segunda-feira, 15 de abril de 2013

Para pensar: respostas de formandos no Enade 2012 têm erros de português


Saber ler e escrever é uma condição básica. É difícil construir algo sem essa base mínima. Nem essa base mínima estamos conseguindo contruir no nosso sistema educacional. Essa talvez não seja a regra geral, eu espero que não seja, mas afeta uma parcela significativa dos nossos formandos. Pelo menos essa é a triste constatação a que chegamos lendo notícias como a que vem a seguir.

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Respostas de formandos no Enade 2012 têm erros de português como 'egnorância' e 'precarea'

Estudantes que estão concluindo ensino superior cometem equívocos grosseiros de ortografia e construção frasal. Inep diz que há rigor na correção

Não é apenas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que os estudantes cometem erros absurdos de ortografia. No Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), alunos que estão se formando no ensino superior cometem desvios tão ou mais graves como "egnorancia", "precarea" e "bule" (bullying).

Esses e outros exemplos foram repassados por uma corretora do Enade 2012, que avaliou concluintes de cursos como Direito, Comunicação Social, Administração, Ciências Econômicas, Relações Internacionais e Psicologia. A professora entregou o material pessoalmente ao GLOBO, mas, por ter assinado contrato de sigilo com o Ministério da Educação (MEC), não pode ser identificada. A docente procurou o jornal depois de ler, também no GLOBO, a reportagem, publicada no dia 18 de março, mostrando que redações que receberam nota 1.000 no Enem tinham erros como "trousse", "enchergar" e "rasoável".

Em dez respostas à segunda questão discursiva, há erros, sobretudo, de estrutura frasal, imprecisão vocabular e fragmentação de sentido. Segundo a professora, mesmo corrigidos equívocos de pontuação, regência, ortografia e concordância, esses textos continuariam errados.

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Este ano, apenas 10,3% dos 114.763 participantes que prestaram o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foram aprovados. É o pior resultado desde que passou a ser aplicado no formato unificado, em 2010. E, como mostrou pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios, erros de português são o principal motivo de reprovação em processos seletivos de estágio.

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Fonte e notícia completa: Jornal da Ciência

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