Dando continuidade ao ciclo de palestras sobre temas tecnicos e cientificos relevantes promovidos pelo PPGET iniciado no semestre 2016.1 convidamos os professores e alunos dos cursos tecnologicos, engenharias e de pos graduação bem como professores para a palestra na área de SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DE SISTEMAS COMPLEXOS:
Prof. Dr. Claudio Lucas Nunes de Oliveira
Dr em Fisica pelo Depto de Fisica da UFC
Pos doc Boston University (USA)
Atenciosamente,
Prof. Daniel Xavier PPGET-IFCe.
TITULO: Fluxo de pedestres controlados por corredores em ziguezague
DATA: 23/AGOSTO/2016
HORA : 17h30min
LOCAL: AUDITÓRIO SUPERIOR
Para
facilitar a movimentação de pedestres ao longo dos corredores nas
estações do metro de Londres, especialmente na hora do rush, sinais são
colocados solicitando a todos que mantenham a esquerda, ou seja, “keep
left”. Tais sinais, em algumas situações, são insuficientes para
garantir um fluxo de pedestres ordenado e com baixa ocorrência de
obstruções. Por este motivo, é interessante encontrar uma maneira
auto-organizada de induzir o fluxo de pessoas em somente duas faixas,
tal como no trânsito de auto-motores em ruas e estradas. Uma
possibilidade seria modificar o formato das paredes desses corredores de
pedestres para criar condições de contorno favoráveis à emergência de
um estado ordenado.
Usando
simulações computacionais e cálculos analíticos do movimento de
partículas auto-propulsoras em canais com paredes de diferentes
formatos, os professores Cláudio Lucas Nunes de Oliveira, José Soares de
Andrade Jr. e Hans Herrmann, do Departamento de Física da UFC, em
colaboração com pesquisadores da USP e do ETH na Suíça, determinaram as
condições em que o fluxo de pedestres se auto-organiza em somente duas
faixas. Em trabalho recentemente publicado na conceituada revista
americana Physical Review X [Phys. Rev. X 6, 011003 (2016)], estes
pesquisadores mostraram que o ponto chave para o aparecimento do
fenômeno está na forma em ziguezague assimétrico das paredes do
corredor. Tal assimetria interfere fortemente no movimento dos
pedestres, levando à segregação espontânea, em duas faixas, entre
aqueles que querem andar em direções distintas. O trabalho ainda leva em
conta a presença de pedestres "teimosos", ou seja, aqueles que insistem
em andar no contra-fluxo. Sob certas condições, esses "teimosos" são
levados, após algum tempo, a trocar de faixa, revelando que o fenômeno
de auto-organização é realmente robusto. Os pesquisadores acreditam que
seus resultados têm implicações tanto no design de corredores
construídos em escala humana (como em estações de metrô e estádios),
como no desenvolvimento de dispositivos microfluídicos.
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