Ingressei no IFCE (antiga Escola Técnica) aos 14 anos (comecei pelo "P0") e mantenho um vínculo muito forte até hoje. Na instituição, fui inicialmente aluno do curso técnico em telecomunicações. "Por engano" (alguém me confundiu com o meu irmão Jakson que fazia química) fui bolsista na xerox (existia essa função) e depois no gabinete do diretor. Bem depois, já quando era aluno na UFC, fiz estágio na Funceme para poder pagar a disciplina de estágio e finalmente receber o diploma de técnico. Esse estágio foi fundamental para minha vida. Entrei como professor no IFCE em 1994, tinha na época somente a graduação em Eng. Elétrica - UFC. Posteriormente, com o apoio do IFCE, fiz mestrado (1997 - 1998) e doutorado (2004 - 2008) na UFSC.
Depois do doutorado, quando o CEFET foi formalmente transformado em Instituto Federal pela LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008, fui orientador de iniciação científica e fiz parte da equipe que conseguiu aprovar o mestrado em Eng. de Telecomunicação (PPGET). Depois veio o ProfEPT (mestrado profissional na área de ensino) e recentemente o RENOEN. Hoje, estou atuando principalmente na graduação (Eng. de Tele, Eng. de Computação, Tecnólogo em Telemática) e pós-graduação. Fui professor do meu filho Bruno - ele ficou de prova final, mas conseguiu passar. Já fui coordenador de curso de graduação, chefe de departamento, e coordenador curso de mestrado, mesmo não sendo tão habilidoso assim com as coisas burocráticas. No meio de tudo isso, consegui ajudar a organizar (e jogar) alguns torneios de xadrez. Temos alguns alunos que foram campeões cearenses de xadrez (apanhei muito deles no tabuleiro de xadrez).
Sempre atuei no Campus Fortaleza, atualmente são mais de 30 campi espalhados por todo o Ceará e mais a Reitoria (fui chefe do meu atual reitor José Wally). Mas a transformação da antiga Escola Técnica em CEFET e depois em Instituto mudou para melhor a vida de muitas pessoas. Sem dúvida é válido o lema: “Uma casa que evolui e transforma vidas”. De 1984 para os dias atuais, a transformação é impressionante. Boa parte dos créditos dessa transformação podemos colocar sobre os ombros dos governos Lula-Dilma. Felizmente, sobrevivemos ao "governo" do bozo.
Pude acompanhar de perto todas as transformações ocorridas na minha querida "Escola" (especialmente no Campus Fortaleza) nesses quase 40 anos. Ainda mantenho contato com muitos dos meus colegas da época de Escola Técnica. Acredito que a minha principal contribuição dentro do IFCE está relacionada diretamente na formação de centenas de técnicos e engenheiros. Os desafios existem e são muitos, mas todos os professores, técnicos administrativos, terceirizados e alunos estão, cada um na sua esfera de atuação, empenhados em manter as coisas funcionando e evoluindo. Viva o IFCE!
* Esse texto foi inspirado em um texto publicado originalmente pelo meu ex-aluno e colega Jorge Fredericson (link: https://www.instagram.com/p/CmwHFhvuwIp/).
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