Condado de Cook , o 4º Campeonato Intercontinental Online de Xadrez da FIDE para Prisioneiros como parte da iniciativa Xadrez pela Liberdade da FIDE .

Xadrez pela Liberdade

A FIDE e o Gabinete do Xerife do Condado de Cook lançaram o projeto Xadrez pela Liberdade em 2021. O Campeonato Intercontinental Online é sua iniciativa conjunta mais conhecida, mas conferências online e presenciais são realizadas regularmente, e representantes de projetos de xadrez direcionados à população carcerária formaram uma rede cada vez maior para trocar experiências e oferecer apoio mútuo.

A primeira edição deste campeonato teve 42 equipes representando 31 países; este ano, 115 equipes (77 na seção Aberta, 21 na seção Feminina e 17 equipes juvenis) de 51 países participaram de um evento que o Dr. MR Das, Diretor Executivo de RH da Indian Oil Corporation Ltd. (parceira da Chess for Freedom) descreveu como "não apenas uma competição".

O 4º Campeonato Intercontinental de Xadrez Online da FIDE para Prisioneiros

As partidas foram disputadas no Chess.com de 8 a 11 de outubro. O controle de tempo foi de 10 minutos mais 5 segundos por lance (com 3+2 jogos nos tie-breaks), e as equipes foram formadas por quatro jogadores. Os delegados das equipes foram conectados a uma chamada do Zoom com árbitros e organizadores, e as equipes montaram câmeras panorâmicas mostrando sua área de jogo, uma configuração usual em torneios híbridos que servem como uma janela para outras realidades ao redor do globo.

As equipes foram agrupadas de acordo com os fusos horários e jogaram uma fase preliminar em três turnos. Você pode encontrar todos os grupos, resultados e classificações aqui .
Na seção masculina, as duas melhores equipes de cada um dos 10 grupos avançaram para o segundo dia de competição. Essas 20 equipes foram divididas em dois grupos, um liderado pelos Emirados Árabes Unidos e Índia 1, o outro por El Salvador e Sérvia.
Enquanto a Sérvia derrotou confortavelmente a Índia 1 na disputa pelo 3º lugar, a final foi de roer as unhas. Os Emirados Árabes Unidos se recuperaram duas vezes e forçaram um armagedom onde o jogador de El Salvador não conseguiu segurar o empate. Nesta posição crítica, algumas trocas equivocadas das Pretas foram suficientes para inclinar a balança a favor das Brancas.

Nas seções Feminina e Juvenil, três grupos produziram oito quartas de final, e os Playoffs (consistindo em duas partidas) foram definidos para determinar os vencedores. El Salvador teve que se contentar novamente com a prata na competição feminina, perdendo para a atual campeã Mongólia, enquanto a Romênia venceu a Índia e completou o pódio.  

Duas equipes indianas chegaram às semifinais na seção Juvenil. Após o confronto, a Índia 1 derrotou o Equador na final, e a Índia 3 levou o bronze sobre a Sérvia.

*** Reportagem original e completa aqui,

sábado, 12 de outubro de 2024

Quais razões levam candidatos de extrema direita a receberem apoio nas eleições?

 

Sempre me deixou intrigado como Hitler, Benito Mussolini, Josef Stalin, Bolsonaro no Brasil ou Donald Tramp nos EUA chegaram ao poder. Claro que existe toda uma contextualização histórica e social que explicam os motivos desses processos de ascensão ao poder. Acredito que algumas das características comuns a essas criaturas são a fome de poder, egoísmo e narcisismo. Ingenuamente eu imaginava que o progresso material poderia nos manter livres de tais líderes, mas é claro que a realidade está aí para me mostrar o contrário.

Mesmo os regimes democráticos não estão livres de elegerem candidatos extremistas. O apoio massivo a candidatos de extrema direita em eleições gerais pode ser atribuído a uma combinação de fatores sociais, econômicos, culturais e políticos. Nos últimos anos, várias regiões do mundo testemunharam o crescimento de movimentos de extrema direita, e embora as razões possam variar de país para país, alguns motivos comuns podem explicar o sucesso desses candidatos.

1. Insegurança Econômica e Desigualdade

A instabilidade econômica, como crises financeiras, aumento da desigualdade de renda, desemprego e precarização do trabalho, muitas vezes leva a uma sensação de insatisfação com o status quo. Candidatos de extrema direita frequentemente exploram esse descontentamento ao prometer soluções rápidas e radicais, muitas vezes defendendo políticas protecionistas, anti-globalização e anti-imigração, como forma de proteger empregos nacionais.

