"Anjos-do-mar" no Mar Branco, na Rússia. |
Segundo estimativas dos pesquisadores Camilo Mora, Derek P. Tittensor, Sina Adl, Alastair G. B. Simpson e Boris Worm, existem 8,7 milhões de espécies vivendo em nosso planeta! A grande maioria dessas espécies ainda não foi descoberta oficialmente pela ciência.
Ainda segundo os autores:
"A diversidade da vida é um dos aspectos mais marcantes do nosso planeta, daí saber quantas espécies habitam a Terra está entre as questões mais fundamentais da ciência. No entanto, a resposta a esta questão permanece enigmática, como os esforços para amostra da biodiversidade do mundo até hoje é limitada e, portanto, têm impedido a quantificação direta da riqueza de espécies global, e por estimativas indiretas se baseiam em pressupostos que se mostraram altamente controvertidos. Aqui nós mostramos que a classificação taxonômica de espécies (ou seja, a atribuição de espécies de filo, classe, ordem, família e gênero) segue um padrão consistente e previsível a partir do qual o número total de espécies em um grupo taxonômico pode ser estimado. Esta abordagem foi validada contra a conhecida taxa, e quando aplicado a todos os domínios da vida, que prevê ~ 8,7 milhões (± 1,3 milhões SE) espécies eucarióticas globalmente, dos quais ~ 2,2 milhões (0,18 milhões ± SE) são marinhas. Apesar de 250 anos de classificação taxonômica e mais de 1,2 milhão de espécies já catalogadas em um banco de dados central, nossos resultados sugerem que cerca de 86% das espécies existentes na Terra e 91% das espécies no oceano ainda aguardam descrição. Renovado interesse na exploração e taxonomia é necessário para que esta lacuna significativa em nosso conhecimento da vida na Terra seja ser fechado."
Obs: alguns podem achar esse tipo de trabalho uma bobagem, mas os caras usaram estatística séria para fazer as contas. Na verdade, essa é uma "janela" que mostra o quanto ignoramos do mundo que nos cerca. E o pior, estamos destruindo tudo a nossa volta numa velocidade típica de eventos de grande extinção em massa! Pelo menos é isso que vão imaginar os arqueólogos do futuro. Se existir um futuro.