segunda-feira, 27 de julho de 2015

Greve: informe do sindicato - negociação entre governo e entidades de classe


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A greve nacional em defesa da educação pública está em curso e, em pauta, está a batalha dos trabalhadores e estudantes contra o projeto político e o pacote de ajustes que vem sendo implementado pelo governo federal. Na última semana, ocorreu a segunda rodada de negociação entre entidades de classe e representantes de secretarias ministeriais. Pontos relativos à carreira de docentes e técnico-administrativos estiveram em debate em duas reuniões específicas.
 
Em síntese, o governo federal, que esteve representado por secretários do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), do Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), não firmou novos compromissos, além dos já assumidos anteriormente quanto à pauta docente. Já no que se refere aos técnico-administrativos, alguns pontos já contam com posicionamento favorável, ainda que necessitem de concretude. 
 
Por isso, segue a necessidade de mobilização dos servidores para pressionar e arrancar vitórias do processo de greve. Confira aqui os principais pontos debatidos.
 
Docentes
A reunião para tratar da pauta específica dos docentes foi realizada no dia 22/7, e contou com a participação dos comandos de greve do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) e do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES). 
 
Governo Federal 
Reapresentou proposta de reajuste salarial parcelado em quatro anos com pequenas adições a alguns benefícios e condicionou o debate dos pontos específicos às pautas que implicassem em nenhum ou pouco impacto financeiro.
 
Comando de Greve 
Rejeitou a proposta e segue reivindicando o debate dos pontos específicos da carreira. Além disso, pressionam para que uma nova reunião seja marcada. 
 
Técnico-administrativos
A reunião para tratar da pauta específica dos técnico-administrativos foi realizada no dia 23/7, e contou com a participação dos comandos de greve do SINASEFE e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA).
 
Governo Federal 
Embora não tenha apresentado saídas concretas, posicionou-se favoravelmente a algumas reivindicações da pauta. Os principais pontos apresentados foram os seguintes:
 
- Sobre os cadastros do Plano de Capacitação dos TAE, o Ministério está aguardando uma posição da Capes;
- Seis mil vagas para qualificação serão ofertadas pelo Pronatec aos servidores públicos;
- O MPOG rejeita os cortes de ponto por motivo de greve e irá avaliar em quais Instituições está ocorrendo esta modalidade de perseguição aos servidores;
- Sobre a flexibilização da jornada de trabalho dos TAE em 30 horas semanais, o MPOG sugeriu elaborar texto equivalente ao da Portaria nº 260/2014 do Ministério da Saúde, em uma comissão formada pelo governo e entidades classistas;
- Sobre a democratização nas Instituições, o governo é favorável que os técnico-administrativos, com nível superior, possam concorrer aos cargos de direção das unidades;
- Aproveitamento de disciplinas cursadas em graduação, especialização, mestrado e doutorado para pleitear progressão por capacitação;
- Elaboração de um projeto de lei que permitirá aos TAE a possibilidade de recebimento de bolsa de pós-graduação.
 
Para conferir os relatórios completos das duas reuniões, acesso o site do SINASEFE (www.sinasefe.org.br) ou o site do SINDSIFCE (www.sindsifce.com.br

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