terça-feira, 28 de julho de 2020

Dica de leitura: Sapiens - Uma Breve História da Humanidade


Sapiens: Uma Breve História da Humanidade é um livro de Yuval Harari publicado primeiramente em 2014, embora tenha sido lançado originalmente em Israel em 2011, com o título Uma Breve História do Gênero Humano. Harari divide o livro em quatro partes, são elas:
  • Parte 1 - A Revolução Cognitiva
  • Parte 2 - A Revolução Agrícola
  • Parte 3 - A Unificação da Humanidade
  • Parte 4 - A Revolução Científica;
O livro aborda a História da Humanidade desde a evolução arcaica da espécie humana na idade da pedra, até o século XXI. Seu principal argumento é que o Homo sapiens domina o mundo porque é o único animal capaz de cooperar de forma flexível em larga escala e o faz por ser a única espécie capaz de acreditar em coisas que não existem na natureza e são produtos puramente de sua imaginação, tais como deuses, nações, dinheiro e direitos humanos.

Sobre o autor


Yuval Noah Harari (Haifa, 24 de Fevereiro de 1976) é um professor israelense de História e autor do best-seller internacional Sapiens: Uma breve história da humanidade e também de Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã. Seu último lançamento é 21 Lições para o Século 21. Leciona no departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Especializou-se primeiro em História medieval e História militar, antes de completar seu doutorado no Jesus College, Universidade de Oxford, em 2002. Desde então, ele tem publicado numerosos livros e artigos, incluindo Special Operations in the Age of Chivalry, 1100–1550; The Ultimate Experience: Battlefield Revelationsand the Making of Modern War Culture, 1450–2000; The Concept of ‘Decisive Battles’ in World History; e "Armchairs, Coffee and Authority: Eye-witnesses and Flesh-witnesses Speak about War, 1100-2000".

terça-feira, 21 de julho de 2020

Divulgando: Live da Indústria com a minha participação


Amanhã, dia 22 de julho, às 19h, teremos uma live com a nossa participação. O mediador será o professor Dr. Auzuir R. de Alexandria, contamos também com a participação de Leonardo Pinheiro de Queiroz. Você está convidado. Link: meet.google.com/rnr-asxr-cfy.

sábado, 11 de julho de 2020

Agora parece que é definitivo: Milton Ribeiro é o novo Ministro da Educação



Parece que agora temos um novo Ministro da Educação, é o senhor Milton Ribeiro (Lattes aqui). Do seu currículo lemos:

Possui graduação em Teologia - Seminário Presbiteriano do Sul (1981), graduação em Direito pelo Instituto Toledo de Ensino (1990), mestrado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2001) e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2006). Membro do Conselho Deliberativo do instituto Presbiteriano Mackenzie, entidade mantenedora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atuou como reitor em exercício e vice reitor da Universidade Mackenzie. Atualmente é relator da Comissão de Assuntos Educacionais do Mackenzie e Diretor Administrativo da Luz para o Caminho, instituição que cuida da área de mídias da Igreja Presbiteriana do Brasil. Atualmente também é membro da Administração Geral da Santa Casa de Santos, instituição pública, como irmão mantenedor.

O senhor Milton Ribeiro não tem muitas publicações registradas em seu currículo (o que causa uma certa estranheza), pelo menos podemos ter segurança de que ele não inflou o Lattes. Entretanto, como afirma o professor Gregório Grisa do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), doutor em Educação (no Twitter):

"Atendo-se especificamente ao currículo acadêmico (Lattes) do pastor Milton Ribeiro que parece ser o novo ministro. Titulação: G -Teologia/Direito; M - Direito; D - Educação. Nenhum artigo e nenhum livro publicado sobre educação. Nenhuma experiência de gestão pública educacional. Novamente chama atenção ter feito mestrado em Direito e doutorado em Educação sem ter publicado nada, sem ter apresentado nenhum trabalho nas áreas, sem ter escrito um capítulo de livro ao menos. Caráter religioso é o mais evidente no currículo lattes."

Esperamos que ela faça uma gestão mais discreta e eficiente que os ministros anteriores.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Dica de leitura: The Black Cat (O gato preto) - Edgar Allan Poe


Essa é uma das histórias mais interessantes e conhecidas do escritor estadunidense Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 - Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849). Esse breve conto foi adaptado para o cinema e ganhou várias versões. Ele foi um dos primeiros escritores norte-americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial (adaptado daqui).