  • Exemplo: Promessas de "reindustrializar" a economia e proteger empregos locais podem atrair eleitores que se sentem economicamente ameaçados pela concorrência global e pelo livre mercado.

2. Rejeição do Estabelecimento Político

Muitos eleitores que apoiam candidatos de extrema direita são movidos por uma frustração com o sistema político tradicional. Eles veem a elite política como corrupta, distante das necessidades do povo e incapaz de resolver problemas crônicos, como corrupção, burocracia e falta de governança. Candidatos de extrema direita frequentemente se apresentam como "anti-establishment", prometendo "limpar" a política e dar poder ao "povo comum".

  • Exemplo: O uso da retórica de "outsider" ou "antissistema" muitas vezes ressoa com aqueles que perderam a fé nas instituições políticas convencionais.

3. Medo da Imigração e da Mudança Demográfica

O crescimento da imigração e as mudanças demográficas em vários países levaram ao aumento de tensões culturais. Candidatos de extrema direita frequentemente capitalizam o medo de que a imigração esteja mudando a identidade nacional, pressionando os serviços públicos e tirando oportunidades dos cidadãos nativos. Isso é acompanhado por um discurso sobre a proteção da cultura e dos valores tradicionais.

  • Exemplo: Políticas de imigração mais rígidas e a defesa da soberania nacional são comumente propostas para atrair eleitores preocupados com a influência de culturas estrangeiras e a segurança das fronteiras.

4. Nacionalismo e Identidade Cultural

O nacionalismo é outro fator que explica o apelo da extrema direita. Esses candidatos frequentemente enfatizam a ideia de "recuperar" a nação e restaurar seu "orgulho" ou "grandeza". Eles apelam para sentimentos de nostalgia, muitas vezes propondo uma volta a tempos percebidos como melhores, onde a identidade nacional e os valores eram mais homogêneos.

  • Exemplo: Slogans como "fazer o país grande novamente" ou "reconquistar o que é nosso" apelam ao desejo de proteger a identidade cultural nacional de influências externas.

5. Polarização Social e Cultural

Em muitos países, a sociedade está profundamente polarizada em questões culturais, como direitos LGBTQIA+, aborto, igualdade de gênero, e secularismo versus religiosidade. Candidatos de extrema direita geralmente adotam posições conservadoras ou ultraconservadoras sobre esses temas, atraindo eleitores que se opõem às mudanças sociais e culturais promovidas por movimentos progressistas.

  • Exemplo: A defesa de valores "tradicionais" de família e religião é um pilar de plataformas políticas da extrema direita, que contrastam com a agenda progressista em questões de direitos civis e igualdade.

6. Uso Eficaz das Redes Sociais e Comunicação

Candidatos de extrema direita têm sido particularmente eficazes no uso das redes sociais para se conectar diretamente com os eleitores. Ao ignorar a mídia tradicional, que muitas vezes é vista como hostil ou tendenciosa, eles conseguem espalhar sua mensagem de maneira mais simples, emocional e direta. Esse tipo de comunicação é muitas vezes adaptado para gerar reações rápidas e criar uma narrativa de nós contra eles.

  • Exemplo: O uso de plataformas como Facebook, Twitter e YouTube para disseminar mensagens populistas e nacionalistas, além de fake news e teorias da conspiração, é uma estratégia frequente.

7. Medo da Globalização

A globalização trouxe muitos benefícios, mas também gerou desafios e desigualdades. Muitas pessoas sentem que foram deixadas para trás, seja pela perda de empregos para mercados estrangeiros ou pela percepção de que as instituições internacionais (como a ONU ou a União Europeia) estão interferindo em questões nacionais. A extrema direita geralmente adota um tom anti-globalização, defendendo o protecionismo econômico e a soberania nacional.

  • Exemplo: Discursos contrários a acordos de livre comércio ou à participação em blocos econômicos internacionais são comuns, com a promessa de priorizar a economia doméstica.

8. Crises Migratórias e Percepção de Ameaça

Quando há crises migratórias (como a chegada em massa de refugiados), as ansiedades sobre segurança, terrorismo e perda de controle sobre as fronteiras aumentam. A extrema direita explora esses medos, associando imigração a problemas de segurança e criminalidade, mesmo quando os dados nem sempre sustentam essas alegações.

  • Exemplo: Políticos de extrema direita podem defender a construção de muros, maior vigilância nas fronteiras e deportações em massa para evitar o "desequilíbrio" causado pela imigração.

