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Após assembleia histórica que decidiu pela greve, servidores do IFCE seguem mobilizados e encaminham preparativos. Comando de greve se reúne nesta terça, 21/7, às 13h
Após a histórica assembleia da última sexta-feira, 17/7, que contou com mais de 550 servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e decidiu pela greve, os trabalhadores do Instituto seguem fortemente mobilizados e encaminham preparativos para o movimento. Após a deliberação tomada na assembleia geral por iniciativa da própria plenária, de votar entrada em greve, com ampla maioria votando "Sim", nesta segunda-feira estão sendo enviados ofícios à Reitoria do IFCE e aos diretores dos diversos campi, comunicando formalmente a decisão dos servidores e o início da greve, nesta quinta-feira, 23/7.
Também está sendo informada nos ofícios outra deliberação da assembleia, que foi a mais representativa de toda a história do SINDSIFCE: de paralisar as atividades do Instituto na quarta, 22, somando-se ao dia nacional de paralisação dos servidores federais, com ato marcado para Brasília. Neste dia a orientação definida pela assembleia, por consenso entre os servidores, com pontuais abstenções, é de paralisação total em todos os campi. Os servidores podem aproveitar para realizar atividades, reuniões e debates relacionados à greve e às pautas específicas de cada campus.
Já nesta terça-feira, 21/7, às 13h, acontece a primeira reunião do Comando de Greve, que foi formado ainda na sexta-feira à noite, também atendendo a uma deliberação da assembleia geral. A participação de todos que informaram seu nome ainda na assembleia de sexta é essencial. A reunião acontece na sede do Sindicato, localizada à Rua Aratuba, Nº1A, Benfica, Fortaleza.
Mobilização é intensa
Logo após a aprovação da greve na assembleia do último dia 17/7, quando os participantes da plenária fizeram questão de votar na mesma ocasião a entrada em greve, já definindo a próxima quinta-feira, 23/7, como data para início do movimento paredista, os servidores do IFCE deram início às atividades de mobilização e preparativos. Foram inúmeras as entrevistas concedidas à imprensa por integrantes da Diretoria Colegiada do SINDSIFCE, esclarecendo a sociedade sobre a greve, a importância do movimento, os acontecimentos que levaram a ele e sobre a pauta de reivindicações nacionais e locais. Como resultado, está havendo amplo destaque para a greve na imprensa em todo o Ceará.
A comunidade acadêmica também pôde conferir todas as informações ainda durante a assembleia, em tempo real, através de uma detalhada cobertura no Facebook, na fan-page do SINDSIFCE. São vários os comentários sobre a necessidade, a justiça e a urgência no movimento, em luta por melhorias para os servidores, o Instituto e a educação pública de qualidade, em um momento de retrocesso e conservadorismo no Governo Federal e no plano local. O site do SINDSIFCE também traz matéria completa a respeito do tema e da intensificação da mobilização dos servidores.
Nesta terça-feira, a reunião do Comando de Greve definirá o calendário de atividades de luta, os principais pontos a serem destacados e os próximos passos nessa caminhada, que está só começando. Também será discutida a necessidade de manter em funcionamento parte das atividades do Instituto, sem prejuízo para a sociedade nem para o legítimo movimento grevista dos servidores, decidido na assembleia da última sexta-feira por iniciativa dos próprio trabalhadores.
Já na quarta-feira, as atividades serão ampliadas, com o dia de paralisação em todos os campi do IFCE. Na quinta, 23/7, começa a greve propriamente dita.
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* Meus comentários sobre essa nota do comando de greve.
Não posso concordar inteiramente com frase "(...) deliberação tomada na assembleia geral por iniciativa da própria plenária", pois, na minha opinião, houve uma distorção da mesa que estava conduzindo os trabalhos da assembleia que acabou por levar à votação pela entrada imediata na greve. Desde o início, essa era a intenção. A mesa percebeu havia quórum suficiente para aprovar a greve (pulando o "indicativo de greve") e agiu nesse sentido.
Na minha opinião, o mais razoável seria entrar em estado de greve inicialmente e se, depois de esgotadas as negociações em Brasília nos próximos dias, não houvesse uma sensibilização por parte do governo, uma nova assembleia seria chamada para deliberar sobre a entrada na greve.
Além disso, problemas internos nossos, que têm pouca influência ou ingerência por parte do governo federal (pauta interna) são colocados juntos com os problemas externos, inflacionando a pauta de reivindicações. No final das contas, se questões salariais forem atendidas (mesmo que parcialmente), é quase certo que a greve chegue a um fim (que eu espero que seja em breve).
Uma greve agora complica ainda mais nosso calendário acadêmico, prejudica diretamente todos os alunos, em especial aqueles que estão concluindo seus cursos, tem o custo pedagógico, gera uma evasão ainda maior e uma menor atração do IFCE. Quem tem condições financeiras vai preferir ir para uma universidade ou faculdade particular. Perdendo alunos, os recursos para o IFCE vão diminuir. Ou seja, para usar uma expressão bem popular, podemos estar dando um tiro no pé.
Da minha parte e de vários professores do Campus Fortaleza, se os alunos concordarem, vamos continuar com as atividades normais de aula. No mínimo, vamos fechar as notas e faltas da 1a. etapa.
Até parece que um aluno vai sair de uma universidade publica, que nao paga nada, pra ir pra unifor gastar milhares de reais em um curso.
ResponderExcluirNão citei a "Unifor" (que é sim uma boa Universidade), não disse que os alunos que já estão no IFCE vão migrar para outras instituições (embora isso seja possível), disse que essas greves seguidas deixam o IFCE menos atrativo e que quem tem condições financeiras pode sim optar por um lugar que não tenha greves - antes mesmo de entrar aqui.
ExcluirLiga Não Grande Mestre FranZé, isso é comentário de zé mané.
ExcluirSempre que vejo, todo comentário deve ser respondido. É uma oportunidade de explicar melhor nosso pensamento. De qualquer forma, grato pelo apoio.
ExcluirNão só parece, como acontece. Ou, se não for optar pelo CEFET, vai para a UFC, por exemplo. Afinal, a UFC está de greve nas férias, o que mostra que ela é bem mais esperta que o CEFET.
ResponderExcluirSobre o e-mail... Da forma que está escrito, até parece isso vai ser bom para os alunos e estão "querendo nos ajudar"... Ilusão acreditar nisso.
De fato, nós somos os mais prejudicados.
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