sábado, 27 de março de 2021

Não existe tratamento precoce contra a covid-19


Já foram feitos diversos testes clínicos e resultado foi conclusivo: não existe tratamento precoce com o chamado "kit covid" para combater a covid-19. Tratamento precoce contra a covid é um mito. O que podemos e devemos fazer é insistir no isolamento social, uso de máscaras, lavar as mãos sempre. A melhor opção de prevenção continua sendo a vacinação em massa da população. 

Em https://www.paho.org/pt/covid19, lá podemos ler:

Posteriormente, com base em novas descobertas, a OMS anunciou em 17 de junho de 2020 que o braço de hidroxicloroquina do Estudo Solidariedade que buscava encontrar um tratamento eficaz para COVID-19 foi interrompido. O Grupo Executivo do estudo e os principais pesquisadores tomaram a decisão baseados em evidências** do Estudo Solidariedade (incluindo dados do estudo francês Discovery), do ensaio Recovery do Reino Unido e de uma revisão Cochrane de outras evidências sobre a hidroxicloroquina.

Os dados e os resultados recentemente anunciados mostraram que a hidroxicloroquina não resulta na redução da mortalidade de pacientes com COVID-19 hospitalizados, quando comparados com o padrão de atendimento.

Com isso, os investigadores não randomizarão outros pacientes para hidroxicloroquina no Estudo Solidariedade.

 Esta decisão se aplica apenas à condução do Estudo Solidariedade. A cloroquina e a hidroxicloroquina continuam sendo medicamentos aceitos como geralmente seguros para uso em pacientes com malária ou doenças autoimunes.

Ver também a entrevista: 

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/03/26/presidente-do-einstein-diz-que-o-brasil-vem-cultivando-a-morte-e-alerta-contra-tratamento-precoce.ghtml

terça-feira, 16 de março de 2021

Divulgando: Semana da Geração de Renda - começa hoje!


Divulgando!

Hoje começa a semana da Geração de Renda. Se ainda não se inscreveu, clique aqui: geracaoderenda.org

Os nossos palestrantes irão revelar ideias e estratégias que utilizam para inovar e crescer os seus negócios e investimentos. Todas essas ideias podem ser aplicadas por qualquer pessoa que queira crescer, mesmo aquelas sem recursos para investir ou que estão enfrentando um momento de crise.

Esta é uma excelente oportunidade para todos os membros e amigos da Igreja, inclusive os jovens.

Por favor, compartilhe este convite com seus familiares e amigos, em especial com aqueles que:

Precisam gerar ou melhorar sua renda (mesmo que já estejam empregados)

Estão pensando em iniciar um negócio próprio (mesmo que seja um negócio bem pequeno)

Já possuem um negócio próprio e precisam melhorar ou crescer

Estão desempregados ou subempregados

Estão buscando oportunidades para fazer algum tipo de investimento (mesmo que não tenham capital)

Este evento acontecerá de 16 a 18 de março (terça, quarta e quinta-feira), com palestras ao vivo às 17:30h, 19h e 20:30h. As transmissões serão feitas pelo Facebook e Youtube da @AutossuficiênciaBrasil.

quinta-feira, 4 de março de 2021

Pandemia no Brasil: quantos irão morrer de covid?

 

Com o grande aumento no número de mortes por covid no Brasil surge "naturalmente" uma pergunta: quantos mais irão morrer até o fim da pandemia?! Não temos, ninguém tem, uma resposta para essa pergunta. Mas podemos fazer uma estimativa muito assustadora: um milhão de brasileiros terão como causa do óbito o novo corona vírus até meados de 2022. Até o final deste ano de 2021 teremos mais de 600 mil mortos. 

Espero que essas minhas estimativas estejam exageradas, mas temos os seguintes fatos (ou, pelo menos, prováveis fatos) que as sustentam: 

  • pandemia não vai acabar este ano no Brasil (nem no mundo);
  • estão surgindo novas variantes do vírus que são mais transmissíveis e ainda mais letais;
  • nossa indisciplina congênita e a falta de um comando centralizado ajudam a espalhar cada vez mais o vírus.
  • a vacinação está ocorrendo em uma velocidade muito baixa, faltam vacinas e logística ainda está meio perdida; e
  • estamos no final da fila para compra de vacinas. 

