"Um homem deve dar toda importância à escolha de seus inimigos:
eu não tenho um só que não seja idiota". - Oscar Wilde, escritor.
Na administração pública, muitos dos cargos de gerência, em especial os cargos executivos mais altos, são "cargos de confiança". Isto é, a permanência do sujeito em tal cargo de gerência depende da boa relação com o chefe imediato. No caso do ex-presidente do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o senhor Ricardo Magnus Osório Galvão, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível SR (Lattes aqui), o chefe dele é o Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e o chefe desse ministro é o Presidente da República. Pois bem, o senhor Ricardo Galvão "bateu de frente", em público, com o presidente. Perdeu a "confiança" e caiu (ver aqui e aqui).
Mas, em quem você "apostaria"? Em um cientista renomado (Ricardo Galvão tem mais de 200 artigos científicos publicados em periódicos, foi Presidente da Sociedade Brasileira de Física e membro do Conselho da Sociedade Europeia de Física) que fala de números preocupantes sobre desmatamento ou um presidente leigo em quase tudo (menos saber chamar a atenção) e que tem admiração por um astrólogo e nenhum apreço por nossas florestas e pelo meio ambiente?
Estamos em um governo claramente obscurantista. Os "achismos" e "sentimentos" são mais importantes que fatos e números. As observações precisam se ajustar ao ponto de vista do mandatário de plantão. A educação deixou de ser prioridade, as reservas indígenas devem virar área de exploração mineral e comercial. Árvores e florestas são obstáculos que bloqueiam o crescimento (do agronegócio). O entreguismo das empresas públicas está em alta. Os agrotóxicos também estão em alta e se multiplicam. Esse não é um governo nacionalista, é um governo cujo foco principal é redução dos direitos dos trabalhadores e das conquistas sociais duramente conquistadas. Em um ambiente desses, a ciência e a engenharia brasileira saem perdendo. Os grandes banqueiros agradecem.
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