domingo, 20 de janeiro de 2013

Violência urbana & desigualdade social em Fortaleza.

Uma das provas do crime, essa bala deve ter atingido um poste antes de cair na rua (foram vários disparos).
A falsa sensação de segurança que eu (teimava) em sentir acabou de desaparecer. Não moro em um lugar "seguro", não existe nenhum lugar seguro em Fortaleza. Talvez eu esteja sendo um tanto pessimista, mas os fatos (*ver texto abaixo) e os números não deixam margem para dúvidas (ou esperanças).

Fortaleza é uma cidade com profunda desigualdade social que está aí para quem quiser (ou não) ver. "As diferenças de renda que apartam a capital cearense a colocou como a 5ª cidade mais desigual do mundo", diz o jornal O Povo na sua versão on-line deste domingo. A notícia informa ainda:

"Nos bairros Meireles, Edson Queiroz e Cidade 2000, por exemplo, há bolsões de miséria imersos em nobres metros quadrados. São comunidades que se formaram e sobrevivem por entre o luxo dos condomínios fechados habitados pelo que se convencionou chamar de classe média/alta fortalezense. No Meireles, a comunidade do Campo do América resiste. No entorno do Edson Queiroz, o Dendê padece. Na Cidade 2000, a favela do Pau Fininho arqueja com casebres erguidos nos fundos dos mais imponentes condomínios residenciais da Capital. "

Fonte: O Povo on-line.
E a notícia que saiu sobre a tentativa de assalto:

 * Uma tentativa de assalto resultou em troca de tiros entre um policial e dois assaltantes na rua Padre Valdevino, no bairro Aldeota, em Fortaleza, por volta das 15h deste sábado, 19. De acordo com a Polícia Militar (PM), dois adolescentes armados tentaram assaltar o policial, que reagiu e atirou na direção dos assaltantes (fonte aqui). ==> Pelo que eu sei, após conversar com testemunhas oculares (e quase vítimas das balas), não foi exatamente assim que aconteceu (ex: esse fato não ocorreu na rua Padre Valdevino - isso eu mesmo vi), mas foram vários os disparos (seis ?) e o susto foi grande para quem estava passando na rua no momento deste crime.

Mais marcas da violência ... 
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A pergunta que fica: o que fazer? Não existe solução "rápida", mas investir mais em educação básica é uma das ações fundamentais. Incentivar o crescimento econômico é importante, mas fazer o bônus ser melhor distribuído é imprescindível. Combater a corrupção, dar mais agilidade à Justiça e diminuir a sensação de impunidade são ações fundamentais. Estamos dispostos a enfrentar esses desafios? Estamos cobrando dos nossos políticos uma postura mais seria frente a esses problemas? Nossa sociedade está, de fato, pensando em resolver seus problemas? Ou estamos mais preocupados em carnaval, festas e BBB?

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