Fiódor Dostoiévski (Фёдор Достоевский, pronúncia aproximada: Fiôdar Dastaiêvski), nascido em 11 de novembro de 1821 em Moscou, é amplamente considerado um dos maiores romancistas da literatura mundial. Sua obra é marcada por uma profunda análise psicológica e filosófica da condição humana, abordando temas como culpa, redenção, liberdade e o sofrimento.
Vida e Formação
Dostoiévski cresceu em um ambiente familiar difícil. Seu pai, um médico militar, foi assassinado quando Fiódor tinha apenas 18 anos, um evento que impactou profundamente sua vida e sua obra. Ele estudou na Academia Militar de Engenharia de São Petersburgo, mas logo se dedicou à carreira literária, publicando seu primeiro romance, Gente Pobre, em 1846.
Experiências e Temas
Em 1849, por suas atividades políticas e por defender ideais socialistas, Dostoiévski foi preso e condenado à morte. No entanto, sua pena foi comutada para trabalhos forçados na Sibéria, onde passou quatro anos. Essa experiência influenciou significativamente sua escrita, levando-o a explorar o sofrimento humano e a complexidade da moralidade.
Obras Principais
Entre suas obras mais notáveis estão:
-
Crime e Castigo: Um estudo psicológico sobre a culpa e a moralidade que segue a história de Raskólnikov, um estudante que comete um assassinato.
-
Os Irmãos Karamazov: Considerado seu trabalho-prima, aborda questões de fé, dúvida e a natureza do bem e do mal.
-
O Idiota: Retrata a vida de um príncipe inocente que tenta entender o mundo ao seu redor.
Dostoiévski faleceu em 9 de fevereiro de 1881 em São Petersburgo. Sua obra continua a influenciar escritores, filósofos e psicólogos, sendo reconhecida por sua profundidade emocional e complexidade temática. Ele é frequentemente descrito como um dos "maiores psicólogos" da literatura devido à sua habilidade em explorar as nuances da mente humana.
Algumas citações 'sombrias' de Dostoiévski
De Crime e Castigo (1866):
"O homem se acostuma a tudo, o canalha!"
(Parte 2, Capítulo 2)
Essa frase, dita por Raskólnikov, reflete o desespero e a resignação diante da capacidade humana de se adaptar até às piores circunstâncias, revelando um tom de autodesprezo e fatalismo.
De Os Irmãos Karamazov (1880):
"Se Deus não existe, tudo é permitido."
(Livro V, Capítulo 4)
Atribuída a Ivan Karamazov, essa é uma das citações mais famosas de Dostoiévski, sugerindo um abismo moral e existencial onde a ausência de uma ordem divina libera os instintos mais sombrios do homem.
De Memórias do Subsolo (1864):
"Eu sou um homem doente... Sou um homem mau. Sou um homem desagradável."
(Parte I, Capítulo 1)
O narrador, conhecido como o Homem do Subsolo, inicia a obra com essa autodepreciação crua, expondo uma visão profundamente pessimista e autodestrutiva de si mesmo.
De O Idiota (1869):
"A beleza salvará o mundo."
(Parte III, Capítulo 5)
Embora possa soar esperançosa à primeira vista, no contexto sombrio da obra, essa frase carrega uma ironia melancólica, questionando se a beleza pode realmente redimir um mundo cheio de sofrimento e corrupção.
De Os Demônios (1872):
"O homem só gosta de contar suas misérias, nunca suas felicidades."
(Parte I, Capítulo 1)
Uma observação cínica sobre a tendência humana de se fixar no sofrimento, típica da visão de Dostoiévski sobre a natureza autodestrutiva da psique.
Essas citações são exemplos do estilo de Dostoiévski, que mergulha em temas como culpa, redenção, niilismo e a luta interna entre o bem e o mal. As traduções podem variar ligeiramente dependendo da edição, mas os sentimentos sombrios e introspectivos permanecem. Se quiser, posso aprofundar o contexto de alguma delas ou buscar mais! Qual delas você achou mais impactante?
>>> Uma outra postagem com esse escritor ver aqui. <<<