O trecho inicial da história (em inglês):

For the most wild yet most homely narrative which I am about to pen, I neither expect nor solicit belief. Mad indeed would I be to expect it, in a case where my very senses reject their own evidence. Yet, mad am I not—and very surely do I not dream. But to-morrow I die, and to-day I would unburden my soul. My immediate purpose is to place before the world, plainly, succinctly, and without comment, a series of mere household events. In their consequences, these events have terrified—have tortured—have destroyed me. Yet I will not attempt to expound them. To me, they have presented little but horror—to many they will seem less terrible than baroques. Hereafter, perhaps, some intellect may be found which will reduce my phantasm to the commonplace—some intellect more calm, more logical, and far less excitable than my own, which will perceive, in the circumstances I detail with awe, nothing more than an ordinary succession of very natural causes and effects.


Uma tradução:

Não espero nem solicito o crédito do leitor para a tão extraordinária e no entanto tão familiar história que vou contar. Louco seria esperá-lo, num caso cuja evidência até os meus próprios sentidos se recusam a aceitar. No entanto não estou louco, e com toda a certeza que não estou a sonhar. Mas porque posso morrer amanhã, quero aliviar hoje o meu espírito. O meu fim imediato é mostrar ao mundo, simples, sucintamente e sem comentários, uma série de meros acontecimentos domésticos. Nas suas consequências, estes acontecimentos aterrorizaram-me, torturaram-me, destruíram-me. No entanto, não procurarei esclarecê-los. O sentimento que em mim despertaram foi quase exclusivamente o de terror; a muitos outros parecerão menos terríveis do que extravagantes. Mais tarde, será possível que se encontre uma inteligência qualquer que reduza a minha fantasia a uma banalidade. Qualquer inteligência mais serena, mais lógica e muito menos excitável do que a minha encontrará tão somente nas circunstâncias que relato com terror uma sequência bastante normal de causas e efeitos.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Dica de leitura: Último Teorema de Fermat


Sabe aqueles problemas matemáticos que você tentou resolver no ensino médio ou na faculdade e que eram desafios insolúveis para você? Pois a minha dica de leitura nesta postagem tem alguma relação com isso. Estou falando do livro "O último teorema de Fermat" escrito pelo físico e escritor Simon Singh.

Mas não se preocupe se você não é um especialista em matemática, este livro é muito mais sobre a história da solução deste teorema e de como foram necessários 358 anos até que um matemático do final do século XX conseguisse, depois de 10 anos de um intenso e solitário trabalho, decifrar esse verdadeiro quebra-cabeças. Ele não fez isso sozinho, como diria Newton, Andrew Wiles, o matemático que conseguiu essa façanha, subiu nos ombros de gigantes. Isto é, ele usou os trabalhos produzidos por várias gerações de matemáticos para dar uma solução definitiva e aceita por toda a comunidade matemática.

Este livro, "O último teorema de Fermat", conta essa história de forma brilhante, mostrando um pouco da evolução da matemática e da sociedade ao longo desses três séculos. Você descobrirá que a matemática pode ser bem mais interessante do que você está acostumado a ver nos livros didáticos. Boa leitura!

Uma informação mais técnica:

O Último Teorema de Fermat é um famoso teorema matemático conjecturado pelo matemático francês Pierre de Fermat em 1637. Trata-se de uma generalização do conhecido Teorema de Pitágoras. O Teorema de Pitágoras diz que " a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa, isto é $a^2 + b^2 = c^2$. A forma generalizada por Fermat é $a^n + b^n = c^n$, com $a$, $b$, $c$ e $n$ inteiros e com $n  > 2$. Fermat afirmou que, nesse caso, a equação não tem solução. Esse problema fácil de enunciar se mostrou extremamente difícil de se provar.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Programando em Delphi/Pascal com Lazarus


O que é o "Lazarus"? Segundo seus criadores:

Lazarus é uma IDE para criar aplicações gráficas e console com o Free Pascal. Free Pascal é um compilador Pascal e Object Pascal que roda em Windows, Linux, Mac OS X, FreeBSD e mais.

Lazarus é a peça que falta do quebra-cabeças que irá permitir a você desenvolver programas para todas as plataformas citadas em um ambiente semelhante ao Delphi. A IDE é uma ferramenta RAD que inclui um editor de formulários.

Na medida que o Lazarus evolui nós precisamos de mais desenvolvedores.

Um exemplo simples: contando o número de caracteres em um arquivo texto.


Código principal:

unit abreunit1;

{$mode objfpc}{$H+}

interface

uses
  Classes, SysUtils, Forms, Controls, Graphics, Dialogs, StdCtrls, TAGraph,
  TASeries;

type

  { TForm1 }

  TForm1 = class(TForm)
    Chart1: TChart;
    Chart1BarSeries1: TBarSeries;
    Edit1: TEdit;
    Edit2: TEdit;
    OpenDialog1: TOpenDialog;
    ToggleBox1: TToggleBox;
    procedure ToggleBox1Change(Sender: TObject);
  private

  public

  end;

var
  Form1: TForm1;

implementation

{$R *.lfm}

{ TForm1 }

procedure TForm1.ToggleBox1Change(Sender: TObject);
Var
 arq : String;
 myFile : TextFile;
 texto   : string;
 pos, k, t : Integer;
 vc : array[1..255] of Integer;
begin

if opendialog1.Execute
then arq := opendialog1.FileName;
Edit1.Text := Arq;
AssignFile(myFile, Arq);
Reset(myFile);

for k := 1 to 255 do vc[k] := 0;
t := 0; pos := 0; k := 0;
while not Eof(myFile) do
begin
  ReadLn(myFile, texto);
  t := Length(texto);
  if t>0 then
  for k :=1 to t do
  begin
    pos := ord(texto[k]);
    vc[pos] := vc[pos] + 1;
  end;
end;