O cenário é, sem dúvida, de preocupação e desafiador, mas se todos (população, governos locais e federal) fizerem a sua parte, o custo em termos de vidas humanas será menor do que essas previsões.

segunda-feira, 1 de março de 2021

Divulgando: Mais de 100 pesquisadores da UFSC assinam carta com 10 recomendações para acabar com a pandemia


Um documento com mais de 100 assinaturas de professores e pesquisadores da UFSC foi divulgado nas mídias sociais e imprensa catarinense nesta quinta-feira, 25 de fevereiro. Intitulado “Os 10 Pontos Necessários para Acabar com a Pandemia Segundo Pesquisadores e Professores da UFSC”, o documento apresenta um chamado à sociedade para que reflita sobre a necessidade de cumprir algumas medidas necessárias para evitar “um retrocesso de difícil reparação nos sistemas de saúde e educação, ou no desenvolvimento humano, econômico e social”.

A carta conclui salientando a necessidade de “mudança da postura nacional de enfrentamento da pandemia, para não sermos todos cúmplices históricos por naturalizar no século 21 um novo holocausto”. A publicação foi assinada por 104 cientistas, de diversos Centros de Ensino da UFSC.

Conheça abaixo os 10 pontos e os argumentos dos cientistas da UFSC:

1. AINDA NÃO É POSSÍVEL DESENVOLVER AS ATIVIDADES COTIDIANAS COMO DE COSTUME. Continuamos perante um evento excepcional de alteração da saúde pública, por doença altamente contagiosa e com um percentual significativo de casos que evoluem para formas graves ou mortais, sem precedentes nos últimos 100 anos.

2. AS RECOMENDAÇÕES DE DISTANCIAMENTO SOCIAL, USO DE MÁSCARAS, HIGIENE DAS MÃOS E VENTILAÇÃO DOS AMBIENTES SÃO AS ÚNICAS COMPROVADAMENTE EFICAZES. Os pesquisadores alertam que a pandemia se mantém pela nossa incapacidade individual e coletiva de cumprir com as quatro recomendações de prevenção, conhecidas desde o início. Reforçam que as máscaras devem cobrir completamente as entradas e saídas de ar do rosto e que as recomendações devem envolver a todos – governos, empresas e sociedade civil.

3. LIBERAR ATIVIDADES SEM FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE NORMAS PREVENTIVAS CONDUZ À PIORA INEVITÁVEL DA PANDEMIA, E CONSEQUENTEMENTE DOS SEUS EFEITOS ECONÔMICOS. O vírus tem apresentado características sem precedentes de transmissibilidade incrementada, o que resultará no colapso de nosso sistema de atendimento à saúde e num aumento também sem precedentes do número de mortes. Essas medidas, explicam os docentes, ao invés de minimizar os efeitos econômicos da pandemia, terão os efeitos contrários, pois levarão inevitavelmente a uma extensão do período pandêmico a elevação potencial de sua severidade e de todas as suas consequências negativas. Os países que sofreram quedas menores no seu PIB foram, na sua maioria, aqueles que colocaram em prática medidas muito mais rígidas de contenção do espalhamento da infecção, mas por períodos mais curtos de tempo, e conseguiram dessa forma manter janelas temporais de quase-normalidade, nas quais os cidadãos conseguiram retomar todas as atividades reprimidas durante os outros períodos.

4. O USO DE MÁSCARA EFICIENTE E BEM AJUSTADA DEVE SER EXIGIDO EM TODOS OS ESPAÇOS PÚBLICOS, E A FISCALIZAÇÃO DEVE SER AMPLA E GARANTIDA. Os pesquisadores da UFSC citam o egoísmo sistemático de pessoas. Salientam que é comum observar pessoas não pertencentes a grupos de risco se achando isentas de responsabilidade com os outros, fazendo questão de mostrar que não seguem as normas de prevenção em nome de uma suposta liberdade individual.  “Não podemos ignorar a ignorância dos outros, devemos explicar isto a quem ainda não entendeu. Reforçamos que os profissionais da saúde estão entre os grupos mais impactados por esta pandemia. Além do prejuízo à sua saúde física, adiciona-se o comprometimento da saúde emocional, que influi no desenvolvimento de suas atividades, como o combate da própria pandemia. A falta de compromisso de todos na contenção da infecção sobrecarrega além do necessário a estes colegas, fundamentais para a saúde de todos nós.”

5. QUALQUER ATIVIDADE LABORAL OU ECONÔMICA SOMENTE PODERÁ VOLTAR À NORMALIDADE QUANDO TIVERMOS CONSEGUIDO CONTROLAR A TRANSMISSÃO DA PANDEMIA. Antes desse controle, ressalta o documento, não haverá normalidade, pois não será possível conviver sem preocupações adicionais pela saúde.

