Carro elétrico "genérico". Fonte aqui. |
Artigo publicado no jornal O Povo de hoje (link aqui):
A história dos carros de combustão interna tem um pouco mais de cem anos. Os carros substituíram os cavalos e as carruagens tanto no transporte urbano quanto entre as cidades e chamaram muito a atenção das pessoas. Carros elétricos até tentaram competir no início, mas perderam a corrida e ficaram apenas como uma possibilidade latente. O uso de automóveis só fez crescer ao longo das décadas, mas muitos indicadores apontam para um futuro bem diferente do que vemos hoje em dia.
Por um lado, existe uma crescente consciência sobre o uso de combustíveis fósseis, por outro, uma maior pressão pelo uso de transportes alternativos e menos poluentes, isso é especialmente verdade nos países de primeiro mundo. Juntamente com esses fatores, outros dois pontos interessantes são: os preços em queda das baterias de lítio e o maior poder computacional e de comunicação dos computadores de bordo dos veículos. Esse fatores apontam para algo que hoje ainda soa futurista: uma frota de carros elétricos autônomos como principal forma de transporte individual ou para poucas pessoas nas áreas urbanas e entre cidades próximas.
Sendo elétrico, a emissão de poluentes é praticamente nula durante o uso do carro. Os atuais carros elétricos, como o Tesla, muito usado na Europa, têm um motor extremamente silencioso, que causa pouca trepidação, rápida aceleração, sendo ainda muito econômico. Um carro elétrico tem o potencialmente de rodar o dobro de um carro convencional até o fim de sua vida útil. Logo, o custo tente a ser menor que ter e manter um veículo a gasolina (ou álcool) convencional.
Sem um motorista, mas guiado por um computador, o carro elétrico do futuro terá um custo muito baixo para o uso no dia a dia, como para levar e trazer do trabalho, por exemplo. Nesse cenário, beber e dirigir não será um problema, já que você não será o motorista. Outras vantagens imediatas: nada de se preocupar em procurar uma vaga de estacionamento ou com multas de trânsito. Potencialmente, devemos ter uma diminuição no número de acidentes de trânsito. Esses computadores de bordo possuirão softwares sofisticados com capacidade de aprender para guiar os carros tanto em condições normais quanto em situações adversas.
Alguns pesquisadores preveem que já em 2030 a maior parte das pessoas, especialmente nas grandes cidades, evitará ter o seu próprio carro na garagem (e ocioso uns 90% do tempo) e optará por um veículo elétrico autônomo sempre que for necessário. Essa mudança de hábito poderá acarretar grandes transformações em toda a cadeia de empresas que dão suporte aos atuais veículos motorizados e terá um forte impacto na indústria do petróleo. Investir em empresas desses setores talvez não seja uma boa opção agora. Acompanhemos os acontecimentos.
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