Fonte aqui. |
Estudar muito, ensinar (graduação e pós-graduação), fazer pesquisa, participar de eventos científicos e publicar são tarefas básicas de um pesquisador. No Brasil, além dessas tarefas inerentes, outras tantas aparecem: saber lidar com a burocracia (às vezes Kafkiana), atuar como gestor, agente de viagens, e outras coisas mais. Isso tudo rouba o tempo (sempre escasso) e a paciência do pesquisador. Ainda temos que lidar com a falta crônica de bolsas, poucas verbas para pesquisa, falta de espaço físico ou de equipamentos para laboratórios; políticas que não estimulam a pesquisa.
Resultado: o êxodo científico. Um exemplo recente: a neurocientista Suzana Herculano-Houzel trocou o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pela Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. Motivo: melhores condições de trabalho. Como ela mesma diz, isso não deveria ser "notícia", contudo o fato é que perdemos alguns dos nossos melhores ou mais promissores cientistas não porque lá fora seja melhor (em muitos casos é), mas porque fazer pesquisa no Brasil é quase um ato de bravura e fé. E, claro, não deveria ser assim.
O Brasil não pode crescer simplesmente importando ciência e conhecimento, isso custa muito caro. Infelizmente, caos político pelo qual estamos passando indica que esse quadro está longe de melhorar.
Para saber mais aqui , aqui e aqui.
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