// Close the file for the last time
CloseFile(myFile);
pos := 0;
for k := 1 to 255 do
  begin
    pos := pos + vc[k];
    Chart1BarSeries1.AddXY(k, vc[k]);
  end;
Edit2.Text:= 'Total de caracteres: ' + IntToStr(pos);
end;

end.


sábado, 4 de julho de 2020

Problemas com o possível novo Ministro da Educação

Imagem: recebi em um grupo de amigos.

Na minha opinião, o senhor Renato Feder não tem um perfil acadêmico compatível com o cargo de Ministro da Educação. Seu Currículo Lattes está parado e desatualizado a quase 20 anos (ver aqui e figura abaixo). Em seu currículo Lattes só consta uma Graduação em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo, FGV/EAESP, Brasil e um mestrado em andamento*. Zero publicações ou qualquer atividade de pesquisa. Evidentemente, o senhor Renato Feder não teve tempo de atualizar seu currículo depois que virou empresário e um homem rico.

Seu perfil é de um administrador do setor privado. Em um livro publicado em 2007 defende a privatização de tudo, incluindo as universidades e o SUS (sem o SUS muitos, muitos mais brasileiros já teriam morrido de COVID-19, para citar só um exemplo). É esse o ministro de Educação que o Brasil precisa?!

* "PERFIL – 40 anos, graduado em Administração e mestre em Economia, Feder tem ampla experiência em educação. Foi professor da Educação de Jovens e Adultos, lecionou matemática por dez anos, além de ter sido diretor de escola por oito anos. Também foi assessor voluntário da secretaria de educação do estado de São Paulo por um ano, além de ter atuado como empresário do setor de tecnologia" - fonte aqui.  Boa parte dessas informações não consta do currículo Lattes do senhor Feder.


quarta-feira, 1 de julho de 2020

O bizarro caso do ministro que caiu antes de tomar posse: não falsei seu currículo

Fonte aqui. Obs: um pós-doutorado não gera um diploma.
O senhor Carlos Alberto Decotelli, o brevíssimo, não chegou a tomar posso no cargo de Ministro da Educação. Certamente foi o ministro que menos tempo passo no cargo. Essa queda rápida foi caudada por ele mesmo: mentiu no Currículo Lattes e foi descoberto. Cometer algum engano no Lattes como, por exemplo, esquecer de citar algum colega membro de banca de defesa de mestrado que você participou ou errar na numeração de páginas de um artigo não chega a ser um coisa grave, embora deva ser corrigido quando encontrado. Entretanto, incluir um título de doutor quando não se tem ou exagerar sobre um pos-doc (não é um título formal) que não fez são erros graves, inaceitáveis e indesculpáveis.

Acredito que no caso do senhor Decotelli, a gota d'água para a sua queda foi a descoberta de plágio na sua dissertação de mestrado. Já falamos aqui mesmo no blogue (ver aqui e aqui) que o plágio é inaceitável e punível com a perda do título (e, possivelmente, outras ações). Aparentemente, os assessores do Presidente da República não fizeram o trabalho de casa direito: deixaram de averiguar as informações do currículo de Decotelli. Isso, contudo, parece ser o procedimento padrão do atual governo já que Damares Alves, Ricardo Salles e outros também "inflaram" seus currículos, mas não deixaram seus cargos por isso.

No Currículo Lattes é a própria pessoa que lança as informações, não existe nenhum tipo de checagem automática, logo podemos escrever e incluir livremente trabalhos e títulos acadêmicos, desde que sejam coisas fundadas nos fatos. É melhor deixar de incluir alguma coisa se você não tem as informações completas do que incluir um título que ainda não conseguiu ou um trabalho que é de outro. Ninguém é passível de punição por deixar de acrescentar ao currículo alguma atividade escolar, profissional ou artística.

Em resumo: para não levar um tombo grande e ser alvo de críticas só inclua no seu currículo aquilo que você realmente fez e tem como provar.

Obs: fica a pergunta - se o MEC é tão importante e estratégico (e de fato é!), por que é tratado de forma tão desastrado pelo atual governo? Onde estão as políticas públicas do MEC? Qual o plano?