O pesquisador alemão que criou o chatbot ELIZA foi Joseph Weizenbaum. Ele desenvolveu o programa entre 1964 e 1966 no MIT, nos Estados Unidos, onde trabalhava como professor e pesquisador. Embora Weizenbaum fosse alemão de nascimento (nascido em Berlim, em 1923), ele emigrou para os EUA durante a infância, fugindo do regime nazista. ELIZA é considerado um dos primeiros chatbots da história, projetado para simular uma conversa humana, especialmente imitando um terapeuta rogeriano, usando técnicas de reconhecimento de padrões e respostas pré-programadas.
Após desenvolver o ELIZA entre 1964 e 1966, Joseph Weizenbaum continuou sua carreira acadêmica, mas seu foco e perspectivas mudaram significativamente, especialmente em relação à inteligência artificial (IA) e suas implicações éticas e sociais. Segue um resumo do que ele fez depois do projeto ELIZA e como sua trajetória evoluiu.
1. Reflexão Crítica sobre a Inteligência Artificial
Mudança de Perspectiva: Weizenbaum ficou surpreso e preocupado com a forma como as pessoas interagiam com ELIZA, atribuindo ao programa inteligência e empatia que ele não possuía. Ele percebeu que muitos usuários tratavam o chatbot como se fosse humano, o que o levou a questionar os limites e os perigos da IA. O livro "Computer Power and Human Reason" (1976) foi uma de suas contribuições mais significativas após ELIZA, no qual ele criticava a ideia de que computadores poderiam substituir o julgamento humano em áreas que requerem valores, ética e emoções. Ele argumentava que há limites fundamentais para o que a tecnologia pode alcançar e alertava sobre os riscos de delegar decisões críticas a máquinas. Este livro tornou-se uma referência importante nos debates sobre ética em IA.
2. Carreira Acadêmica
Weizenbaum continuou como professor no MIT (Massachusetts Institute of Technology), onde já trabalhava quando criou ELIZA, até o início dos anos 1980. Ele lecionava no Departamento de Ciência da Computação, mas seu interesse se deslocou cada vez mais para as implicações sociais da tecnologia. Ele também se envolveu em pesquisas relacionadas à computação, mas com um enfoque mais crítico, explorando como a tecnologia molda a sociedade e vice-versa.
3. Ativismo e Ética na Tecnologia
Weizenbaum tornou-se um defensor de uma abordagem mais humanística à tecnologia. Ele criticava a visão tecno-otimista predominante na comunidade científica da época, que acreditava que a IA poderia resolver muitos problemas humanos. Ele participou de conferências e escreveu artigos sobre os impactos sociais da computação, enfatizando a responsabilidade dos cientistas em considerar as consequências de seus trabalhos.
4. Retorno à Alemanha
Nos anos 1980, Weizenbaum retornou à Alemanha, onde passou a maior parte de seus últimos anos. Ele se envolveu com instituições acadêmicas alemãs, como a Universidade de Hamburgo, e continuou a dar palestras e escrever sobre os impactos da tecnologia. Ele também se engajou em discussões sobre ciência, tecnologia e sociedade na Europa, influenciando o debate sobre ética em computação.
5. Continuidade na Área?
Embora Weizenbaum tenha permanecido na área de ciência da computação, ele se afastou do desenvolvimento de tecnologias como ELIZA, focando mais em análises filosóficas e éticas. Ele não criou outros projetos de IA comparáveis a ELIZA, mas sua influência na área foi profunda, especialmente no que diz respeito à ética em IA. Seu trabalho inspirou gerações de pesquisadores a considerar as implicações sociais de seus projetos, e suas ideias continuam relevantes em debates modernos sobre IA, como os relacionados a chatbots avançados e automação.
6. Legado
Weizenbaum faleceu em 2008, em Berlim, mas seu legado perdura. ELIZA é lembrado como um marco na história da IA, e suas reflexões críticas sobre tecnologia são cada vez mais relevantes em um mundo dominado por sistemas de IA avançados. Ele também influenciou a criação de organizações e movimentos voltados para a ética em tecnologia, como a Computer Professionals for Social Responsibility, da qual foi um dos primeiros apoiadores.
Resumo
Joseph Weizenbaum continuou na área de ciência da computação, mas não como desenvolvedor de IA. Após ELIZA, ele se dedicou a criticar o uso indiscriminado da tecnologia, escrever sobre suas implicações éticas e sociais, e lecionar, com um foco em humanizar a relação entre tecnologia e sociedade. Sua obra mais notável pós-ELIZA, o livro Computer Power and Human Reason, consolidou sua posição como um pensador crítico na interseção entre tecnologia e humanidades.
Para saber mais: aqui e aqui. Postagem feita com auxílio de IA.
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