Já fazia um bom tempo que não tínhamos uma greve geral no IFCE, a última tinha sido em 2019. Então, a maior parte da atual geração de estudantes nunca sentiu os efeitos de greve geral. As atividades devem ser efetivamente paralisadas dia 11/abril, 72h depois da reitoria ser notificada oficialmente. Então, continuaremos com as aulas na segunda, terça e quarta-feira.
Nota do sindicato (fonte aqui):
Em um ginásio lotado, servidores, docentes e TAEs do IFCE,
deliberaram pela adesão à greve nacional do Sinasefe. A greve é por
tempo indeterminado.
A decisão foi tomada em Assembleia Geral, realizada hoje, 05/04, de forma presencial, no ginásio de esporte do campus Fortaleza.
Os 33 campi do IFCE entram em greve a partir do dia 11/04, próxima
quinta-feira. Votaram filiados e não filiados ao SINDSIFCE, ativos e
aposentados.
A Reitoria será informada da decisão.
A greve do Sinasefe envolve docentes e TAEs dos Institutos Federais,
Cefets e do Colégio Pedro II, dentre outras instituições, e tem como
pauta a reposição salarial, a reestruturação das carreiras, a
recomposição orçamentária das IFEs, a revogação do Novo Ensino Médio e
de outras medidas contrárias ao serviço público.
“Essa decisão reafirma a luta dos servidores. Estamos em greve
buscando reajuste salarial e reestruturação das carreiras”, afirmou
Valmir Arruda, Coordenador Geral do SINDSIFCE.
Os estudantes também compareceram à Assembleia e defenderam a
importância da greve pautar a luta em defesa da educação e, em
específico, da assistência estudantil.
A Assembleia Geral aprovou, ainda, a construção do comando de greve, que já inicia suas atividades.
Fez toda diferença
Em decorrência das Assembleias Locais, realizadas em todos os campi
do IFCE, a grande maioria dos servidores já estavam a par do debate
sobre a conjuntura e as razões e argumentos para embasar seus votos. Por
meio desta atuação, todos puderam debater a “oferta” de 0% de reajuste
para 2024 por parte do governo, mesmo diante das perdas salariais dos
TAEs e dos docentes EBTT, assim como repudiaram as constantes enrolações
do governo durante as mesas de negociação e a falta de resposta e
compromisso.
EM TEMPO – O SINDSIFCE já tem marcada uma reunião com o Reitor, no
próximo dia 12/04, em que o comando de greve deve encaminhar as
tratativas sobre a pauta de reivindicações locais e sobre a construção
do acordo de reposição, evitando a implementação de restrições ou
retaliação de qualquer natureza aos servidores que aderirem ao movimento
paredista.
PERSPECTIVA – A perspectiva é que governo do presidente Lula deve
deparar-se, a partir de 15 de abril, com uma greve geral de professores e
técnicos que tende a paralisar todo o sistema federal de ensino.
Trabalhadores de diferentes categorias que atuam nessas instituições têm
aliado suas mobilizações e devem paralisar o funcionamento de todas
simultaneamente. A negociação entre o governo e os servidores da
Educação Federal se arrasta desde julho do ano passado e segue sem
avanços.