6. A VOLTA DAS AULAS PRESENCIAIS DEVE SER REVISTA E ADIADA ATÉ QUE O CONTROLE DO PROCESSO PANDÊMICO/EPIDÊMICO ESTEJA CONSOLIDADO.  Os professores se posicionam contrários às atividades presenciais de ensino. Alegam que é falso que as crianças não se infectam, e afirmam que as crianças podem transmitir o vírus. “Todas as publicações científicas têm mostrado repetidamente que o convívio social delas permite essa transmissão, e indivíduos de qualquer idade podem ser infectados”. Os pesquisadores acreditam que o retorno de atividades escolares presenciais, apesar de muito necessárias, “precisam diminuir o contato com adultos ou com outras crianças que não pertençam ao núcleo familiar”. Os especialistas acreditam que “para conseguir isto não existe fórmula possível que não envolva a diminuição do número de indivíduos ou o aumento do tamanho dos locais onde se fazem as atividades, e simultaneamente a diminuição das taxas de transmissão atuais no resto de cidadãos”. O curso de Pedagogia da UFSC, por meio do Núcleo Docente Estruturante e Colegiado, manifestou-se em solidariedade aos/às trabalhadores/as em educação de Santa Catarina e do Brasil por meio de um manifesto no dia 24 de fevereiro.

7. AS VERDADEIRAS FORMAS PREVENTIVAS DE COMBATE À PANDEMIA DEVEM SER PRIORIZADAS E AMPLAMENTE DIVULGADAS. Os pesquisadores afirmam que é um erro grave pensar que aumentar o número de leitos hospitalares de uma região é uma medida de prevenção. “A manipulação do número de leitos como forma de combate à pandemia favorece a manutenção de uma elevada parcela da população infectada pelo vírus elevando as chances de mutações e surgimento de novas variantes que podem impor maior transmissibilidade e severidade para um processo pandêmico que já é gravíssimo”. Os cientistas salientam que é preciso uma campanha de comunicação nacional sobre quais medidas são cientificamente comprovadas.

8. NÃO HÁ DEMONSTRAÇÕES CIENTÍFICAS DE TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS CONTRA A COVID-19, SEJAM ELES PREVENTIVOS OU CURATIVOS. O que existe hoje são tratamentos de suporte para tentar reverter a patologia grave quando esta se apresenta, dizem os pesquisadores, lembrando que o Estado não pode agir com base em crenças ou opiniões, pois suas responsabilidades, caso venham a ser cobradas, precisam de bases de defesa sólidas e estudos científicos.

9. A ÚNICA TERAPIA PROFILÁTICA CIENTIFICAMENTE COMPROVADA CONTRA A DOENÇA É A VACINA. Os cientistas lembram que apesar do avanço científico, “todos nós sentimos uma clara falta de  planejamento e de comunicação adequada por parte do Ministério da Saúde (autoridade competente para esclarecer estes itens) sobre os benefícios reais destas vacinas, seguras e protetoras, em particular contra os efeitos mais indesejáveis da doença”. Ressaltam que há quase 200 milhões de doses de vacinas aplicadas no mundo, com pouquíssimos eventos adversos de maior gravidade. Sobre as vacinas ainda salientam que:

“1) Deve ser retirado das vacinas qualquer viés político-partidário, e elas devem de ser adotadas pelo Plano Nacional de Imunização, por este ter experiência demonstrada para controle e distribuição eficientes, assegurando a sua distribuição equitativa aos cidadãos;

2) O governo federal deve cumprir suas obrigações constitucionais e promover uma vacinação ordeira, rápida e irrestrita. Podemos e devemos cada um contribuir para que isso aconteça.

3) Devemos TODOS estar cientes de que a vacinação não significa um passaporte de isenção da doença. Assim, uma vez vacinados ainda poderemos transmitir a doença se pegarmos o vírus, e por isso devemos continuar com as medidas fundamentais: uso de máscaras eficientes, distanciamento social, ventilação dos ambientes e higienização de mãos, até conseguir que pelo menos 70-90% da nossa população seja vacinada”.

10. É NECESSÁRIO QUE O BRASIL VOLTE A INVESTIR EM CIÊNCIA DE FORMA SÓLIDA E CONTÍNUA. “A falta de investimento dos últimos anos fez com que o Brasil não tenha sido capaz até hoje de aprovar a sua primeira vacina (o único país dos BRICS que está nesta situação) apesar de ter cientistas e instituições capacitados para isso.”

Link:

https://noticias.ufsc.br/2021/02/mais-de-100-pesquisadores-da-ufsc-assinam-carta-com-10-recomendacoes-para-acabar-com-a-pandemia/