segunda-feira, 25 de julho de 2022

Eleições e neutralidade política da Igreja.


 É um consenso que religião e política não devem se misturar (especialmente política partidária), embora isso ocorra com grande frequência no Brasil e mundo a fora. Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias fez e mantém a firme opção por manter a neutralidade política. Da Sala de Impressa nós lemos:

Neutralidade Política

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A missão da Igreja é pregar o evangelho de Jesus Cristo, não é eleger políticos. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias mantém-se neutra com relação a partidos políticos. Isso se aplica a todas as muitas nações nas quais está estabelecida.

A Igreja não:

Endossa, promove ou se opõe a partidos políticos, candidatos ou plataformas.

Permite que seus edifícios, listas de membros ou outros recursos sejam utilizados para propósitos de partidos políticos.

Tenta influenciar seus membros em relação a qual candidato ou partido devem dar seu voto. Essa norma se aplica se o candidato ao cargo político é membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ou não.

Tenta dirigir nem dar ordens a líderes governamentais.

A Igreja:

Incentiva seus membros a ser cidadãos responsáveis na comunidade, inclusive mantendo-se informados sobre os assuntos relativos a ela, e a votar nas eleições.

Espera que seus membros se envolvam no processo político de forma ordeira e clara, respeitando o fato de que membros da Igreja têm origens e experiências diferentes e podem ter opiniões diversas em relação a partidos políticos.

Solicita que os candidatos não sugiram que sua candidatura ou plataforma seja endossada pela Igreja.

Reserva-se o direito de, como instituição, pronunciar-se de maneira apartidária, sobre questões que acredita terem consequências significativas em âmbito comunitário, moral ou que afetem diretamente os interesses da Igreja.

Nos Estados Unidos, onde quase metade dos santos dos últimos dias do mundo vivem, é costume da Igreja, a cada eleição nacional, emitir uma carta a ser lida em todas as congregações incentivando seus membros a votar, mas salientando a neutralidade da Igreja com relação a partidos políticos.

Relacionamento com o Governo

Candidatos eleitos que são santos dos últimos dias tomam suas próprias decisões, que podem não necessariamente estar de acordo com a posição publicamente declarada da Igreja. A Igreja pode comunicar a eles seu ponto de vista como faria com qualquer outro candidato eleito, mas reconhece que esses homens e mulheres precisam fazer suas próprias escolhas com base em seu próprio julgamento, levando em consideração o círculo eleitoral que representam.

As escrituras modernas fazem referências ao papel do governo: Doutrina e Convênios, Seção 134

A Participação em Partidos Políticos dos Líderes Presidentes da Igreja

Além disso, a carta da Primeira Presidência emitida em 16 de junho 2011 reafirma e esclarece de forma mais ampla a posição de neutralidade política da Igreja neste início de outra temporada de eleições. Ela se aplica a todos a seguir: Autoridades Gerais, líderes das auxiliares gerais, presidentes de missão e de templos que se dedicam em tempo integral ao trabalho da Igreja. A norma não é direcionada aos empregados em tempo integral da Igreja.

“As Autoridades Gerais e líderes gerais da Igreja e seu respectivo cônjuge e outros líderes eclesiásticos que servem em tempo integral não devem participar de campanhas políticas, inclusive promovendo candidatos, angariando fundos, discursando em benefício de candidatos ou endossando-os, e fazendo contribuições financeiras.

Já que não trabalham em tempo integral para a Igreja, os Setentas de Área, presidentes de estaca e bispos estão livres para contribuir ou servir em comitês de campanhas e de outra forma apoiar os candidatos de sua escolha cientes de que:

  • Agem somente como cidadãos num processo democrático e que não insinuam ou permitem que outros suponham que suas ações ou apoio representam a Igreja de alguma maneira. 
  • Não usarão papel timbrado da Igreja, listas de endereços ou e-mails gerados pelos sistemas da Igreja ou usar os prédios da Igreja para promover políticos. 
  • Não se envolverão em arrecadação de fundos ou outros tipos de campanhas dirigidas aos membros da Igreja sob sua supervisão eclesiástica”.

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