Foto da Brodie Vissers do Burst. |
O depoimento de um dos meus ex-orientandos (Saulo Freitas, concluiu recentemente o ProfEPT):
Esses quase 2 anos de pós-graduação stricto sensu, foram bastante desafiadores para mim. Primeiramente tinha acabado de sair da graduação, nunca tinha passado por uma orientação de trabalho acadêmico e de repente tendo que encarar a escrita de uma dissertação de mestrado. Além desse grande desafio existiu também a questão da distância, pois resido a mais de 340 km do IFCE campus Fortaleza, viajava as quintas-feiras à noite para amanhecer na capital e posteriormente assistir as aulas permanecendo o dia inteiro nas atividades acadêmicas. Retornava para a minha residência no último ônibus, o das 22h.
Outro grande desafio foi conseguir o meu afastamento parcial de 12 horas semanais para poder me dedicar aos estudos já que tinha que trabalhar 40 horas semanais, consegui o afastamento depois de mais de 7 meses de aula. Prosseguindo nas batalhas teve a submissão do meu projeto de pesquisa ao Comité de Ética do IFCE que somente na 3 submissão obtive o parecer. A pesquisa, a escrita, a defesa da dissertação, foram grandes desafios enfrentados. Tive a sorte de ter um bom orientador e construir amizades sólidas no percurso da pós-graduação. E por final, se em algum momento pensei em desistir: sim algumas vezes, mas o peso da responsabilidade falou mais alto. Inúmeros desafios eu passei, mas no final o meu DEUS me fortaleceu!
“Até aqui nos ajudou o Senhor” I Samuel 7:12
Um segundo depoimento (Pedro Bruno, com a defesa quase concluída):
Talvez seja um pouco clichê, porém sinto a necessidade de salientar que os vinte e dois meses no mestrado foram de muito aprendizado e de evolução tanto acadêmica como pessoal. É impossível não mencionar as angústias que permearam essa difícil e enriquecedora jornada acadêmica. Em primeiro lugar, destaco a dificuldade em conciliar uma jornada de trabalho de quarenta horas semanais e as atividades acadêmicas da pós-graduação stricto sensu. Também é imprescindível frisar que a pressão em realizar uma pesquisa que apresentasse resultados relevantes foi um fantasma que assombrou diariamente a minha vida de mestrando.
Contudo, todas essas angustias foram suavizadas pelo apoio irrestrito e incondicional da minha esposa e pelo companheirismo dos meus colegas e das minhas colegas de turma. Também tive um orientador que sempre esteve presente para me aconselhar e tranquilizar. Além disso, nos momentos mais sombrios de incerteza e aflição, o meu Deus sempre me consolou e nunca meu deixou esmorecer.
Para os futuros(as) mestrandos(as) sugiro: sempre cumprir todos os prazos estabelecidos, cultivar um bom relacionamento com os colegas de turma e com o corpo docente, assim como seguir todos os conselhos e dicas do seu orientador.
Por fim, se você me perguntar: tudo isso valeu mesmo a pena? Só posso responder com os versos imortalizados pelo grande poeta português Fernando Pessoa: Tudo vale a pena/ Se a alma não é pequena.
Um depoimento bem especial da Lia Leite Santos (concluiu o mestrado na UFC, literatura):
A experiência do mestrado foi duplamente desafiadora por transcorrer entre a gravidez e o primeiro ano de vida de minha filha, Aurora. Muitas mulheres passam pela mesma situação e se perguntam como conseguir concluir uma pesquisa de pós-graduação em um momento tão delicado. A minha dica é: calma, confiança e planejamento. Criar metas e objetivos de pesquisa divididos em semestre, meses, semanas e dias. Manter uma rotina constante de estudos, pois a disciplina contribui para uma ação com menos esforço. Se você lê e escreve todos os dias, mesmo que boa parte dos rascunhos parem na lata do lixo, ou melhor, sejam “deletados”, será bem mais fácil do que se forçar a escrever uma dissertação, de uma hora para outra, se você não se habituou a isso.
A organização cotidiana também é imprescindível. Mães têm cada minuto do dia solicitado pelo bebê então, caso você tenha uma rede de apoio, será de enorme valor dividir os cuidados com outras pessoas para poder realizar a sua pesquisa. Do contrário, a regra que segundo os pediatras é “bebê dorme, você dorme” será substituída por “bebê dorme, você estuda” – que foi o meu caso. É muito difícil, mas não é impossível. Será cansativo, mas valerá a pena! Quando concluir saberá que há muito mais força em seu interior do que imaginava.
Cumpri a licença maternidade, mas não pedi prorrogação do prazo. Tudo correu melhor do que esperava, e por fim dedico essa vitória a minha filha, a grande motivadora, e meu marido, o maior incentivador.
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