9. Reação Contra o Politicamente Correto

O conceito de "politicamente correto" é frequentemente criticado por políticos de extrema direita, que alegam que a liberdade de expressão está sendo suprimida e que as pessoas estão sendo forçadas a aceitar ideias com as quais não concordam. Esse discurso atrai eleitores que se sentem alienados pelas normas sociais progressistas e querem um retorno ao discurso mais "autêntico" e menos regulado.

  • Exemplo: Discurso franco e "sem filtros" é uma marca de muitos líderes de extrema direita, que utilizam uma retórica mais agressiva contra grupos que defendem causas progressistas.

10. Insegurança em Relação à Globalização Cultural

A globalização não impacta apenas a economia, mas também a cultura. O medo de perda de identidade nacional e valores culturais leva muitos a apoiarem movimentos de extrema direita que defendem um fechamento às influências culturais externas.

  • Exemplo: Movimentos contra a "globalização cultural" e a "erosão dos valores tradicionais" frequentemente são articulados por esses candidatos.

Em suma, o apoio massivo a candidatos de extrema direita reflete uma combinação de fatores econômicos, culturais e políticos, incluindo a insatisfação com o status quo, o medo da mudança e a busca por soluções rápidas e assertivas em tempos de crise.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Sobre o Prêmio Nobel de Física de 2024

 


Quem tem 'direito' de ganhar um Prêmio Nobel de Física? Quais devem as características do trabalho de um ganhador do Prêmio Nobel de Física? Vejamos alguns pontos sobre esse tema.

1. Sobre o Prêmio Nobel de Física

O Prêmio Nobel de Física é uma das mais prestigiadas honrarias na comunidade científica, concedido anualmente pela Academia Real das Ciências da Suécia. Para que um pesquisador seja contemplado com o Prêmio Nobel de Física, vários critérios são levados em consideração. Esses critérios envolvem a relevância, originalidade e impacto da descoberta ou contribuição científica. Abaixo estão os principais fatores que determinam a concessão do prêmio:

2. Contribuição Significativa ao Campo da Física

O critério fundamental é que a pesquisa ou descoberta tenha feito uma contribuição substancial ao avanço do conhecimento científico no campo da física. Isso inclui descobertas inovadoras ou teorias que mudem a compreensão dos fenômenos naturais. A pesquisa premiada geralmente apresenta um impacto profundo e duradouro.

3. Originalidade e Novidade

O trabalho precisa ser inovador e original, ou seja, deve ter introduzido algo novo no campo, seja uma nova teoria, uma técnica experimental ou uma descoberta empírica. As contribuições que transformam a forma como os físicos entendem certos fenômenos ou que abrem novos campos de estudo têm maiores chances de serem reconhecidas.

4. Impacto Duradouro

As descobertas premiadas devem ter um impacto de longo prazo na ciência. Embora o prêmio possa ser concedido muitos anos após a descoberta, é importante que essa contribuição tenha resistido ao teste do tempo e continuado a influenciar o progresso da física e outras áreas da ciência.

5. Verificabilidade e Comprovação

Uma das condições para que uma descoberta seja premiada é que ela tenha sido verificada e reproduzida pela comunidade científica. As descobertas teóricas ou experimentais precisam ter uma base sólida e ser aceitas de forma ampla pelos pares.

6. Relevância Prática ou Teórica

O trabalho pode ser puramente teórico ou ter implicações práticas. Tanto as descobertas teóricas quanto as experimentais são elegíveis para o Prêmio Nobel de Física, desde que tragam esclarecimentos fundamentais sobre o funcionamento do universo ou avancem a tecnologia de maneira importante.

7. Originalidade Independente

O pesquisador deve ter realizado o trabalho de forma independente ou como líder de uma equipe. O prêmio pode ser dividido entre até três pessoas que tenham feito contribuições significativas ao mesmo projeto, mas é esperado que cada vencedor tenha desempenhado um papel fundamental.

8. Benefício à Humanidade

Alfred Nobel, em seu testamento, especificou que os prêmios deveriam ser concedidos a quem tenha trazido o maior benefício à humanidade. No contexto do Prêmio Nobel de Física, isso significa que a descoberta deve ter potencial para melhorar a compreensão do universo ou promover inovações tecnológicas que beneficiem a sociedade, direta ou indiretamente.

9. Trabalhos Recentes e Importantes

Embora não seja uma regra rígida, geralmente o Prêmio Nobel é concedido para pesquisas que tiveram um impacto recente ou cujos efeitos já podem ser avaliados. A comissão geralmente espera até que a importância da descoberta seja amplamente reconhecida pela comunidade científica.

10. Exemplos de Descobertas:

  • Descobertas experimentais revolucionárias: Como o Prêmio Nobel de 2017 pela detecção das ondas gravitacionais, confirmando uma previsão da Teoria da Relatividade Geral de Einstein.
  • Contribuições teóricas: O Prêmio Nobel de 2013 concedido aos teóricos Peter Higgs e François Englert pela formulação do mecanismo que explica a origem da massa de partículas subatômicas, confirmado pela descoberta do bóson de Higgs.

Em suma, para ganhar o Prêmio Nobel de Física, um pesquisador precisa ter feito uma descoberta inovadora, comprovada e com impacto significativo para o avanço do conhecimento científico ou para o benefício da humanidade. Entretanto, podemos ver alguns 'contra exemplos':

  • Guglielmo Marconi e Karl Ferdinand Braun dividiram o Prêmio Nobel de Física de 1909 "pelas suas contribuições para o desenvolvimento da telegrafia sem fio". Na minha opinião foi mais uma aplicação de engenharia sem maiores consequências para a Física.
  • Já em 1912 Nils Gustaf Dalén recebeu o Prêmio Nobel de Física "pela sua invenção da válvula solar projetada para ser utilizada combinada com acumuladores de gases em faróis e boias". Claramente esse foi um trabalho prático de engenharia.

E o Prêmio de 2024?

E o Prêmio Nobel de Física deste ano? Os cientistas John Hopfield e Geoffrey Hinton são os ganhadores do Nobel 2024 em Física. A dupla levou o Nobel por suas "descobertas e invenções fundamentais que permitem o aprendizado de máquina (machine learning, em inglês) com redes neurais artificiais". Embora o trabalho deles seja muito relevante, tenha aplicações em muitos campos, inclusive na física, computação, engenharia e telecomunicações, é, ao meu ver, muito mais uma aplicação tecnológica (com forte fundamentação matemática) que uma contribuição fundamental à física. Talvez o atual 'modismo' da inteligência artificial tenha influenciado a decisão deste ano. Alguns estão questionando a validade dessa premiação. O que você acha?!

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Divulgando: nova seleção para o Mestrado em Engenharia de Telecomunicações - IFCE - Campus de Fortaleza

 

Estão abertas as inscrições para o Mestrado Acadêmico em Engenharia de Telecomunicações do IFCE, Campus Fortaleza, área de concentração em sistemas de telecomunicações. O curso de Mestrado Acadêmico em Engenharia de Telecomunicações tem duração prevista de 24 meses (incluindo o tempo de elaboração da dissertação de mestrado) prorrogáveis, a critério do colegiado do curso, por mais seis meses. A carga horária de disciplinas é de 360 horas. O funcionamento do curso é diurno. 

O curso é recomendado pela CAPES e atua na área de Engenharias IV. A pessoa candidata deve estar ciente de que o curso poderá ser ofertado de forma presencial de acordo com as normas estabelecidas pelo IFCE quando do seu ingresso e permanência no curso.

A seleção será realizada através das seguintes etapas de caráter classificatório e eliminatório: análise dos documentos básicos (identidade, CPF, título de eleitor, diploma de graduação) com caráter eliminatório; análise do curriculum vitae (Lattes) da pessoa candidata, do seu histórico escolar de graduação, do projeto de pesquisa e das cartas de recomendação apresentadas. 

São ofertadas 19 (dezenove) vagas para ingresso no Mestrado Acadêmico em Engenharia de Telecomunicações, área de concentração em Sistemas de Telecomunicações, nas linhas de pesquisa relacionadas a seguir: a) Micro-ondas e Óptica Integrada (7 vagas); b) Processamento de Sinais (12 vagas). 

O período de inscrições começa dia 24/outubro e vai até 08/novembro. Cronograma completo:

*** Mais informações e edital completo aqui.

sábado, 5 de outubro de 2024

Minha participação no SBrT 2024 - Belém do Pará.

 

Eu tive a oportunidade de participar do SBrT 2024 deste ano. O evento ocorreu na cidade de Belém capital do Estado do Pará no período de 01 a 04 de outubro de 2024 no Hotel Princesa Louçã. Apresentei dois artigos - um pôster (artigo de IC - Blindnavind: Sistema de Localização Indoor para Auxiliar Pessoas com Deficiência Visual) e um trabalho completo (Localização indoor utilizando Bluetooth LE e processamento digital de sinais com baixo esforço computacional). Foi uma excelente ocasião para rever velhos amigos e conhecer um pouco de Belém e de sua culinária, além, é claro, de ficar um pouco mais atualizado com as pesquisas que estão acontecendo na área de telecomunicações, da computação quântica aos microssatélites. 

Algumas fotos da minha participação e deste evento: